Plutão nos signos

22 de novembro de 2007 ·

Plutão nos signos

Eliminação, renovação, regeneração, finais e começos, são palavras-chave para definir Plutão. Tem a ver com a actividade subterrânea do inconsciente. A sua missão consiste em trazer para a luz as nossas facetas mais ocultas, encaminhar para a superfície tudo o que deve ser eliminado durante o processo de regeneração. Obriga a abrir pela força a consciência face a um problema, enfrentando-o com a nossa mais cruel realidade. Traz para a luz todos os traços sujos, tudo o que é inútil, todos os demónios que temos dentro.

Plutão desnuda, deixa-nos no vácuo mais absoluto. As alterações produzidas por este planeta podem ser regenerativas ou degenerativas, mas sempre serão profundas. É um planeta obsessivo que concentra, intensifica e vai para além dos limites. O seu princípio é sair da norma para entrar no campo do extraordinário.

Plutão faz-nos destruir o que amamos, o que tem sido o nosso ponto de apoio e causa da nossa conduta, mas que deixou de nos servir. Sabemos que nascer implica crise; renascer também.

As datas que aparecem mais abaixo à frente de cada signo, indica-nos a última vez que Plutão transitou por esse espaço do zodíaco.

Plutão em Carneiro (1821-1852)
Esta geração caracterizou-se pelo seu espírito revolucionário; teve de vencer sérios obstáculos e viver momentos de muita dureza a fim de conseguir liberdade e uma nova forma de vida, tal como a conquista do Oeste americano. Pioneiros, reformadores, líderes de qualquer causa obcecados pelo valor «pessoal», sempre dispostos a destruir qualquer obstáculo à sua vontade, que não reconhecem limites; Plutão em Carneiro manifesta-se de forma individualista. A necessidade de mudar todo o precedente traduz-se numa urgência pela transformação pessoal. Põe a descoberto o que deixou de nos servir do ciclo anterior e propicia a procura de novos valores.

Plutão em Touro (1852-1884)
Com Plutão em Touro, todo o oculto «debaixo da terra» tende a sair para o exterior, tanto o que gera riqueza, agricultura, minas e escavações, como o que produz destruição, terramotos, erupções súbitas. É um período de realizações práticas, de utilitarismo e cientismo materialista. O esforço e a capacidade criativa invertem-se no plano do tangível. Predomina a tendência para garantir o bem-estar e a segurança, para acumular poder pessoal. É a geração dos poderosos industriais e financeiros. Marcou um período de grande expansão económica, sobretudo na indústria, com a construção de grandes fábricas e a produção de maquinarias. Consolidou-se a reforma agrária e a exploração comercial em grande escala.

Plutão em Gémeos (1884-1914)
Plutão em Gémeos enfatiza a comunicação no seu sentido mais lato. Os meios de comunicação — jornais, transportes, aviação — as novas ideias expandem-se aceleradamente. Este desenvolvimento da comunicação divulga rapidamente em todo o mundo os inventos e as descobertas; esta época termina com o isolamento dos povos e das diferentes culturas. Foi a época em que apareceu o automóvel, o avião, o telefone, o fonógrafo, etc. A oportunidade que brinda Plutão em Gémeos é a de regenerar a mente, convertendo-a num poderoso instrumento capaz da visão mais aguda e penetrante.

Plutão em Caranguejo (1914-1939)
Caranguejo significa lar, família, clã, tradição, nação. Esta geração passou através da completa destruição e transformação de tudo o que estes conceitos significam. A permanência de Plutão em Caranguejo contrariou literalmente todo o esquema tradicional e as pessoas desta geração, entre as quais é frequente verificarem-se intensas uniões e cega obediência à família e à nação, sofrerão uma trágica desilusão quando, ao longo da sua vida, se virem separadas tanto de uma como de outra. Plutão em Caranguejo começou com a Primeira Guerra Mundial e permaneceu até à Segunda.

Esta geração sabe muito a respeito do lado destrutivo do planeta. Por isso, não é estranho encontrar muitas pessoas de Plutão em Caranguejo com uma forte inclinação para o passado, para a protectora imagem convencional do «lar», mais do que para enfrentar mudanças e revoluções.

