É frequente numa relação sentimental haver dois temas típicos, muito importantes e absolutamente ligados: dinheiro e sexo. Coisas da casa 8, como sabem.
A ausência de uma destas coisas (dinheiro ou sexo) é portadora de uma vibração desgastante: todos ralham e ninguém tem razão. Porque as pessoas colocam a sua energia primária nestas questões. Não há mal nisto, pois aquilo que é primevo, pertence à necessidade de sobrevivência do ser humano e vem sempre ao de cima, em alguma ocasião.
Estes assuntos – sexo e dinheiro – fazem parte dessa energia muito antiga, básica e que provém biologicamente dos nossos antepassados, quando estes passaram de grupos nómadas a tribos agrícolas. Aqui a questão é outra: se andamos nesta vida (aqui e agora) é para evoluirmos e isso inclui aprendermos a enfrentar essas necessidades ancestrais.
Obviamente que ao falar de «dinheiro» estou a usar uma síntese que significa «poder material», traduzida no passado por terras aráveis e no presente por conta bancária.
Num trânsito de Plutão, a natureza do sentimento que se nutre pelo outro vem ao de cima. É feroz! Pode ser terrível! Se mal manobrada pode abrir grandes fendas na relação, destruindo-a. Eu tenho no meu passado, todas as experiências possíveis de relações mal trabalhadas e pessimamente resolvidas. Por isso, o melhor é interromperem a leitura deste texto, pois posso estar a escrever uns quantos disparates.
Estes dois temas – sexo e dinheiro – são frequentemente os motivos verdadeiramente básicos de um mau relacionamento. Obviamente mascarados de outros motivos.
Voltando a quando a natureza do sentimento que se nutre pelo outro vem ao de cima, deixem-me já dizer-vos isto: apesar dos nossos temores, não temos que destruir a nossa relação afectiva. O ser humano, habitualmente, faz isso: destrói. No entanto, há imensos casos de sucesso.
Recomendo que conversando é que as pessoas se entendem. E isso é o que fazemos em pouca quantidade. Falarmos, dizendo a verdade e o que sentimos. Claro que é necessário que o outro nos ouça e não comece imediatamente a atirar pedras, raios e coriscos, como é prática habitual.
Revelarmos verdades internas importantes é o caminho certo para aclararmos o ar que se respira, oxigenando uma relação. Partindo sempre do princípio que o outro não vai a correr buscar um pedregulho para atirar à cabeça do companheiro. É o lado obscuro de Plutão. O seu lado luminoso é quando nos indica o caminho e vemos a luz ao fim do túnel. Os novos começos.
Enfrentem estas questões. Não sabotem a relação. Não sejam surdos ao que o outro diz. Suspeito, que quando tudo estiver resolvido entre o casal, vai haver sexo saboroso e vontade de se organizar a vida, sabendo gerir o dinheiro.
Os leitores não sabem, mas conto já. Ando em pânico com a ideia que vou ter que fazer várias Oficinas de Astrologia sob o tema «Está bem de vida sentimental?». A primeira das quais, já no dia 28, nas Caldas da Rainha. Por isso ando a escrever estas coisas. Para me preparar para as oficinas. Ainda bem que a Magda Moita estará lá comigo.
«Olá, bom dia!
Subscrevo as tuas palavras António, e também as tuas Astrid.
De facto é impressionante como os temas sexo e dinheiro, ou os dois em simultâneo, se repetem nos atendimentos, disfarçados de inúmeras eloquências mentais. Na generalidade as pessoas recusam-se a mudar o rumo das suas vidas, por milhões de motivos que julgam muito pertinentes, pois o ser humano é perito em engendrar desculpas.
Usam do seu poder plutónico pela negativa, acabando com a sua própria raça e com a do outro. Ao invés, poderiam usar este mesmo poder interno para mergulhar fundo em si mesmo, reconhecendo-se e ousando falar das suas verdadeiras necessidades, dos seus sentimentos, enfim trabalhando as emoções, que à solta podem gerar muita infelicidade e sofrimento, quando irreflectidas.
A humanidade está viciada em tristeza, os nossos corpos de dor, “tem ideia” de tomar posse. Então o ser humano opta geralmente pelo caminho mais fácil, não dialogar. Depois instalam-se os monstros, fase em que já não há diálogo possível, e imperam as acusações. Numa última fase, talvez se encontre o silêncio. No silêncio deveria surgir a iluminação, e preparado, por me reconhecer, posso rumar para a redenção.
