Preparando-me para consultas

16 de setembro de 2008 ·

Estava a preparar as duas consultas de astrologia que terei esta semana na Ericeira e lembrei-me de vos mostrar uma das formas que tenho de trabalhar. Sabem perfeitamente que os programas de astrologia permitem fazermos as duas rodas dos trânsitos. No entanto, gosto de assinalar no mapa natal, a lápis, o posicionamento dos planetas em trânsito, como pode ser visto na ilustração acima.

São várias as vantagens que existem para mim. Cada astrólogo usará os seus métodos. Assim, posso estar à frente do cliente e com o mínimo de movimentações de mãos, papéis ou do portátil, enquanto olho para o mapa natal. Como uso óculos de ver ao perto, não necessito estar sempre a colocá-los e a tirá-los, tentando estar com a maior serenidade possível, de modo a que o cliente também se sinta tranquilo e ouça com atenção o que tenho para dizer e colabore da melhor maneira possível. O interesse é dele. Para quem tem o signo Gémeos tão realçado como eu, não é tarefa fácil incutir no cliente essa serenidade. Valha-me o meu ascendente Touro.

Imaginemos que o cliente comenta que está a passar por uma fase turbulenta na vida profissional. Olhando para o mapa acima - apesar de eu saber o posicionamento exacto dos planetas lentos no céu -, posso ver rapidamente que esta pessoa está a passar por um processo intenso de conflitos na sua sua vida mais externa: Saturno a transitar pela Casa VI; Plutão em aproximação a um ponto cardinal do mapa e já a trabalhar a conjunção com o MC.

Aqui, a questão é conseguir a colaboração do cliente, de modo a que nos responda a perguntas pertinentes, para avaliarmos exactamente o que o perturba.
Estará a falar exactamente de quê? É um negócio pessoal? Trabalha para uma empresa? É um executivo? Há problemas na ascensão da carreira? O que ele está a sentir é, sobretudo, coisa de Saturno? Ou é Plutão já a tomar conta do terreno? Ou são os dois? Quando é que esta ansiedade começou? Antes do Verão de 2007 ou só no final do mesmo ano? E que dizer da oposição de Plutão em trânsito a Saturno natal? Que vos parece? Será que Júpiter com as suas boas novas a passar pela X não foi sentido pelo cliente? São tantas as variáveis... Muito sufoco? É sempre, caso contrário, talvez não estivesse na consulta.

Fiz este mapa propositadamente para este post, pois na verdade, não costumo apontar os planetas pessoais. E, em contrapartida assinalo o Sol e Lua progredidos. Qualquer dia, mostrarei outros apontamentos que faço nos mapas para consultas.

12 comentários:

Astrid Annabelle disse...
16 de setembro de 2008 às 19:34  

Socorro António!
Aumentei a imagem do mapa e cheguei a conclusão que vai ser difícil eu entender tudo isso aí...muita linha! Muito cruzamento! Será que levo jeito para isso????LOL
Bem quanto ao preparo da sua consulta sinto que é um perfeccionista nato! Tudo preparado nos mínimos detalhes para que não aja imprevistos, não é?....Sou igual!
Parabéns pelo capricho...
Um beijo
Astrid

Unknown disse...
16 de setembro de 2008 às 19:40  

Astrid,

Vais ter jeito, por aquilo que tenho lido nos cursos. Noto que estás a gostar de estudar astrologia.

Sim, gostamos de nos preparar. Temos o signo Virgem em destaque nos nossos mapas.

Beijo

António

Anónimo disse...
16 de setembro de 2008 às 19:45  

António Rosa.
Maravilhosa a forma como se prepara para o cliente, como se posiciona e o posiciona por antecipação. E o que realço, é o seu respeito e humanização para com o cliente, começando por si próprio.
Um abraço

Unknown disse...
16 de setembro de 2008 às 20:29  

Caro Neo,

Não conheço outra forma, pois o cliente tem que merecer o maior respeito. Para além de estar a pagar, escolheu aquele/a astrólogo/a para se aconselhar. Isso deve merecer da nossa parte a melhor das atenções e respeito. Tenho sido honrado em ter sido escolhido por pessoas que se deslocam de muito longe para uma conversa que dura cerca de 90 minutos. Também já me aconteceu não ter sentido a sintonia para que a consulta seja frutífera.