Plutão em Leão (1939-1957)
Este período esteve marcado pelo egoísmo, pelo orgulho e pelo desejo de poder dos dirigentes das nações. Os jovens desta geração são os primeiros que, em grande escala, podem ir para a universidade; isto notar-se-á anos mais tarde, na rebeldia perante uma forma de vida para eles carente de sentido. A geração com Plutão em Leão torna-se consciente da sua individualidade; a expressão do ego é imperiosa. Esta necessidade de manifestar a própria individualidade, de projectar-se e de criar a partir de si mesmo e, em consequência, a resistência a qualquer tipo de norma, controlo e poder, estavam em clara oposição à situação em geral, manipulada por toda a espécie de ditadores, tanto na esfera económica como na política. O segmento da sociedade com Plutão em Leão quebrou todas as regras e elegeu-se líder da mesma. Os «Teenager» (ou adolescentes como fenómeno social diferenciado) e a ampla gama de movimentos dos anos sessenta e setenta — desde os «rockers» aos «beatniks» — deixaram uma marca indelével na história.

Plutão em Virgem (1957-1972)
Virgem rege o quotidiano, o mundo do trabalho, o serviço e a saúde, entre outras coisas, e são estes conceitos que se vêem afectados pela estadia de Plutão neste signo. Esta geração viu alterarem-se substancialmente os conceitos sobre a saúde. Plutão em Virgem significou um regresso a certas formas do natural, às velhas receitas (o uso das ervas, o vegetarianismo, etc.), e a um forte repúdio dos produtos químicos. O homem preocupa-se com o seu corpo, enquanto se torna pública a manipulação sobre os alimentos e proliferam as associações em defesa do consumidor, da mesma forma que, noutro âmbito, os sindicatos se pronunciaram em defesa do trabalhador. Outra faceta deste período é o «faça você mesmo», o que também inclui o auto-serviço nos restaurantes. Também foi dado início à preocupação ecologista, assim como a enorme proliferação dos gurus ocidentais. Nessa época os computadores produzem uma revolução não só na ciência, como também no comércio, na indústria e em todos os âmbitos da vida quotidiana. Como Plutão rege Escorpião, o signo do sexo, e Virgem é o signo da saúde, este período viu o desenvolvimento de métodos para o controlo da natalidade.

Plutão em Balança (1972-1984)
Balança é o signo da justiça, das relações humanas e das associações. Plutão neste signo estimulou grandes mudanças nas leis das relações, no que se refere ao controlo da natalidade, dos direitos humanos e do matrimónio. As bases e as motivações tradicionais das relações dos casais praticamente desapareceram, e com elas muita da hipocrisia e das convenções sociais. A moralidade estreita ou os romantismos sem sentido já não geram relações. Os que não chegaram a tempo da união livre têm, agora, a opção do divórcio. Balança significa reequilibrar, corrigir erros, e muitas pessoas aproveitam-se desta ocasião. Separar o verdadeiro do falso é função de Balança, que pesa o valor de cada coisa; mas também é função de Plutão que arrasta para a luz tudo o que é falso e inútil. Balança é um signo do Ar e Plutão tem de limpar a poluição mental. Plutão traz a capacidade de reorganizar-se; Balança oferece a oportunidade de escolher. Tudo o que entendemos por lei — seja civil, religiosa, moral ou ética — está a ser questionado nas suas bases. Plutão faz o seu trabalho regenerador, restabelecendo a igualdade inerente a toda a humanidade.

Plutão em Escorpião (1984-1995)
Escorpião é um signo de Água, e a água representa as emoções e os sentimentos. Plutão em Escorpião vai pôr em relevo o imenso poder da emoção. Na realidade, o que Escorpião demanda é conhecer a reacção dos outros perante a emoção, a amizade e o amor; sabe que somente o calor do afecto dos outros pode derreter o seu gelo. A sua ansiedade consiste em acalmar a tormenta emocional interna, viver em paz consigo e com os outros. Em definitivo, procura conhecer-se como indivíduo; e isto é importante, uma vez que a presença de Plutão em Escorpião faculta a oportunidade da integração de todas as pessoas, países e raças, na base do respeito pela individualidade de cada um. Na época que estamos a viver, começam a ser levadas a cabo importantes experiências espirituais por muitas pessoas. Grupos com uma orientação filosófica ocultista encontram-se em primeiro plano. Do ponto de vista político, os movimentos colectivos têm cada vez mais poder. «Regeneração ou morte» é a palavra de ordem do momento. Neste período oferece-se a oportunidade de se conseguir a comunhão, a grande comunidade com todos os restantes seres humanos. Mas, se a compreensão, a tolerância e o respeito não forem possíveis, então Plutão ensinará forçosamente o homem através da destruição (a terceira guerra mundial?), e da necessidade de se regenerar para se preparar para a era de Aquário.

