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Hoje estou no «Versos de Fogo», à conversa com o amigo William Oliveira

20 de junho de 2012 ·


Hoje estou no «Versos de Fogo», à conversa com o amigo William Oliveira,
e é parte integrante dos eventos organizados para esta semana,
na comemoração do 2º aniversário do seu blogue.

Clique aqui, por favor, se quiser ler a entrevista.

Muito agradecido pelo convite, William.
Fez-me um bem imenso à alma. Foi uma cura.

Parabéns, William. Tudo de bom para ti e o teu lindo projecto.

Apontamento astrológico deste evento:
- Recebi o convite do William, na altura em que o Sol passava pelo meu Ascendente.
- Enviei-lhe a entrevista escrita, quando Júpiter passava pelo meu Ascendente.
Ascendente a 27º de Touro.

William Oliveira

Carnavalesco, Designer, Escritor, Poeta
 (Fogo, Vida, Sonho, Fantasia, Oxum, Ogum, Louco, Santo, Poeta, Potência).

Sou santo por ter defeitos...
Sou Buda por aceitá-los!

Eu sou a Canção que eu canto...
E vestido de versos
sou mais um poeta-profano
Santo 
que vive entre as gentes...
Não sou nada,
nem ninguém...
por isto sou tudo
sou de todos
mas sou meu apenas...

E me defino, para tentar o impossível... 
ter uma trava ou uma âncora... 
além deste coração vivo, 
que não pode ser lido
apenas sentido.

William Oliveira

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Entrevista a Márcio Nicolau, do 'InterTextual' - Anel do Coração

10 de janeiro de 2011 · 105 comentários


Estava eu muito sossegado na minha vida blooguística, quando me apareceu um comentário aqui, e que fez despertar o meu interesse. Dizia assim: «A voz do outro, Antônio, é tão importante quanto a nossa, porque nos fala sobre nós mesmos, revelando quem somos. É importante, portanto, dar voz ao outro, exatamente o que você fez aqui.». Era um comentário do Márcio Nicolau. E eu pensei 'Hum! Penso assim mesmo.' Desde esse dia, tenho acompanhado a evolução boguística deste jovem. Conforme o ia conhecendo, ia pensando cá para comigo: 'adoraria ter a tua companhia no Anel do Coração'. Esse dia, chegou. É hoje.

Admiro a delicadeza, inteligência, cultura, o bom gosto, a qualidade e o bem-estar do Márcio. Na escrita, na poesia, na música, na interacção com todos. Admiro muito a actividade do Márcio Nicolau nos seus 3 blogues, que se complementam na perfeição. O seu blogue «InterTextual» é o espaço que ele dedica à sua actividade mais literária, sobretudo à poesia, havendo outros textos e é o ponto de união e divulgação do seu projecto. O seu blogue «Interview» é claramente um espaço de entrevistas, em que a poesia e a música andam de mãos dadas. O blogue  mais recente do Márcio, em parceria com o Saulo Taveira, tem o nome interessante de «Intermediário», e creio que aí surgirão grandes surpresas, pois será a escolha dos próprios que prevalecerá.

Só mesmo percebendo o seu trabalho, como o faz, como o desenvolve, os múltiplos níveis em que se movimenta e o jeito determinado de quem chegou a uma fase da vida e iniciou o movimento interno de deixar um legado público. Os próximos anos confirmarão, ou não, essa vontade. Pois só o seu livre-arbítrio é que conta, apesar que estarem reunidas as condições para cumprir um futuro brilhante.

Este fazedor de pontes do signo Virgem tem uma enorme missão a cumprir e, digamos, que só agora está a levantar a ponta do véu. Vamos conhecer o Márcio Nicolau que, em meu entender, representa o que de melhor a actual juventude pode oferecer. É muito bom seguir o rasto deste criador, pensador, poeta, escritor, comunicador, em suma, um fazedor de pontes, e que à maneira dele, está a fazer girar o seu próprio Anel do Coração.


Seus blogues: «InterTextual» e «Interview»
«Intermediário» em parceria com Saulo Taveira


Saulo Taveira
Poema de Márcio Nicolau, dito por Saulo Taveira

Texto-poema original, aqui.

Saulo Taveira é o autor do excelente blogue «Partitura» já mencionado aqui. O 'Partitura' é um blogue falado, entoado, meio cantado, em que o autor expressa o que sente e pensa no momento. Um blogue original, diferente daquilo a que estamos habituados. Vale a pena conhecer e acompanhar.

O leitor pode clicar nos nomes dos blogues mencionados ao 
longo da entrevista, acedendo a esses espaços.

Rio das Ostras, Brasil
Olá Márcio, é um prazer fazer-lhe esta entrevista. Admiro muito a sua actividade nos blogues. Fiquei com a sensação que você maturou um projecto muito pessoal e depois soltou, vindo tudo à superfície pública. A minha curiosidade, por enquanto, é esta: Quando e como começou esta sua actividade e por quê? É um reencontro consigo mesmo?

Sim, trata-se de um reencontro. Pra começar, sempre acreditei no diálogo e hoje ainda creio. Na adolescência mantinha intensa correspondência com amigos à distância, com o passar do tempo o diálogo se interrompeu, o blog é a retomada. Além disso, é o reflexo da minha personalidade, por isso os textos que se inter-relacionam com imagens e som, quem me conhece sabe que este é o meu espelho.

Pelos vistos, essa ideia de diálogo manteve-se viva. Passou de um diálogo a dois, a uma conversa com muitos. A adolescência foi um momento feliz? Lembra-se do que lia e que música ouvia, então?  Foram bases criadas em segurança para hoje saber seleccionar o que lê, o que ouve, o que escreve?

Sobre certo aspecto, feliz sim a adolescência. Li muito: Jorge Amado, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Ruben Fonseca..., vários autores brasileiros. Ouvia MPB e foi nessa época que passei a colecionar canções, ler sobre os compositores e sobre a história da música, principalmente os anos 60. Sou quem sou hoje a partir disso.

Rio das Ostras, Brasil
Desde o momento em que conheci o «InterTextual», despertou em mim a curiosidade de conhecer todo o conteúdo. Felizmente,  consegui ler todo o blogue. Chamou muito a minha atenção que a maioria dos comentários pertencem a outros poetas. É uma grande tendência dos blogues de poesia: fazem parte de uma comunidade, e a energia funciona em círculo crescente. Apetece-lhe comentar esta situação? Não seria interessante alargar o universo de leitores? Ou os não-poetas ficam aflitos e não sabem interagir com a poesia?

Como a própria vida, há dois lados. Num círculo, portanto, fechados, estamos fortalecidos, o que é salutar. Todavia é necessária a expansão. Não creio que a poesia genuína é aquela que se mantém restrita. Há os que defendem essa idéia por acreditar que a generalização corrompa a sua natureza, guardiões do pensamento poético que se enclausuram. Rejeito texto seleto, me alimento do diálogo (insisto), mas seleciono o meu alimento e não consumo porcaria. "A poesia é pra comer" e penso em alimentar os que tem fome.

Como começou a existir a poesia, para si?

Há duas possíveis respostas, ambas verdadeiras. A primeira delas é: ainda não existe, existirá. Estou ainda em construção, o blog é oficina. Segunda assertiva: sempre existiu, agora está existindo. Disse Paulo Freire, um educador e, portanto, poeta: "O mundo não é. O mundo está sendo."

Estamos sempre em construção. Tem consciência que a sua poesia, ou melhor, parte da que publicou, está a ficar ainda mais enxuta e militante? Uma militância de modernidade. Aqui e aqui.

Passei por algumas fases breves desde que comecei a publicar no blog. Desconstruí minha própria sintaxe, explorei conteúdo nominal e agora lanço mão do ganho adquirido com tais experiências e me arrisco prosaico. Tua análise está correta, é crescente, também, a militância.

No seu blogue «Interview», você escolheu iniciar o projecto, entrevistando dois poetas, a Carmen Sílvia Presotto [do «Vidráguas»] e a Lou Albergaria [do «A Loba de Ray-Ban», «vago(O)risco» e do «Sementes de Amora»]. Excelentes poetas e entrevistas muito bem conseguidas. Estamos a falar sempre do mesmo: o circuito da poesia? [Depois das perguntas terem sido enviadas, no «Interview» foram publicadas excelentes entrevistas, uma sobre música, ao THiago Hendrick, (aqui) e outra, que suscitou um debate importante nos comentários, ao poeta e futuro advogado, Samuel Vigiano, (aqui)]

Outros temas são abordados: música, por exemplo. Pano de fundo, no entanto, para análise do comportamento e discussões filosóficas. Interessa o ser humano por dentro.

Fale-nos um pouco sobre você, o autor dos blogues, o que o faz mover, os seus interesses, o que o deixa feliz? Esteja à vontade para comentar aquilo que lhe parecer mais adequado.

Sou movido a som, estou em movimento. Quero dizer com isso que acredito no efeito sonoro da linguagem. Percebo o movimento, analiso, interpreto e respondo, produzo vibração em resposta aos sons harmônicos e aos ruídos. "Pra pedir silêncio, eu berro. Pra fazer barulho, eu mesmo faço."

Rio das Ostras, Brasil
Márcio, já lhe disse algures, que você é um fazedor de pontes. Identifico-me muito nisso. A confirmar esta minha ideia, como se não bastasse a forma como você se movimenta na internet, criou um projecto em parceria com o Saulo Taveira, que despertou muita atenção: o seu blogue «Intermediário». Recordo-me do 1º post, muito bom, em que você pegou numa provocação de Nelson Rodrigues, «Toda mulher gosta de apanhar?», e pediu às poetas Carmen Sílvia Presotto e à Lou Albergaria para comentarem, o que fizeram com brilhantismo. Gostei muito da provocação, mas o que me intrigou foi exactamente essa aparente separação de águas, com os seus blogues de poesia e entrevistas. Porque escolheu as mesmas pessoas que entrevistou? Fechando universos? Fazendo círculos uns dentro dos outros?

Sim, "uns dentro dos outros". A intenção é através das diferenças, revelar as semelhanças. O Intermediário além de intermediar, servir de ponte, quer fazer interferências. Produzir chiados e reduzindo hiatos, mostrar a imagem nítida. Uma antena capta a essência e as lentes flagram, por trás do texto, a pessoa.

A sua resposta «Produzir chiados e reduzindo hiatos, mostrar a imagem nítida. Uma antena capta a essência e as lentes flagram, por trás do texto, a pessoa.» é um poema disfarçado de resposta ou é a sua essência a afirmar?

São reveladoras sim estas palavras. Ou seja, quase sempre falamos de nós mesmos. (risos)

Que importância têm estes seus projectos na sua vida?

Serei redundante: vital.

Como classifica a literatura erótica e o que pensa da pornografia presente na web? Márcio, esta pergunta copiei-a a si mesmo, sabe disso, não é?

Nova redundância, percebo que a pergunta é retórica. A literatura erótica, já está classificada: erótica. E a pornografia na web, sabemos, está presente. Povoando imaginários.

Rio das Ostras, Brasil
Quem é o poeta Márcio Nicolau? Conheço parte do seu mapa natal e sei que você tem a sua Lua natal em Leão. Neste sentido, é para cumprir com a necessidade da sua alma. Assim, como vê a ideia de que um dos seus propósitos superiores de vida seja receber o reconhecimento e aplauso dos outros pelo que faz bem feito? Como se um holofote o iluminasse e você recebesse o aplauso? Está a cumpri-lo ou a sua mente tenta sabotar o que a alma lhe pede?

Virginiano recusa notoriedade e se constrange perante a evidência. Tímido. Por outro lado, foge dos holofotes, justamente porque, egocêntrico, se julga alvo simultâneo dos refletores todos. Além disso, hábil manipulador julga ser a sua opinião aguardada porque determinante, por isso, algumas vezes se esconde de si mesmo porque se superestima. Introspectivo, desenvolve o potencial analítico. Costumo dizer que me antecipo, eu chego antes, para "sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus".

Não receia que esse «Introspectivo, desenvolve o potencial analítico» o leve a distanciar-se das emoções, a analisá-las em demasia? Já agora, gostaria de saber porque considera ser «egocêntrico», só porque se vê como «alvo simultâneo dos refletores todos»? Que mal tem nisso? E se realmente a sua tarefa interna é fazer essa síntese?

O convívio com o outro diminui o risco do distanciamento excessivo a que você se refere. Quanto à segunda pergunta, o mal é perder a medida e se achar o centro do universo. A tarefa interna é achar o equilíbrio.

Para terminar esta parte, tem a certeza que se superestima, mesmo? Nesse caso, não deveria se esconder de si mesmo. Portanto, pergunto-lhe: tem em alta conta a sua inteligência ou a sua pessoa, a sua essência? Oxalá, me diga que sim.
Sim, por isso digo que me superestimo. Felizmente tenho uma virtude que me livra da arrogância: gosto de partilhar.

É uma 'necessidade', 'conhecimento' ou o 'gosto' pelo assunto, o que vale mais na criação de posts dos seus blogues?

O gosto pelo assunto quase sempre sinaliza conhecimento. Mas acredito que escrevemos por necessidade.

Eu sei que você visita outros blogues. Esta é a parte da pergunta em que você pode homenagear os blogues que mais aprecia. Por favor, indique alguns que mais gosta e porque são do seu agrado?

As autoras já mencionadas, claro, são parte das recomendações. «Vidraguas» é um portal, uma editora, um site bastante acolhedor. Os blogs da Lou são quentíssimos e me instigam. Há 3 outras páginas de poesia que julgo valiosíssimas: «Periódico Subversivo» da autora Aline Morais (uma Elisa Lucinda), «Soltando Linhas», da Pérola Anjos (uma brasileira) e «Coração Vagabundo», do Samuel Vigiano, um paulistano delicado que advoga em favor da palavra. Pérola e Aline participaram do «Intermediário» e o Samuel foi entrevistado em dezembro no «Interview», uma entrevista que causou estremecimento. Mas a poesia dele é muito sólida.

Sendo você da serra, o que mais o atrai no mar? Pergunta tola, não é?

A perspectiva do horizonte. Além disso, morar de frente pro mar e acompanhar os ciclos, variações, me ensinou a transitoriedade das coisas.

Gostaria muito que indicasse (com os respectivos linques) alguns posts escritos por si que, em seu entender, sejam muito especiais e, qual a razão para essa sua escolha.

Apenas um, publicado no dia 08 de dezembro de 2010. É a minha cara. Este aqui.

Encontro de poetas e amigos no lançamento do livro
«Postigos», de Carmen Silvia Presotto, no Rio de Janeiro.
Márcio Nicolau, à direita. Foto daqui.

Sendo você poeta e comunicador, gostaria de ter livros publicados? Qual é a sua relação com a modernidade literária na internet?

Blogs são ensaios, rascunhos. Livros são insubstituíveis. No entanto creio, mesmo que venha a me publicar em livro, manterei a página de diálogo virtual. A propósito, em novembro estreei em livro com um poema publicado em «Postigos», livro de Carmen Silvia Presotto que conta com outros convidados. Uma alegria.


Sobre «Postigos», aqui.

Compreendo essa «alegria» que diz ter sentido ao ver um poema seu publicado no «Postigos». Foi só isso que sentiu? Alegria?

Senti também insegurança quanto a validade artística da poesia escrita. Depois veio a alegria.

Apesar de ter blogues ainda jovens, considera que está a atingir os seus objectivos quando criou os criou?

Sim, cresceram muito rapidamente, graças ao feedback dos leitores. Interlocutores são fundamentais a um escritor em potencial.


Numa frase curta, pode dizer o que pensa sobre:

a) Blogoesfera -
Escritores amadores, alguns deles feras que deveriam se profissionalizar. Além disso universo psicoterápico.
b) O seu projecto bloguístico -
Experimentação. Via que se encaminha para a afirmação da personalidade criativa e, no percurso, responde à paisagem.
c) Amizade na  blogoesfera -
Possível.
d) Plágio -
elogio indireto. (Possivelmente o mais sincero).
e) Redes sociais -
Não posso falar mal, porque também sou peixe, mas acho que estão sendo mal empregadas.
f) O seu país -
Talvez responda dizer que não moraria em nenhum outro lugar do mundo.

Os comentários dos seus leitores são importantes para si? Interage com eles? Eu sei qual será a resposta, mas a ideia é dá-lo a conhecer a pessoas que não estejam ainda habituadas a si.

Respondo aos comentários com a minha presença em seus locais de origem. Bem entendido: não faço barganha, mas sinalizo abertura. Posiciono impressões, as vezes, críticas. Silencio ante a recusa ao diálogo ou atitudes mesquinhas que visem, de maneira apelativa e/ou medíocre, a auto-promoção. Acima das vaidades estão as idéias.