Abraço

António

princesaesquimo disse...
16 de setembro de 2008 às 20:43  

Mereces um beijinho por estas preciosidades, estas coisas não se encontram nos livros António. Vai contando, please?

Unknown disse...
16 de setembro de 2008 às 20:56  

Olá Sam,

Podes crer que pensei em ti, quando decidi escrever isto. E nas outras minhas amigas que estão a estudar.

Beijinho

António

Anónimo disse...
16 de setembro de 2008 às 21:54  

Boa noite António

Obrigada por nos revelar a sua maneira de preparar as consultas. Já há dias comentei num post seu que já me tinha passado pela cabeça fazer mais ou menos isto que o António faz, sem saber afinal, que era um método que já era usado pelos astrólogoa a sério.

Mais uma vez obrigada.

Abraço

Adelaide Figueiredo

Unknown disse...
17 de setembro de 2008 às 07:31  

Olá Adelaide,

Já virão mais pequenos «segredos». Imagino que cada pessoa encontre os seus métodos próprios.

Abraço

António

Ana Cristina disse...
18 de setembro de 2008 às 15:17  

António, este post fez-me lembrar num tema pertinente, que é a preparação da consulta. Para mim isto é 60-70% do trabalho, quando nos sentamos com o cliente já temos uma boa ideia do que se passa e há que saber então conversar com quem nos procura. Por isso aqueles que marcam e não comparecem sem sequer justificar, sem o saberem talvez, "gastaram" algo que não lhes pertence. Enfim coisas que me passam pela cabeça.
Abraço

Paulo da Costa disse...
18 de setembro de 2008 às 15:51  

Antonio,

Estou maravilhado com este post, uma vez que nos da a tal perspectiva mais practica de como interpretar. A interprestacao varia de astrologo para astrologo, porem com a sua "bagagem" sobre este assunto este post e uma excelente base!
Eu normalmente dou bastante importancia as configuracoes (steliums Yods etc) e menos as casa interceptadas. O que acha disso? (mesmo sabendo que cada caso e um caso)

Abraco,

Paulo

Unknown disse...
18 de setembro de 2008 às 16:44  

Ana Cristina,

Fez muito bem em recordar aquelas pessoas que não comparecem a marcações feitas com antecedência.

Gostei dessa expressão: «gastaram algo que não lhes pertence». Já me aconteceu várias vezes.

Nos últimos anos, muito menos, felizmente. Talvez por dar menos consultas.

Abraço

António

Unknown disse...
18 de setembro de 2008 às 17:03  

Olá Paulo,

Muito obrigado por teres vindo.

Contigo tenho uma experiência diferente, que agradeço muito. Desde a primeira vez que me apareceste numa consulta, há vários anos, até ao momento presente, desenvolvemos uma amizade que ultrapassou a relação astrólogo-cliente.

Acompanhei de perto a tua vida dos últimos anos e temos uma comunicação pessoal que me permite acompanhar o teu crescimento pessoal de forma ímpar.

De uma primeira consulta de astrologia, muitas outras tem havido, além de tu próprio te teres iniciado nesta nossa Arte.

Acompanhei o teu 1º retorno de Saturno, as tuas dores, físicas e emocionais. Vi-te partires para a Escócia e seres muito bem sucedido.

Hoje em dia, fazes o favor de me visitares sempre que vens de férias e nesse sentido, aproveitamos para olhar para o teu mapa. Tem sido muito grato para mim.

Hoje não necessito de me preparar para uma consulta contigo, pois transformaram-se em conversas de dois amigos, de gerações bem diferentes. É sempre um prazer para mim, poder ser-te útil e falar contigo.

Quanto à questão que colocas, não te sei dizer qual delas destacaria, pois me parecem todas pertinentes.

Depende sempre de cada mapa, de cada pessoa, de cada história de vida, das alegrias e tristezas que a pessoa tenha vivido.

Tento simplificar as coisas, fazendo este raciocínio, para a primeira consulta, claro: o que é que levou aquela pessoa a uma consulta? O que a preocupa, ou que ansiedades manifesta? Para mim, esta é uma questão nuclear. É a partir daqui que se desenvolve a conversa. É neste contexto que tento entender essa pessoa, pois há múltiplas variantes: mulher, homem, geração a que pertence, etc., etc.

