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O casamento secreto de Brad Pitt e Angelina Jolie

3 de janeiro de 2013 · 3 comentários


Segundo o jornal britânico «Daily Telegraph», Brad Pitt [49 anos] e Angelina Jolie [37 anos] já são marido e mulher, depois de 7 anos juntos e após terem anunciado em Abril 2012 o seu noivado.

Brad Pitt
18 Dezembro 1963 - 11:48:44
Shawnee, Oklahoma, USA
35N19  96W55
[Sol em Sagitário, Lua em Capricórnio, Ascendente Peixes]

Angelina Jolie
4 Junho 1975 - 11:52:13
Los Angeles, California, USA
34N03  118W14
[Sol em Gémeos, Lua em Carneiro, Ascendente Virgem]

Para quem quiser fazer a análise astrológica a informação
diz-nos que o casamento terá sido no dia 25 Dezembro 2012.


A família completa. os pais e os 6 filhos.

O casal teria realizado uma cerimónia secreta de casamento nas ilhas Turcas e Caicos, no Caribe, durante as férias natalícias em Parrot Cay, na casa da estilista Donna Karan.


Foram testemunhas da cerimónia, os seis filhos do casal, e a família inteira de Brad, os seus pais Jane e William Pitt e os seus irmãos Doug e Julie e as suas respectivas famílias. Num total de 22 pessoas. Apesar de muito apregoado que teriam levado 12 amas para tomarem conta dos seus 6 filhos, diz o «New York Post» que «No nannies have been seen.» [Não foi vista nenhuma ama.]


A família em viagem, em Agosto passado, para férias na Europa.

Os trânsitos de Brad Pitt dizem-nos que: Júpiter em trânsito faz um belo sextil ao Júpiter natal. A Parte da Fortuna entrou na Casa 7, o sítio que trata, entre outras coisas, das parcerias de casamentos. Sol e Plutão em trânsito em uma conjunção a Marte natal.


Brad e Angelina conheceram-se no set das filmagens da película «Sr. e Sra. Smith», em 2004, quando Brad Pitt ainda era casado com Jennifer Aniston. Em Janeiro 2005, já divorciado, o seu romance com Angelina Jolie foi anunciado. Sete anos depois de iniciarem o seu romance, casaram-se. Isto é raro em Hollywood, pois o habitual é a separação nestes ciclos de 7 anos. Brad Pitt usou muito bem o seu Saturno, pois ele queria este casamento, enquanto que Angelina Jolie preferia manter-se solteira, mesmo tendo 3 filhos biológicos do actor, além de outros 3 que são adoptados.



Angelina Jolie no aeroporto, a caminho das ilhas Turcas e Caicos, vendo-se na foto 
com 4 dos seus 6 filhos. Brad Pitt, que não se vê na foto, está um pouco mais atrás,
com os dois filhos restantes.

Quando se conheceram, Angelina Jolie já tinha adoptado o menino cambojano de nome Madox. Brad Pitt, nessa altura (Janeiro 2005) não tinha filhos. Em Abril 2005, ainda só existia a criança Madox. No entanto, 3 meses depois, em Julho 2005, adoptaram em conjunto a menina etíope Zahara. E.nessa ocasião, Brad Pitt perfilhou Madox, o mais velho dos seus filhos.

Em Janeiro 2006 o casal confirmou que Angelina estava grávida. Era o primeiro bebé biológico que vinha a caminho. Era a menina Shiloh. Entretanto, adoptaram Pax uma menina vietmanita, em Março 2007. Em 12 Julho 2008, nasceram os gémeos biológicos Knox Leon e Vivienne Marcheline, em Nice, França. [Sobre os gémeos, ver aqui.]


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Filmes da minha vida - Inglourious Basterds [Sacanas Sem Lei]

8 de outubro de 2012 · 1 comentários



Este foi um dos filmes que vi na noite de Consoada. E ainda bem que assim foi, pois não tivera oportunidade de o ver em sala de cinema, a quando da sua estreia. Gostei imenso de «Inglorious Basterds». Demais. Passado entre nós com o patético título de «Sacanas Sem Lei». Ainda por cima, com uma justificação boba: 'Malandros, Patifes ou Meliantes parece que já estavam registados'. Gente, o problema não está na palavra 'sacanas', mas sim o 'sem lei'. É no que dá, quando a falta de criatividade impera.

É um filme de Quentin Tarantino, o que faz com que assistamos a uma peça montada como só os contadores de histórias o sabem fazer. Com uma valente piscadela de olhos aos espectadores cinéfilos. Encontramos todos os ingredientes que dão prazer aos cinéfilos. Quanto ao grande público, duvido que apreciem as minudências de um filme com assinatura.


Christoph Waltz no papel do Coronel Hans Landa, 'o caçador de judeus'.
Um excelente actor e um grande papel.



Shoshanna Dreyfus [Mélanie Laurent] assiste à execução da sua família, directamente pelas mãos do Coronel nazi Hans Landa, o conhecido 'caçador judeu' [Christoph Waltz]. Mesmo assim, Shoshanna consegue fugir para Paris e começar de novo, com uma identidade falsa, neste caso, enquanto dona de um cinema.

Entretanto, o americano Tenente Aldo Raine [Brad Pitt] organiza um grupo de soldados judeus, orientado para atacar alvos localizados na França ocupada: os famosos 'Basterds' (sacanas, malditos, patifes). Por favor, não traduzam para 'bastardos', pois nesse caso, a palavra inglesa é outra - bastards. Uma pequena nuance que altera todo o sentido.

Juntamente com uma actriz alemã e agente infiltrada, de seu nome Bridget von Hammersmark [Diane Kruger], eles planeiam derrubar o Terceiro Reich. Os destinos convergem todos para o cinema onde Shoshanna planeia a sua própria vingança, pois todo o estado maior nazi, incluindo Adolf Hitler, estaria presente numa gala de propaganda ao regime, com a exibição do filme germânico "O Orgulho da Nação", que conta a história de um soldado alemão que em 3 dias matou mais de 300 soldados americanos, tornando-se num herói do regime.

Para essa sala de cinema, havia dois planos distintos com um objectivo comum: a destruição do III Reich. Nenhum dos grupos tinha conhecimento do outro.

A dona do cinema,
Shosanna [Mélanie Laurent] que, anos antes, havia escapado à fúria assassina do 'caçador de judeus', preparou-se meticulosamente para incendiar o seu próprio cinema, fazendo arder 350 filmes guardados em nitrato. Para isso, contava com a colaboração do projeccionista da sala, o seu namorado Marcel [Jacky Ido]. O plano era colocarem atrás do ecrã todas as cópias de filmes altamente inflamáveis, fecharem todas as saídas e esturricarem os presentes. Era a vingança pessoal da judia Shoshanna Dreyfus e do seu namorado de raça negra. Menciono a raça do namorado, apenas para enfatizar a ironia de Tarantino: judeus e negros, duas das raças mais odiadas pelo regime nazi.

O outro plano pertencia aos serviços secretos dos aliados, que contava com a ajuda da actriz alemã, a viver em França e refugiada do nazismo, Bridget von Hammersmark [Diane Kruger], uma famosa actriz alemã que na verdade colabora com a Resistência Francesa. A ideia era conseguirem introduzir os 'basterds' na sala de cinema, para fazerem explodir o recinto com dinamite.

Como compreenderão, estou a simplificar muito. Este é o plot do filme.