Plutão em Sagitário (1995-2008/2010)
Sagitário é o signo da filosofia e da religião da mente abstracta. Plutão focará a sua mente em realidades extraordinárias, em filosofias profundas. A necessidade de conhecer e compreender a finalidade da vida levará a uma expansão espiritual. Depois da crise emocional do trajecto por Escorpião, haverá uma mudança para os valores espirituais e, provavelmente, estabelecer-se-ão a nível internacional novas ideologias e políticas com o objectivo de construir uma sociedade melhor. Uma vez que Sagitário é o signo das grandes viagens, o desejo de explorar os mais longínquos horizontes, quer na Terra ou para além dela, tornar-se-á presente. Plutão trará uma grande transformação no conhecimento de outros mundos através do desenvolvimento das viagens espaciais.

Esclarecimento: A maioria dos tratados sobre Astrologia interrompem no signo Sagitário (1995-2010) a incidência de Plutão no Zodíaco, por considerarem que seria demasiado arriscado vaticinar como seria o futuro.

Plutão em Capricórnio (12008/2010- 2023)
Por ainda estar a decorrer o trânsito de Plutão em Capricórnio, ainda estamos a aprender o simbolismo deste posicionamento. Aqui vai o que até à data consegui perceber.

Estamos no início de um novo ciclo de Plutão em Capricórnio. Vamos viver uma importe alteração nos nossos conceitos básicos sobre Hierarquia, Autoridade e Respeito. Essa alteração vai ser cada vez mais sentida na carne, na experiência da vida. São os “tempos chegados”. E tem data marcada e será inexorável no seu cumprimento. Já se nota que está a funcionar (encontra-se a 2 graus de Capricórnio), mas a partir de Novembro de 2008 o novo ciclo estará aí, a funcionar em pleno.

Estas alterações forçar-nos-ão a reavaliar os nossos critérios a respeito "do que ouvir", "em que acreditar", "onde colocar as nossas atenções" e "a quem nos colocarmos à disposição". Cooperação será a tónica de uma nova abordagem colectiva de relacionamentos hierárquicos, não como reacção à autoridade, mas como resposta às necessidades de se assumir a própria responsabilidade diante da vida que nos cerca. Paternalismos não mais caberão nas nossas expectativas: aquele ser austero, que mantém tudo nos trilhos, está a desaparecer.

Num primeiro momento haverá muito medo e insegurança, (já se nota no desemprego e na crise financeira e económica) mas com o tempo, as transformações das estruturas internas e externas mostrar-se-ão suportáveis e até benéficas, consoante formos percebendo que a transformação do que é velho em novo é inexorável, dolorosa e necessária. Sempre foi assim.

O poder será dos que têm "boa vontade", já que só será exercido na medida em que for permitido. Status será dos que souberem "Fazer" e souberem "Ser" e não apenas dos que sabem "Ter". "Ter"

será substituído por "Ser" na escala de valores do inconsciente colectivo. Poder aquisitivo será um acessório, não mais uma premissa.

Dificuldades? Sim, muitas. Principalmente antes de termos estabelecido as nossas novas referências em termos de segurança e estabilidade.

Faltam os textos de Plutão em Aquário e Peixes. Para mim é difícil comparar épocas tão distantes, como as ocorrência da última vez que Plutão esteve em Aquário (1778-1798) e Peixes (1798-1821).

1 comentários:

Pedro Costa disse...
27 de janeiro de 2016 às 10:42  

um pergunta eu nasci a 3/7/1984 as 22.20h em Lisboa, será que tenho Plutão em Balança ou em Escorpião???

