Ilha de Moçambique - A nossa Casa e a tipografia do meu Pai

17 de novembro de 2014 ·



Esta é uma sequência de 5 fotografias com a fachada da Tipografia e da nossa própria casa
na Ilha de Moçambique, tiradas pelo amigo e conterrâneo Carlos Cruz, que está de férias neste exacto momento na ilha [17-11-204]. Recebi-as esta mesma manhã, gentilmente enviadas pelo próprio.

Nem sabes quanto te agradeço, Carlos. Muito obrigado.

Resolvi aproveitar a oportunidade e fazer uma pequena viagem no tempo com fotografias da família e amigos, lado-a-lado com as da fachada do edifício.

O interior está completamente degradado, com tectos e paredes caídas, uma completa ruína.

A par dos edifícios do Luso, do Sporting, do Desportivo, do Cinema Imperial, a Escola de Artes e Ofícios, Palácio, de alguns Templos, e outros similares que não me lembro agora, este edifício da Gráfica e da nossa Casa, em área coberta e zona não coberta, era um dos maiores da ilha.

Na foto de cima, vemos 3 portas, mas só as duas primeiras estavam abertas ao público. A 3ª porta e o resto das janelas, pertenciam ao salão destinado às máquinas de imprimir e essa porta nunca se abria.


Meus Pais, minha irmã Rosa Maria e a mais nova, a Rosarinha, ainda não era nascida.
Eu devia andar na 2ª classe, teria portanto, uns 6 a 7 anos. O meu Pai, faleceu muito cedo,
em 1970, aos 48 anos de idade.


Voltamos a ver apenas as duas portas principais de entrada 
para a Gráfica do meu Pai.


Aqui já estamos com a família ao completo



Aqui, já com 19 anos, ano em que morreu o meu Pai,
numa das pontas da ilha, vendo-se ao fundo o Fortim de São Lourenço.



A tal terceira porta que nunca se abria. Aqui era o início da Rua da Liberdade.
Em frente ficava a Câmara Municipal da Ilha.
Continuando por essa rua, encontrávamos vários estabelecimentos comerciais,
um deles era o Gordhandas e o outr era a loja da Família Rodrigues, e em frente ficava o Bazar Municipal, e numa das ruas laterais, encontrávamos o Templo Hindú. Se continuássemos, iríamos
parar a um jardim, que num dos lados estava a Rua das Flores, onde a Ema e muitos outros moraram.


Família ainda mais completa, pois estava o Virgilio Borges, sobrinho de minha Mãe e meu primo,
além da sua Mulher, à esquerda, a Lili e ao colo dele o filho do casal, o César João.


Já fizemos uma certa viagem de saudade, indo para a direita da foto, agora iremos para a esquerda.
Neste ponto, dava-se uma bifurcação: uma rua para a direita e nesse sentido encontramos o Escondidinho, que ainda funciona. A dividir as duas ruas estava o cinema Imperial. Se continuássemos pela rua da direita, iríamos dar à estátua do Luiz de Camões e a Casa Branca da Flora. E passaríamos pelas casas de muitas famílias conhecidas. Lembro-me da Família Lobato, por exemplo. Se seguíssemos pela rua do lado esquerdo do cinema, teríamos a casa da Gége, passaríamos depois pela casa da Família Mota [Isabel Sequeira, Carmo Mota, Eduardo Mota e outros irmãos], Na continuação passaríamos pela Capitania do Mar, Guarda Fiscal e a Polícia, antes de chegarmos à Rua dos Arcos.


A Família, quando eu tinha 8 anos e pouco depois teríamos a Rosarinha.


Na continuação da fachada da Gráfica, viríamos dar a este portão,
que fica mesmo em frente à escadaria da Câmara Municipal.

A nossa casa tinha a característica de rodear o edifício da Gráfica pela traseiras, por
isso era toda virada para o interior, com dois quintais enormes e um parrot, mandado fazer pelo meu Pai, em que nos dias dias quentes [a maioria], nos servia de sala de jantar. Eu adorava estaca casa.

Mais abaixo, dois momentos de socialização com amigos. 






.

4 comentários:

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2 de novembro de 2015 às 10:44  

Ótimo artigo, e direto ao ponto. Eu não sei se este é de fato o melhor lugar para perguntar, mas você as pessoas têm qualquer ideea onde a empregar alguns escritores profissionais? obrigado

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26 de janeiro de 2016 às 15:43  

Mi hermano me sugirió que puede gustarte este blog. Era toda la razón. Este post realmente me alegró el día. Usted cann't imaginar cuánto tiempo había pasado por esta información! ¡Gracias!