Márcio, convidei duas pessoas que estimas para te fazerem perguntas:


Carmen Sílvia Presotto [do «Vidráguas»] - «Márcio, vivemos um tempo em que, cada vez mais,  a TV, o cinema, a fotografia, a música e a palavra conVersam entre si e o Intertextual apresenta isso muito bem, então te pergunto: Podemos pensar que essa aproximação das Artes, um tempo híbrido de linguagem, seja uma nova possibilidade poética?»

As linguagens, de maneira natural, se inter-relacionam. Um lugar leva ao outro e, na internet, as fronteiras se cruzam e, ao mesmo tempo, inexistem. Cada pessoa, além disso, é um texto e as analogias revelam, muitas vezes, confluentes as leituras de mundo.


Lou Albergaria [do «A Loba de Ray-Ban», «vago(O)risco» e do «Sementes de Amora»]

a) «Homem na hora de sexo, também gosta de apanhar e só os neurónios reagem?»

Os passivos reagem com passividade.

b) «Você faria sexo com mais pessoas ao mesmo tempo, tipo uma mènage a trois? Se sim, estou na fila....hehehe»

Como diria o Cazuza: "Viver a liberdade, amar de verdade, só se for a dois". Amo você.

António: Márcio, seguem mais umas perguntas extras, está bem?

Entrando nos seus posts: é frequente acompanhar os seus poemas com som ou vídeos de músicas brasileiras. Já vi posts com Chico Buarque, Milton Nascimento, Marina Lima, Maria Rita, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Carlinhos Brown e muitos outros. Foi o que primeiro me chamou a atenção em si, pois saía fora do mais comum que se faz. Percebe-se que os seus interesses musicais atravessam várias gerações. Pode comentar esse lado da a sua vida que é a música? A parte mais central desta pergunta foi feita mais acima, pela Carmen.

Tenho grande interesse por música brasileira, que, todos sabem, é a melhor do mundo. Acredito serem poesias as letras de música e coleciono, de memória, várias canções. No «InterTextual» permito a intertextualidade. Outra coisa a saber: sou um saudosista incorrigível, o que explica o gosto por épocas musicais anteriores a mim. Apesar de atento ao que se ouve hoje.

Você é um jovem de 1980 e tem 'saudosismo' de épocas bem distantes da sua. Muito curiosa a palavra usada por si. Vou propor-lhe uma hipótese meramente metafísica, pode ser? Imagine que na sua vida anterior, nos anos 50 e 60, você era um jovem entre os vintes e os trintas e absorveu toda essa cultura, sobretudo a musical. Consegue imaginar-se nessa época? Como reage a isso? Por favor, não pense, reaja apenas.

Há duas respostas possíveis, a primeira, talvez a mais reativa, é a seguinte: vivi nessa época. A segunda, mais racional, é: o mergulho na história, através da leitura me fez viver essa época. Acredito em ambas.

Também eu, Márcio. Um leva ao outro.

Um outro aspecto dos seus posts é aquilo que eu chamo de «cidadania». Textos e vídeos sobre os direitos dos brasileiros e a vossa constituição. Gostei muito desta intervenção, muito intensa, mas digna. Militante, mas poética. Como encaras o mundo de hoje, tão cínico e cheio de perversões sociais? Desenvolve tudo o que quiseres.

Eu me preocupo. Principalmente com a omissão alheia e ausência de ideais de mudança. Também me preocupo com as falsas rebeldias, indignações aparentes escondem indiferença. A verborragia da mídia sensacionalista, por exemplo, me assusta como a hipótese de censura porque esvazia e descredita o discurso. Arma poderosa usada em excesso é tiro que sai pela culatra. Sabotagem, sem dúvida.

Aceita que eu lhe diga que gosto muito de si e dos seus blogue? Fique com um grande um abraço.

Muito obrigado, Antônio. A entrevista foi uma oportunidade ímpar de me olhar. Obrigado por fornecer o espelho de perguntas.

Os meus agradecimentos à Carmen Sílvia Presotto, à Lou Albergaria e ao
Saulo Tavares, que prontamente aceitaram colaborar neste entrevista.
São seus amigos de alma.

Márcio, muito obrigado.

António Rosa

Informação adicional:

Conheça a entrevista que o Márcio deu a Lou Albergaria, no



Leia o que o THiago Henrick, do «Entulho Musical», escreveu sobre ele, aqui.




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Entrevista coletiva a Astrid Annabelle - Anel do Coração

16 de dezembro de 2010 · 332 comentários

Astrid Annabelle (Ma Jivan Prabhuta)

Como minha amiga mais antiga na internet, a Astrid Annabelle, inaugurou no dia 14 Abril 2009,  com a sua entrevista, a secção 'Anel do Coração', criada aqui no 'Cova do Urso', destinada a conhecer melhor  bloguistas que admiro muito. Ver aqui.

A Astrid Annabelle quase que dispensa apresentação pois é um fenómeno de unanimidade no vasto mundo da blogosfera, sobretudo nas áreas da auto-ajuda, espiritualidade e metafísica. Brilhante pensadora, de enorme coração e sensibilidade, tem ajudado imensa gente, em qualquer um dos seus três blogues. É um projecto de vida muito especial e saboroso.

Fiquei muito feliz com este trabalho conjunto, entre todos. O meu papel aqui, nas entrevistas colectivas é fazer a ponte entre os entrevistadores e os entrevistados. O 'Anel do Coração', girou, mais uma vez. Agradou-me muito fazer este trabalho, pois foi uma forma de reconhecermos a missão fantástica que a Astrid Annabelle desenvolve. Esta é a segunda entrevista colectiva que conduzo; a primeira delas foi ao nosso querido amigo Marcelo Dalla, no dia 25 Janeiro 2010 [ver aqui], com um tremendo sucesso, que intuo se vai repetir hoje.

A todos, muito obrigado. Sejam bem-vindos.

«Projeto Navegante do Infinito»
de Astrid Annabelle [Ma Jivan Prhabuta]

                               Navegante do Infinito                       A Dinâmica do Invisível



Informação: As ilustrações ou fotos que vai ver daqui para baixo são os 'avatares' usados no perfil  dos blogues de cada pessoa e aqui colocados ao lado das suas perguntas. Apenas 4 fotos, tive que ir buscar ao Facebook. Servem, também, para cada um localizar mais depressa a sua própria pergunta e respectiva reposta. Só espero que não tenha havido mudanças de avatares, nos últimos dias. :)))

Entrevista colectiva a Astrid Annabelle
(por ordem de chegada dos amigos)

Para quem quiser conferir, as perguntas foram feitas aqui.

Palavras preliminares da Astrid à própria entrevista: 

«Antes de mais nada quero agradecer por esta oportunidade de poder contar para todos um pouco sobre a “minha lenda pessoal”.  Um dia eu li este termo em um texto do Paulo Coelho e gostei tanto que o adotei. Lenda, pois o que podemos repassar sobre as experiências vividas são as impressões guardadas sobre os fatos do nosso passado.

Quero também agradecer ao António por esta iniciativa maravilhosa de fazer girar o Anel do Coração e a todos vocês, meus amigos e leitores, que deixaram suas questões. Vou tentar ser breve nas respostas, apesar de que isso não é uma tarefa fácil para quem é uma comunicadora nata.»

Imaginemos que estamos numa roda e, no centro, uma fogueira.
Conversemos, então... e façamos a festa. (A.R.)


Clicar, para conhecer,  no nome dos 48 blogues mencionados,
pertencentes aos 39 bloguistas presentes nesta entrevista.
Também aqui estão, com a suas perguntas, mais 2 pessoas que não têm blogues.
Será toda uma experiência de alargamento de horizontes.

Vanessa, do «Fio de Ariadne» - Entrar nos seus blogs é como ingressar num ambiente tranquilo depois de sair de um vendaval. Em um mundo dominado pelo consumo e individualismo, como é trabalhar com a proposta do equilíbrio ainda tão distante dos caminhos trilhados pela maioria das pessoas?

Astrid - Vanessa, fico feliz em saber que sente tranqüilidade ao acessar os meus blogs. Perceber e sentir são justamente as chaves que criam nossa realidade. Cada um de nós possui o seu mundo, pois cada um de nós percebe e sente um mundo distinto. Para uma perfeita compreensão disso eu teria que fazer um verdadeiro tratado sobre o que é a realidade, e isso não cabe aqui. Então para ser objetiva, digamos que eu aprendi a escolher aquilo que quero no meu mundo e a sustentar as minhas escolhas. Aprendi a ser do mundo sem estar no mundo.


Eliana, do «Coisas da Boa Vida» - Astrid, o que te levou a estudar a Dinâmica do Invisível, e se tornar uma mestra nesse assunto e em muitos outros.

Astrid - Eliana, eu amo a vida. Isso me fez querer compreender, que é diferente de entender, como ela funciona. Sou uma grande curiosa e observadora da natureza onde se vê claramente que nada acontece por acaso. Sendo assim, a vida tem uma dinâmica invisível. Ao concluir este pensamento fui atrás de saber como é!

Não me considero mestre de nada. Detesto rótulos. Me sinto limitada como se estivesse sendo encapsulada nos títulos que apenas servem para alisar o nosso ego. Sei que são necessários no mundo mundano para classificar as nossas funções. Mas no fundo gosto de ser simplesmente quem sou. Sem enfeites. Conheço muito sim, mas estou muito longe de saber o suficiente. No dia em que eu me considerar mestre em algo estarei decretando minha morte. Enquanto viva sigo sendo uma aprendiz!


Lucília Ramos, do «Portugal _____ em mim» - Sei que és uma estudiosa da simbologia dos números, da astrologia e de outros cursos a que estás habilitada, acreditas que é preciso averiguar alguns passos da vida das pessoas com esses estudos para serem mais felizes, obterem mais sucesso? Em suma, consideras assim tão importante obtermos essas "respostas" para guiarmos as nossas vidas?

Astrid - Lucy, somos energia organizada e cristalizada, materializada aqui na 3D. Ao nascer não nos foi concedido nenhum manual de instrução para um perfeito funcionamento. Vamos crescendo e vivendo ao Deus dará. Se você então pode ter acesso a informações que lhe permitem decodificar toda a energia que você é, que façam você compreender o porque de ser quem você é, então é válido sim.

Só que acredito que deve ser um trabalho de auto-conhecimento. O numerólogo, o tarólogo ou o astrólogo, etc. podem fornecer dados e pistas, porém nunca concluir nada. O consulente deve concluir por si.

Quando um “...ólogo” concede uma consulta está em verdade falando para si mesmo aquilo que de outra forma não quer ouvir. Sempre digo isso nas minhas consultas. Cheguei a esta conclusão, pois invariavelmente os casos que atendia tinham algo a ver com o que eu mesma estava vivendo naquele momento. Aí comecei a usar as consultas como um grande aprendizado e como aprendi!!!!

O Mestre Ascenso Saint Germain disse que o pior mal da humanidade é a ignorância. É dessa ignorância que ele estava falando. Então minha resposta final à sua questão é um sonoro sim! rss


Maria de Fátima, do «O Portal Mágico» - Astrid quando é que decidiste começar a estudar o Reiki e ser uma Mestre?

Astrid - Mimi, vou transcrever parte de um texto que escrevi por email para uma amiga que se iniciou recentemente como Mestre de Reiki comigo:

«Quero lhe passar a minha vivência de como fui iniciada no Reiki. Eu sofri um ataque na região do coração num belo domingo, enquanto brincava com o meu neto mais velho, que na época era um nenê de um aninho. Lembro bem de um raio multicolorido com cores metálicas que me atingiu o peito. Fui arremessada para o chão...estava sentada na beira da minha cama.

Vi tudo virar de perna para o ar e fiquei paralisada embora consciente. Não conseguia falar muito menos responder aos apelos desesperados do meu marido e filho. Fui levada as pressas para um Hospital e lá internada em uma UTI onde permaneci em observação ligada a vários aparelhos.

Para encurtar a conversa... do jeito que entrei no hospital eu sai depois de algumas horas, sem um diagnóstico sobre o que afinal aconteceu. Eu sabia, rss, mas os médicos não.

Minha família em peso fez pressão exigindo que passasse por uma avaliação com um cardiologista. Eu neguei, pois sentia que não era nada grave, e fui me tratar com Reiki num espaço holístico perto da minha residência da época. Eu havia me interessado por esta técnica assim que ela foi trazida dos EUA. Não tinha dinheiro para fazer a iniciação que custava os olhos da cara...

Bem, assim que eu deitei na esteira para a primeira aplicação de Reiki, a Reikiana que estava se preparando para fazer a aplicação, virou de repente e disse... você foi chamada pelo Reiki. Você precisa ser iniciada o mais rápido possível. Hoje de preferência. Imagine você!!!! Naturalmente aleguei a falta de $$$. Isso não fez com que mudasse de idéia... ligou para o seu Mestre e relatou o acontecido (tudo o que lhe contei acima). No dia seguinte fui incluída num grupo e recebi a iniciação do Nível 1 de Reiki.

Não sabia como agradecer ao Mestre pela gentileza de ter me iniciado de maneira graciosa. Quando fui me despedir lhe perguntei... como posso lhe retribuir pelo que fez por mim?

Ele respondeu na hora: "Vá em paz e divulgue o Reiki aos quatro cantos... inicie os necessitados e as crianças do mesmo jeito que eu fiz. Essa é a sua missão!"

E assim foi feito e está sendo feito.

Divulguei o Reiki pela rádio (tive programas em São Paulo (capital) e em Peruíbe).

Divulguei pela TV (tive programa na TV local de Peruíbe)

Em Peruíbe (cidade do litoral sul de São Paulo) também, durante quatro anos mantive um ambulatório de Reiki para todos que precisassem. Iniciei centenas de crianças e pessoas que tinham limitações financeiras.Isso tudo aconteceu entre 1995 e 2003.

Me tornei Mestre de Reiki em 2001. Nesse mesmo ano me tornei Mestre de Karuna Reiki e de Magnified Healing. Em 2002 me tornei Mestre em Seichim-SKHM e fui iniciada na Medicina Sagrada da Serpente Dourada. Curadora Prânica eu já era antes de me tornar uma Reikiana. Tudo isso ganhei de presente...o Reiki sempre indicava quando e com quem...e as coisas aconteciam.

Vivo o Reiki vinte quatro horas por dia... acordo com ele e vou dormir com ele!Tenho minha própria visão sobre o Reiki que é justamente baseada em todos esses anos como Reikiana.

Não aceito a forma enlatada como querem apresentar essa energia que nada mais é do que AMOR. E como você pode pensar em ditar regras para o AMOR?

Reiki flui e você sente...e é isso que importa. Muito mais do que conhecimento é preciso sentir.»


Manuela Freitas, do «Light» - Sou uma leiga e uma céptica nesta matéria e gostava de saber quando surgiu o click que te fez avançar por estes caminhos?

Astrid - Acho que nasci “clikada” Manú!!! rss Digo isso, pois até onde consigo me lembrar tudo que era mágico, encantado, místico me atraia. Já relatei por diversas vezes, em posts distintos, que eu aprendi a ler muito cedo.

Não tenho lembrança de ter ficado sem ler nada um único dia da minha vida inteira. E foi através das leituras que os insights foram acontecendo naturalmente. Não existe um momento determinado. Assim como uma bola de neve que simplesmente vai crescendo ao ir rolando montanha abaixo eu fui avançando por estes caminhos e expandindo minha consciência.


Lúcia Soares, do «De amores e de...» - A Manuela e a Maria de Fátima já fizeram a pergunta que eu faria: quando foi que você (Astrid) se interessou por estudar essas áreas às quais se dedica? (em que idade, em que tempo da vida).

Astrid - Como eu contei acima Lúcia, não posso lhe dizer que em determinada data eu tivesse começado a estudar sobre a espiritualidade.

Eu sou formada professora com especialização para a pré-escola. Sempre gostei da inocência das crianças menores. Quis estudar psicologia, mas isto acabou não acontecendo.

Durante vinte anos mais ou menos após o casamento cuidei de filhos e dei aulas. Porém sempre lendo e pesquisando sobre a espiritualidade. Inclusive as visões aumentavam e fatos incríveis se sucederam.