22 de novembro de 2007

Plutão nos signos

Plutão nos signos

Eliminação, renovação, regeneração, finais e começos, são palavras-chave para definir Plutão. Tem a ver com a actividade subterrânea do inconsciente. A sua missão consiste em trazer para a luz as nossas facetas mais ocultas, encaminhar para a superfície tudo o que deve ser eliminado durante o processo de regeneração. Obriga a abrir pela força a consciência face a um problema, enfrentando-o com a nossa mais cruel realidade. Traz para a luz todos os traços sujos, tudo o que é inútil, todos os demónios que temos dentro.

Plutão desnuda, deixa-nos no vácuo mais absoluto. As alterações produzidas por este planeta podem ser regenerativas ou degenerativas, mas sempre serão profundas. É um planeta obsessivo que concentra, intensifica e vai para além dos limites. O seu princípio é sair da norma para entrar no campo do extraordinário.

Plutão faz-nos destruir o que amamos, o que tem sido o nosso ponto de apoio e causa da nossa conduta, mas que deixou de nos servir. Sabemos que nascer implica crise; renascer também.

As datas que aparecem mais abaixo à frente de cada signo, indica-nos a última vez que Plutão transitou por esse espaço do zodíaco.

Plutão em Carneiro (1821-1852)
Esta geração caracterizou-se pelo seu espírito revolucionário; teve de vencer sérios obstáculos e viver momentos de muita dureza a fim de conseguir liberdade e uma nova forma de vida, tal como a conquista do Oeste americano. Pioneiros, reformadores, líderes de qualquer causa obcecados pelo valor «pessoal», sempre dispostos a destruir qualquer obstáculo à sua vontade, que não reconhecem limites; Plutão em Carneiro manifesta-se de forma individualista. A necessidade de mudar todo o precedente traduz-se numa urgência pela transformação pessoal. Põe a descoberto o que deixou de nos servir do ciclo anterior e propicia a procura de novos valores.

Plutão em Touro (1852-1884)
Com Plutão em Touro, todo o oculto «debaixo da terra» tende a sair para o exterior, tanto o que gera riqueza, agricultura, minas e escavações, como o que produz destruição, terramotos, erupções súbitas. É um período de realizações práticas, de utilitarismo e cientismo materialista. O esforço e a capacidade criativa invertem-se no plano do tangível. Predomina a tendência para garantir o bem-estar e a segurança, para acumular poder pessoal. É a geração dos poderosos industriais e financeiros. Marcou um período de grande expansão económica, sobretudo na indústria, com a construção de grandes fábricas e a produção de maquinarias. Consolidou-se a reforma agrária e a exploração comercial em grande escala.

Plutão em Gémeos (1884-1914)
Plutão em Gémeos enfatiza a comunicação no seu sentido mais lato. Os meios de comunicação — jornais, transportes, aviação — as novas ideias expandem-se aceleradamente. Este desenvolvimento da comunicação divulga rapidamente em todo o mundo os inventos e as descobertas; esta época termina com o isolamento dos povos e das diferentes culturas. Foi a época em que apareceu o automóvel, o avião, o telefone, o fonógrafo, etc. A oportunidade que brinda Plutão em Gémeos é a de regenerar a mente, convertendo-a num poderoso instrumento capaz da visão mais aguda e penetrante.

Plutão em Caranguejo (1914-1939)
Caranguejo significa lar, família, clã, tradição, nação. Esta geração passou através da completa destruição e transformação de tudo o que estes conceitos significam. A permanência de Plutão em Caranguejo contrariou literalmente todo o esquema tradicional e as pessoas desta geração, entre as quais é frequente verificarem-se intensas uniões e cega obediência à família e à nação, sofrerão uma trágica desilusão quando, ao longo da sua vida, se virem separadas tanto de uma como de outra. Plutão em Caranguejo começou com a Primeira Guerra Mundial e permaneceu até à Segunda.

Esta geração sabe muito a respeito do lado destrutivo do planeta. Por isso, não é estranho encontrar muitas pessoas de Plutão em Caranguejo com uma forte inclinação para o passado, para a protectora imagem convencional do «lar», mais do que para enfrentar mudanças e revoluções.