Brad Pitt, com 46 anos, feitos no passado dia 18 de Dezembro, chegou àquela fase da sua carreira, em que pode escolher papéis insólitos e marcantes, demonstrando ser um excelente actor, à maneira dos grandes nomes como Robert De Niro e Marlon Brando, que passaram a ser mais apreciados pela sua arte e menos pela sua beleza e bom aspecto. Neste filme, Brad Pitt, chega a parecer irreconhecível, tal foi a quantidade de tiques que ele incorporou à excelente interpretação do seu personagem. Muito bom.



Quentin Tarantino chamou Brad Pitt, Diane Kruger, Daniel Bruhl, Christoph Waltz, Mike Meyers, Michael Fassbender e Mélanie Laurent para participarem num tributo a «Quel Maledetto Treno Blindato», um filme de guerra italiano, de 1978, realizado por Enzo Castellari e que saiu nos EUA com o título "The Inglorious Bastards". Por isso, Tarantino deu ao seu filme, um título muito similar: «Inglorious Basterds».

Um dos teaser do filme.



Este filme não trata especificamente de ser mais uma película sobre a Segunda Guerra Mundial. Nada disso. O 'cenário-ambiente' é esse. Mas o filme é um excelente exercício de história alternativa, de história ficcional, com uma enorme homenagem ao «cinema».


Se não, vejamos: uma sala de cinema, uma dona dessa sala, um projeccionista, uma famosa actriz alemã, as 350 cópias de filmes embebidos em nitrato, a projecção de um filme nazi e dezenas de dezenas de outros pormenores cinematográficos. Se juntarmos a esta homenagem ao «cinema», ao facto de todos sabemos que o Terceiro Reich investiu imenso na propaganda através de filmes e documentários, resta apenas esta ideia genial: fazer com que o Terceiro Reich desapareça numa sala de cinema. Absurdo? Não. Absolutamente cinéfilo. :)))


Só um cineasta de grande arcabouço se atreveria a fazer um filme para o público americano, onde se falam várias línguas: americano, inglês, alemão, francês, italiano, espanhol. Um filme, maduro, sério e ao mesmo tempo muito divertido.



Brad Pitt    no papel do 'basterd' Tenente Aldo Raine. Grande papel e grande actor. A sua especialidade neste filme... bom, não posso contar, lamento mesmo.



Um dos teaser do filme.

Site do filme:
www.inglouriousbasterds-movie.com/



Mais sites sobre o filme: 1 - 2 - 3




Quentin Tarantino, ao centro, no set de filmagens.



Um dos teaser do filme.


Diane Kruger no papel da actriz alemã Bridget von Hammersmark.
Um desempenho excelente.


Eli Roth no papel do Sargento Donny Donowitz.
Um verdadeiro 'basterd'.


Mélanie Laurent no papel da judia Shosanna Dreyfus,
dona do cinema onde se desenrolam as cenas principais do filme.


Vídeos

Com legendas em português






Em francês






Oiçam o americano Aldo Raine [Brad Pitt] a tentar dizer
com pronúncia italiana a palavra 'arriverdeci'.
Intencional e delirante. Grande filme. Grande actor.






1ªpublicação no «Cova do Urso» em 26-12-2009





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As Jennifers

28 de junho de 2012 ·

1 Novembro 1972
Chicago, USA
Depois de se divorciar do actor e director John Mallory Asher, em 2005, a modelo da Playboy [6 vezes capa e a repetir na edição de Julho/Agosto, aos 39 anos] começou a namorar o actor Jim Carrey. Após um badalado romance de cinco anos, Jenny McCarthy resolveu aderir à moda e teve namorado bem mais jovem que ela: Jason Toohey, mas rapidamente decidiu que preferia os homens da sua geração, e assim começou a namorar com o agente desportivo, Paul Krepelka, de 43 anos.

7 Dezembro 1979
Louisville, Kentucky, USA
Em 2007, Jennifer Carpenter chamou a atenção do seu colega de elenco da série «Dexter» Michael C. Hall. Ela acompanhou-o d eperto enquanto ele se tratava do cancro, mas o matrimónio não resistiu a tão duro embate e separaram-se em Dezembro.

11 Fevereiro 1969
Sherman Oaks, California, U.S.A.
A namoradinha da América, agora com 43 anos, está apaixonada por Justin Theroux. Os seus amores anteriores incluem Brad Pitt [com quem se casou], John Mayer, Vince Vaughn, Tate Donovan, Adam Duritz e Josh Hopkins. Esta Jennifer nunca aderiu a toyboys como namorados.

24 July 1969
The Bronx, New York, USA
Assim que se começou a cansar do último marido, o cantor Marc Anthony, com quem esteve casada 7 anos, começou a namoriscar com o actor mais jovem Bradley Cooper, até que decidiu ficar com o ainda mais jovem bailarino Casper, claramente, o seu toyboy. Outros ex-maridos e namorados: Ojani Noa, Cris Judd, Diddy e Ben Affleck. A vedeta está a curtir a vida como nunca o fez.

21 Fevereiro 1979
Waco, Texas, USA
A estrela, que fez aquele papel sem um pingo de tempero, falando com os mortos e que, aparentemente, os americanos adoraram pois teve 6 temporadas [de 2005 a 2010] de enorme sucesso, tem desde 2010 a nova série 'The Client List', que está a ser outro mega-sucesso. Jennifer Love Hewitt não brinca em serviço: é a estrela das séries, mas é, também, a produtora executiva das mesmas. Muito bem sucedida no trabalho e pouco realizada no amor. Alguns dos seus ex-namorados: Carson Daly, John Mayer, Jamie Kennedy, Ross McCall, Alex Beh, Jarod Einsohn, Jake Gyllenhaal e Wilmer Valderrama. Até agora não tem procurado ter toyboys.

12 Setembro 1981
Chicago, Illinois, USA
Esta jovem é pouco namoradeira. Actualmente está noiva do lutador wrestler David Otunga e, anteriormente teve um relacionamento muito prolongado com James Payton, um cidadão de Chicago.

17 Abril 1972
Houston, Texas, USA
Foi casada Scott Foley (2000–04) e em 2005 apaixonou-se perdidamente por Ben Affleck, com quem está casada e com quem já teve 3 filhos: Violet (2005), Seraphina (2009) e Samuel (2012). Pelos vistos está a aguentar bem a crise dos 7 anos. Esta é a minha Jennifer preferida, pelo menos não perco um só dos seus filmes.

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Filmes da minha vida - Cultura Pop - Vampiros no cinema

27 de julho de 2010 · 19 comentários


«Entrevista com o vampiro» representou para mim o culminar da cultura pop, no género cinematográfico sobre vampiros. A partir daí surgiram inúmeros filmes baseados no mesmo tema. Obviamente, que antes de «Entrevista com o Vampiro», tinham sido feitos outros filmes sobre vampiros, mas foi este quem provocou impacto mundial e inseriu-se na corrente conhecida como 'pop culture'. Analisando o cartaz do filme, podemos perceber que o nome do Tom Cruise encabeça o cartaz, o que nos diz que já era uma grande vedeta em 1994 e ainda em fase de ascensão os actores Brad Pitt, António Banderas e Christian Slatter.O filme conta a história de Louis (Brad Pitt), um vampiro que foi transformado no século XVIII por Lestat (Tom Cruise). Enquanto Lestat acredita que deu a Louis a maior dádiva que pode existir, este acredita que na verdade foi condenado ao inferno, e só encara a morte como válvula de escape, enquanto o medo o aflige. Ele passa a sua vida imortal à procura de um significado para a sua condição, ou pelo menos algum outro de sua espécie. Em Paris, Louis (Brad Pitt) conhece Armand (Antonio Banderas), o líder de um grupo de vampiros, e espera que ele, já que é provavelmente o mais velho vampiro existente, dê-lhe algumas respostas, o que descobre não ser possível. Logo após, o grupo que Armand lidera assassina Claudia, levando Louis a uma fria vingança que não poupa ninguém, a não ser o próprio Armand. Por fim, Louis (Brad Pitt) volta sozinho aos Estados Unidos, onde continua sua vida.