Talvez ressurjam belíssimos encontros românticos! No entanto devemos estar preparados, para a possibilidade de o tempo com determinada pessoa ter findado. Pode ter chegado a altura de aceitar que as estradas, das nossas vidas e dos nossos companheiros se bifurcaram, e em novos cruzamentos, surgiram outras personagens a colorir a nossa estadia por aqui. Porque afinal, não escolhemos quem amamos, por isso também não escolhemos quando deixamos de amar, ou não temos controle no facto de que a natureza do nosso amor por alguém transforma-se.
Usar do nosso poder plutónico para nos redimirmos, significa estar disposto a enfrentar o luto, daquilo que em nós nos impede de estar em paz connosco próprios. Esta é a única forma, de seguirmos livres na actual relação ou encararmos a próxima sem a premissa de voltarmos a repetir os mesmíssimos erros.
PS: confesso que estas novas oficinas causam-me um certo arrepio… Mas também eu acredito, que o que escrevo, e digo, é sempre para mim, para eu aprender.
Abraço,
Magda»
22 comentários:
É bem verdade Mestre.
Obrigada por mais uma lição.
Beijinhos
:-)
Subscrevo a Sam, Mestre.
Estou a ver que a tua lua te tem dado trabalho.
E podes treinar à vontade, preparando-te aqui, que a gente gosta. :-)
Beijinho e obrigado mestre.
PS: Vou acabar o exercício!
É verdade António! A maioria das consultas que realizei versavam por estes temas...sexo e dinheiro...
"Estes dois temas – sexo e dinheiro – são frequentemente os motivos verdadeiramente básicos de um mau relacionamento. Obviamente mascarados de outros motivos."
E pior...tenho acompanhado alguns clientes por anos e não mudam...nem um pouquinho quando se trata dessas questões!
Continue treinando...eu sempre digo...quando ensinamos algo, é Deus querendo que escutemos às nossas próprias palavras, já que não ouvimos de outro jeito!!!
Beijo...gostei do post!
Astrid
Pat,
Não me está a ser fácil escrever estas coisas. No entanto, estão a sair.
Beijinho
Paula
E o Quíron, também.
Bom fim-de-semana.
Beijinho
Astrid,
Também acredito que o que escrevo, é sempre para mim, para eu aprender.
Bom fim-de-semana.
Beijo.
Olá, bom dia!
Subscrevo as tuas palavras António, e também as tuas Astrid.
De facto é impressionante como os temas sexo, e dinheiro, ou os dois em simultâneo, se repetem nos atendimentos, disfarçados de inúmeras eloquências mentais. Na generalidade as pessoas recusam-se a mudar o rumo das suas vidas, por milhões de motivos que julgam muito pertinentes, pois o Ser Humano é perito em engendrar desculpas.
Usam do seu poder Plutónico pela negativa, acabando com a sua própria raça e com a do outro. Ao invés, poderiam usar este mesmo poder interno para mergulhar fundo em si mesmo, reconhecendo-se e ousando falar das suas verdadeiras necessidades, dos seus sentimentos, enfim trabalhando as emoções, que à solta podem gerar muita infelicidade e sofrimento, quando irreflectidas.
A humanidade está viciada em tristeza, os nossos corpos de dor, “tem ideia” de tomar posse. Então o Ser Humano opta geralmente pelo caminho mais fácil, não dialogar. Depois instalaram-se os monstros, fase em que já não há diálogo possível, e imperam as acusações. Numa última fase, talvez se encontre o silêncio. No silêncio deveria surgir a iluminação, e preparado, por me reconhecer, posso rumar para a redenção.
Talvez ressurjam belíssimos encontros românticos! No entanto devemos estar preparados, para a possibilidade de o tempo com determinada pessoa ter findado. Pode ter chegado a altura de aceitar que as estradas, das nossas vidas e dos nossos companheiros se bifurcaram, e em novos cruzamentos, surgiram outras personagens a colorir a nossa estadia por aqui. Porque afinal, não escolhemos quem amamos, por isso também não escolhemos quando deixamos de amar, ou não temos controle no facto de que a natureza do nosso amor por alguém transforma-se.