Em 1989, um ano muito difícil para mim, muitas mudanças significativas ocorreram na minha vida. Uma delas foi, um belo dia, achar um cartão com a imagem do Mago Merlin no chão da minha garagem. Este Mago tinha uma bola de cristal na mão esquerda e com a direita soltava uma pomba da paz. Tenho este cartão até hoje. Como não havia nada escrito fiquei matutando que significado teria. Na semana seguinte a este fato, no mesmo lugar, encontrei um panfleto convite para inauguração de um espaço holístico no bairro por aqueles dias. Os dizeres do panfleto: “Saint Germain convida você, etc...”

E assim mergulhei no imenso mundo da Grande Fraternidade Branca. Dai para frente minha evolução foi a galope.

Para quem não sabe o Mago Merlin foi uma das muitas encarnações do Mestre Saint Germain. Coincidências???


Marcelo Dalla, do «Dalla Blog» e «ManDalla Arte Visual» - Gostaria que a Astrid nos contasse um pouco sobre sua mediunidade. Como foi no começo, quando notou percepções diferentes, achou que estava ficando maluca? E como é hoje?

Astrid - Quando criança, Marcelo, eu vivia dentro de vários mundos e achava isso absolutamente normal. Vez por outra comentava alguma coisa em casa sobre as visões que eu tinha e recebia de volta um sonoro “Cala a boca menina. Pare de falar bobagens!” Eu sentia e sabia coisas que realmente faziam minha mãe surtar!!! Rsss (Minha avó me defendia!)

Ela tanto reprimiu este meu lado espontâneo que eu sinceramente achei que deveriam ser bobagens. Acabei crescendo como uma menina boazinha, que tirava notas altas na escola, ajudava no serviço de casa, não dava trabalho, mas que não podia falar. Não foi por acaso que sofria de crises asmáticas. (Quando uma pessoa sofre crises de asma é sinal de que sua expressão de alma está sendo sufocada)

Para compensar essa repressão toda eu ficava, nos intervalos das aulas, muitas e muitas vezes, sentada sozinha dentro de uma capelinha toda azul que havia no colégio onde estudava, diante de uma imagem linda e grande de Nossa Senhora de Fátima. Ali a conversa era de coração para coração sem nenhuma conotação religiosa. Eu sabia que ela me carregava no colo. Ninguém me sugeriu fazer isso... foi por intuição pura!

Entre muitas e muitas outras coisas eu havia avisado a minha mãe com quem eu iria casar, isso aos oito anos, dando detalhes como o nome e a origem italiana do meu marido. E assim foi, para desespero total dela que sonhava com um outro futuro para mim. Mas estava escrito nas estrelas que eu teria que passar por esta prova. Com o casamento pude dar vazão a este lado mediúnico.

Não vou me alongar, pois são muitos os detalhes dessa caminhada, ora passando por louca, ora por sábia!!!rsss

Hoje sinto quando minha alma está no comando. Quando o meu ego fala é completamente diferente. Não tenho como explicar isso em palavras.

“Each human being must keep alight within him the sacred flame of madness. And must behave like a normal person // Todo ser humano deve manter viva dentro de si a sagrada chama da loucura. E deve comportar-se como uma pessoa normal”. PauloCoelho


Nilce, do «A vida de uma guerreira» - A pergunta que gostaria de saber já foi feita. Mas, vou tentar outra: Astrid, eu gostaria que você me explicasse como uma pessoa sente que tem mediunidade, ela pode ter e não saber? Passar por uma vida aqui ignorando e só se manifestar em outra?

Astrid - Nilce, todos temos a capacidade para usar os nossos sentidos extra físicos. Algumas pessoas percebem isso, outras não.

Veja por exemplo as mães... todas manifestam a intuição em relação aos filhos, pelo menos.

Mais um... existem pessoas no dia-a-dia que comentam: “Ô boca santa!”

E por aí a fora.

Conseguir acessar planos superiores faz parte da nossa anatomia espiritual!

Detalhe: somos nós que desenvolvemos a capacidade para atingir os planos mais sutis e não ao contrário.

É preciso para tanto sutilizar o corpo humano denso, cuidando bem da sua alimentação em todos os sentidos. Aqui alimentação significa mais, muito mais do que somente os alimentos que ingerimos!

Milhares de pessoas morrem sem saber de tudo isso. É uma pena.

Esse é um caminho solitário onde cada um deve ouvir seu coração e nunca jamais se pendurar em mestre, ou guru nenhum. E este é o maior desafio... ter fé no que sente! Ninguém tem a capacidade de sentir o que o outro sente.

Mediunidade, portanto é um vocábulo que se generalizou e acabou deixando de ter o sentido original.


Ana Cristina Corrêa Mendes, do «Astrologicamente» - Astrid,o que hoje valoriza mais na sua vida, aqui neste planeta...e portanto o que gostaria de deixar como legado?

Astrid - Ana, a riqueza de experiências que a vida me ofereceu. As boas e as não tão boas. Sinto hoje que a vida é uma viagem fantástica e que se bem aproveitada nos leva a um estado de paz e alegria cada vez mais permanente.

Acredito que o legado melhor a ser deixado por alguém é ter feito bom uso do seu dom. Assim cumprimos a nossa missão e eternizamos a nossa passagem pela 3D.


João Raimundo Gonçalves, do «Biocrónicas» - Astrid Annabelle...é uma emoção participar numa entrevista colectiva a uma mulher maior que muito admiro e amo...me diga: a alma...sendo o que evidencia para o exterior cada momento de sermos...ela é imutável ou condicionada/formatada, pelos conhecimentos que vamos adquirindo?

Astrid - João, como na natureza nada é estático, tudo evolui, creio que toda a nossa multidimensionalidade evolui igualmente.

Agora, vivemos em um mundo cheio de palavras. São muitas para definir um mesmo assunto. Então é preciso compreender que o que eu entendo como alma pode ser que não seja a mesma coisa que você entende como alma.

Alma para mim significa tudo aquilo que deixo transparecer pelo coração e de maneira espontânea. A personalidade, ou ego, comandado pelo lado racional, é como somos percebidos pelos outros. Nem sempre atuamos pelo coração, sem rascunhos. Normalmente vivemos de acordo com um script previamente organizado pela razão.

A alma detém a claravisão sobre o todo. A personalidade é condicionada ao tempo e ao espaço.

Retornando à sua questão. Acredito que evoluímos sim como um todo. Acrescentamos, ou melhor, podemos aumentar a potência da nossa luz através da superação dos nossos desafios.


Chica, do «Coisinhas da Chica» e outros blogues  - O que sentes ao olhar o mar? Te acalma ou agita? [Pra mim ele é tão lindo e passa uma lição, mas já falei isso e algumas pessoas disseram que eu não estava certa, pois o mar é furioso e agitado e apenas na beira, é calmo... Eu não consigo vê-lo assim.Vejo o num TODO.]

Astrid - Chica, o mar sou eu. Eu sou o mar. Não concebo minha vida distante do mar.

O mar representa o nosso corpo emocional. É maleável, temperamental, agitado, manso, calmo, violento, amoroso, mutável, provedor, etc. Nos faz felizes, mas também sabe machucar.

Ao nascer, da janela do quarto na Maternidade Portuguesa, na cidade de Salvador, Bahia, eu vi o mar de imediato. Assim me foi contado. E tudo aquilo que se enxerga e percebe nos primeiros instante de vida permanece como referência por toda a vida.

Com menos de um mês de idade fui “batizada” pelas águas da Praia de Amaralina, proeza essa realizada por minha avó! Proeza, pois se trata de uma praia de mar aberto e com muito vento. Dizia a minha mãe que eu poderia ter morrido sufocada pelo excesso de vento. Minha avó apenas sorria todas as vezes que se falava nesse assunto!

Então o mar para mim não só é um todo como tudo.


Evelise Salgado, do «A Melhor Alternativa» e «Brincadeira Cósmica» - Astrid, nosso dia-a-dia impõe uma série de desvios e obstáculos a nossa caminhada evolutiva. Como bem coloca o Marcelo, as pessoas que estão se abrindo para a espiritualidade, muitas vezes acham que estão ficando malucas, ou, simplesmente são chamadas assim. Quando iniciaste esta jornada e, mesmo hoje, como te fortaleces diante das ciladas que a vida nos prega e que muitas vezes nos faz enfraquecer?

Astrid - Hoje eu trabalho de imediato o perdão, Evelise. Sinto muito. Estou perdoada. Eu me amo. Sou grata.

Antes de alcançar esta maturidade eu realmente dava dois passos para trás no caminho da minha evolução. Não compreendia, chorava, esperneava e brigava com Deus. É claro que por isso arrumava sempre uma encrenca maior!!!

Deus ficava pacientemente me olhando até que eu finalmente abaixasse a crista e concordasse que ELE fizesse a Sua Vontade e não eu a minha.

Osho define bem este sentido conhecido por loucura. Apenas são as tantas outras possibilidades que fogem ao plano conhecido dos humanos. Nos primeiros capítulos do livro «Semente de Mostarda», vol.1, ele explica isso de maneira muito clara.

Agora, enquanto ser humano, teremos desafios até o fim da jornada pela 3D. Nem os iluminados escampam disso. Estar vivo aqui na Terra é estar em uma constante disputa entre a nossa sombra e a nossa luz. 



Isadora, do «Tantos Caminhos» e «Cantinhos dos Sonhos» - É um prazer saber um pouco mais sobre a Astrid. Minha pergunta é mais ou menos parecida com a da Manuela. - O que a levou, Astrid, a percorrer esse caminho. A estudar essas matérias?

Astrid - Isa, eu tenho a nítida sensação que a vida me dá a mão e me leva por este caminho.

Não foi uma coisa feita de caso pensado. Eu não decidi nada. Os fatos foram acontecendo e por ser geminiana “raça puríssima” fui querendo compreender o por que e o para que.

E fui embora. A minha vida está cheia de situações surpreendentes, algumas até já relatei acima.

Mais um exemplo: um dia recebi um livro escrito em inglês sobre meditação e temas afins.

Na época eu era muito nova ainda, não compreendi nada. Deixei o livro guardado na minha mesinha de cabeceira durante anos. Mudei de casa várias vezes, mas o livro permanecia ao lado da minha cama.

Muitos anos depois fiz um curso longo para me tornar uma terapeuta holística. Durou quase dois anos. Passado um tempo de eu ter me graduado, por acaso eu abro o referido livro... se tratava de uma “apostila” completa de um curso para Terapeutas Holísticos!

Eu ganhei o livro uns quinze anos antes... acaso??? Será???

Outro fato similar aconteceu em relação ao livro «Um Curso em Milagres».

Estava passando por uma crise financeira daquelas brabas. E num determinado dia eu tive que inventar dinheiro para comer. Tive a idéia de reunir uns livros que não me serviam mais e fui vender num sebo. Ao chegar lá deparei com «Um Curso em Milagres» em sua versão espanhola. Fiquei louca para comprar o livro. Mas eu fui vender livros e não podia comprar nada. O dono do sebo deve ter percebido meu dilema pois comprou meus livros e me deu de presente o objeto do meu desejo! Quem conhece este livro sabe como é difícil a sua leitura. Pois eu li em espanhol mesmo (um idioma totalmente estranho para mim) e compreendi tudinho. Somente alguns anos depois é que pude comprar a sua versão portuguesa. E foi aí que eu percebi que de fato havia assimilado tudo de maneira correta.

E assim vou caminhando Isa.


Siala, do «Alfa Eri» e «A Energia Vital» - Querida Astrid, coloco 2 questões: 1) Quais os momentos mais difíceis neste seu caminho e como conseguiu superá-los? 2) Qual seria o momento que vc define como ponto chave do seu caminho? porquê?

Astrid - Através da numerologia, Siala, eu constatei uma das minhas grandes lições de vida... o lidar com valores, em todos os sentidos.

Na realidade nem precisava ter visto isto através da numerologia rssss... sentia na pele!

Primeiramente, como mencionei em outra resposta, eu fui muito provocada por minha mãe quando ela me dizia que eu só falava bobagens. Isso jogava minha auto estima no lixo. Passado um tempinho, eu juntava os caquinhos que sobravam e me punha em pé novamente, para logo em seguida ser derrubada de novo. Isso foi uma constante em minha vida... o maior desafio. Sofri perdas memoráveis em termos de dinheiro igualmente. Fui rica, fui muito pobre, fui mais ou menos, e assim num continuum interminável.

Tenho uma força grande dentro de mim que não desiste fácil. Eu vou para o chão e me ergo logo em seguida.

Com a maturidade, a compreensão e a expansão da consciência praticamente superei este assunto. O António já me deu uma bela explicação sobre esse tema analisando meu mapa astrológico!

Lhe contei tudo isso para que possa compreender a resposta da sua segunda questão.

Um dos pontos chaves mais importantes foi o dia em que fui convidada pela direção da Rádio Mundial em São Paulo para responder questões dos ouvintes ao vivo no ar!

Na época, grandes espiritualistas ocupavam o microfone da Rádio Mundial que disparava em audiência. Pode imaginar o que senti? Alguém me convidando para falar para milhões de ouvintes para todo o Estado de São Paulo, ao vivo?!

Nunca fiquei sabendo como me descobriram!!!

Isso foi um dos grandes presentes que recebi dos meus queridos Mestres Ascensos... acho que ficaram com peninha!!! rsss


Laura, do «Resteas de Sol» - É certo que tudo o que o Universo tem para nós, chega no dia e na hora certa e não quando nós esperamos impacientes? Sou sensitiva e de aproximação, mas, não tenho onde evoluír, logo, vou tentando por mim, Orando para que a Luz se vá fortalecendo.

Astrid - Tudo o que você vive, Laura, foi pensado e sentido por você. Mesmo que de modo inconsciente a escolha sempre é sua. As coisas boas e as não tão boas. Assumir isso nos torna responsáveis e damos um salto quântico ao compreender essa verdade.

Isso para explicar que o que o Universo tem reservado para você é criação sua. O tempo para uma escolha sua se manifestar depende de como se posiciona perante o fato... com medo de que não aconteça ou com certeza absoluta de que irá acontecer.

Por isso, para facilitar o seu caminho, aceite tudo de bom grado e diga Graças à Deus por tudo o que existe em sua vida. O estado de gratidão encurta as distâncias!

Fico feliz em saber que percebe a sua multidimensionalidade... agora não posso concordar que não tem onde evoluir! Só evoluímos ao olhar para dentro de nós mesmos e nunca em algum local externo. Preste atenção à vida. Esteja presente no aqui e agora. Sinta a vida!

Convença-se de que é luz. Acredite nisso!



António Rosa, do «Cova do Urso» - Que percepção é que tem sobre a evolução espiritual desta nossa humanidade?

Astrid -
Ai meu querido amigo do coração! Caprichou na pergunta hein? Rsss

A natureza evoluí como um todo sem parar. O que anda acontecendo e está visível aos nossos sentidos físicos é que houve um “liberou geral”. Deram doces para as crianças e todos se lambuzaram!

Falando a sério agora, como a nossa energia está sutilizada não podemos de maneira nenhuma conduzir a nossa vida dentro dos paradigmas antigos. Tudo o que era uma verdade anteriormente não é mais. O novo é novo. E totalmente novo! Isso precisa ser experimentado, pois as regras não valem mais. E isso para todas as dimensões!

Uma nova história começa a ser escrita. Então a humanidade no geral está tateando no escuro. Conhecendo o que serve e o que não serve mais. Por isso que o seu post sobre não ouvir nada de ninguém a não ser a sua própria voz interna é tão importante. E veja quantos reconheceram a qualidade dos seus conselhos e considerações!

Todos vamos voltar para casa, isto é uma certeza garantida. Creio que se compreendermos que tudo está certo, que tudo é mutável e impermanente, que a vida é movimento como uma grande respiração, que os elementos de que dispomos são o Amor, a Fé, a Alegria podemos ter uma qualidade de vida superior. Como fazer a humanidade perceber isso? Dando o exemplo. Tendo a coragem e a ousadia de ser verdadeiro consigo mesmo.

Agora se quiser uma explanação maior, puxe uma poltrona, se acomode, pois o discurso é longo! rsss




Maria Lúcia Campos, do «Lúcia Campos Visual» - Astrid, vc ainda tem algum sonho a ser realizado na 3D? O que falta fazer?

Astrid - Sabe Lú, eu sou bem criança nesse sentido. Sonho acordada e dormindo porém deixo a vida me levar. A criança quando acorda pela manhã nem imagina por tudo que vai passar durante o dia... vai vivendo, experimentando, chorando, rindo, etc.

E eu vou dizendo Graças a Deus!

Tem sido uma aventura e tanto experimentar a vida sob esta perspectiva.



Rosália ‘Orvalho do Céu’ do «Espiritual-idade» e outros blogues - Astrid querida, como vc vê a questão da 'espiritualidade' nos dias atuais?