«Bram Stocker's Drácula» é um filme dirigido por Francis Ford Coppola em 1992, com Gary Oldman, Anthony Hopkins, Winona Ryder e Keanu Reeves. Este filme segue o torturado percurso do príncipe da Transilvânia, personagem devastadoramente sedutora, interpretada por Gary Oldman, na sua viagem da Europa de Leste para a Londres do século XIX em busca de Elisabeta, o seu amor há muito perdido, que reencarnou na bela Mina (Winona Rider). Pelo caminho, o Conde Drácula muda de aparência diversas vezes, mudando de velho para novo, e de homem para animal. Anthony Hopkins co-protagoniza este filme no papel do famoso Dr. Van Helsing, que se atreve a acreditar em Drácula, e que é suficientemente corajoso para lhe fazer frente, e Keanu Reeves é Jonathan Harker, que é forçado a combater as malignas forças do Conde Drácula pelo amor de Mina. Com uma fotografia espantosa, Drácula é um filme apaixonante, sedutor e completamente irresistível onde a aspiração ao amor humano de um vampiro poderoso e pungente, conduz à sua destruição…




Da mesma maneira que se fala de filmes de vampiros, a cultura pop inclui os personagens opostos, aqueles que combatem os vampiros, apesar de ser um personagem híbrido, meio homem, meio vampiro. Neste caso temos «Blade», estrelado por Wesley Snipes. Blade nasceu como híbrido de humano com vampiro, pois foi contaminado ainda na barriga de sua mãe grávida, quando ela foi mordida pelo vampiro Deacon Frost. Com isso, ele se tornou poderoso e imortal e, com a ajuda de seu mentor Abraham Whistler, passou a combater os vampiros para vingar a morte de sua mãe. Um inimigo em especial aparece em seu caminho, e é justamente o seu "pai" vampírico Deacon Frost (Stephen Dorff), que pretende se tornar o líder dos vampiros e guiá-los num grande ataque contra a humanidade. Blade (no Brasil: Blade, O Caçador de Vampiros) é um filme de 1998, baseado nas histórias em quadrinhos de um personagem da Marvel criado por Marv Wolfman e Gene Colan. Esse filme gerou quatro sequências: Blade II lançado em 2002 e Blade: Trinity, lançado em Dezembro de 2004, Blade: A Nova Geração lançado em 2006 e a série de televisão Blade: The Series de 2006.



«
Underworld Evolution» (2006) é memorável pela presença de Kate Beckinsale. Simplesmente imperdível. É uma vampira que combate lobisomens. Underworld: Evolution (br: Anjos da Noite - A Evolução) é um filme de acção americano lançado em 2006 e dirigido por Len Wiseman. É o segundo filme da série Anjos da Noite. A saga continua quando a guerra explode entre os aristocráticos mercadores da morte (vampiros) e os bárbaros lycans (lobisomens). Este filme mostra o início da antiga disputa entre as duas tribos enquanto a heroína vampira Selene (Kate Beckinsale) descobre que foi traída pela sua própria raça e agora anseia buscar vingança com a ajuda de Michael (Scott Speedman). A dinâmica e moderna história recheada de ação mortal, intrigas brutais e amores proibidos a levará para uma grande batalha para acabar com todas as guerras que fará com que os imortais finalmente enfrentem o seu destino.



Como não podia deixar de ser, tinha que mencionar a série «Twilight». Escrevi um texto sobre os dois primeiros filmes desta série. Veja aqui.

Filmes da minha vida - A Paixão de Shakespeare (Portugal) / Shakespeare Apaixonado (Brasil)

1 de novembro de 2009 · 23 comentários

Apesar dos seus 5 Oscars, este filme não faz parte das lista dos críticos exigentes e conhecedores. Mas faz parte da minha lista. Eu sei, é uma coisa do coração, não da razão cinematográfica. Gostei muito deste filme... e pronto! Revejo sempre com agrado esta película de 1998, que é uma falsa biografia do famoso dramaturgo William Shakespeare.

É uma comédia romântica típica dos anos 90 mas com o toque de classe dos filmes de época: a trama é ambientada em 1593. É Verão e o jovem astro do teatro londrino da época, Will Shakespeare (Joseph Fiennes), sofre a pior punição possível a um artista: um bloqueio criativo. Não importa o quanto tente - apesar da pressão dos patrocinadores e dos donos do teatro - ele, simplesmente, não consegue trabalhar na sua mais recente peça, «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter».

O teatro em Londres do século XVI tinha grande aceitação popular e da nobreza. Ainda hoje, pois é a cidade com mais teatros a funcionar em simultâneo. A certa altura do filme, a Rainha Elizabeth I (Judi Dench) afirma que o teatro (então baseado em comédias de aventuras) não consegue reproduzir o amor trágico dos humanos. Representou um grande desafio para William.

Gwyneth Paltrow

Como os trovadores, Will sentia falta de uma musa. Foi quando Lady Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) entra na sua vida. Muito à frente de seu tempo, Viola quer ser actriz. As mulheres, no final do século XVI simplesmente não faziam isso. Qualquer coisa mais do que casar e ter filhos era considerada uma ousadia sem limites. Actuar numa peça de teatro, então, era considerado uma verdadeira depravação. Os papéis femininos no teatro isabelino eram desempenhados por homens.


Para conseguir realizar o seu sonho, Viola (Gwyneth Paltrow) disfarça-se de homem para fazer um teste na peça de Will. Mas o disfarce vai caindo à medida que a paixão começa. E a pena de Will (Joseph Fiennes) começa a fluir novamente, dessa vez, transformando o amor em palavras, com Viola tornando-se sua Julieta na vida real. A criação de Romeu viria logo depois. Mas a felicidade dos dois é ameaçada por mais um costume da época: os casamentos arranjados. Viola é forçada a casar-se com o insuportável Conde de Wessex (Colin Firth) e assim a acção prossegue.

Joseph Fiennes

Numa confusão de troca de identidades, recados truncados e desejos proibidos, William Shakespeare busca uma solução não apenas para a sua peça, mas para a sua própria paixão. E encontrou-a, transformando a sua peça «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter», no grande drama, conhecido internacionalmente, «Romeu e Julieta». Assim, conseguia provar à Rainha Elizabeth que o teatro também podia reproduzir as grandes paixões humanas, que o passa a proteger, defendendo Lady Viola. É espantosa a cena em que Viola, vestida de mulher é acusada de passar por homem na peça de teatro de Will; a Rainha olha-a detidamente e diz isto: 'a semelhança é assombrosa, mas não são a mesma pessoa'. Queen dixit!


Judi Dench

O director John Madden mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elizabeth, havendo vários pontos comuns entre elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro - e o desempenho de trabalhos masculinos: a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente do seu tempo - cultas, inteligentes, arrojadas. John Madden coloca na boca de Elizabeth as palavras: 'Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem.' Essas afinidades explicam porque a rainha protege a jovem Viola que transgredira um tabu ao subir no palco e representar um papel. Ironicamente, ela representa o papel de Romeu, enquanto um jovem rapaz representa Julieta.