Amanhã, na Ericeira, terei duas consultas com duas pessoas. Uma senhora nos 50's e um homem com Pluto em quadratura a Pluto. Já preparei os seus mapas. A conversa com a senhora vai ser fluida e fácil. Com ele será mais intensa, pois por aquilo que vi, o «mundo» deve estar a cair aos bocados à sua volta.

Paulo, como estão as Highlanders?

Um abraço

António

16 de setembro de 2008

Preparando-me para consultas

Estava a preparar as duas consultas de astrologia que terei esta semana na Ericeira e lembrei-me de vos mostrar uma das formas que tenho de trabalhar. Sabem perfeitamente que os programas de astrologia permitem fazermos as duas rodas dos trânsitos. No entanto, gosto de assinalar no mapa natal, a lápis, o posicionamento dos planetas em trânsito, como pode ser visto na ilustração acima.

São várias as vantagens que existem para mim. Cada astrólogo usará os seus métodos. Assim, posso estar à frente do cliente e com o mínimo de movimentações de mãos, papéis ou do portátil, enquanto olho para o mapa natal. Como uso óculos de ver ao perto, não necessito estar sempre a colocá-los e a tirá-los, tentando estar com a maior serenidade possível, de modo a que o cliente também se sinta tranquilo e ouça com atenção o que tenho para dizer e colabore da melhor maneira possível. O interesse é dele. Para quem tem o signo Gémeos tão realçado como eu, não é tarefa fácil incutir no cliente essa serenidade. Valha-me o meu ascendente Touro.

Imaginemos que o cliente comenta que está a passar por uma fase turbulenta na vida profissional. Olhando para o mapa acima - apesar de eu saber o posicionamento exacto dos planetas lentos no céu -, posso ver rapidamente que esta pessoa está a passar por um processo intenso de conflitos na sua sua vida mais externa: Saturno a transitar pela Casa VI; Plutão em aproximação a um ponto cardinal do mapa e já a trabalhar a conjunção com o MC.

Aqui, a questão é conseguir a colaboração do cliente, de modo a que nos responda a perguntas pertinentes, para avaliarmos exactamente o que o perturba.
Estará a falar exactamente de quê? É um negócio pessoal? Trabalha para uma empresa? É um executivo? Há problemas na ascensão da carreira? O que ele está a sentir é, sobretudo, coisa de Saturno? Ou é Plutão já a tomar conta do terreno? Ou são os dois? Quando é que esta ansiedade começou? Antes do Verão de 2007 ou só no final do mesmo ano? E que dizer da oposição de Plutão em trânsito a Saturno natal? Que vos parece? Será que Júpiter com as suas boas novas a passar pela X não foi sentido pelo cliente? São tantas as variáveis... Muito sufoco? É sempre, caso contrário, talvez não estivesse na consulta.

Fiz este mapa propositadamente para este post, pois na verdade, não costumo apontar os planetas pessoais. E, em contrapartida assinalo o Sol e Lua progredidos. Qualquer dia, mostrarei outros apontamentos que faço nos mapas para consultas.

12 comentários:

Astrid Annabelle disse...

Socorro António!
Aumentei a imagem do mapa e cheguei a conclusão que vai ser difícil eu entender tudo isso aí...muita linha! Muito cruzamento! Será que levo jeito para isso????LOL
Bem quanto ao preparo da sua consulta sinto que é um perfeccionista nato! Tudo preparado nos mínimos detalhes para que não aja imprevistos, não é?....Sou igual!
Parabéns pelo capricho...
Um beijo
Astrid

Unknown disse...

Astrid,

Vais ter jeito, por aquilo que tenho lido nos cursos. Noto que estás a gostar de estudar astrologia.

Sim, gostamos de nos preparar. Temos o signo Virgem em destaque nos nossos mapas.

Beijo

António

Anónimo disse...

António Rosa.
Maravilhosa a forma como se prepara para o cliente, como se posiciona e o posiciona por antecipação. E o que realço, é o seu respeito e humanização para com o cliente, começando por si próprio.
Um abraço

Unknown disse...

Caro Neo,

Não conheço outra forma, pois o cliente tem que merecer o maior respeito. Para além de estar a pagar, escolheu aquele/a astrólogo/a para se aconselhar. Isso deve merecer da nossa parte a melhor das atenções e respeito. Tenho sido honrado em ter sido escolhido por pessoas que se deslocam de muito longe para uma conversa que dura cerca de 90 minutos. Também já me aconteceu não ter sentido a sintonia para que a consulta seja frutífera.