Astrid - A sua questão é parecida com a do António, Rosélia. Existem vozes demais falando. Palavras demais sendo escritas. Uma verdadeira batalha por querer ter razão, ser o melhor, o mais correto, etc. E na realidade o momento exige a experiência do UM para somarmos ao TODO.

A área da espiritualidade precisa tirar a fantasia para começar a atuar sem rascunhos. Chegou a hora do silêncio, do praticar para valer o que se aprendeu por toda a caminhada.

De lembrar as palavras sopradas pelo coração. De sentir a religação com a nossa parte divina de fato e não com hora marcada, mas em todos os momentos.

Um simples exemplo... ao falar 'Bom dia'! Lembrar-se que estamos desejando realmente um bom dia para si próprio e para todos.

Este é um tema muito vasto amiga. Dei apenas mais uma pincelada sobre a minha visão pessoal.



Alzira Dinelli, do «Bloguinho da Zizi» - Qual a sua postura mental, nestes momentos conturbados, onde a violência se sobressai?

Astrid -
Já se tornou um reflexo condicionado, Alzira. Eu imediatamente uso a lei do perdão. Pois se eu percebo a violência, algo dentro de mim está de acordo com esta energia. Como nem sempre sei do que se trata já faço um apelo geral... peço perdão por tudo. Sabe que funciona?

Depois que eu adotei isso minha vida teve uma mudança radical. Mas isso só se pode comprovar fazendo. E fazendo com consciência e sentindo. Nunca repetindo as palavras em vão.



Jaya Ananda, do «Alfabetizando o Homem na luz Divina» e outros blogues - Como você lida com o estado: "estar a sós". ...com você mesma...

Astrid - Esse aprendizado eu comecei a experimentar de fato logo ao ficar viúva Jaya!

Até então, eu tinha uma pessoa ao meu lado em tempo integral.

Ao me sentir solta no espaço sem Mãe, irmão, Pai, Avó e sem marido, sem ninguém a quem dar uma satisfação dos meus atos, com liberdade total para tudo, eu fiquei perdida, confesso. É claro que tenho meus filhos e netos, mas é diferente. Não tenho mais testemunhas vivas do meu passado remoto.

Tive que refletir muito sobre isso e entrar em contato mais profundo com os muitos “eus” que eu sou. O tempo que dispunha era de silêncio absoluto. E foi através desse silêncio que comecei a aprender a conviver comigo. A conhecer de maneira mais “palpável” todas as minhas dimensões e todas as minhas personalidades. Hoje lido com mais tranqüilidade com esta nova realidade. Imagine como é passar um dia inteiro sem conversar com alguém, não importando aqui o assunto. Refiro-me à troca de energia. A blogosfera desempenhou um papel importante nesse caso. Encontrei o respaldo necessário para me adaptar a esta nova situação. Mas continuo aprendendo...

Naturalmente aqui respondi com o meu lado humano... a visão espiritualista é completamente outra.




Eliane Gonçalves, do «Corpo, Mente e Espirito» - Astrid, o que fez você se interessar em estudar a espiritualidade? Aconteceu algum episódio na sua vida, que fez com que você tomasse essa decisão?

Astrid - Já respondi a questões parecidas com a sua mais acima, porém o assunto é vasto e não se esgota facilmente, Eliane.

Nada em especial me fez tomar esta decisão. As coisas foram simplesmente acontecendo.

Claro que visto do alto há um “programa estabelecido” que venho cumprindo, muitas vezes totalmente inconsciente. Um dos meios que mais despertou a minha curiosidade a respeito foi sem duvida o gosto que tenho pela leitura. Fui acostumada à boa leitura desde cedo. Conhecer as idéias dos autores, pesquisar suas fontes, e por aí em diante.

Outra razão é meu ser rebelde em relação à regras... você tem que... isso mais aquilo...!!! pronto! Já era um prato cheio para eu querer saber o porque do “tenho que”.

Exemplos:

Por que eu tenho que rezar para um Deus que não sei quem é?

Por que eu tenho que agradar aos outros em detrimento da minha vontade?

Por que eu tenho que andar por linhas tortas se posso andar direto e reto?

Por que para uns a vida é fácil e para outros é difícil?

Por que eu vejo e sinto coisas que os outros nem imaginam?

Por que um autor afirma uma verdade e outro afirma o contrário?

Foram muitas e muitas perguntas que fui investigar. E uma resposta me levava para outra pergunta e assim sucessivamente.

Nasci com os olhos na cor violeta forte... sabia? Depois com um ano de idade ficaram verdes muito forte. Ao crescer foram ficando amarelos esverdeados... hoje combinam com a roupa que eu uso... esses pequenos detalhes sempre ocuparam a minha mente curiosa... preciso de respostas.

Então não posso lhe dizer que algo aconteceu de especial... nasci assim... sou assim.



Cris França, «Canto de Contar Contos» - Eu sei que você já teve grandes perdas na vida, e um dos post mais lindo e emocionantes sobre o tema eu li uma vez no teu blogue, eu queria que vc deixasse uma mensagem para tanta gente que sofre por perder alguém, não se é uma pergunta, porque não gosto de ser invasiva, mas acho que seria de grande valia para todos poder te ler. Deixo aqui registrada minha enorme admiração por vc e pelo seu trabalho.

Astrid - Cris, minha amiga, agradeço por tanto carinho e por suas doces palavras.

Eu realmente não considero que perdemos alguém. Não possuímos alguém, portanto não perdemos.

Deixamos de fazer parte da vida de uma pessoa. Foi cumprida a missão, o aprendizado. Caso encerrado, então precisamos começar uma outra realidade.

Essa consciência é muito importante. Ela nos permite o compartilhar. O verdadeiro relacionamento baseado na livre escolha. Eu escolho estar com você porque gosto. E não pretendo com isso obrigar o outro a gostar. Eu gosto. Isto basta.

Quando a morte interrompe um relacionamento a missão chegou ao fim.

Na vida mundana a morte impõe um sentimento de perda. Isto é egóico. Estamos interferindo na evolução dessa pessoa.

Durante quarenta anos estive ao lado do meu marido todos os dias. Trinta e oito casada.

Desses, trinta e seis eu vivi sendo proprietária dele. Já pedi muito perdão por isso.

Apenas nos últimos dois anos convivemos na maior harmonia possível, pois eu compreendi que estava ao lado dele por escolha própria. E se estava era por gostar de estar. Ele na realidade não era obrigado a gostar de mim. Conversamos muito a respeito e perdoamos um ao outro por tudo que houve de conflito entre nós. Ele também foi muito possessivo.

E assim é a vida. Ela nos reúne para podermos aprender um com o outro. O outro sempre é o espelho daquilo que não enxergamos em nós mesmos. Essa é sem dúvida a lição mais difícil para os humanos. Conviver, compartilhar e amar incondicionalmente... sem nenhuma condição mesmo.

Cris, aqui também respondi como ser humano. Fora da 3D a conversa sobre a morte é outra.



Alexandre Mauj Imamura Gonzalez, do «Lost in Japan» - O que vc faz internamente quando vê algo em si, ou próximo de você não ir bem. Seja uma doença de alguém querido, uma perda, um grave problema. Ou quando vc sente que más energias atuam, ou o mal sentimento. E uma dica: como lidar com uma pessoa extremamente negativa, pesada, que é de nosso convívio diário? 
 

Astrid - A filosofia de vida dos Kahunas me levou a compreender de fato como agir nesses casos, Alê.

Qualquer coisa que não esteja bem significa uma desarmonia no seu campo energético.

Mesmo que seja com uma pessoa próxima. Qualquer assunto no qual você coloca sua atenção lhe pertence. Portanto, você naturalmente se torna responsável por aquilo. Nós não estamos acostumados a viver assim. Aqui, o que é meu é meu, o que é do outro é do outro. Mas se é do outro porque lhe incomoda? Incomoda, pois o outro é reflexo do seu interior, do seu inconsciente.

Então como nem sempre compreendemos ou reconhecemos a desarmonia interna o jeito é aplicar um remédio multifuncional... que é o perdão.

E isso eu sei que funciona. Ah! Se sei!!!

O que é esse perdão ao qual me refiro? É o deixar ir, o largar, o não ter mais necessidade disso em minha vida.

Eu sinto muito (por ter dado importância).

Estou perdoada (estou largando, deixando ir).

Eu me amo (mereço o melhor, tudo de bom).

Sou grata (por ter aprendido mais uma lição).

Isso funciona até nas desarmonias de certos aparelhos eletro-eletrônicos, sabia? Falta de dinheiro também!!! Desde que você tenha a intenção sincera e responsável de curar a desarmonia.

A resposta para a segunda questão está incluída na primeira.

Mas vou acrescentar: Para que você precisa disso?

Se deixar seu coração responder terá uma resposta saltando na sua tela mental de imediato.

Essas são dicas que eu uso constantemente, senão diariamente!!!!



Élys, do «Meu Recanto Poético» e do «Meu Recanto Poético» - Eu,quero dizer que sinto-me muito feliz em participar fazendo uma pergunta a Astrid, pois é uma forma de agradecer a tantas vibrações maravilhosas que recebo quando vou ao seu blog. A pergunta: Astrid, o que você faz para lidar, com as mais diversas vibrações que recebe oriundas das consultas que lhe fazem, creio que algumas não devem ser muito amenas?...

Astrid - Élys, isso é uma realidade. Normalmente as pessoas vêm carregadas. Não porque querem. Pela própria situação de conflito ou desarmonia na qual se encontram. Aprendi a duras penas como lidar com isso.

Vou lhe contar de que maneira aprendi de fato.

Eu morei por um tempo em Perúibe, como já mencionei em outra resposta.

Nessa época eu tive uma agenda lotada. Como tinha um programa de rádio três vezes por semana de grande audiência a procura por consultas era constante. Atendia em minha residência em um escritório montado para essa finalidade. Antes de começar o dia eu energizava todo o ambiente e os meus objetos de poder... cristais, mandalas, gráficos.

Aplicava Reiki de tal forma que ao entrar em meu escritório o consulente já recebia os bons fluídos e entrava em processo de cura.

Um dia, porém fui surpreendida por um pedido especial. Uma moça, que sofrera um acidente de carro, havia ficado tetraplégica. A mãe dela me pediu encarecidamente que eu abrisse uma exceção e fôsse atendê-la em sua residência. Meu coração disse não. Minha razão disse sim! E lá fui eu querendo fazer um bem. Eu fiz um bem e saí com um mal.

Pois muito bem... para resumir. Não me resguardei como deveria ter feito. Quando voltei para casa comecei a sentir fortes dores nas pernas. Em questão de uma hora mais ou menos não conseguia mais me mexer. Fiquei inteira paralisada. Estava com uma grande amiga em casa e mais o meu marido. Ambos começaram imediatamente a rezar e a aplicar Reiki, pois intuíram do que se tratava. No dia seguinte eu estava absolutamente normal de novo.

Como eu me abri e senti pena da moça fiquei vulnerável e absorvi sua condição de paralisia, pois foi isso que me impressionou.

Então a resposta é essa: não podemos nos impressionar com os casos apresentados. E de preferência, sempre se envolver em luz ao atender um consulente.




Adelaide Figueiredo, do «Diálogos Astrais» - Como tanta vivência e enorme espiritualidade, um enorme conhecimento de metafisica e outras ciências, já pensou escrever um livro para ajudar a Humanidade? Seria interessante contar experiências, vivências e porque não dizer, os seus resultados como terapeuta.

Astrid - Pensar eu pensei, Adelaide. Apenas não me sinto escritora. Eu sou muito boa falando e contando minhas experiências. Daí para escrever existe uma grande distância.

Cheguei a pensar em reunir meus textos escritos na net para compor um livro, principalmente do blog «A Dinâmica do Invisível».


Porém ainda nada de concreto eu decidi nesse sentido. No entanto, sempre estou aberta para novas experiências. Quem sabe um dia encontre uma parceria para co-criarmos essa idéia.




William Garibaldi, do «Versos de Fogo» - 1) O que significa este nome que você adotou: Ma Jivan Prabhuta? 2) Quando teve a idéia de criar um Blog?

Astrid -  Esse nome eu recebi ao ser iniciada como uma sannyasi pela “Academy of Initiation” do Osho, em Pune, na Índia, no dia 09/09/2005.

Para que você possa receber o Sannyas a Academia pede um relato sobre as atividades exercidas até então e o porque quer ser iniciada.

Fiz isso. E foi baseado nesse relato que foi então escolhido meu novo nome.

Ma que significa Mãe

Jivan que significa Vida

Prabhuta que significa Fôrça

Juntando tudo significa: A Mãe que irradia a Fôrça da Vida

Por que um novo nome? Porque ao ser iniciada como uma sannyasi o compromisso que assumimos é de renascimento total. Todo o passado deve ser apagado para dar lugar a um novo ser, com uma nova história. Isso eu realmente fiz, tanto que existem assuntos do meu passado que nem me lembro mais. Ficaram os importantes, o resto sumiu. Não sou nem de perto a mesma pessoa anterior à iniciação. O interessante é que recebi a iniciação no segundo aniversário de falecimento da minha mãe! Não é hora de contar agora, mas esta “coincidência” não foi por acaso!

Fiz um post bonito sobre este assunto AQUI.

A idéia de criar um blog foi uma conseqüência desse novo momento em minha vida.

Um dos motivos que me trouxe para Ubatuba foi porque em Peruíbe eu tive um problema sério no coração. O cardiologista me recomendou que parasse com todas as minhas atividades profissionais. Coincidentemente, meu marido acabara de vender o negócio que tinha. Nessa situação resolvemos vir começar uma nova história de vida aqui em Ubatuba.

Sempre foi meu sonho morar nessa cidade. Isso em 2005. (repare na data do meu sannyas!)

No início eu vivi de férias e calada. Imagine eu não tendo com quem falar!!!! Porém isso durou pouco.

Foi então que resolvi conhecer e aprender a mexer na net.Em seguida criei um blog onde colocava textos que encontrava navegando pela rede que me interessavam. Aos poucos fui recebendo comentários. E me animando com as novas amizades. Isso me devolveu a alegria de interagir com pessoas de pensamentos afins.Tive vários blogs antes de criar o Projeto Navegante do Infinito, que aconteceu em abril de 2008, exatamente três anos depois da minha mudança para Ubatuba.

Sabe, William, de nada adianta ter conhecimentos e um dom se você não faz bom uso disso. E o problema “sério” no coração foi totalmente curado! Na realidade os “mestres” que fazem as coisas acontecerem em minha vida escolhem uns atalhos incríveis! Por isso é importante conhecer a dinâmica do invisível!



Ezequiel Coelho, do «Jardinagens» - A minha questão prende-se também com o que o Marcelo e a Evelize perguntaram, mas gostaria de saber o seguinte: Quando você faz uma determinada "previsão" ou tem conhecimento acerca de um assunto (e todas as formas que usa para aferir a resposta lhe dizem o mesmo) e no final não se confirma, como é que você interpreta a situação? (análise precipitada? "muito mudou" ao redor da situação para que não se concretize?) 

Astrid - Ninguém tem o poder de determinar o futuro através de uma previsão uma vez que a vida muda a cada instante. Vivemos e estamos em um campo onde existem infinitas possibilidades. O que os “...ólogos” chamam de previsões, e eu me incluo nisso, são exatamente as possibilidades. Diante de certos posicionamentos dos planetas os astrólogos podem determinar que energias estarão mais presentes. Os numerólogos pelas somas dos números sabem que lhe dizer a mesma coisa. Os tarólogos através dos Arcanos Maiores igualmente.

Por exemplo: se você abre um jogo de tarô agora obterá uma resposta. Se abrir um outro em seguida já não terá o mesmo resultado, pois no intervalo entre um jogo e outro você mudou.

O António Rosa, o Marcelo Dalla e eu fizemos previsões para o ano de 2011. Estes trabalhos estão linkados em nossos blogs, AQUI, AQUI e AQUI. Somos profundos conhecedores das nossas respectivas áreas baseados em muitos anos de estudos e pesquisas. Mostramos através dos nossos estudos as possibilidades para o ano que vem. Com este conhecimento cada pessoa vai escolher e decidir como vai lidar com estas energias. Que escolhas irão fazer em sua vida pessoal diante de tal e tal posicionamento dos astros e das respectivas vibrações numéricas. Nenhum de nós três teve ou tem a intenção de acertar ou errar nada. Assim trabalha um profissional sério. Existem sim os necessitados de glória e de fama que brincam com a crença pública.

Entende porque é preciso o auto-conhecimento? Por que é preciso se tornar responsável por suas escolhas?