Colin Firth e Judi Dench

Gossips:

Joseph Fiennes (Salisbury, 27 de maio de 1970) é um actor britânico nascido na Inglaterra. No mesmo ano em que estreou este filme, interpretou o principal papel masculino em «Elizabeth» com Cate Blanchet, filme já comentado neste blogue. Ver aqui.

Gwyneth Paltrow (27-09-1972) atingiu o grande estrelato com este filme. Em 1995 contracenara num papel secundário com Brad Pitt, no filme «7 Pecados Capitais», também mencionado neste blogue, aqui. Começaram a namorar nesse ano e terminaram a sua relação em 1997. Este namoro levou-a à categoria de grande celebridade, mas ainda sem grandes créditos como actriz principal. Conseguiu esse estatuto com o Oscar obtido pelo filme que tratamos hoje. Filha do director Bruce Paltrow e da actriz Blythe Danner casou-se em 5 de Dezembro de 2003 com Chris Martin, vocalista da banda de rock inglesa Coldplay, com quem tem dois filhos: Apple, nascida em 14 de Maio de 2004 e Moses, nascido em 10 de Abril de 2006.

Ben Afflleck

Judi Dench (Dame Judith Olivia Dench - North Yorkshire, 9 de Dezembro de 1934) faz o curto e decisivo papel da Rainha Elizabeth I. Judi Dench é a galardoada actriz britânica que desempenha o muito conhecido papel de «M» na série James Bond.

Ben Affleck, apesar de já ter uma carreira cinematográfica desde 1981 (era ainda criança) não atingira o estatuto de big star que hoje se lhe conhece, também faz um papel muito secundário, no personagem de Ned Alleyn, um famoso actor isabelino do século XVI, fundador do conhecido Dulwich College. Em breve atingiria o estrelato com os seus filmes e, também, com o namoro (caríssimo) com Jennifer Lopez.

Rupert Everett numa curta intervenção no papel de Christopher Marlowe, o eterno rival de William Shakespeare. Lembram-se dele no papel de amigo gay e chefe de Julia Roberts no filme 'O Casamento do Meu Melhor Amigo'? E aquele momentum delicioso em que a família da noiva (Cameron Diaz), liderados por Rupert Everett cantam, à mesa do restaurante? Inesquecível, essa cena.

Filmes da minha vida - Sete Crimes Capitais

2 de setembro de 2009 · 51 comentários



O maduro e culto inspector William Somerset (Morgan Freeman), um veterano negro da polícia de Nova Iorque, está a sete dias da reforma do seu trabalho como investigador. O seu substituto é o detective David Mills (Brad Pitt), recentemente transferido, um jovem branco com quem William se desentende desde o primeiro momento. Os dois são arrastados para a investigação de uma série de crimes brutais e bizarros.

Alguém a
nda a matar de forma sistemática várias pessoas, duplicando os sete pecados capitais e assassinando cada um deles de forma particularmente sádica. Metódico, grotesco e criativo, o assassino John Doe (Kevin Spacey) executa cada morte com uma perfeição absoluta e está prestes a executar a sua missão. Será que irá conseguir?


David Fincher
é um daqueles realizadores que me coloca sempre em estado de profunda ansiedade por cada filme que anuncia. «Sete Crimes Capitais» (1995) é uma das obras primas do moderno cinema americano. Talvez um dos melhores policiais de sempre.

O argumento é inteligente, profundo, filosófico por vezes, com várias alusões ao cristianismo (os sete pecados capitais fazem parte da teologia cristã e católica), com pormenores e metáf
oras subtis, absolutamente deliciosas. O ambiente é negro, aliás se Hitchcock realizasse filmes nesta década, com certeza seriam parecidos com «Se7en». A banda sonora é perturbadora encaixando perfeitamente no filme.

O elenco é formidável dando outro nível à longa-metragem. Brad Pitt prova que não é só uma cara bonita e Morgan Freeman foi a escolha certa para o filme. Kevin Spacey aparece em apenas meia hora de filme e não deixamos de ficar arrebatados pela sua interpretação de John Doe.
Gwyneth Paltrow faz o papel de Tracy Mills, esposa do detective David Mills (Brad Pitt), numa interpretação excelente e intensa. No entanto, como ainda não atingira o estrelato, pois era o 3º filme que fazia, Gwyneth Paltrow tem um papel secundário neste filme, com poucas falas.


«Sete Crimes Capitais» não é um filme leve, nem para ser visto por todas as idades. É uma visão muito realista do crime de hoje em dia. David Fincher não teme em chocar a audiência, assim como não tem problemas em mostrar um mundo decadente. Um mundo em que o crime impera. Dotado de um twist final fantástico que completa a saga do serial killer de uma forma brutal, este é daqueles filmes que nos deixam estarrecidos e boquiabertos perante um clima macabro, original, de cortar à faca e completamente envolvente.

Vaidade - Inveja - Preguiça - Avareza - Gula - Luxúria - Ira

Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os «sete pecados capitais» trata-se de uma classificação de condições humanas conhecidas actualmente como «vícios» que é muito antiga e que precede o surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar e proteger os seguidores, de forma a melhor compreender e melhor controlar os instintos básicos do ser humano.

O que foi visto como problema de saúde pelos antigos gregos, por exemplo, a depressão (melancolia, ou tristetia), chegou a ser transformado em pecado pelos grandes pensadores da Igreja Católica. Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.



O número 7 está muito presente no filme. O director David Fincher no início da película faz caminhar os protagonistas por uma rua onde o número de todas as portas começam por 7 (753, 748, 757...). Só reparei nisto quando vi o filme pela segunda vez.

O surpreendente final do filme - a «ira»
pela perda do ser amado. Os extremos tocam-se.

Brad Pitt, o grande esquecido do Oscar 2009

23 de fevereiro de 2009 · 8 comentários

«O Curioso Caso de Benjamin Button» é um filme dramático lançado em Dezembro de 2008, baseado em um conto homónimo publicado em 1921 pelo escritor F. Scott Fitzgerald (1896-1940). O filme foi dirigido por David Fincher (Zodíaco) e escrito por Eric Roth (Forrest Gump, O Informante, Ali), tendo como actores principais Brad Pitt e Cate Blanchett. O filme recebeu 13 nomeações ao Oscar, incluindo "Melhor Filme", "Melhor Director" (David Fincher) e "Melhor Actor" (Brad Pitt). Infelizmente, a estatueta não foi para este actor, nem para o director.


É a historia de um homem, Benjamin Button [Brad Pitt], que nasce com a aparência envelhecida dos 80 anos e por isso, pensando que ele é
um monstro, o seu pai abandonou-o. Benjamin é criado num lar e, enquanto pequeno, todos pensavam que ele iria acabar por morrer rapidamente.


Du
rante a sua infância conhece Daisy [Cate Blanchett], o grande amor da sua vida. Apesar de ninguém acreditar na sua sobrevivência, ele vai ficando mais novo ao longo dos anos, vendo os outros a envelhecer e a partir. Estamos portanto, perante o drama de, com a passagem do tempo, Benjamim rejuvenesce e Daisy envelhece. Então, como viver esse amor, já que a diferença das idades se distanciará cada vez mais?



Brad Pitt - 18 Dezembro 1963 - 11:48 - Shawnee, Oklahoma, USA

"O Curioso Caso de Benjamin Button" conta ainda com as presenças de Julia Ormond (Caroline), e da ganhadora do Oscar de melhor actriz coadjuvante de 2007, Tilda Swinton (Elizabeth Abbott).

Lembram-se de Cate Blanchet em «Elizabeth»?
Ver aqui um post que escrevi sobre esse filme.