Plutão em Leão (1939-1957)
Este período esteve marcado pelo egoísmo, pelo orgulho e pelo desejo de poder dos dirigentes das nações. Os jovens desta geração são os primeiros que, em grande escala, podem ir para a universidade; isto notar-se-á anos mais tarde, na rebeldia perante uma forma de vida para eles carente de sentido. A geração com Plutão em Leão torna-se consciente da sua individualidade; a expressão do ego é imperiosa. Esta necessidade de manifestar a própria individualidade, de projectar-se e de criar a partir de si mesmo e, em consequência, a resistência a qualquer tipo de norma, controlo e poder, estavam em clara oposição à situação em geral, manipulada por toda a espécie de ditadores, tanto na esfera económica como na política. O segmento da sociedade com Plutão em Leão quebrou todas as regras e elegeu-se líder da mesma. Os «Teenager» (ou adolescentes como fenómeno social diferenciado) e a ampla gama de movimentos dos anos sessenta e setenta — desde os «rockers» aos «beatniks» — deixaram uma marca indelével na história.

Plutão em Virgem (1957-1972)
Virgem rege o quotidiano, o mundo do trabalho, o serviço e a saúde, entre outras coisas, e são estes conceitos que se vêem afectados pela estadia de Plutão neste signo. Esta geração viu alterarem-se substancialmente os conceitos sobre a saúde. Plutão em Virgem significou um regresso a certas formas do natural, às velhas receitas (o uso das ervas, o vegetarianismo, etc.), e a um forte repúdio dos produtos químicos. O homem preocupa-se com o seu corpo, enquanto se torna pública a manipulação sobre os alimentos e proliferam as associações em defesa do consumidor, da mesma forma que, noutro âmbito, os sindicatos se pronunciaram em defesa do trabalhador. Outra faceta deste período é o «faça você mesmo», o que também inclui o auto-serviço nos restaurantes. Também foi dado início à preocupação ecologista, assim como a enorme proliferação dos gurus ocidentais. Nessa época os computadores produzem uma revolução não só na ciência, como também no comércio, na indústria e em todos os âmbitos da vida quotidiana. Como Plutão rege Escorpião, o signo do sexo, e Virgem é o signo da saúde, este período viu o desenvolvimento de métodos para o controlo da natalidade.

Plutão em Balança (1972-1984)
Balança é o signo da justiça, das relações humanas e das associações. Plutão neste signo estimulou grandes mudanças nas leis das relações, no que se refere ao controlo da natalidade, dos direitos humanos e do matrimónio. As bases e as motivações tradicionais das relações dos casais praticamente desapareceram, e com elas muita da hipocrisia e das convenções sociais. A moralidade estreita ou os romantismos sem sentido já não geram relações. Os que não chegaram a tempo da união livre têm, agora, a opção do divórcio. Balança significa reequilibrar, corrigir erros, e muitas pessoas aproveitam-se desta ocasião. Separar o verdadeiro do falso é função de Balança, que pesa o valor de cada coisa; mas também é função de Plutão que arrasta para a luz tudo o que é falso e inútil. Balança é um signo do Ar e Plutão tem de limpar a poluição mental. Plutão traz a capacidade de reorganizar-se; Balança oferece a oportunidade de escolher. Tudo o que entendemos por lei — seja civil, religiosa, moral ou ética — está a ser questionado nas suas bases. Plutão faz o seu trabalho regenerador, restabelecendo a igualdade inerente a toda a humanidade.

Plutão em Escorpião (1984-1995)
Escorpião é um signo de Água, e a água representa as emoções e os sentimentos. Plutão em Escorpião vai pôr em relevo o imenso poder da emoção. Na realidade, o que Escorpião demanda é conhecer a reacção dos outros perante a emoção, a amizade e o amor; sabe que somente o calor do afecto dos outros pode derreter o seu gelo. A sua ansiedade consiste em acalmar a tormenta emocional interna, viver em paz consigo e com os outros. Em definitivo, procura conhecer-se como indivíduo; e isto é importante, uma vez que a presença de Plutão em Escorpião faculta a oportunidade da integração de todas as pessoas, países e raças, na base do respeito pela individualidade de cada um. Na época que estamos a viver, começam a ser levadas a cabo importantes experiências espirituais por muitas pessoas. Grupos com uma orientação filosófica ocultista encontram-se em primeiro plano. Do ponto de vista político, os movimentos colectivos têm cada vez mais poder. «Regeneração ou morte» é a palavra de ordem do momento. Neste período oferece-se a oportunidade de se conseguir a comunhão, a grande comunidade com todos os restantes seres humanos. Mas, se a compreensão, a tolerância e o respeito não forem possíveis, então Plutão ensinará forçosamente o homem através da destruição (a terceira guerra mundial?), e da necessidade de se regenerar para se preparar para a era de Aquário.