Reforçando: ninguém tem o poder de escrever a sua história pessoal, de escolher por você e de determinar nada em sua vida! Você é e sempre será o único responsável. Nós damos as pistas e cada um as usa como bem quiser. Ler, estudar, procurar compreender as situações vigentes em termos de energia vibracional encurta o caminho de volta para casa.

Concluindo: portanto considerar que uma previsão de determinada pessoa deu errado é falso.

Um exemplo prático da minha vida pessoal. Estive com vários Mestres, desde astrólogos, tarólogos e numerólogos muito capacitados consultando o meu relacionamento amoroso.TODOS me disseram que não haveria futuro nesta relação. Que eu deveria me separar, etc, e tal. Nenhum deles contou com a possibilidade que eu escolhi...o perdão!

Nenhum deles acertou? A energia que viram pelas análises que fizeram estava certa diante da situação do momento. Mas eu sempre tinha o poder da escolha. Escolhi o caminho do meu coração e perdoei tudo. Escolhi recomeçar de outro jeito e deu certo.

Foi bom ter consultado os profissionais? Foi excelente. Me forneceram dados importantíssimos nos quais baseei a minha escolha.

É assim que funciona, Ezequiel. Os profissionais sérios não lidam com adivinhação e sim com a sabedoria, o que é muito diferente.



IdoMind, do «O Jardim» - A minha pergunta é simples: quando tem medo, quando tem dúvidas, enfim, quando o peso do mundo fica pesado, o que a Astrid faz? Sem grandes filosofias, como ultrapassa esses momentos?
 
Astrid - E isso acontece mesmo, Idomind!

São os chamados mergulhos na noite escura, os “quarenta dias no deserto”... onde o ego entra em conflito direto com a alma. Onde o medo briga com a fé!

A compreensão da dinâmica da vida ajuda muito, mas não é suficiente para nos livrar das nossas sombras, dos nossos medos mais profundos.

Ao me encontrar nesses momentos eu paro, respiro profundamente e em seguida vou fazer qualquer coisa diferente... sabe aquela frase popular que diz: “Vou dar um tempo!”

Com calma, passado esse um tempo, investigo a respeito da sombra em questão. Se eu puder e tiver condições de resolver ótimo. Caso contrário deixo tudo na Mão de Deus. ELE sempre conhece a melhor escolha.



Ana Karla, do «Misturação» - A minha pergunta é a seguinte: busco o equilíbrio, porém estou acomodada. Comecei pela ioga, que muito me fez bem, mas não consegui levar adiante, nem sei explicar o por quê, então eu pergunto como é que podemos chegar a um certo equilíbrio?

Astrid -  Ana Karla, no dia que você estiver pronta o Mestre aparece. Talvez não tenha chegado o momento certo. Ou, talvez ainda, o caminho do Yoga não seja o seu caminho. Existem muitas opções.

Se você tem dentro de si este desejo de melhorar sua qualidade de vida comece a procurar a solução. Consulte na net, converse com pessoas que também sentem a mesma necessidade, consulte profissionais, etc.

Posso dar uma dica: pergunte a si mesma o que mais gosta de fazer? Qual é a coisa pela qual pularia da cama logo cedo e deixaria você se esquecer de qualquer outra coisa? O fio da meada é por aqui.




Maria Paula Ribeiro, do «BandarrVet» - Antes tenho de ressaltar e enaltecer aquilo que a Astrid melhor sabe fazer: respeitar o livre arbítrio de cada um de nós ao mesmo tempo que nos disponibiliza ferramentas de suma importância à nossa evolução. E quem diz à nossa própria evolução, refere-se a todos os que nos rodeiam e assim por diante... E é nesse sentido que vai a minha pergunta, pois acredito que nem sempre terá sido fácil: 1) como consegues não interferir o livre arbítrio? Se alguma vez o fizeste e qual/quais foram as suas consequências? 2) A segunda pergunta porque ainda é mas difícil de responder mas adequa-se ao momento e impacto da Astrid! ;))) Aceitas o meu convite de vir a Portugal no próximo verão? Terei todo o gosto em ofertar-te a viagem e estadia (creio que terás de ficar em muitos lugares, rs rs rs rs rs).


Astrid -  Maria Paula, aprendi treinando muito! Quando temos dentro de nós a energia de cura falando alto, desejamos melhorar o mundo à nossa maneira. É preciso atenção para perceber o nosso limite. Esperar que nos perguntem.

Que nos procurem. Responder não oferecendo o peixe e sim ensinando a pescar.

Minha mãe, que na realidade foi uma grande Mestra para mim, pois me provocava reações necessárias ao meu crescimento, foi quem me ensinou esta lição.

Me disse que todos temos o DIREITO de errar. Assim as crianças aprendem a andar. Caindo e levantando. Se não deixarmos as criancinhas levarem seus tombos nunca saberão como andar sozinhas.

Quando eu interferi no livre arbítrio de alguém me tornei imediatamente responsável pelo carma daquela pessoa em questão. E paguei por coisas que não eram minhas e que sim, ”comprei” dos outros. Conseguiu compreender?

Em relação à sua segunda questão; você sabe que me ofertou um lindo presente de Natal, e que através da sua generosidade vou realizar um sonho muito antes do que esperava! Claro que aceito!

Fiquei muito emocionada e desde que li a sua questão aqui eu estou navegando nas nuvens, numa alegria imensa!

Como já conversamos em particular, vamos com toda a certeza materializar uma intenção que estava escrita nas estrelas. Nunca será suficiente lhe dizer 'Muito Obrigado'!



Marisa Shiroto, do «Isa Grou» - Astrid, conte-nos como e quando este "Mundo Virtual" (que sabemos muito bem o quanto é REAL) surgiu/entrou em sua vida e o "tamanho" do impacto... da diferença que 'ele' causou na mesma?

Astrid - Na resposta que dei ao William, Isa, eu contei como cheguei à blogosfera.

Com o passar dos dias fui percebendo que um canal de comunicação havia se estabelecido novamente. Estava na rede comunicando minhas idéias, sempre com a intenção de ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas, e a minha também, pois ao ensinar estamos aprendendo o tempo todo. Fui conhecendo amigos valiosos, alguns que já deixaram de ser simplesmente virtuais e já são bem reais mesmo. Como é o nosso caso!

Me sentir viva e útil novamente talvez tenha sido o grande diferencial ao qual se refere.

 


Lolipop, do «Banzai» - Astrid, lembro-me de ler nas suas previsões para 2011 que nesse próximo ano, não ia ficar pedra sobre pedra. Estamos perto de 2012 e fala-se muito das profecias Maias e de Nostradamus. Acha que há sinais que se deixam já perceber?

Astrid - 
Se eu disse isso, e disse mesmo, é porque assim senti! Rss Uma mudança radical não deixa nada no lugar. Eu mesmo ando estudando as profecias Maias. Nostradamus, menos.

Porém, ao ler sua questão, me veio à mente que o ser humano é muito curioso e precisa conhecer o futuro, pois tem medo de lidar com o desconhecido. Todos queremos estar preparados. Já disse muitas e muitas vezes e reafirmo que o nosso futuro depende do aqui e agora que é quando de fato irá acontecer. O que estamos escolhendo agora? O que estamos plasmando agora através dos pensamentos, sentimentos e ações?

O planeta como um todo está ascencionando, e com ele tudo que está nele. Estamos com a nossa energia mais refinada, percebemos outras realidades. A sabedoria dos Maias conhecia este processo. E quando você conhece a dinâmica do invisível você passa a ser rei em terra de cegos. Estamos percebendo sim. Todos estamos. Uns reconhecem, outros não.



Maria Chainho - [Não tem blogue] - Com que idade sentiu que tinha vindo a vida para (abrir caminhos e não seguir rastos)?

Astrid -
Em um belo dia, Maria, lá no meu passado remoto. Eu disse essa frase, que brotou subitamente, em uma conversa com uma amiga. Nunca mais esqueci, pois se tratava de um recado de alma. Esses registros não se apagam!



Irene Alves, do «Sem Magia o que seria a vida?» e «As cores da vida» - A minha pergunta é: no mundo da blogsfera conseguiu interagir com a realidade virtual?

Astrid -  Consigo sim, Irene. Tranqüilamente.

Apenas vamos definir o que compreendemos como realidade. Virtual ou material, a realidade é criação minha. Eu coloco no meu mundo aquilo que escolho.

E eu levo isso muito a sério.



Hanah, do «.....» - Dificil é encontrar uma pergunta, mais vamos lá, logo a primeira que me veio a cabeça... Astrid, se tivesse a Lâmpada do Aladim quais seriam os 3 pedidos que faria para o Planeta terra ?

Astrid - Hanah, minha amiga, isso serve de inspiração para escrever um livro, hein?

Primeiro eu iria trocar uma idéia básica com o gênio dessa lâmpada e contar para ele que os tempos são outros!!! Rsss

Passamos da condição de simples pedintes para a de co-criadores.

Estando isso acordado eu então decreto:

Que eu seja a Paz, a Luz e o Amor que desejo ver no mundo.

Que eu possa viver com + paixão pelo mundo.

Assim como o Sol celebra o dia a cada amanhecer, que eu celebre a vida a cada respiração.

Afinal, Somos todos UM. 



Rosana Cristina [Sem blogue] - Sou uma eterna aprendiz da jóia preciosa chamada Astrid Annabelle. Ela é minha Mestra. Minha pergunta é sobre relação mãe e filha. Porque é tão difícil? Gostaria muito de uma luz sobre isso da minha querida Astrid.

Astrid - Quem classifica se algo é difícil ou não Cris, é a nossa mente racional. Guarda isso. Nem sempre a nossa mente está correta. Sabe por que? Pois o nosso coração não concorda!

Se você leu a minha entrevista inteira percebeu que a relação com a minha mãe não foi nada fácil. Passei anos querendo compreender o porque disso. Até que um dia aconteceu um fato inédito... Minha mãe, pouco tempo antes de falecer me chamou e perguntou como era o meu trabalho e de que se tratava de fato. Expliquei longamente e ela ouviu atentamente. Ao final do meu relato ela chorou. Foi aí que aconteceu o famoso”click” e eu compreendi tudo.  Ela foi uma grande mestra sem ter a consciência disso.

E isso ela própria percebeu nesse dia!

Sabe por que lhe contei isso, não sabe?

[Rosana, espero que goste das flores que arranjei para si, pois como não tem blogue e não sei se tem Facebook, tive que arranjar um avatar para si. Beijo. António]


arKana, do «Locais Sagrados» - A minha pergunta relaciona-se com o facto de ter uma vida tão activa na internet: o que a levou a criar um blogue? qual a melhor satisfação/prazer encontra ao escrever nos seus blogues?

Astrid - Arkana, a sua primeira questão foi respondida ao William e à Isa Grou. Não irei me repetir, pois ficaria cansativo para os leitores. Por favor, dê uma espiadinha lá, OK?

Quanto à sua segunda questão:

Sou uma comunicadora nata, portanto preciso me comunicar com pessoas. Essa é a minha maior satisfação. Naturalmente procuro fazer bom uso desse meu dom. Através dos blogs acabei dando continuidade ao trabalho iniciado nas rádios e TV. E o que era regional acabou sendo de âmbito internacional. Isso me dá um grande prazer.

Vou lhe contar uma coisa boba que me alegra demais:

Tenho, no blog 'A Dinamica do Invisível', postado na lateral, um globinho que mostra todos os lugares do mundo de onde as pessoas leram meus posts. Eu nunca cliquei para verificar a informação completa. Apenas fico olhando para aqueles muitos pontinhos vermelhos imaginando que maravilha que é a comunicação globalizada. Meus olhos brilham e meu coração se aquece...sinal de que estou no caminho certo, não é?


Patrícia Samsara, do «Princesa Esquimó» - As minhas perguntinhas são 2, se me permitem, pois outras já foram feitas :))

1 - Depois de tudo o que percorreste na tua vida, o que gostarias ainda de alcançar e que até hoje ainda não fizeste, quais os teus sonhos?

2 - No uso do teu dom, da tua mediunidade, ele sempre funcionou da mesma forma com os assuntos que te diziam respeito a ti pessoalmente ou aos teus entes queridos em comparação com outras pessoas que procuram a tua ajuda?

Astrid - Minha querida Pat Sam, eu estava com muita vontade de conhecer Portugal e todos os amigos que tenho na terrinha. Como deve ter lido acima, ganhei da Maria Paula essa viagem e, portanto, estarei entre vocês no verão do ano que vem. Você pode imaginar a minha alegria? Um sonho que será realizado, Graças à Deus!

Em relação à segunda questão: A intuição sempre fluiu melhor com as pessoas que me procuram. É impressionante como consigo fazer a leitura energética bastando para isso apenas pensar na pessoa em questão. Digo isso, pois eu mesmo fico espantada.

Em relação aos meus filhos é menos... meu lado racional e de mãe-coruja atrapalha demais.

Quanto à minha pessoa, a primeira vez que “ouvi” claramente a voz da minha intuição falar em alto e bom som comigo foi nas horas que antecederam o falecimento do meu marido. Ouvi claramente o seguinte: “Vai dormir casada e acordar viúva”. Estou escrevendo isso e me arrepiando toda. Pois foi assim mesmo. Cheguei a brigar com este meu sentimento/pensamento porque não havia razão nenhuma palpável de que isso poderia acontecer. E aconteceu!

A partir de então eu escuto com toda a clareza as dicas que o meu coração me dá. E ele não erra uma! Acredito que por estar quase sempre sozinha ficou mais fácil de ouvir! rss


PhotobucketMarion Lemos, do «Flor de Luz» e do «Essência da Alma» - Astrid, sabendo que o Reiki não é uma religião, o que você pensa do Reiki aliado ao mediunismo?

Astrid - Sabe Marion, que a palavra mediunidade me incomoda? Por ela ter perdido durante o tempo o seu real significado. Todas as pessoas são médiuns! Somos seres multidimensionais operando em todas as dimensões simultaneamente, mesmo sem consciência disso. Quem tem um pouco mais de sensibilidade acessa os outros planos com mais facilidade, mas é um assunto que pertence à nossa anatomia espiritual. Afinal nós não somos apenas este corpo físico que conhecemos.

O Reiki é Amor, antes de mais nada. Quando somos iniciados nessa técnica de cura acontece uma grande purificação e com isso vamos nos tornando mais sutis, mais leves, mais iluminados.

Começamos então a perceber as dimensões paralelas, pois desenvolvemos entre outras coisas os nossos sentidos extra físicos. Então não se trata do Reiki ser um aliado da mediunidade. Ele nos conduz ao nosso estado perfeito que inclui a percepção da nossa multidimensionalidade. Eu percebo claramente isso depois de lidar a mais de doze anos com o Reiki. Principalmente quando se dá continuidade aos níveis de iniciação, como eu fiz... me iniciei no Karuna até o mestrado e em seguida no Seichim –SKHM, igualmente até o mestrado. Nesse ponto é absolutamente normal conviver com os seres iluminados de dimensões superiores. Com isso o canal que nos propomos a ser torna-se mais largo e mais forte.

Eu precisaria sentar e conversar com você isso de maneira mais demorada. Não será possível por aqui. Espero, no entanto ter lhe respondido o suficiente para uma compreensão inicial.

Jesus disse entre outras coisas que poderíamos realizar feitos maiores do que Ele e que somos deuses. Nesse ensinamento está o que eu tentei lhe passar em poucas palavras.

“Vós sois Deuses, amados Meus. Vivenciai em vossas vidas essa Divina Verdade. Viestes do Coração do Pai como INDIVIDUALIDADES - Presenças Individualizadas de Deus Eu SOU – Sois Seus amados filhos, criados à Sua imagem e semelhança, perfeitos em sua essência, trazendo como herança todos os dons da Divindade que vos criou e da qual fazeis parte.”

 

Lianara, do «Reticências...» - A minha pergunta, na verdade vem de uma constatação: Vejo que, atualmente, as pessoas falam muito em valores, generosidade, tolerância e espiritualidade, mas só falam, pouco praticam e as atitudes são opostas ao discurso e vemos crescer a intolerância e o preconceito racial, social e sexual. Como a querida Astrid vê esta contradição? O que, cada um de nós, deve fazer para mudar esta realidade?

Astrid - Lia, está assim mesmo. Na realidade o que parece ser uma contradição é um processo.

Estamos nos encaminhando para um novo patamar onde tudo deverá ser novo. E para que isso possa acontecer é preciso jogar fora tudo aquilo que não serve mais.

Vou dar como exemplo a limpeza de uma caixa de água. Todas as impurezas, os lodos e limos ficam acomodados no fundo da caixa. Quando você remexe a água para limpar a caixa o que estava quieto no fundo sobe, se destaca para ser eliminado.