A parceria Brangelina em acção na red carpet dos Oscar 2009.

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3 de janeiro de 2013

O casamento secreto de Brad Pitt e Angelina Jolie


Segundo o jornal britânico «Daily Telegraph», Brad Pitt [49 anos] e Angelina Jolie [37 anos] já são marido e mulher, depois de 7 anos juntos e após terem anunciado em Abril 2012 o seu noivado.

Brad Pitt
18 Dezembro 1963 - 11:48:44
Shawnee, Oklahoma, USA
35N19  96W55
[Sol em Sagitário, Lua em Capricórnio, Ascendente Peixes]

Angelina Jolie
4 Junho 1975 - 11:52:13
Los Angeles, California, USA
34N03  118W14
[Sol em Gémeos, Lua em Carneiro, Ascendente Virgem]

Para quem quiser fazer a análise astrológica a informação
diz-nos que o casamento terá sido no dia 25 Dezembro 2012.


A família completa. os pais e os 6 filhos.

O casal teria realizado uma cerimónia secreta de casamento nas ilhas Turcas e Caicos, no Caribe, durante as férias natalícias em Parrot Cay, na casa da estilista Donna Karan.


Foram testemunhas da cerimónia, os seis filhos do casal, e a família inteira de Brad, os seus pais Jane e William Pitt e os seus irmãos Doug e Julie e as suas respectivas famílias. Num total de 22 pessoas. Apesar de muito apregoado que teriam levado 12 amas para tomarem conta dos seus 6 filhos, diz o «New York Post» que «No nannies have been seen.» [Não foi vista nenhuma ama.]


A família em viagem, em Agosto passado, para férias na Europa.

Os trânsitos de Brad Pitt dizem-nos que: Júpiter em trânsito faz um belo sextil ao Júpiter natal. A Parte da Fortuna entrou na Casa 7, o sítio que trata, entre outras coisas, das parcerias de casamentos. Sol e Plutão em trânsito em uma conjunção a Marte natal.


Brad e Angelina conheceram-se no set das filmagens da película «Sr. e Sra. Smith», em 2004, quando Brad Pitt ainda era casado com Jennifer Aniston. Em Janeiro 2005, já divorciado, o seu romance com Angelina Jolie foi anunciado. Sete anos depois de iniciarem o seu romance, casaram-se. Isto é raro em Hollywood, pois o habitual é a separação nestes ciclos de 7 anos. Brad Pitt usou muito bem o seu Saturno, pois ele queria este casamento, enquanto que Angelina Jolie preferia manter-se solteira, mesmo tendo 3 filhos biológicos do actor, além de outros 3 que são adoptados.



Angelina Jolie no aeroporto, a caminho das ilhas Turcas e Caicos, vendo-se na foto 
com 4 dos seus 6 filhos. Brad Pitt, que não se vê na foto, está um pouco mais atrás,
com os dois filhos restantes.

Quando se conheceram, Angelina Jolie já tinha adoptado o menino cambojano de nome Madox. Brad Pitt, nessa altura (Janeiro 2005) não tinha filhos. Em Abril 2005, ainda só existia a criança Madox. No entanto, 3 meses depois, em Julho 2005, adoptaram em conjunto a menina etíope Zahara. E.nessa ocasião, Brad Pitt perfilhou Madox, o mais velho dos seus filhos.

Em Janeiro 2006 o casal confirmou que Angelina estava grávida. Era o primeiro bebé biológico que vinha a caminho. Era a menina Shiloh. Entretanto, adoptaram Pax uma menina vietmanita, em Março 2007. Em 12 Julho 2008, nasceram os gémeos biológicos Knox Leon e Vivienne Marcheline, em Nice, França. [Sobre os gémeos, ver aqui.]


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8 de outubro de 2012

Filmes da minha vida - Inglourious Basterds [Sacanas Sem Lei]



Este foi um dos filmes que vi na noite de Consoada. E ainda bem que assim foi, pois não tivera oportunidade de o ver em sala de cinema, a quando da sua estreia. Gostei imenso de «Inglorious Basterds». Demais. Passado entre nós com o patético título de «Sacanas Sem Lei». Ainda por cima, com uma justificação boba: 'Malandros, Patifes ou Meliantes parece que já estavam registados'. Gente, o problema não está na palavra 'sacanas', mas sim o 'sem lei'. É no que dá, quando a falta de criatividade impera.

É um filme de Quentin Tarantino, o que faz com que assistamos a uma peça montada como só os contadores de histórias o sabem fazer. Com uma valente piscadela de olhos aos espectadores cinéfilos. Encontramos todos os ingredientes que dão prazer aos cinéfilos. Quanto ao grande público, duvido que apreciem as minudências de um filme com assinatura.


Christoph Waltz no papel do Coronel Hans Landa, 'o caçador de judeus'.
Um excelente actor e um grande papel.



Shoshanna Dreyfus [Mélanie Laurent] assiste à execução da sua família, directamente pelas mãos do Coronel nazi Hans Landa, o conhecido 'caçador judeu' [Christoph Waltz]. Mesmo assim, Shoshanna consegue fugir para Paris e começar de novo, com uma identidade falsa, neste caso, enquanto dona de um cinema.

Entretanto, o americano Tenente Aldo Raine [Brad Pitt] organiza um grupo de soldados judeus, orientado para atacar alvos localizados na França ocupada: os famosos 'Basterds' (sacanas, malditos, patifes). Por favor, não traduzam para 'bastardos', pois nesse caso, a palavra inglesa é outra - bastards. Uma pequena nuance que altera todo o sentido.

Juntamente com uma actriz alemã e agente infiltrada, de seu nome Bridget von Hammersmark [Diane Kruger], eles planeiam derrubar o Terceiro Reich. Os destinos convergem todos para o cinema onde Shoshanna planeia a sua própria vingança, pois todo o estado maior nazi, incluindo Adolf Hitler, estaria presente numa gala de propaganda ao regime, com a exibição do filme germânico "O Orgulho da Nação", que conta a história de um soldado alemão que em 3 dias matou mais de 300 soldados americanos, tornando-se num herói do regime.

Para essa sala de cinema, havia dois planos distintos com um objectivo comum: a destruição do III Reich. Nenhum dos grupos tinha conhecimento do outro.

A dona do cinema,
Shosanna [Mélanie Laurent] que, anos antes, havia escapado à fúria assassina do 'caçador de judeus', preparou-se meticulosamente para incendiar o seu próprio cinema, fazendo arder 350 filmes guardados em nitrato. Para isso, contava com a colaboração do projeccionista da sala, o seu namorado Marcel [Jacky Ido]. O plano era colocarem atrás do ecrã todas as cópias de filmes altamente inflamáveis, fecharem todas as saídas e esturricarem os presentes. Era a vingança pessoal da judia Shoshanna Dreyfus e do seu namorado de raça negra. Menciono a raça do namorado, apenas para enfatizar a ironia de Tarantino: judeus e negros, duas das raças mais odiadas pelo regime nazi.

O outro plano pertencia aos serviços secretos dos aliados, que contava com a ajuda da actriz alemã, a viver em França e refugiada do nazismo, Bridget von Hammersmark [Diane Kruger], uma famosa actriz alemã que na verdade colabora com a Resistência Francesa. A ideia era conseguirem introduzir os 'basterds' na sala de cinema, para fazerem explodir o recinto com dinamite.

Como compreenderão, estou a simplificar muito. Este é o plot do filme.








