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Segundo a mitologia, esse gigante era Filho de Terra e de Zeus (Júpiter) e foi transformado em promontório por se ter rebelado contra o seu pai. Impedia qualquer embarcação de entrar nos seus domínios, através de tormentas e tempestades tenebrosas – que eram fruto do seu choro.
Durante várias épocas, o Cabo das Tormentas representou os limites do fim do mundo e a fronteira dos sonhos dos portugueses. Até que um primeiro navegador, Bartolomeu Dias, conseguiu ultrapassar essa barreira, abrindo caminho para a tão desejada Índia, cheia de riquezas e especiarias.
Aquele gigante rochedo passou a designar-se doravante Cabo da Boa Esperança, como sinal de que, por vezes, os piores medos quando ultrapassados representam também as nossas maiores vitórias e alentos.
Quando me perguntam, enquanto astrólogo e português, o que penso destes tempos tempestuosos que atravessamos digo que este é o nosso Cabo da Boa Esperança. O segundo da História e, provavelmente, o mais importante de sempre.
É verdade que astrologicamente esta (2011-2013) é a maior crise “plutónica” que passamos desde a Revolução de Abril. E que vai exigir um mergulho duro e extraordinário de “psicoterapia” colectiva a um povo, com naufrágios e sacrifícios inevitáveis.
Mas acontece também que é agora ou nunca que o país se pode curar, ultrapassar e transcender. Regressando às suas bases e definindo bem os alicerces e valores que verdadeiramente sustentam o país.
Isto implicará, por exemplo, valorizar os melhores sectores exportadores, entre mil outras acções, que felizmente muitos economistas e empresários portugueses começam a defender de modo sustentado na praça pública. Esta é, aliás, a altura para todos agirem e participarem.
Apesar de ser um país “velho”, Portugal não está condenado a “morrer” agora ou a definhar moribundo. Bem pelo contrário: os próximos 27 anos poderão até corresponder ao seu maior auge cultural e intelectual de sempre, a chegada às “Índias” das Ciências e das Artes.
Acredita que isto é possível? Não se trata de propriamente de um “El-Dorado” consumista, mas a hipótese de uma iluminação colectiva, científica e espiritual, o momento mais glorioso de toda a sua História. Sim, é difícil, não está garantido - exigirá muita humildade, simplicidade, coragem e trabalho - mas é este o propósito último de Portugal.
Já diziam visionários como Agostinho da Silva ou Fernando Pessoa, eles próprios, representantes da excelência filosófica tão típica do nosso país, profundamente ligado ao arquétipo de Peixes.
Existem de facto argumentos históricos, astrológicos, sociológicos, psicológicos e até matemáticos para acreditar nesta verdade. Portugal não terminará a sua obra antes de 2166, e ainda está a completar a sub-fase Jovem (1974-2038) da sua fase Republicana (1910-2166), um ciclo de sabedoria espiritual e desapego material – o seu último ciclo de vida.
Na realidade, este é seu o momento mais significativo de sempre porque poderá corresponder à entrega ao mundo – através de diversas personalidades portuguesas de eleição – de enormes tesouros como brilhantes livros, concertos, monumentos, músicas, inovações tecnológicas e descobertas científicas de grandes consequências para a humanidade.
Entre outras funções, o nosso país sempre serviu de grande aglutinador. Portugal uniu o mundo e serviu como ponto de convergência de continentes. E é muito possível que consiga ainda um feito impensável: a fusão da Espiritualidade, com a Ciência e com a Arte.
Já imaginou Portugal actual como templo espiritual, sala de espectáculos, palco mundial de congressos, centro de formações e reuniões internacionais? Se reparar, é já um pouco isso que tem acontecido com eventos como a Expo-98, Rock-in-Rio, Euro 2004, Cimeira da Nato, entre muitos outros.
Já reparou também que muitos portugueses têm um reconhecimento internacional arrebatador, quer em áreas artísticas, literárias, científicas ou desportivas? Porque, na verdade, existe uma genialidade portuguesa latente, atendendo às múltiplas influências culturais que formam a sua identidade.
É muito provável que Portugal – na sua dimensão territorial modesta – ainda dê contributos gigantes e preciosos ao mundo. Não só é possível, como é matematicamente explicável, pela lógica dos grandes ciclos planetários.
Mas até esse auge acontecer de forma inequívoca, ainda teremos que dobrar o actual desafio, com fé, engenho e muita coragem… o Cabo da Boa Esperança!
Um abraço
João Medeiros»
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8 comentários:
Gostei muito da parte em que fala que "astrologicamente esta (2011-2013) é a maior crise “plutónica” que passamos desde a Revolução de Abril. E que vai exigir um mergulho duro e extraordinário de “psicoterapia” colectiva a um povo, com naufrágios e sacrifícios inevitáveis...mas é agora ou nunca que o país se pode curar, ultrapassar e transcender..." Penso que esse pensamento deve ser adotado não só em nível governamental de um país mas também na vida de cada ser como indivíduo,dando o melhor de si para a sua cura pessoal. Parabéns!
Boa tarde António,
Este texto tem algo místico pois entoam "outras vozes" para além do próprio autor.
E sim que sejamos Todos, um "Bartolomeu Dias" ;)
Bem-haja.
Maria Paula
Viva António Rosa,
Só me apetece dizer: A M E N !!! Porque sinto que assim é... mas não me peçam para explicar porquê... os "argumentos históricos, astrológicos, sociológicos, psicológicos e até matemáticos para acreditar nesta verdade", deixo-os para vós, os Mestres que me alimentam a Alma, todos os dias...
E, para vós, não tenho palavras para agradecer... <3
Um abraço d'Almas.
Filomena
Esperança em Portugal... ;)
Que seja mantida a esperança e que Portugal venha ser tudo que dele se espera.
Um abraço.
Que beleza de texto do João Medeiros!
António, eu fico na torcida...que Portugal cumpra sua missão!
Beijos
Astrid Annabelle
**estive fora da net e só voltei para casa agora....ando passeando muito por conta das providências necessárias para a viagem:)))**
Gostei demais desse texto e tomei emprestado o desenvolvimento das idéias também numa percepção particular, pessoal.
Um abraço
Muy buen blog, gracias por detalles sobre el disparo, que va a hacer a crecer.
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