Assim está a vida. Para que a nossa nova consciência possa se manifestar estamos remexendo no baú. Tudo que você mencionou está em destaque por isso.

O que nós temos que fazer é sustentar as nossas escolhas sobre valores, generosidade, tolerância e espiritualidade. Ter consciência que todo o resto passa. Não dar importância ao medo e aos fatos negativos. É assim que funciona. Os que não seguirem esta regra, que só falam, pouco praticam e têm as atitudes opostas ao discurso, vão arcar com as conseqüências da sua escolha.

Cada um é responsável pelo seu mundo. E existe um mundo para cada um de nós.

E sabe um jeito fácil fácil de sustentar uma qualidade de vida melhor?

É estando a maior parte do tempo com o coração alegre! E, claro, não prestando atenção ao negativo.

Experimente!


Fada Moranga, do «Fada Moranga», «Amor e Coentros», «Holy Venus» - Quando alguém lhe apresenta um tema em consulta como costuma proceder? Dá uma resposta na hora e dá o assunto por terminado ou faz um seguimento acompanhando a evolução da pessoa?

Astrid - Fada, a primeira coisa que pergunto em uma consulta presencial é saber o por que da consulta e o para que.

Se o/a consulente tiver a intenção de auto conhecimento (o que a princípio é raro) eu naturalmente dou suporte pós consulta. Tenho clientes amigos/as que andam comigo até hoje... alguns com dez anos de amizade. Hoje mesmo, lendo a entrevista, terei vários desses ex-clientes por aqui... amigos/as do coração.

Agora se o objetivo da consulta é para resolver um caso rapidamente, eu apresento uma interpretação do assunto, dou dicas e sei de antemão que estou cumprindo a minha tarefa. O futuro dessa relação terapeuta/consulente fica a cargo de Deus.

Alguns acabam retornando porque o “remédio” funcionou. Agora acompanhar mesmo só para quem está disposto a seguir o caminho ao meu lado.

Eu nunca ofereço o peixe... eu ensino a pescar!


PALAVRAS FINAIS DA ASTRID

Para os amigos que me escreveram emails:

Fiquei sensibilizada e me senti honrada com o carinho que recebi pelos inúmeros emails. Muitos nem sequer têm blogs. De alguma forma ficaram sabendo dessa entrevista e participaram nos bastidores enchendo meu coração de alegria. Hoje estão aqui, celebrando conosco... eu sei e eu sinto... A todos um beijo especial e muito agradecido.

 Para todos:

Desejo que todos tenham um maravilhoso Natal, agradecendo novamente por todo o carinho que sempre recebo de todos os participantes desse lindo Anel do Coração, em especial do António Rosa, meu querido amigo de muito longa data!!!!




Deixo aqui o meu enorme contentamento e agradecimento,
à Astrid Annabelle e a todas as pessoas
que deixaram as suas perguntas.
Beijo e abraços,
António


Por favor, deixem um olá no «Navegante do Infinito»
da amiga Astrid Annabelle. Clicar aqui.
Mesmo que não o faça aqui, por motivos vários. No problem!


Para quem quiser conferir, as perguntas foram feitas aqui.

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20 de junho de 2012

Hoje estou no «Versos de Fogo», à conversa com o amigo William Oliveira


Hoje estou no «Versos de Fogo», à conversa com o amigo William Oliveira,
e é parte integrante dos eventos organizados para esta semana,
na comemoração do 2º aniversário do seu blogue.

Clique aqui, por favor, se quiser ler a entrevista.

Muito agradecido pelo convite, William.
Fez-me um bem imenso à alma. Foi uma cura.

Parabéns, William. Tudo de bom para ti e o teu lindo projecto.

Apontamento astrológico deste evento:
- Recebi o convite do William, na altura em que o Sol passava pelo meu Ascendente.
- Enviei-lhe a entrevista escrita, quando Júpiter passava pelo meu Ascendente.
Ascendente a 27º de Touro.

William Oliveira

Carnavalesco, Designer, Escritor, Poeta
 (Fogo, Vida, Sonho, Fantasia, Oxum, Ogum, Louco, Santo, Poeta, Potência).

Sou santo por ter defeitos...
Sou Buda por aceitá-los!

Eu sou a Canção que eu canto...
E vestido de versos
sou mais um poeta-profano
Santo 
que vive entre as gentes...
Não sou nada,
nem ninguém...
por isto sou tudo
sou de todos
mas sou meu apenas...

E me defino, para tentar o impossível... 
ter uma trava ou uma âncora... 
além deste coração vivo, 
que não pode ser lido
apenas sentido.

William Oliveira

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10 de janeiro de 2011

Entrevista a Márcio Nicolau, do 'InterTextual' - Anel do Coração


Estava eu muito sossegado na minha vida blooguística, quando me apareceu um comentário aqui, e que fez despertar o meu interesse. Dizia assim: «A voz do outro, Antônio, é tão importante quanto a nossa, porque nos fala sobre nós mesmos, revelando quem somos. É importante, portanto, dar voz ao outro, exatamente o que você fez aqui.». Era um comentário do Márcio Nicolau. E eu pensei 'Hum! Penso assim mesmo.' Desde esse dia, tenho acompanhado a evolução boguística deste jovem. Conforme o ia conhecendo, ia pensando cá para comigo: 'adoraria ter a tua companhia no Anel do Coração'. Esse dia, chegou. É hoje.

Admiro a delicadeza, inteligência, cultura, o bom gosto, a qualidade e o bem-estar do Márcio. Na escrita, na poesia, na música, na interacção com todos. Admiro muito a actividade do Márcio Nicolau nos seus 3 blogues, que se complementam na perfeição. O seu blogue «InterTextual» é o espaço que ele dedica à sua actividade mais literária, sobretudo à poesia, havendo outros textos e é o ponto de união e divulgação do seu projecto. O seu blogue «Interview» é claramente um espaço de entrevistas, em que a poesia e a música andam de mãos dadas. O blogue  mais recente do Márcio, em parceria com o Saulo Taveira, tem o nome interessante de «Intermediário», e creio que aí surgirão grandes surpresas, pois será a escolha dos próprios que prevalecerá.

Só mesmo percebendo o seu trabalho, como o faz, como o desenvolve, os múltiplos níveis em que se movimenta e o jeito determinado de quem chegou a uma fase da vida e iniciou o movimento interno de deixar um legado público. Os próximos anos confirmarão, ou não, essa vontade. Pois só o seu livre-arbítrio é que conta, apesar que estarem reunidas as condições para cumprir um futuro brilhante.

Este fazedor de pontes do signo Virgem tem uma enorme missão a cumprir e, digamos, que só agora está a levantar a ponta do véu. Vamos conhecer o Márcio Nicolau que, em meu entender, representa o que de melhor a actual juventude pode oferecer. É muito bom seguir o rasto deste criador, pensador, poeta, escritor, comunicador, em suma, um fazedor de pontes, e que à maneira dele, está a fazer girar o seu próprio Anel do Coração.


Seus blogues: «InterTextual» e «Interview»
«Intermediário» em parceria com Saulo Taveira


Saulo Taveira
Poema de Márcio Nicolau, dito por Saulo Taveira

Texto-poema original, aqui.

Saulo Taveira é o autor do excelente blogue «Partitura» já mencionado aqui. O 'Partitura' é um blogue falado, entoado, meio cantado, em que o autor expressa o que sente e pensa no momento. Um blogue original, diferente daquilo a que estamos habituados. Vale a pena conhecer e acompanhar.

O leitor pode clicar nos nomes dos blogues mencionados ao 
longo da entrevista, acedendo a esses espaços.

Rio das Ostras, Brasil
Olá Márcio, é um prazer fazer-lhe esta entrevista. Admiro muito a sua actividade nos blogues. Fiquei com a sensação que você maturou um projecto muito pessoal e depois soltou, vindo tudo à superfície pública. A minha curiosidade, por enquanto, é esta: Quando e como começou esta sua actividade e por quê? É um reencontro consigo mesmo?

Sim, trata-se de um reencontro. Pra começar, sempre acreditei no diálogo e hoje ainda creio. Na adolescência mantinha intensa correspondência com amigos à distância, com o passar do tempo o diálogo se interrompeu, o blog é a retomada. Além disso, é o reflexo da minha personalidade, por isso os textos que se inter-relacionam com imagens e som, quem me conhece sabe que este é o meu espelho.

Pelos vistos, essa ideia de diálogo manteve-se viva. Passou de um diálogo a dois, a uma conversa com muitos. A adolescência foi um momento feliz? Lembra-se do que lia e que música ouvia, então?  Foram bases criadas em segurança para hoje saber seleccionar o que lê, o que ouve, o que escreve?

Sobre certo aspecto, feliz sim a adolescência. Li muito: Jorge Amado, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Ruben Fonseca..., vários autores brasileiros. Ouvia MPB e foi nessa época que passei a colecionar canções, ler sobre os compositores e sobre a história da música, principalmente os anos 60. Sou quem sou hoje a partir disso.

Rio das Ostras, Brasil
Desde o momento em que conheci o «InterTextual», despertou em mim a curiosidade de conhecer todo o conteúdo. Felizmente,  consegui ler todo o blogue. Chamou muito a minha atenção que a maioria dos comentários pertencem a outros poetas. É uma grande tendência dos blogues de poesia: fazem parte de uma comunidade, e a energia funciona em círculo crescente. Apetece-lhe comentar esta situação? Não seria interessante alargar o universo de leitores? Ou os não-poetas ficam aflitos e não sabem interagir com a poesia?

Como a própria vida, há dois lados. Num círculo, portanto, fechados, estamos fortalecidos, o que é salutar. Todavia é necessária a expansão. Não creio que a poesia genuína é aquela que se mantém restrita. Há os que defendem essa idéia por acreditar que a generalização corrompa a sua natureza, guardiões do pensamento poético que se enclausuram. Rejeito texto seleto, me alimento do diálogo (insisto), mas seleciono o meu alimento e não consumo porcaria. "A poesia é pra comer" e penso em alimentar os que tem fome.

Como começou a existir a poesia, para si?

Há duas possíveis respostas, ambas verdadeiras. A primeira delas é: ainda não existe, existirá. Estou ainda em construção, o blog é oficina. Segunda assertiva: sempre existiu, agora está existindo. Disse Paulo Freire, um educador e, portanto, poeta: "O mundo não é. O mundo está sendo."

Estamos sempre em construção. Tem consciência que a sua poesia, ou melhor, parte da que publicou, está a ficar ainda mais enxuta e militante? Uma militância de modernidade. Aqui e aqui.

Passei por algumas fases breves desde que comecei a publicar no blog. Desconstruí minha própria sintaxe, explorei conteúdo nominal e agora lanço mão do ganho adquirido com tais experiências e me arrisco prosaico. Tua análise está correta, é crescente, também, a militância.

No seu blogue «Interview», você escolheu iniciar o projecto, entrevistando dois poetas, a Carmen Sílvia Presotto [do «Vidráguas»] e a Lou Albergaria [do «A Loba de Ray-Ban», «vago(O)risco» e do «Sementes de Amora»]. Excelentes poetas e entrevistas muito bem conseguidas. Estamos a falar sempre do mesmo: o circuito da poesia? [Depois das perguntas terem sido enviadas, no «Interview» foram publicadas excelentes entrevistas, uma sobre música, ao THiago Hendrick, (aqui) e outra, que suscitou um debate importante nos comentários, ao poeta e futuro advogado, Samuel Vigiano, (aqui)]

Outros temas são abordados: música, por exemplo. Pano de fundo, no entanto, para análise do comportamento e discussões filosóficas. Interessa o ser humano por dentro.

Fale-nos um pouco sobre você, o autor dos blogues, o que o faz mover, os seus interesses, o que o deixa feliz? Esteja à vontade para comentar aquilo que lhe parecer mais adequado.

Sou movido a som, estou em movimento. Quero dizer com isso que acredito no efeito sonoro da linguagem. Percebo o movimento, analiso, interpreto e respondo, produzo vibração em resposta aos sons harmônicos e aos ruídos. "Pra pedir silêncio, eu berro. Pra fazer barulho, eu mesmo faço."

Rio das Ostras, Brasil
Márcio, já lhe disse algures, que você é um fazedor de pontes. Identifico-me muito nisso. A confirmar esta minha ideia, como se não bastasse a forma como você se movimenta na internet, criou um projecto em parceria com o Saulo Taveira, que despertou muita atenção: o seu blogue «Intermediário». Recordo-me do 1º post, muito bom, em que você pegou numa provocação de Nelson Rodrigues, «Toda mulher gosta de apanhar?», e pediu às poetas Carmen Sílvia Presotto e à Lou Albergaria para comentarem, o que fizeram com brilhantismo. Gostei muito da provocação, mas o que me intrigou foi exactamente essa aparente separação de águas, com os seus blogues de poesia e entrevistas. Porque escolheu as mesmas pessoas que entrevistou? Fechando universos? Fazendo círculos uns dentro dos outros?

Sim, "uns dentro dos outros". A intenção é através das diferenças, revelar as semelhanças. O Intermediário além de intermediar, servir de ponte, quer fazer interferências. Produzir chiados e reduzindo hiatos, mostrar a imagem nítida. Uma antena capta a essência e as lentes flagram, por trás do texto, a pessoa.

A sua resposta «Produzir chiados e reduzindo hiatos, mostrar a imagem nítida. Uma antena capta a essência e as lentes flagram, por trás do texto, a pessoa.» é um poema disfarçado de resposta ou é a sua essência a afirmar?

São reveladoras sim estas palavras. Ou seja, quase sempre falamos de nós mesmos. (risos)

Que importância têm estes seus projectos na sua vida?

Serei redundante: vital.

Como classifica a literatura erótica e o que pensa da pornografia presente na web? Márcio, esta pergunta copiei-a a si mesmo, sabe disso, não é?

Nova redundância, percebo que a pergunta é retórica. A literatura erótica, já está classificada: erótica. E a pornografia na web, sabemos, está presente. Povoando imaginários.

Rio das Ostras, Brasil
Quem é o poeta Márcio Nicolau? Conheço parte do seu mapa natal e sei que você tem a sua Lua natal em Leão. Neste sentido, é para cumprir com a necessidade da sua alma. Assim, como vê a ideia de que um dos seus propósitos superiores de vida seja receber o reconhecimento e aplauso dos outros pelo que faz bem feito? Como se um holofote o iluminasse e você recebesse o aplauso? Está a cumpri-lo ou a sua mente tenta sabotar o que a alma lhe pede?

Virginiano recusa notoriedade e se constrange perante a evidência. Tímido. Por outro lado, foge dos holofotes, justamente porque, egocêntrico, se julga alvo simultâneo dos refletores todos. Além disso, hábil manipulador julga ser a sua opinião aguardada porque determinante, por isso, algumas vezes se esconde de si mesmo porque se superestima. Introspectivo, desenvolve o potencial analítico. Costumo dizer que me antecipo, eu chego antes, para "sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus".

Não receia que esse «Introspectivo, desenvolve o potencial analítico» o leve a distanciar-se das emoções, a analisá-las em demasia? Já agora, gostaria de saber porque considera ser «egocêntrico», só porque se vê como «alvo simultâneo dos refletores todos»? Que mal tem nisso? E se realmente a sua tarefa interna é fazer essa síntese?

O convívio com o outro diminui o risco do distanciamento excessivo a que você se refere. Quanto à segunda pergunta, o mal é perder a medida e se achar o centro do universo. A tarefa interna é achar o equilíbrio.

Para terminar esta parte, tem a certeza que se superestima, mesmo? Nesse caso, não deveria se esconder de si mesmo. Portanto, pergunto-lhe: tem em alta conta a sua inteligência ou a sua pessoa, a sua essência? Oxalá, me diga que sim.
Sim, por isso digo que me superestimo. Felizmente tenho uma virtude que me livra da arrogância: gosto de partilhar.

É uma 'necessidade', 'conhecimento' ou o 'gosto' pelo assunto, o que vale mais na criação de posts dos seus blogues?

O gosto pelo assunto quase sempre sinaliza conhecimento. Mas acredito que escrevemos por necessidade.

Eu sei que você visita outros blogues. Esta é a parte da pergunta em que você pode homenagear os blogues que mais aprecia. Por favor, indique alguns que mais gosta e porque são do seu agrado?

