As novas regras estão a ser preparadas desde o início do pontificado de Bento XVI, mas o cardeal D. Albert Malcom Ranjith, número dois da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, já desvendou algumas das ideias: homilias mais curtas, genuflexão diante das espécies eucarísticas consagradas, favorecendo a adoração de joelhos e receber a comunhão na boca e não nas mãos. Quanto às homilias, não há grande novidade. Desde há mais de uma década que as dioceses, pelo menos em Portugal, estabeleceram a norma de as homilias demorarem entre oito e dez minuto. No entanto, para além do tempo, desta vez o Vaticano impõe regras quanto ao conteúdo, referindo que o celebrante “deve estudar profundamente o Evangelho e ater-se sempre a esse texto”. Ou seja, Plutão e a cabra montanhesa (Capricórnio) de mãos dadas a imporem limites à Igreja secular. Um belo de um 7º Raio a funcionar. Ou será que pensou que a "coisa" ficaria só pelas manifs? De qualquer forma, a oposição ao Vaticano já começou: “Vejo isso, de facto, como um retrocesso”, disse ao CM o padre João Alberto Correia, doutorado em Sagrada Escritura e pároco de Frossos, em Braga, sublinhando que “o mais acertado será corrigir sempre que se detectar algum abuso e não decretar o fim da ministração da Comunhão na mão”. Por outro lado, temos a mesma Igreja confrontada com esta notícia: "os católicos não seguem a doutrina da Igreja relativamente ao uso do preservativo, por outro desejam um alteração da orientação dos chefes da sua Igreja. A Catholics for a Free Choice sublinha que, não se tratando de um estudo marginal, os resultados mais significativos se verificaram em países onde a Conferência Episcopal tem grande peso na opinião pública." E isto que Plutão só sairá de Capricórnio em 2024. Nunca melhor dito: a procissão ainda vai no adro.
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