Brad Pitt, com 46 anos, feitos no passado dia 18 de Dezembro, chegou àquela fase da sua carreira, em que pode escolher papéis insólitos e marcantes, demonstrando ser um excelente actor, à maneira dos grandes nomes como Robert De Niro e Marlon Brando, que passaram a ser mais apreciados pela sua arte e menos pela sua beleza e bom aspecto. Neste filme, Brad Pitt, chega a parecer irreconhecível, tal foi a quantidade de tiques que ele incorporou à excelente interpretação do seu personagem. Muito bom.



Quentin Tarantino chamou Brad Pitt, Diane Kruger, Daniel Bruhl, Christoph Waltz, Mike Meyers, Michael Fassbender e Mélanie Laurent para participarem num tributo a «Quel Maledetto Treno Blindato», um filme de guerra italiano, de 1978, realizado por Enzo Castellari e que saiu nos EUA com o título "The Inglorious Bastards". Por isso, Tarantino deu ao seu filme, um título muito similar: «Inglorious Basterds».

Um dos teaser do filme.



Este filme não trata especificamente de ser mais uma película sobre a Segunda Guerra Mundial. Nada disso. O 'cenário-ambiente' é esse. Mas o filme é um excelente exercício de história alternativa, de história ficcional, com uma enorme homenagem ao «cinema».


Se não, vejamos: uma sala de cinema, uma dona dessa sala, um projeccionista, uma famosa actriz alemã, as 350 cópias de filmes embebidos em nitrato, a projecção de um filme nazi e dezenas de dezenas de outros pormenores cinematográficos. Se juntarmos a esta homenagem ao «cinema», ao facto de todos sabemos que o Terceiro Reich investiu imenso na propaganda através de filmes e documentários, resta apenas esta ideia genial: fazer com que o Terceiro Reich desapareça numa sala de cinema. Absurdo? Não. Absolutamente cinéfilo. :)))


Só um cineasta de grande arcabouço se atreveria a fazer um filme para o público americano, onde se falam várias línguas: americano, inglês, alemão, francês, italiano, espanhol. Um filme, maduro, sério e ao mesmo tempo muito divertido.



Brad Pitt    no papel do 'basterd' Tenente Aldo Raine. Grande papel e grande actor. A sua especialidade neste filme... bom, não posso contar, lamento mesmo.



Um dos teaser do filme.

Site do filme:
www.inglouriousbasterds-movie.com/



Mais sites sobre o filme: 1 - 2 - 3




Quentin Tarantino, ao centro, no set de filmagens.



Um dos teaser do filme.


Diane Kruger no papel da actriz alemã Bridget von Hammersmark.
Um desempenho excelente.


Eli Roth no papel do Sargento Donny Donowitz.
Um verdadeiro 'basterd'.


Mélanie Laurent no papel da judia Shosanna Dreyfus,
dona do cinema onde se desenrolam as cenas principais do filme.


Vídeos

Com legendas em português






Em francês






Oiçam o americano Aldo Raine [Brad Pitt] a tentar dizer
com pronúncia italiana a palavra 'arriverdeci'.
Intencional e delirante. Grande filme. Grande actor.






1ªpublicação no «Cova do Urso» em 26-12-2009





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28 de junho de 2012

As Jennifers

1 Novembro 1972
Chicago, USA
Depois de se divorciar do actor e director John Mallory Asher, em 2005, a modelo da Playboy [6 vezes capa e a repetir na edição de Julho/Agosto, aos 39 anos] começou a namorar o actor Jim Carrey. Após um badalado romance de cinco anos, Jenny McCarthy resolveu aderir à moda e teve namorado bem mais jovem que ela: Jason Toohey, mas rapidamente decidiu que preferia os homens da sua geração, e assim começou a namorar com o agente desportivo, Paul Krepelka, de 43 anos.

7 Dezembro 1979
Louisville, Kentucky, USA
Em 2007, Jennifer Carpenter chamou a atenção do seu colega de elenco da série «Dexter» Michael C. Hall. Ela acompanhou-o d eperto enquanto ele se tratava do cancro, mas o matrimónio não resistiu a tão duro embate e separaram-se em Dezembro.

11 Fevereiro 1969
Sherman Oaks, California, U.S.A.
A namoradinha da América, agora com 43 anos, está apaixonada por Justin Theroux. Os seus amores anteriores incluem Brad Pitt [com quem se casou], John Mayer, Vince Vaughn, Tate Donovan, Adam Duritz e Josh Hopkins. Esta Jennifer nunca aderiu a toyboys como namorados.

24 July 1969
The Bronx, New York, USA
Assim que se começou a cansar do último marido, o cantor Marc Anthony, com quem esteve casada 7 anos, começou a namoriscar com o actor mais jovem Bradley Cooper, até que decidiu ficar com o ainda mais jovem bailarino Casper, claramente, o seu toyboy. Outros ex-maridos e namorados: Ojani Noa, Cris Judd, Diddy e Ben Affleck. A vedeta está a curtir a vida como nunca o fez.

21 Fevereiro 1979
Waco, Texas, USA
A estrela, que fez aquele papel sem um pingo de tempero, falando com os mortos e que, aparentemente, os americanos adoraram pois teve 6 temporadas [de 2005 a 2010] de enorme sucesso, tem desde 2010 a nova série 'The Client List', que está a ser outro mega-sucesso. Jennifer Love Hewitt não brinca em serviço: é a estrela das séries, mas é, também, a produtora executiva das mesmas. Muito bem sucedida no trabalho e pouco realizada no amor. Alguns dos seus ex-namorados: Carson Daly, John Mayer, Jamie Kennedy, Ross McCall, Alex Beh, Jarod Einsohn, Jake Gyllenhaal e Wilmer Valderrama. Até agora não tem procurado ter toyboys.

12 Setembro 1981
Chicago, Illinois, USA
Esta jovem é pouco namoradeira. Actualmente está noiva do lutador wrestler David Otunga e, anteriormente teve um relacionamento muito prolongado com James Payton, um cidadão de Chicago.

17 Abril 1972
Houston, Texas, USA
Foi casada Scott Foley (2000–04) e em 2005 apaixonou-se perdidamente por Ben Affleck, com quem está casada e com quem já teve 3 filhos: Violet (2005), Seraphina (2009) e Samuel (2012). Pelos vistos está a aguentar bem a crise dos 7 anos. Esta é a minha Jennifer preferida, pelo menos não perco um só dos seus filmes.

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27 de julho de 2010

Filmes da minha vida - Cultura Pop - Vampiros no cinema


«Entrevista com o vampiro» representou para mim o culminar da cultura pop, no género cinematográfico sobre vampiros. A partir daí surgiram inúmeros filmes baseados no mesmo tema. Obviamente, que antes de «Entrevista com o Vampiro», tinham sido feitos outros filmes sobre vampiros, mas foi este quem provocou impacto mundial e inseriu-se na corrente conhecida como 'pop culture'. Analisando o cartaz do filme, podemos perceber que o nome do Tom Cruise encabeça o cartaz, o que nos diz que já era uma grande vedeta em 1994 e ainda em fase de ascensão os actores Brad Pitt, António Banderas e Christian Slatter.O filme conta a história de Louis (Brad Pitt), um vampiro que foi transformado no século XVIII por Lestat (Tom Cruise). Enquanto Lestat acredita que deu a Louis a maior dádiva que pode existir, este acredita que na verdade foi condenado ao inferno, e só encara a morte como válvula de escape, enquanto o medo o aflige. Ele passa a sua vida imortal à procura de um significado para a sua condição, ou pelo menos algum outro de sua espécie. Em Paris, Louis (Brad Pitt) conhece Armand (Antonio Banderas), o líder de um grupo de vampiros, e espera que ele, já que é provavelmente o mais velho vampiro existente, dê-lhe algumas respostas, o que descobre não ser possível. Logo após, o grupo que Armand lidera assassina Claudia, levando Louis a uma fria vingança que não poupa ninguém, a não ser o próprio Armand. Por fim, Louis (Brad Pitt) volta sozinho aos Estados Unidos, onde continua sua vida.