As autoras já mencionadas, claro, são parte das recomendações. «Vidraguas» é um portal, uma editora, um site bastante acolhedor. Os blogs da Lou são quentíssimos e me instigam. Há 3 outras páginas de poesia que julgo valiosíssimas: «Periódico Subversivo» da autora Aline Morais (uma Elisa Lucinda), «Soltando Linhas», da Pérola Anjos (uma brasileira) e «Coração Vagabundo», do Samuel Vigiano, um paulistano delicado que advoga em favor da palavra. Pérola e Aline participaram do «Intermediário» e o Samuel foi entrevistado em dezembro no «Interview», uma entrevista que causou estremecimento. Mas a poesia dele é muito sólida.

Sendo você da serra, o que mais o atrai no mar? Pergunta tola, não é?

A perspectiva do horizonte. Além disso, morar de frente pro mar e acompanhar os ciclos, variações, me ensinou a transitoriedade das coisas.

Gostaria muito que indicasse (com os respectivos linques) alguns posts escritos por si que, em seu entender, sejam muito especiais e, qual a razão para essa sua escolha.

Apenas um, publicado no dia 08 de dezembro de 2010. É a minha cara. Este aqui.

Encontro de poetas e amigos no lançamento do livro
«Postigos», de Carmen Silvia Presotto, no Rio de Janeiro.
Márcio Nicolau, à direita. Foto daqui.

Sendo você poeta e comunicador, gostaria de ter livros publicados? Qual é a sua relação com a modernidade literária na internet?

Blogs são ensaios, rascunhos. Livros são insubstituíveis. No entanto creio, mesmo que venha a me publicar em livro, manterei a página de diálogo virtual. A propósito, em novembro estreei em livro com um poema publicado em «Postigos», livro de Carmen Silvia Presotto que conta com outros convidados. Uma alegria.


Sobre «Postigos», aqui.

Compreendo essa «alegria» que diz ter sentido ao ver um poema seu publicado no «Postigos». Foi só isso que sentiu? Alegria?

Senti também insegurança quanto a validade artística da poesia escrita. Depois veio a alegria.

Apesar de ter blogues ainda jovens, considera que está a atingir os seus objectivos quando criou os criou?

Sim, cresceram muito rapidamente, graças ao feedback dos leitores. Interlocutores são fundamentais a um escritor em potencial.


Numa frase curta, pode dizer o que pensa sobre:

a) Blogoesfera -
Escritores amadores, alguns deles feras que deveriam se profissionalizar. Além disso universo psicoterápico.
b) O seu projecto bloguístico -
Experimentação. Via que se encaminha para a afirmação da personalidade criativa e, no percurso, responde à paisagem.
c) Amizade na  blogoesfera -
Possível.
d) Plágio -
elogio indireto. (Possivelmente o mais sincero).
e) Redes sociais -
Não posso falar mal, porque também sou peixe, mas acho que estão sendo mal empregadas.
f) O seu país -
Talvez responda dizer que não moraria em nenhum outro lugar do mundo.

Os comentários dos seus leitores são importantes para si? Interage com eles? Eu sei qual será a resposta, mas a ideia é dá-lo a conhecer a pessoas que não estejam ainda habituadas a si.

Respondo aos comentários com a minha presença em seus locais de origem. Bem entendido: não faço barganha, mas sinalizo abertura. Posiciono impressões, as vezes, críticas. Silencio ante a recusa ao diálogo ou atitudes mesquinhas que visem, de maneira apelativa e/ou medíocre, a auto-promoção. Acima das vaidades estão as idéias.

Márcio, convidei duas pessoas que estimas para te fazerem perguntas:


Carmen Sílvia Presotto [do «Vidráguas»] - «Márcio, vivemos um tempo em que, cada vez mais,  a TV, o cinema, a fotografia, a música e a palavra conVersam entre si e o Intertextual apresenta isso muito bem, então te pergunto: Podemos pensar que essa aproximação das Artes, um tempo híbrido de linguagem, seja uma nova possibilidade poética?»

As linguagens, de maneira natural, se inter-relacionam. Um lugar leva ao outro e, na internet, as fronteiras se cruzam e, ao mesmo tempo, inexistem. Cada pessoa, além disso, é um texto e as analogias revelam, muitas vezes, confluentes as leituras de mundo.


Lou Albergaria [do «A Loba de Ray-Ban», «vago(O)risco» e do «Sementes de Amora»]

a) «Homem na hora de sexo, também gosta de apanhar e só os neurónios reagem?»

Os passivos reagem com passividade.

b) «Você faria sexo com mais pessoas ao mesmo tempo, tipo uma mènage a trois? Se sim, estou na fila....hehehe»

Como diria o Cazuza: "Viver a liberdade, amar de verdade, só se for a dois". Amo você.

António: Márcio, seguem mais umas perguntas extras, está bem?

Entrando nos seus posts: é frequente acompanhar os seus poemas com som ou vídeos de músicas brasileiras. Já vi posts com Chico Buarque, Milton Nascimento, Marina Lima, Maria Rita, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Carlinhos Brown e muitos outros. Foi o que primeiro me chamou a atenção em si, pois saía fora do mais comum que se faz. Percebe-se que os seus interesses musicais atravessam várias gerações. Pode comentar esse lado da a sua vida que é a música? A parte mais central desta pergunta foi feita mais acima, pela Carmen.

Tenho grande interesse por música brasileira, que, todos sabem, é a melhor do mundo. Acredito serem poesias as letras de música e coleciono, de memória, várias canções. No «InterTextual» permito a intertextualidade. Outra coisa a saber: sou um saudosista incorrigível, o que explica o gosto por épocas musicais anteriores a mim. Apesar de atento ao que se ouve hoje.

Você é um jovem de 1980 e tem 'saudosismo' de épocas bem distantes da sua. Muito curiosa a palavra usada por si. Vou propor-lhe uma hipótese meramente metafísica, pode ser? Imagine que na sua vida anterior, nos anos 50 e 60, você era um jovem entre os vintes e os trintas e absorveu toda essa cultura, sobretudo a musical. Consegue imaginar-se nessa época? Como reage a isso? Por favor, não pense, reaja apenas.

Há duas respostas possíveis, a primeira, talvez a mais reativa, é a seguinte: vivi nessa época. A segunda, mais racional, é: o mergulho na história, através da leitura me fez viver essa época. Acredito em ambas.

Também eu, Márcio. Um leva ao outro.

Um outro aspecto dos seus posts é aquilo que eu chamo de «cidadania». Textos e vídeos sobre os direitos dos brasileiros e a vossa constituição. Gostei muito desta intervenção, muito intensa, mas digna. Militante, mas poética. Como encaras o mundo de hoje, tão cínico e cheio de perversões sociais? Desenvolve tudo o que quiseres.

Eu me preocupo. Principalmente com a omissão alheia e ausência de ideais de mudança. Também me preocupo com as falsas rebeldias, indignações aparentes escondem indiferença. A verborragia da mídia sensacionalista, por exemplo, me assusta como a hipótese de censura porque esvazia e descredita o discurso. Arma poderosa usada em excesso é tiro que sai pela culatra. Sabotagem, sem dúvida.

Aceita que eu lhe diga que gosto muito de si e dos seus blogue? Fique com um grande um abraço.

Muito obrigado, Antônio. A entrevista foi uma oportunidade ímpar de me olhar. Obrigado por fornecer o espelho de perguntas.

Os meus agradecimentos à Carmen Sílvia Presotto, à Lou Albergaria e ao
Saulo Tavares, que prontamente aceitaram colaborar neste entrevista.
São seus amigos de alma.

Márcio, muito obrigado.

António Rosa

Informação adicional:

Conheça a entrevista que o Márcio deu a Lou Albergaria, no



Leia o que o THiago Henrick, do «Entulho Musical», escreveu sobre ele, aqui.




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16 de dezembro de 2010

Entrevista coletiva a Astrid Annabelle - Anel do Coração

Astrid Annabelle (Ma Jivan Prabhuta)

Como minha amiga mais antiga na internet, a Astrid Annabelle, inaugurou no dia 14 Abril 2009,  com a sua entrevista, a secção 'Anel do Coração', criada aqui no 'Cova do Urso', destinada a conhecer melhor  bloguistas que admiro muito. Ver aqui.

A Astrid Annabelle quase que dispensa apresentação pois é um fenómeno de unanimidade no vasto mundo da blogosfera, sobretudo nas áreas da auto-ajuda, espiritualidade e metafísica. Brilhante pensadora, de enorme coração e sensibilidade, tem ajudado imensa gente, em qualquer um dos seus três blogues. É um projecto de vida muito especial e saboroso.

Fiquei muito feliz com este trabalho conjunto, entre todos. O meu papel aqui, nas entrevistas colectivas é fazer a ponte entre os entrevistadores e os entrevistados. O 'Anel do Coração', girou, mais uma vez. Agradou-me muito fazer este trabalho, pois foi uma forma de reconhecermos a missão fantástica que a Astrid Annabelle desenvolve. Esta é a segunda entrevista colectiva que conduzo; a primeira delas foi ao nosso querido amigo Marcelo Dalla, no dia 25 Janeiro 2010 [ver aqui], com um tremendo sucesso, que intuo se vai repetir hoje.

A todos, muito obrigado. Sejam bem-vindos.

«Projeto Navegante do Infinito»
de Astrid Annabelle [Ma Jivan Prhabuta]

                               Navegante do Infinito                       A Dinâmica do Invisível



Informação: As ilustrações ou fotos que vai ver daqui para baixo são os 'avatares' usados no perfil  dos blogues de cada pessoa e aqui colocados ao lado das suas perguntas. Apenas 4 fotos, tive que ir buscar ao Facebook. Servem, também, para cada um localizar mais depressa a sua própria pergunta e respectiva reposta. Só espero que não tenha havido mudanças de avatares, nos últimos dias. :)))

Entrevista colectiva a Astrid Annabelle
(por ordem de chegada dos amigos)

Para quem quiser conferir, as perguntas foram feitas aqui.

Palavras preliminares da Astrid à própria entrevista: 

«Antes de mais nada quero agradecer por esta oportunidade de poder contar para todos um pouco sobre a “minha lenda pessoal”.  Um dia eu li este termo em um texto do Paulo Coelho e gostei tanto que o adotei. Lenda, pois o que podemos repassar sobre as experiências vividas são as impressões guardadas sobre os fatos do nosso passado.

Quero também agradecer ao António por esta iniciativa maravilhosa de fazer girar o Anel do Coração e a todos vocês, meus amigos e leitores, que deixaram suas questões. Vou tentar ser breve nas respostas, apesar de que isso não é uma tarefa fácil para quem é uma comunicadora nata.»

Imaginemos que estamos numa roda e, no centro, uma fogueira.
Conversemos, então... e façamos a festa. (A.R.)


Clicar, para conhecer,  no nome dos 48 blogues mencionados,
pertencentes aos 39 bloguistas presentes nesta entrevista.
Também aqui estão, com a suas perguntas, mais 2 pessoas que não têm blogues.
Será toda uma experiência de alargamento de horizontes.

Vanessa, do «Fio de Ariadne» - Entrar nos seus blogs é como ingressar num ambiente tranquilo depois de sair de um vendaval. Em um mundo dominado pelo consumo e individualismo, como é trabalhar com a proposta do equilíbrio ainda tão distante dos caminhos trilhados pela maioria das pessoas?

Astrid - Vanessa, fico feliz em saber que sente tranqüilidade ao acessar os meus blogs. Perceber e sentir são justamente as chaves que criam nossa realidade. Cada um de nós possui o seu mundo, pois cada um de nós percebe e sente um mundo distinto. Para uma perfeita compreensão disso eu teria que fazer um verdadeiro tratado sobre o que é a realidade, e isso não cabe aqui. Então para ser objetiva, digamos que eu aprendi a escolher aquilo que quero no meu mundo e a sustentar as minhas escolhas. Aprendi a ser do mundo sem estar no mundo.


Eliana, do «Coisas da Boa Vida» - Astrid, o que te levou a estudar a Dinâmica do Invisível, e se tornar uma mestra nesse assunto e em muitos outros.

Astrid - Eliana, eu amo a vida. Isso me fez querer compreender, que é diferente de entender, como ela funciona. Sou uma grande curiosa e observadora da natureza onde se vê claramente que nada acontece por acaso. Sendo assim, a vida tem uma dinâmica invisível. Ao concluir este pensamento fui atrás de saber como é!

Não me considero mestre de nada. Detesto rótulos. Me sinto limitada como se estivesse sendo encapsulada nos títulos que apenas servem para alisar o nosso ego. Sei que são necessários no mundo mundano para classificar as nossas funções. Mas no fundo gosto de ser simplesmente quem sou. Sem enfeites. Conheço muito sim, mas estou muito longe de saber o suficiente. No dia em que eu me considerar mestre em algo estarei decretando minha morte. Enquanto viva sigo sendo uma aprendiz!


Lucília Ramos, do «Portugal _____ em mim» - Sei que és uma estudiosa da simbologia dos números, da astrologia e de outros cursos a que estás habilitada, acreditas que é preciso averiguar alguns passos da vida das pessoas com esses estudos para serem mais felizes, obterem mais sucesso? Em suma, consideras assim tão importante obtermos essas "respostas" para guiarmos as nossas vidas?

Astrid - Lucy, somos energia organizada e cristalizada, materializada aqui na 3D. Ao nascer não nos foi concedido nenhum manual de instrução para um perfeito funcionamento. Vamos crescendo e vivendo ao Deus dará. Se você então pode ter acesso a informações que lhe permitem decodificar toda a energia que você é, que façam você compreender o porque de ser quem você é, então é válido sim.

Só que acredito que deve ser um trabalho de auto-conhecimento. O numerólogo, o tarólogo ou o astrólogo, etc. podem fornecer dados e pistas, porém nunca concluir nada. O consulente deve concluir por si.

Quando um “...ólogo” concede uma consulta está em verdade falando para si mesmo aquilo que de outra forma não quer ouvir. Sempre digo isso nas minhas consultas. Cheguei a esta conclusão, pois invariavelmente os casos que atendia tinham algo a ver com o que eu mesma estava vivendo naquele momento. Aí comecei a usar as consultas como um grande aprendizado e como aprendi!!!!

O Mestre Ascenso Saint Germain disse que o pior mal da humanidade é a ignorância. É dessa ignorância que ele estava falando. Então minha resposta final à sua questão é um sonoro sim! rss


Maria de Fátima, do «O Portal Mágico» - Astrid quando é que decidiste começar a estudar o Reiki e ser uma Mestre?

Astrid - Mimi, vou transcrever parte de um texto que escrevi por email para uma amiga que se iniciou recentemente como Mestre de Reiki comigo:

«Quero lhe passar a minha vivência de como fui iniciada no Reiki. Eu sofri um ataque na região do coração num belo domingo, enquanto brincava com o meu neto mais velho, que na época era um nenê de um aninho. Lembro bem de um raio multicolorido com cores metálicas que me atingiu o peito. Fui arremessada para o chão...estava sentada na beira da minha cama.

Vi tudo virar de perna para o ar e fiquei paralisada embora consciente. Não conseguia falar muito menos responder aos apelos desesperados do meu marido e filho. Fui levada as pressas para um Hospital e lá internada em uma UTI onde permaneci em observação ligada a vários aparelhos.

Para encurtar a conversa... do jeito que entrei no hospital eu sai depois de algumas horas, sem um diagnóstico sobre o que afinal aconteceu. Eu sabia, rss, mas os médicos não.

Minha família em peso fez pressão exigindo que passasse por uma avaliação com um cardiologista. Eu neguei, pois sentia que não era nada grave, e fui me tratar com Reiki num espaço holístico perto da minha residência da época. Eu havia me interessado por esta técnica assim que ela foi trazida dos EUA. Não tinha dinheiro para fazer a iniciação que custava os olhos da cara...

Bem, assim que eu deitei na esteira para a primeira aplicação de Reiki, a Reikiana que estava se preparando para fazer a aplicação, virou de repente e disse... você foi chamada pelo Reiki. Você precisa ser iniciada o mais rápido possível. Hoje de preferência. Imagine você!!!! Naturalmente aleguei a falta de $$$. Isso não fez com que mudasse de idéia... ligou para o seu Mestre e relatou o acontecido (tudo o que lhe contei acima). No dia seguinte fui incluída num grupo e recebi a iniciação do Nível 1 de Reiki.

Não sabia como agradecer ao Mestre pela gentileza de ter me iniciado de maneira graciosa. Quando fui me despedir lhe perguntei... como posso lhe retribuir pelo que fez por mim?

Ele respondeu na hora: "Vá em paz e divulgue o Reiki aos quatro cantos... inicie os necessitados e as crianças do mesmo jeito que eu fiz. Essa é a sua missão!"