Usar do nosso poder Plutónico para nos redimirmos, significa estar disposto a enfrentar o luto, daquilo que em nós nos impede de estar em paz connosco próprios. Esta é a única forma, de seguirmos livres na actual relação, ou encararmos a próxima sem a premissa de voltarmos a repetir os mesmíssimos erros.
PS: confesso que estas novas oficinas causam-me um certo arrepio… Mas também eu acredito, que o que escrevo, e digo, é sempre para mim, para eu aprender.
Abraço,
Magda
Magda,
O teu comentário passou para a página principal.
E aqui estamos a aprender.
Beijokas.
Com a sua devida licença António...
eu te aplaudo Magda!
Ótimo comentário! Merece ser lido e relido!
Beijos aos dois...António e Magda
Astrid
António,
Não sei se entendi tudo...
Acho que está a falar de questões de 'Poder'.
E um motivo para um mau relacionamento poder ser o uso desse Poder sem ter Amor por base.
Um beijo
:-) Já estava muito bom mas ainda ficou melhor.
Belíssimo trabalho mesmo.
Vocês formam uma dupla imbatível, sabiam?
Dupla, em "unidade", certo?
Beijinhos e bom fim-de-semana
Joana
A astrologia e depois a psicologia começaram a usar a palavra «Poder». E é.
Mas eu vejo como questões básicas de sobrevivência do ser humano.
Uma longa história que começou há MUITO tempo... :)
Beijinho
Joana
A astrologia e depois a psicologia começaram a usar a palavra «Poder». E é.
Mas eu vejo como questões básicas de sobrevivência do ser humano.
Uma longa história que começou há MUITO tempo... :)
Beijinho
Paula
A Magda e eu trabalhamos juntos desde 2004. São muitos anos a partir pedra... :)
Beijinho.
Quando o António escreveu:
"A ausência de uma destas coisas (dinheiro ou sexo) é portadora de uma vibração desgastante: todos ralham e ninguém tem razão."
Quis dizer que entendo esta afirmação à luz de um jogo de Poder. ... de um com o outro e vice -versa (a casa dos 'outros'). Ou seja, o poder a ser exercitado como 'ausência' (tal como, por exemplo, o 'repressor' que descreveu da 'sabotagem sexual').
Entendo isto nesse contexto. Porque acho (digo 'acho' porque não tenho a experiência) que pode haver num casal ausência de sexo ou dinheiro e haver sintonia. E aqui não estou a falar de uma ausência por 'recusa'.
O António falou de 'questões básicas da sobrevivência de um ser humano' e estou de acordo que sem aceitar e viver essas questões básicas não há 'transformação'.
Beijinho
Joana,
Excelente. É isso mesmo. Quando há amor, as dificuldades tendem a ser superadas e vividas como casal, como unidade.
: )
Haja alguem que fale deste tema! Bem haja! Fui abencoada com o Saturno natal a entrar na casa 8 e tenho tido muito boas oportunidades de fazer trabalho de casa. Talvez um dia me especialize... :-)
Um grande beijo*deFada
Olá Fada,
Então, bons trabalhos de casa :)
Abraço
António,
Belo post! A Magda também deu uma ajuda e ainda ficou melhor.
Eu apemas consigo dizer que hoje em dia as pessoas dão demasiado valor ao dinheiro e ao sexo e quando a coisa dá para o torto esquecem os sentimentos que uniram um casal. As pessoas desistem por dá cá aquela palha e só o tal "poder" lhes interessa. Hoje, com os hábitos mais modernos (liberdade sexual) as uniões de dois seres (e não é preciso estar casado para que isso possa acontecer) ficam bem mais frágeis.
É a sociedade dos novos tempos - sexo, dinheiro e porque não dizer, falta de tempo para o precioso diálogo que tão necessário é.
Abraço
Adelaide Figueiredo
Adelaide
Tem toda a razão. Como muito bem disse, hoje em dia, parece não haver paciência para investirem numa relação mais profunda. Parece ser tudo muito ligeiro e fácil de concretizar. Inicia-se uma relação (os que iniciam) em bases pouco firmes e regra geral, baseadas em valores pouco consentâneos com o seu amor-próprio. Uma chamada sexual é suficiente para se acreditar que ali está a «alma gémea», quando não está...
Muito bom o seu depoimento.
Abraço
De Plutão? O amor vem do Banco Central Europeu em notinhas de euro.
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