«Bram Stocker's Drácula» é um filme dirigido por Francis Ford Coppola em 1992, com Gary Oldman, Anthony Hopkins, Winona Ryder e Keanu Reeves. Este filme segue o torturado percurso do príncipe da Transilvânia, personagem devastadoramente sedutora, interpretada por Gary Oldman, na sua viagem da Europa de Leste para a Londres do século XIX em busca de Elisabeta, o seu amor há muito perdido, que reencarnou na bela Mina (Winona Rider). Pelo caminho, o Conde Drácula muda de aparência diversas vezes, mudando de velho para novo, e de homem para animal. Anthony Hopkins co-protagoniza este filme no papel do famoso Dr. Van Helsing, que se atreve a acreditar em Drácula, e que é suficientemente corajoso para lhe fazer frente, e Keanu Reeves é Jonathan Harker, que é forçado a combater as malignas forças do Conde Drácula pelo amor de Mina. Com uma fotografia espantosa, Drácula é um filme apaixonante, sedutor e completamente irresistível onde a aspiração ao amor humano de um vampiro poderoso e pungente, conduz à sua destruição…




Da mesma maneira que se fala de filmes de vampiros, a cultura pop inclui os personagens opostos, aqueles que combatem os vampiros, apesar de ser um personagem híbrido, meio homem, meio vampiro. Neste caso temos «Blade», estrelado por Wesley Snipes. Blade nasceu como híbrido de humano com vampiro, pois foi contaminado ainda na barriga de sua mãe grávida, quando ela foi mordida pelo vampiro Deacon Frost. Com isso, ele se tornou poderoso e imortal e, com a ajuda de seu mentor Abraham Whistler, passou a combater os vampiros para vingar a morte de sua mãe. Um inimigo em especial aparece em seu caminho, e é justamente o seu "pai" vampírico Deacon Frost (Stephen Dorff), que pretende se tornar o líder dos vampiros e guiá-los num grande ataque contra a humanidade. Blade (no Brasil: Blade, O Caçador de Vampiros) é um filme de 1998, baseado nas histórias em quadrinhos de um personagem da Marvel criado por Marv Wolfman e Gene Colan. Esse filme gerou quatro sequências: Blade II lançado em 2002 e Blade: Trinity, lançado em Dezembro de 2004, Blade: A Nova Geração lançado em 2006 e a série de televisão Blade: The Series de 2006.



«
Underworld Evolution» (2006) é memorável pela presença de Kate Beckinsale. Simplesmente imperdível. É uma vampira que combate lobisomens. Underworld: Evolution (br: Anjos da Noite - A Evolução) é um filme de acção americano lançado em 2006 e dirigido por Len Wiseman. É o segundo filme da série Anjos da Noite. A saga continua quando a guerra explode entre os aristocráticos mercadores da morte (vampiros) e os bárbaros lycans (lobisomens). Este filme mostra o início da antiga disputa entre as duas tribos enquanto a heroína vampira Selene (Kate Beckinsale) descobre que foi traída pela sua própria raça e agora anseia buscar vingança com a ajuda de Michael (Scott Speedman). A dinâmica e moderna história recheada de ação mortal, intrigas brutais e amores proibidos a levará para uma grande batalha para acabar com todas as guerras que fará com que os imortais finalmente enfrentem o seu destino.



Como não podia deixar de ser, tinha que mencionar a série «Twilight». Escrevi um texto sobre os dois primeiros filmes desta série. Veja aqui.

1 de novembro de 2009

Filmes da minha vida - A Paixão de Shakespeare (Portugal) / Shakespeare Apaixonado (Brasil)

Apesar dos seus 5 Oscars, este filme não faz parte das lista dos críticos exigentes e conhecedores. Mas faz parte da minha lista. Eu sei, é uma coisa do coração, não da razão cinematográfica. Gostei muito deste filme... e pronto! Revejo sempre com agrado esta película de 1998, que é uma falsa biografia do famoso dramaturgo William Shakespeare.

É uma comédia romântica típica dos anos 90 mas com o toque de classe dos filmes de época: a trama é ambientada em 1593. É Verão e o jovem astro do teatro londrino da época, Will Shakespeare (Joseph Fiennes), sofre a pior punição possível a um artista: um bloqueio criativo. Não importa o quanto tente - apesar da pressão dos patrocinadores e dos donos do teatro - ele, simplesmente, não consegue trabalhar na sua mais recente peça, «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter».

O teatro em Londres do século XVI tinha grande aceitação popular e da nobreza. Ainda hoje, pois é a cidade com mais teatros a funcionar em simultâneo. A certa altura do filme, a Rainha Elizabeth I (Judi Dench) afirma que o teatro (então baseado em comédias de aventuras) não consegue reproduzir o amor trágico dos humanos. Representou um grande desafio para William.

Gwyneth Paltrow

Como os trovadores, Will sentia falta de uma musa. Foi quando Lady Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) entra na sua vida. Muito à frente de seu tempo, Viola quer ser actriz. As mulheres, no final do século XVI simplesmente não faziam isso. Qualquer coisa mais do que casar e ter filhos era considerada uma ousadia sem limites. Actuar numa peça de teatro, então, era considerado uma verdadeira depravação. Os papéis femininos no teatro isabelino eram desempenhados por homens.


Para conseguir realizar o seu sonho, Viola (Gwyneth Paltrow) disfarça-se de homem para fazer um teste na peça de Will. Mas o disfarce vai caindo à medida que a paixão começa. E a pena de Will (Joseph Fiennes) começa a fluir novamente, dessa vez, transformando o amor em palavras, com Viola tornando-se sua Julieta na vida real. A criação de Romeu viria logo depois. Mas a felicidade dos dois é ameaçada por mais um costume da época: os casamentos arranjados. Viola é forçada a casar-se com o insuportável Conde de Wessex (Colin Firth) e assim a acção prossegue.

Joseph Fiennes

Numa confusão de troca de identidades, recados truncados e desejos proibidos, William Shakespeare busca uma solução não apenas para a sua peça, mas para a sua própria paixão. E encontrou-a, transformando a sua peça «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter», no grande drama, conhecido internacionalmente, «Romeu e Julieta». Assim, conseguia provar à Rainha Elizabeth que o teatro também podia reproduzir as grandes paixões humanas, que o passa a proteger, defendendo Lady Viola. É espantosa a cena em que Viola, vestida de mulher é acusada de passar por homem na peça de teatro de Will; a Rainha olha-a detidamente e diz isto: 'a semelhança é assombrosa, mas não são a mesma pessoa'. Queen dixit!


Judi Dench

O director John Madden mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elizabeth, havendo vários pontos comuns entre elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro - e o desempenho de trabalhos masculinos: a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente do seu tempo - cultas, inteligentes, arrojadas. John Madden coloca na boca de Elizabeth as palavras: 'Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem.' Essas afinidades explicam porque a rainha protege a jovem Viola que transgredira um tabu ao subir no palco e representar um papel. Ironicamente, ela representa o papel de Romeu, enquanto um jovem rapaz representa Julieta.