Abraço

António

princesaesquimo disse...

Mereces um beijinho por estas preciosidades, estas coisas não se encontram nos livros António. Vai contando, please?

Unknown disse...

Olá Sam,

Podes crer que pensei em ti, quando decidi escrever isto. E nas outras minhas amigas que estão a estudar.

Beijinho

António

Anónimo disse...

Boa noite António

Obrigada por nos revelar a sua maneira de preparar as consultas. Já há dias comentei num post seu que já me tinha passado pela cabeça fazer mais ou menos isto que o António faz, sem saber afinal, que era um método que já era usado pelos astrólogoa a sério.

Mais uma vez obrigada.

Abraço

Adelaide Figueiredo

Unknown disse...

Olá Adelaide,

Já virão mais pequenos «segredos». Imagino que cada pessoa encontre os seus métodos próprios.

Abraço

António

Ana Cristina disse...

António, este post fez-me lembrar num tema pertinente, que é a preparação da consulta. Para mim isto é 60-70% do trabalho, quando nos sentamos com o cliente já temos uma boa ideia do que se passa e há que saber então conversar com quem nos procura. Por isso aqueles que marcam e não comparecem sem sequer justificar, sem o saberem talvez, "gastaram" algo que não lhes pertence. Enfim coisas que me passam pela cabeça.
Abraço

Paulo da Costa disse...

Antonio,

Estou maravilhado com este post, uma vez que nos da a tal perspectiva mais practica de como interpretar. A interprestacao varia de astrologo para astrologo, porem com a sua "bagagem" sobre este assunto este post e uma excelente base!
Eu normalmente dou bastante importancia as configuracoes (steliums Yods etc) e menos as casa interceptadas. O que acha disso? (mesmo sabendo que cada caso e um caso)

Abraco,

Paulo

Unknown disse...

Ana Cristina,

Fez muito bem em recordar aquelas pessoas que não comparecem a marcações feitas com antecedência.

Gostei dessa expressão: «gastaram algo que não lhes pertence». Já me aconteceu várias vezes.

Nos últimos anos, muito menos, felizmente. Talvez por dar menos consultas.

Abraço

António

Unknown disse...

Olá Paulo,

Muito obrigado por teres vindo.

Contigo tenho uma experiência diferente, que agradeço muito. Desde a primeira vez que me apareceste numa consulta, há vários anos, até ao momento presente, desenvolvemos uma amizade que ultrapassou a relação astrólogo-cliente.

Acompanhei de perto a tua vida dos últimos anos e temos uma comunicação pessoal que me permite acompanhar o teu crescimento pessoal de forma ímpar.

De uma primeira consulta de astrologia, muitas outras tem havido, além de tu próprio te teres iniciado nesta nossa Arte.

Acompanhei o teu 1º retorno de Saturno, as tuas dores, físicas e emocionais. Vi-te partires para a Escócia e seres muito bem sucedido.

Hoje em dia, fazes o favor de me visitares sempre que vens de férias e nesse sentido, aproveitamos para olhar para o teu mapa. Tem sido muito grato para mim.

Hoje não necessito de me preparar para uma consulta contigo, pois transformaram-se em conversas de dois amigos, de gerações bem diferentes. É sempre um prazer para mim, poder ser-te útil e falar contigo.

Quanto à questão que colocas, não te sei dizer qual delas destacaria, pois me parecem todas pertinentes.

Depende sempre de cada mapa, de cada pessoa, de cada história de vida, das alegrias e tristezas que a pessoa tenha vivido.

Tento simplificar as coisas, fazendo este raciocínio, para a primeira consulta, claro: o que é que levou aquela pessoa a uma consulta? O que a preocupa, ou que ansiedades manifesta? Para mim, esta é uma questão nuclear. É a partir daqui que se desenvolve a conversa. É neste contexto que tento entender essa pessoa, pois há múltiplas variantes: mulher, homem, geração a que pertence, etc., etc.

Amanhã, na Ericeira, terei duas consultas com duas pessoas. Uma senhora nos 50's e um homem com Pluto em quadratura a Pluto. Já preparei os seus mapas. A conversa com a senhora vai ser fluida e fácil. Com ele será mais intensa, pois por aquilo que vi, o «mundo» deve estar a cair aos bocados à sua volta.

Paulo, como estão as Highlanders?

Um abraço

António

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