Plutão em Sagitário (1995-2008/2010)
Sagitário é o signo da filosofia e da religião da mente abstracta. Plutão focará a sua mente em realidades extraordinárias, em filosofias profundas. A necessidade de conhecer e compreender a finalidade da vida levará a uma expansão espiritual. Depois da crise emocional do trajecto por Escorpião, haverá uma mudança para os valores espirituais e, provavelmente, estabelecer-se-ão a nível internacional novas ideologias e políticas com o objectivo de construir uma sociedade melhor. Uma vez que Sagitário é o signo das grandes viagens, o desejo de explorar os mais longínquos horizontes, quer na Terra ou para além dela, tornar-se-á presente. Plutão trará uma grande transformação no conhecimento de outros mundos através do desenvolvimento das viagens espaciais.

Esclarecimento: A maioria dos tratados sobre Astrologia interrompem no signo Sagitário (1995-2010) a incidência de Plutão no Zodíaco, por considerarem que seria demasiado arriscado vaticinar como seria o futuro.

Plutão em Capricórnio (12008/2010- 2023)
Por ainda estar a decorrer o trânsito de Plutão em Capricórnio, ainda estamos a aprender o simbolismo deste posicionamento. Aqui vai o que até à data consegui perceber.

Estamos no início de um novo ciclo de Plutão em Capricórnio. Vamos viver uma importe alteração nos nossos conceitos básicos sobre Hierarquia, Autoridade e Respeito. Essa alteração vai ser cada vez mais sentida na carne, na experiência da vida. São os “tempos chegados”. E tem data marcada e será inexorável no seu cumprimento. Já se nota que está a funcionar (encontra-se a 2 graus de Capricórnio), mas a partir de Novembro de 2008 o novo ciclo estará aí, a funcionar em pleno.

Estas alterações forçar-nos-ão a reavaliar os nossos critérios a respeito "do que ouvir", "em que acreditar", "onde colocar as nossas atenções" e "a quem nos colocarmos à disposição". Cooperação será a tónica de uma nova abordagem colectiva de relacionamentos hierárquicos, não como reacção à autoridade, mas como resposta às necessidades de se assumir a própria responsabilidade diante da vida que nos cerca. Paternalismos não mais caberão nas nossas expectativas: aquele ser austero, que mantém tudo nos trilhos, está a desaparecer.

Num primeiro momento haverá muito medo e insegurança, (já se nota no desemprego e na crise financeira e económica) mas com o tempo, as transformações das estruturas internas e externas mostrar-se-ão suportáveis e até benéficas, consoante formos percebendo que a transformação do que é velho em novo é inexorável, dolorosa e necessária. Sempre foi assim.

O poder será dos que têm "boa vontade", já que só será exercido na medida em que for permitido. Status será dos que souberem "Fazer" e souberem "Ser" e não apenas dos que sabem "Ter". "Ter"

será substituído por "Ser" na escala de valores do inconsciente colectivo. Poder aquisitivo será um acessório, não mais uma premissa.

Dificuldades? Sim, muitas. Principalmente antes de termos estabelecido as nossas novas referências em termos de segurança e estabilidade.

Faltam os textos de Plutão em Aquário e Peixes. Para mim é difícil comparar épocas tão distantes, como as ocorrência da última vez que Plutão esteve em Aquário (1778-1798) e Peixes (1798-1821).

1 comentário:

Pedro Costa disse...

um pergunta eu nasci a 3/7/1984 as 22.20h em Lisboa, será que tenho Plutão em Balança ou em Escorpião???

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