Colin Firth e Judi Dench

Gossips:

Joseph Fiennes (Salisbury, 27 de maio de 1970) é um actor britânico nascido na Inglaterra. No mesmo ano em que estreou este filme, interpretou o principal papel masculino em «Elizabeth» com Cate Blanchet, filme já comentado neste blogue. Ver aqui.

Gwyneth Paltrow (27-09-1972) atingiu o grande estrelato com este filme. Em 1995 contracenara num papel secundário com Brad Pitt, no filme «7 Pecados Capitais», também mencionado neste blogue, aqui. Começaram a namorar nesse ano e terminaram a sua relação em 1997. Este namoro levou-a à categoria de grande celebridade, mas ainda sem grandes créditos como actriz principal. Conseguiu esse estatuto com o Oscar obtido pelo filme que tratamos hoje. Filha do director Bruce Paltrow e da actriz Blythe Danner casou-se em 5 de Dezembro de 2003 com Chris Martin, vocalista da banda de rock inglesa Coldplay, com quem tem dois filhos: Apple, nascida em 14 de Maio de 2004 e Moses, nascido em 10 de Abril de 2006.

Ben Afflleck

Judi Dench (Dame Judith Olivia Dench - North Yorkshire, 9 de Dezembro de 1934) faz o curto e decisivo papel da Rainha Elizabeth I. Judi Dench é a galardoada actriz britânica que desempenha o muito conhecido papel de «M» na série James Bond.

Ben Affleck, apesar de já ter uma carreira cinematográfica desde 1981 (era ainda criança) não atingira o estatuto de big star que hoje se lhe conhece, também faz um papel muito secundário, no personagem de Ned Alleyn, um famoso actor isabelino do século XVI, fundador do conhecido Dulwich College. Em breve atingiria o estrelato com os seus filmes e, também, com o namoro (caríssimo) com Jennifer Lopez.

Rupert Everett numa curta intervenção no papel de Christopher Marlowe, o eterno rival de William Shakespeare. Lembram-se dele no papel de amigo gay e chefe de Julia Roberts no filme 'O Casamento do Meu Melhor Amigo'? E aquele momentum delicioso em que a família da noiva (Cameron Diaz), liderados por Rupert Everett cantam, à mesa do restaurante? Inesquecível, essa cena.

2 de setembro de 2009

Filmes da minha vida - Sete Crimes Capitais



O maduro e culto inspector William Somerset (Morgan Freeman), um veterano negro da polícia de Nova Iorque, está a sete dias da reforma do seu trabalho como investigador. O seu substituto é o detective David Mills (Brad Pitt), recentemente transferido, um jovem branco com quem William se desentende desde o primeiro momento. Os dois são arrastados para a investigação de uma série de crimes brutais e bizarros.

Alguém a
nda a matar de forma sistemática várias pessoas, duplicando os sete pecados capitais e assassinando cada um deles de forma particularmente sádica. Metódico, grotesco e criativo, o assassino John Doe (Kevin Spacey) executa cada morte com uma perfeição absoluta e está prestes a executar a sua missão. Será que irá conseguir?


David Fincher
é um daqueles realizadores que me coloca sempre em estado de profunda ansiedade por cada filme que anuncia. «Sete Crimes Capitais» (1995) é uma das obras primas do moderno cinema americano. Talvez um dos melhores policiais de sempre.

O argumento é inteligente, profundo, filosófico por vezes, com várias alusões ao cristianismo (os sete pecados capitais fazem parte da teologia cristã e católica), com pormenores e metáf
oras subtis, absolutamente deliciosas. O ambiente é negro, aliás se Hitchcock realizasse filmes nesta década, com certeza seriam parecidos com «Se7en». A banda sonora é perturbadora encaixando perfeitamente no filme.

O elenco é formidável dando outro nível à longa-metragem. Brad Pitt prova que não é só uma cara bonita e Morgan Freeman foi a escolha certa para o filme. Kevin Spacey aparece em apenas meia hora de filme e não deixamos de ficar arrebatados pela sua interpretação de John Doe.
Gwyneth Paltrow faz o papel de Tracy Mills, esposa do detective David Mills (Brad Pitt), numa interpretação excelente e intensa. No entanto, como ainda não atingira o estrelato, pois era o 3º filme que fazia, Gwyneth Paltrow tem um papel secundário neste filme, com poucas falas.


«Sete Crimes Capitais» não é um filme leve, nem para ser visto por todas as idades. É uma visão muito realista do crime de hoje em dia. David Fincher não teme em chocar a audiência, assim como não tem problemas em mostrar um mundo decadente. Um mundo em que o crime impera. Dotado de um twist final fantástico que completa a saga do serial killer de uma forma brutal, este é daqueles filmes que nos deixam estarrecidos e boquiabertos perante um clima macabro, original, de cortar à faca e completamente envolvente.

Vaidade - Inveja - Preguiça - Avareza - Gula - Luxúria - Ira

Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os «sete pecados capitais» trata-se de uma classificação de condições humanas conhecidas actualmente como «vícios» que é muito antiga e que precede o surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar e proteger os seguidores, de forma a melhor compreender e melhor controlar os instintos básicos do ser humano.

O que foi visto como problema de saúde pelos antigos gregos, por exemplo, a depressão (melancolia, ou tristetia), chegou a ser transformado em pecado pelos grandes pensadores da Igreja Católica. Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.



O número 7 está muito presente no filme. O director David Fincher no início da película faz caminhar os protagonistas por uma rua onde o número de todas as portas começam por 7 (753, 748, 757...). Só reparei nisto quando vi o filme pela segunda vez.

O surpreendente final do filme - a «ira»
pela perda do ser amado. Os extremos tocam-se.

23 de fevereiro de 2009

Brad Pitt, o grande esquecido do Oscar 2009

«O Curioso Caso de Benjamin Button» é um filme dramático lançado em Dezembro de 2008, baseado em um conto homónimo publicado em 1921 pelo escritor F. Scott Fitzgerald (1896-1940). O filme foi dirigido por David Fincher (Zodíaco) e escrito por Eric Roth (Forrest Gump, O Informante, Ali), tendo como actores principais Brad Pitt e Cate Blanchett. O filme recebeu 13 nomeações ao Oscar, incluindo "Melhor Filme", "Melhor Director" (David Fincher) e "Melhor Actor" (Brad Pitt). Infelizmente, a estatueta não foi para este actor, nem para o director.


É a historia de um homem, Benjamin Button [Brad Pitt], que nasce com a aparência envelhecida dos 80 anos e por isso, pensando que ele é
um monstro, o seu pai abandonou-o. Benjamin é criado num lar e, enquanto pequeno, todos pensavam que ele iria acabar por morrer rapidamente.


Du
rante a sua infância conhece Daisy [Cate Blanchett], o grande amor da sua vida. Apesar de ninguém acreditar na sua sobrevivência, ele vai ficando mais novo ao longo dos anos, vendo os outros a envelhecer e a partir. Estamos portanto, perante o drama de, com a passagem do tempo, Benjamim rejuvenesce e Daisy envelhece. Então, como viver esse amor, já que a diferença das idades se distanciará cada vez mais?



Brad Pitt - 18 Dezembro 1963 - 11:48 - Shawnee, Oklahoma, USA

"O Curioso Caso de Benjamin Button" conta ainda com as presenças de Julia Ormond (Caroline), e da ganhadora do Oscar de melhor actriz coadjuvante de 2007, Tilda Swinton (Elizabeth Abbott).

Lembram-se de Cate Blanchet em «Elizabeth»?
Ver aqui um post que escrevi sobre esse filme.

A parceria Brangelina em acção na red carpet dos Oscar 2009.

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