Foto daqui. |
Houve muitos milhares de pessoas que saíram de África (actuais PALOP africanos) absolutamente aterrorizados com a eminente independência desses países e dos governos «comunistas» e nacionalistas que se entreviam. Cá, em Portugal, foram chamados de «retornados». Mas reconstruiram as suas vidas e hoje estão espalhados pelo mundo, apesar da maioria se ter concentrado em Portugal. Eu saí de Moçambique, 4 anos e meio depois da independência de Moçambique, que se deu em 1975.
A maioria destas pessoas ficaram num limbo que chamam «saudade» e é frequente ouvir-se coisas assim: «lá é que era bom». É comum verificar-se que muitas destas pessoas não fizeram grande esforço para compreenderem os novos povos emergentes africanos. Todas estas pessoas revolucionaram absolutamente as mentalidades portuguesas, com a sua maneira de ser, com os conhecimentos que possuiam, novos sabores, novas formas de ver a vida. Portugal deu um enorme salto em frente, desde então, e a democracia instalou-se. Foi bom e positivo.
Apesar de eu próprio ter criado um blogue com as minhas memórias da Ilha de Moçambique, quem o ler com atenção, poderá constatar que não solto o saudosismo, pois não é esse o sentimento que possuo em relação a esse meu tempo [1949 - 1974]. Recordo-me desse tempo de forma prazenteira, mas como um «Tempo Mágico» que a vida me concedeu. Um dharma.
Vem isto a propósito de recomendar a leitura de 4 blogues moçambicanos, que nos permitem estarmos actualizados com o que por lá se passa. Vale a pena lê-los. São estes, é só clicar nos títulos para os conhecer:
Também há jornais online. Basta procurarem.
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