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3 de maio de 2016 às 13:39  

Siempre tan emocionante y así diversificar, estoy feliz de que yo soy discapacitado que me da la felicidad. Sigue así!

voyance gratuitement par mail disse...
17 de fevereiro de 2017 às 11:03  

Gracias por darnos tanta felicidad!

17 de novembro de 2014

Ilha de Moçambique - A nossa Casa e a tipografia do meu Pai



Esta é uma sequência de 5 fotografias com a fachada da Tipografia e da nossa própria casa
na Ilha de Moçambique, tiradas pelo amigo e conterrâneo Carlos Cruz, que está de férias neste exacto momento na ilha [17-11-204]. Recebi-as esta mesma manhã, gentilmente enviadas pelo próprio.

Nem sabes quanto te agradeço, Carlos. Muito obrigado.

Resolvi aproveitar a oportunidade e fazer uma pequena viagem no tempo com fotografias da família e amigos, lado-a-lado com as da fachada do edifício.

O interior está completamente degradado, com tectos e paredes caídas, uma completa ruína.

A par dos edifícios do Luso, do Sporting, do Desportivo, do Cinema Imperial, a Escola de Artes e Ofícios, Palácio, de alguns Templos, e outros similares que não me lembro agora, este edifício da Gráfica e da nossa Casa, em área coberta e zona não coberta, era um dos maiores da ilha.

Na foto de cima, vemos 3 portas, mas só as duas primeiras estavam abertas ao público. A 3ª porta e o resto das janelas, pertenciam ao salão destinado às máquinas de imprimir e essa porta nunca se abria.


Meus Pais, minha irmã Rosa Maria e a mais nova, a Rosarinha, ainda não era nascida.
Eu devia andar na 2ª classe, teria portanto, uns 6 a 7 anos. O meu Pai, faleceu muito cedo,
em 1970, aos 48 anos de idade.


Voltamos a ver apenas as duas portas principais de entrada 
para a Gráfica do meu Pai.


Aqui já estamos com a família ao completo



Aqui, já com 19 anos, ano em que morreu o meu Pai,
numa das pontas da ilha, vendo-se ao fundo o Fortim de São Lourenço.



A tal terceira porta que nunca se abria. Aqui era o início da Rua da Liberdade.
Em frente ficava a Câmara Municipal da Ilha.
Continuando por essa rua, encontrávamos vários estabelecimentos comerciais,
um deles era o Gordhandas e o outr era a loja da Família Rodrigues, e em frente ficava o Bazar Municipal, e numa das ruas laterais, encontrávamos o Templo Hindú. Se continuássemos, iríamos
parar a um jardim, que num dos lados estava a Rua das Flores, onde a Ema e muitos outros moraram.


Família ainda mais completa, pois estava o Virgilio Borges, sobrinho de minha Mãe e meu primo,
além da sua Mulher, à esquerda, a Lili e ao colo dele o filho do casal, o César João.


Já fizemos uma certa viagem de saudade, indo para a direita da foto, agora iremos para a esquerda.
Neste ponto, dava-se uma bifurcação: uma rua para a direita e nesse sentido encontramos o Escondidinho, que ainda funciona. A dividir as duas ruas estava o cinema Imperial. Se continuássemos pela rua da direita, iríamos dar à estátua do Luiz de Camões e a Casa Branca da Flora. E passaríamos pelas casas de muitas famílias conhecidas. Lembro-me da Família Lobato, por exemplo. Se seguíssemos pela rua do lado esquerdo do cinema, teríamos a casa da Gége, passaríamos depois pela casa da Família Mota [Isabel Sequeira, Carmo Mota, Eduardo Mota e outros irmãos], Na continuação passaríamos pela Capitania do Mar, Guarda Fiscal e a Polícia, antes de chegarmos à Rua dos Arcos.


A Família, quando eu tinha 8 anos e pouco depois teríamos a Rosarinha.


Na continuação da fachada da Gráfica, viríamos dar a este portão,
que fica mesmo em frente à escadaria da Câmara Municipal.

A nossa casa tinha a característica de rodear o edifício da Gráfica pela traseiras, por
isso era toda virada para o interior, com dois quintais enormes e um parrot, mandado fazer pelo meu Pai, em que nos dias dias quentes [a maioria], nos servia de sala de jantar. Eu adorava estaca casa.

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4 comentários:

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