«Os Descendentes»
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O filme "Os Descendentes", de Alexander Payne, ganhou o Globo de Ouro de melhor drama na 69.ª edição dos prémios atribuídos em Janeiro, em Beverly Hills. O actor George Clooney venceu o Globo de Ouro na categoria de melhor ator de drama.
Título Original:
The Descendants
Realização:
Alexander Payne
Género: Comédia, Drama
Ficha Técnica: Duração: 1h55m | Origem: EUA, 2011
Elenco:
George Clooney (Matt King),
Shailene Woodley (Alexandra King),
Amara Miller (Scottie King),
Nick Krause (Sid),
Patricia Hastie (Elizabeth King), Grace A. Cruz (professora de Scottie King), Kim Gennaula (Funcionária da escola), Karen Kuioka Hironaga (Barb Higgins), Carmen Kaichi (Lani Higgins), Kaui Hart Hemmings (empregada de Matt King, na vida real, autora do livro que serviu de base para este roteiro), Beau Bridges (primo Hugh), Matt Corboy (primo Ralph), Matt Esecson (primo Hal) e Michael Ontkean (primo Milo).
George Clooney (Matt King)
Após o acidente de barco que a sua mulher sofreu, um homem (George Clooney) tenta pegar nas rédeas da sua família e levar a vida para a frente. As suas duas filhas (Shailene Woodley e Amara Miller), de quem ele era bastante distante, vão ajudá-lo a trilhar o caminho que tem pela frente.
O pai e as duas filhas, acompanhadas de Sid, de camiseta castanha.
O filme "Os Descendentes", de Alexander Payne, ganhou o Globo de Ouro de melhor drama na 69.ª edição dos prémios atribuídos em Janeiro, em Beverly Hills.
Na categoria de melhor drama estavam também nomeados os filmes "Hugo" (Martin Scorsese), "As serviçais" (Tate Taylor), "Moneyball - Jogador de Risco" (Bennett Miller) e "War Horse - Cavalo de Guerra" (Steven Spielberg).
Leonardo DiCaprio ("J. Edgar"), Michael Fassbender ("Shame"), Ryan Gosling ("Tudo pelo Poder") e Brad Pitt ("O Homem Que Mudou o Jogo") competiam com George Clooney na categoria de melhor actor dramático.
A cerimónia dos Globos de Ouro, prémios atribuídos pela Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood, voltou a ser conduzida pelo humorista britânico Rick Gervais (que sinceramente não apreciei, talvez por já não ser surpresa).
O realizador
Alexander Payne a orientar um 'camara man' durante a rodagem do filme.
Quem decidir tirar umas horas do seu dia para ver o filme "Os Descendentes" não se vai arrepender. É uma história que nos toca lá no fundo, levando-nos a pensar nas decisões que tomamos na nossa vida, e na forma como decidimos vivê-la, num mundo em constante mudança em que tudo o que temos nunca parece ser suficiente. O que é mesmo desarmante é termos como pano de fundo a ultra famosa região do Hawai. Mas não a zona turistíca com as suas praias, surfistas e ondas grandes, mas sim a zona comum do resto da região.
A realização, a montagem, a atenção ao detalhe sem que se perca o fluir das cenas e do argumento, conferem ao filme uma naturalidade e verosimilhança inigualáveis no cinema actual. A excelente direcção de actores, combinada com a forma simples e objectiva com que temáticas transversais como o amor e a perda são abordadas, deixam todo o destaque ao texto e aos intérpretes, que naturalmente se superam e nos inspiram.
Repare-se em como os produtos que estão na mesa têm as marcas encobertas.
«O inteligente título remete-nos para o âmago de todo o argumento (brilhantemente adaptado do livro homónimo de Kaui Hart Hemmings): o legado deixado às gerações futuras e a importância que este assume tanto para os progenitores (a influência no futuro, as responsabilidades e as mudanças que cuidar de uma vida em formação acarreta) como para os "descendentes", sejam eles os filhos (para os quais o legado é espiritual, ético, sentimental) ou os herdeiros (quando após a morte, o legado é meramente material).
O legado é materializado por um terreno de valor elevado que à gerações pertence à familia de Matt King (Clooney), e que este se vê forçado a vender, momento que toda a vida evitou e modificaria radicalmente a sua vida e a de todos em torno de si. Toda esta situação é a perfeita e irónica metáfora da sua vida familiar.
A história é-nos entregue pelo narrador omnipresente (o próprio Matt) que se encarrega de nos ir inteirando de que sucedeu anteriormente e de como a realidade em constante mutação influi no seu modo de vida. Obssessivamente dedicado à sua profissão, Matt negligencia as filhas e afasta-se da esposa, até que o infortúnio atinge a família e o deixa a braços com a difícil tarefa de resgatar o tempo perdido e o seu papel de pai. (...)
A empatia entre as personagens e o público torna-se inevitável, principalmente com George Clooney que, finalmente despido da sua imagem de galã conquistador, agarra o papel da sua vida, conferindo-lhe uma sinceridade e transparência desarmantes e até comoventes.» -
Paulo Silva
Trailer legendado em português do Brasil.
Se é de Portugal, não estranhe ver pai e filhas a tratarem-se por «você»,
pois consegue-se perceber bem, apesar de uma certa estranheza.
na estreia do filme, em Novembro 2011.
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4 comentários:
É um belo filme, sim Alexandre e que dá para perceber a dinâmica de uma família, que passa de distante a próxima e feliz.
Abraço.
Que maravilha! Você desenterrou o crítico de cinema que eu adoro, António!!!
Espetáculo de post...quero ver se consigo ver, pois a sua análise é feita de uma maneira tal que nos leva a querer ver na hora!
Parabéns! Adorei! Partilhado....é claro!
Beijos
Astrid Annabelle
Este filme vai levar-me ao cinema.. e não é só pelo George, o que, por si só, já era uma aposta!! LOL
Eu adorava cinema mas, desde há uns anos a esta parte, o som "surround" incomoda-me sobremaneira.. por outro lado, não é o local para onde se levem os tampões dos ouvidos. não é??
Espero que a banda sonora seja suave..
Adorei o post e vou partilha-lo.
Deixo um abraço e o desejo de que o seu Domingo seja bem à imagem deste sol maravilhoso..
Filomena
Sou fã das suas postagens cinematográficas, querido! Assistirei, com certeza!!!
Grato pela dica! ;)
abraço
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