E assim foi feito e está sendo feito.

Divulguei o Reiki pela rádio (tive programas em São Paulo (capital) e em Peruíbe).

Divulguei pela TV (tive programa na TV local de Peruíbe)

Em Peruíbe (cidade do litoral sul de São Paulo) também, durante quatro anos mantive um ambulatório de Reiki para todos que precisassem. Iniciei centenas de crianças e pessoas que tinham limitações financeiras.Isso tudo aconteceu entre 1995 e 2003.

Me tornei Mestre de Reiki em 2001. Nesse mesmo ano me tornei Mestre de Karuna Reiki e de Magnified Healing. Em 2002 me tornei Mestre em Seichim-SKHM e fui iniciada na Medicina Sagrada da Serpente Dourada. Curadora Prânica eu já era antes de me tornar uma Reikiana. Tudo isso ganhei de presente...o Reiki sempre indicava quando e com quem...e as coisas aconteciam.

Vivo o Reiki vinte quatro horas por dia... acordo com ele e vou dormir com ele!Tenho minha própria visão sobre o Reiki que é justamente baseada em todos esses anos como Reikiana.

Não aceito a forma enlatada como querem apresentar essa energia que nada mais é do que AMOR. E como você pode pensar em ditar regras para o AMOR?

Reiki flui e você sente...e é isso que importa. Muito mais do que conhecimento é preciso sentir.»


Manuela Freitas, do «Light» - Sou uma leiga e uma céptica nesta matéria e gostava de saber quando surgiu o click que te fez avançar por estes caminhos?

Astrid - Acho que nasci “clikada” Manú!!! rss Digo isso, pois até onde consigo me lembrar tudo que era mágico, encantado, místico me atraia. Já relatei por diversas vezes, em posts distintos, que eu aprendi a ler muito cedo.

Não tenho lembrança de ter ficado sem ler nada um único dia da minha vida inteira. E foi através das leituras que os insights foram acontecendo naturalmente. Não existe um momento determinado. Assim como uma bola de neve que simplesmente vai crescendo ao ir rolando montanha abaixo eu fui avançando por estes caminhos e expandindo minha consciência.


Lúcia Soares, do «De amores e de...» - A Manuela e a Maria de Fátima já fizeram a pergunta que eu faria: quando foi que você (Astrid) se interessou por estudar essas áreas às quais se dedica? (em que idade, em que tempo da vida).

Astrid - Como eu contei acima Lúcia, não posso lhe dizer que em determinada data eu tivesse começado a estudar sobre a espiritualidade.

Eu sou formada professora com especialização para a pré-escola. Sempre gostei da inocência das crianças menores. Quis estudar psicologia, mas isto acabou não acontecendo.

Durante vinte anos mais ou menos após o casamento cuidei de filhos e dei aulas. Porém sempre lendo e pesquisando sobre a espiritualidade. Inclusive as visões aumentavam e fatos incríveis se sucederam.

Em 1989, um ano muito difícil para mim, muitas mudanças significativas ocorreram na minha vida. Uma delas foi, um belo dia, achar um cartão com a imagem do Mago Merlin no chão da minha garagem. Este Mago tinha uma bola de cristal na mão esquerda e com a direita soltava uma pomba da paz. Tenho este cartão até hoje. Como não havia nada escrito fiquei matutando que significado teria. Na semana seguinte a este fato, no mesmo lugar, encontrei um panfleto convite para inauguração de um espaço holístico no bairro por aqueles dias. Os dizeres do panfleto: “Saint Germain convida você, etc...”

E assim mergulhei no imenso mundo da Grande Fraternidade Branca. Dai para frente minha evolução foi a galope.

Para quem não sabe o Mago Merlin foi uma das muitas encarnações do Mestre Saint Germain. Coincidências???


Marcelo Dalla, do «Dalla Blog» e «ManDalla Arte Visual» - Gostaria que a Astrid nos contasse um pouco sobre sua mediunidade. Como foi no começo, quando notou percepções diferentes, achou que estava ficando maluca? E como é hoje?

Astrid - Quando criança, Marcelo, eu vivia dentro de vários mundos e achava isso absolutamente normal. Vez por outra comentava alguma coisa em casa sobre as visões que eu tinha e recebia de volta um sonoro “Cala a boca menina. Pare de falar bobagens!” Eu sentia e sabia coisas que realmente faziam minha mãe surtar!!! Rsss (Minha avó me defendia!)

Ela tanto reprimiu este meu lado espontâneo que eu sinceramente achei que deveriam ser bobagens. Acabei crescendo como uma menina boazinha, que tirava notas altas na escola, ajudava no serviço de casa, não dava trabalho, mas que não podia falar. Não foi por acaso que sofria de crises asmáticas. (Quando uma pessoa sofre crises de asma é sinal de que sua expressão de alma está sendo sufocada)

Para compensar essa repressão toda eu ficava, nos intervalos das aulas, muitas e muitas vezes, sentada sozinha dentro de uma capelinha toda azul que havia no colégio onde estudava, diante de uma imagem linda e grande de Nossa Senhora de Fátima. Ali a conversa era de coração para coração sem nenhuma conotação religiosa. Eu sabia que ela me carregava no colo. Ninguém me sugeriu fazer isso... foi por intuição pura!

Entre muitas e muitas outras coisas eu havia avisado a minha mãe com quem eu iria casar, isso aos oito anos, dando detalhes como o nome e a origem italiana do meu marido. E assim foi, para desespero total dela que sonhava com um outro futuro para mim. Mas estava escrito nas estrelas que eu teria que passar por esta prova. Com o casamento pude dar vazão a este lado mediúnico.

Não vou me alongar, pois são muitos os detalhes dessa caminhada, ora passando por louca, ora por sábia!!!rsss

Hoje sinto quando minha alma está no comando. Quando o meu ego fala é completamente diferente. Não tenho como explicar isso em palavras.

“Each human being must keep alight within him the sacred flame of madness. And must behave like a normal person // Todo ser humano deve manter viva dentro de si a sagrada chama da loucura. E deve comportar-se como uma pessoa normal”. PauloCoelho


Nilce, do «A vida de uma guerreira» - A pergunta que gostaria de saber já foi feita. Mas, vou tentar outra: Astrid, eu gostaria que você me explicasse como uma pessoa sente que tem mediunidade, ela pode ter e não saber? Passar por uma vida aqui ignorando e só se manifestar em outra?

Astrid - Nilce, todos temos a capacidade para usar os nossos sentidos extra físicos. Algumas pessoas percebem isso, outras não.

Veja por exemplo as mães... todas manifestam a intuição em relação aos filhos, pelo menos.

Mais um... existem pessoas no dia-a-dia que comentam: “Ô boca santa!”

E por aí a fora.

Conseguir acessar planos superiores faz parte da nossa anatomia espiritual!

Detalhe: somos nós que desenvolvemos a capacidade para atingir os planos mais sutis e não ao contrário.

É preciso para tanto sutilizar o corpo humano denso, cuidando bem da sua alimentação em todos os sentidos. Aqui alimentação significa mais, muito mais do que somente os alimentos que ingerimos!

Milhares de pessoas morrem sem saber de tudo isso. É uma pena.

Esse é um caminho solitário onde cada um deve ouvir seu coração e nunca jamais se pendurar em mestre, ou guru nenhum. E este é o maior desafio... ter fé no que sente! Ninguém tem a capacidade de sentir o que o outro sente.

Mediunidade, portanto é um vocábulo que se generalizou e acabou deixando de ter o sentido original.


Ana Cristina Corrêa Mendes, do «Astrologicamente» - Astrid,o que hoje valoriza mais na sua vida, aqui neste planeta...e portanto o que gostaria de deixar como legado?

Astrid - Ana, a riqueza de experiências que a vida me ofereceu. As boas e as não tão boas. Sinto hoje que a vida é uma viagem fantástica e que se bem aproveitada nos leva a um estado de paz e alegria cada vez mais permanente.

Acredito que o legado melhor a ser deixado por alguém é ter feito bom uso do seu dom. Assim cumprimos a nossa missão e eternizamos a nossa passagem pela 3D.


João Raimundo Gonçalves, do «Biocrónicas» - Astrid Annabelle...é uma emoção participar numa entrevista colectiva a uma mulher maior que muito admiro e amo...me diga: a alma...sendo o que evidencia para o exterior cada momento de sermos...ela é imutável ou condicionada/formatada, pelos conhecimentos que vamos adquirindo?

Astrid - João, como na natureza nada é estático, tudo evolui, creio que toda a nossa multidimensionalidade evolui igualmente.

Agora, vivemos em um mundo cheio de palavras. São muitas para definir um mesmo assunto. Então é preciso compreender que o que eu entendo como alma pode ser que não seja a mesma coisa que você entende como alma.

Alma para mim significa tudo aquilo que deixo transparecer pelo coração e de maneira espontânea. A personalidade, ou ego, comandado pelo lado racional, é como somos percebidos pelos outros. Nem sempre atuamos pelo coração, sem rascunhos. Normalmente vivemos de acordo com um script previamente organizado pela razão.

A alma detém a claravisão sobre o todo. A personalidade é condicionada ao tempo e ao espaço.

Retornando à sua questão. Acredito que evoluímos sim como um todo. Acrescentamos, ou melhor, podemos aumentar a potência da nossa luz através da superação dos nossos desafios.


Chica, do «Coisinhas da Chica» e outros blogues  - O que sentes ao olhar o mar? Te acalma ou agita? [Pra mim ele é tão lindo e passa uma lição, mas já falei isso e algumas pessoas disseram que eu não estava certa, pois o mar é furioso e agitado e apenas na beira, é calmo... Eu não consigo vê-lo assim.Vejo o num TODO.]

Astrid - Chica, o mar sou eu. Eu sou o mar. Não concebo minha vida distante do mar.

O mar representa o nosso corpo emocional. É maleável, temperamental, agitado, manso, calmo, violento, amoroso, mutável, provedor, etc. Nos faz felizes, mas também sabe machucar.

Ao nascer, da janela do quarto na Maternidade Portuguesa, na cidade de Salvador, Bahia, eu vi o mar de imediato. Assim me foi contado. E tudo aquilo que se enxerga e percebe nos primeiros instante de vida permanece como referência por toda a vida.

Com menos de um mês de idade fui “batizada” pelas águas da Praia de Amaralina, proeza essa realizada por minha avó! Proeza, pois se trata de uma praia de mar aberto e com muito vento. Dizia a minha mãe que eu poderia ter morrido sufocada pelo excesso de vento. Minha avó apenas sorria todas as vezes que se falava nesse assunto!

Então o mar para mim não só é um todo como tudo.


Evelise Salgado, do «A Melhor Alternativa» e «Brincadeira Cósmica» - Astrid, nosso dia-a-dia impõe uma série de desvios e obstáculos a nossa caminhada evolutiva. Como bem coloca o Marcelo, as pessoas que estão se abrindo para a espiritualidade, muitas vezes acham que estão ficando malucas, ou, simplesmente são chamadas assim. Quando iniciaste esta jornada e, mesmo hoje, como te fortaleces diante das ciladas que a vida nos prega e que muitas vezes nos faz enfraquecer?

Astrid - Hoje eu trabalho de imediato o perdão, Evelise. Sinto muito. Estou perdoada. Eu me amo. Sou grata.

Antes de alcançar esta maturidade eu realmente dava dois passos para trás no caminho da minha evolução. Não compreendia, chorava, esperneava e brigava com Deus. É claro que por isso arrumava sempre uma encrenca maior!!!

Deus ficava pacientemente me olhando até que eu finalmente abaixasse a crista e concordasse que ELE fizesse a Sua Vontade e não eu a minha.

Osho define bem este sentido conhecido por loucura. Apenas são as tantas outras possibilidades que fogem ao plano conhecido dos humanos. Nos primeiros capítulos do livro «Semente de Mostarda», vol.1, ele explica isso de maneira muito clara.

Agora, enquanto ser humano, teremos desafios até o fim da jornada pela 3D. Nem os iluminados escampam disso. Estar vivo aqui na Terra é estar em uma constante disputa entre a nossa sombra e a nossa luz. 



Isadora, do «Tantos Caminhos» e «Cantinhos dos Sonhos» - É um prazer saber um pouco mais sobre a Astrid. Minha pergunta é mais ou menos parecida com a da Manuela. - O que a levou, Astrid, a percorrer esse caminho. A estudar essas matérias?

Astrid - Isa, eu tenho a nítida sensação que a vida me dá a mão e me leva por este caminho.

Não foi uma coisa feita de caso pensado. Eu não decidi nada. Os fatos foram acontecendo e por ser geminiana “raça puríssima” fui querendo compreender o por que e o para que.

E fui embora. A minha vida está cheia de situações surpreendentes, algumas até já relatei acima.

Mais um exemplo: um dia recebi um livro escrito em inglês sobre meditação e temas afins.

Na época eu era muito nova ainda, não compreendi nada. Deixei o livro guardado na minha mesinha de cabeceira durante anos. Mudei de casa várias vezes, mas o livro permanecia ao lado da minha cama.

Muitos anos depois fiz um curso longo para me tornar uma terapeuta holística. Durou quase dois anos. Passado um tempo de eu ter me graduado, por acaso eu abro o referido livro... se tratava de uma “apostila” completa de um curso para Terapeutas Holísticos!

Eu ganhei o livro uns quinze anos antes... acaso??? Será???

Outro fato similar aconteceu em relação ao livro «Um Curso em Milagres».

Estava passando por uma crise financeira daquelas brabas. E num determinado dia eu tive que inventar dinheiro para comer. Tive a idéia de reunir uns livros que não me serviam mais e fui vender num sebo. Ao chegar lá deparei com «Um Curso em Milagres» em sua versão espanhola. Fiquei louca para comprar o livro. Mas eu fui vender livros e não podia comprar nada. O dono do sebo deve ter percebido meu dilema pois comprou meus livros e me deu de presente o objeto do meu desejo! Quem conhece este livro sabe como é difícil a sua leitura. Pois eu li em espanhol mesmo (um idioma totalmente estranho para mim) e compreendi tudinho. Somente alguns anos depois é que pude comprar a sua versão portuguesa. E foi aí que eu percebi que de fato havia assimilado tudo de maneira correta.

E assim vou caminhando Isa.


Siala, do «Alfa Eri» e «A Energia Vital» - Querida Astrid, coloco 2 questões: 1) Quais os momentos mais difíceis neste seu caminho e como conseguiu superá-los? 2) Qual seria o momento que vc define como ponto chave do seu caminho? porquê?

Astrid - Através da numerologia, Siala, eu constatei uma das minhas grandes lições de vida... o lidar com valores, em todos os sentidos.

Na realidade nem precisava ter visto isto através da numerologia rssss... sentia na pele!

Primeiramente, como mencionei em outra resposta, eu fui muito provocada por minha mãe quando ela me dizia que eu só falava bobagens. Isso jogava minha auto estima no lixo. Passado um tempinho, eu juntava os caquinhos que sobravam e me punha em pé novamente, para logo em seguida ser derrubada de novo. Isso foi uma constante em minha vida... o maior desafio. Sofri perdas memoráveis em termos de dinheiro igualmente. Fui rica, fui muito pobre, fui mais ou menos, e assim num continuum interminável.

Tenho uma força grande dentro de mim que não desiste fácil. Eu vou para o chão e me ergo logo em seguida.

Com a maturidade, a compreensão e a expansão da consciência praticamente superei este assunto. O António já me deu uma bela explicação sobre esse tema analisando meu mapa astrológico!

Lhe contei tudo isso para que possa compreender a resposta da sua segunda questão.

Um dos pontos chaves mais importantes foi o dia em que fui convidada pela direção da Rádio Mundial em São Paulo para responder questões dos ouvintes ao vivo no ar!

Na época, grandes espiritualistas ocupavam o microfone da Rádio Mundial que disparava em audiência. Pode imaginar o que senti? Alguém me convidando para falar para milhões de ouvintes para todo o Estado de São Paulo, ao vivo?!

Nunca fiquei sabendo como me descobriram!!!

Isso foi um dos grandes presentes que recebi dos meus queridos Mestres Ascensos... acho que ficaram com peninha!!! rsss


Laura, do «Resteas de Sol» - É certo que tudo o que o Universo tem para nós, chega no dia e na hora certa e não quando nós esperamos impacientes? Sou sensitiva e de aproximação, mas, não tenho onde evoluír, logo, vou tentando por mim, Orando para que a Luz se vá fortalecendo.

Astrid - Tudo o que você vive, Laura, foi pensado e sentido por você. Mesmo que de modo inconsciente a escolha sempre é sua. As coisas boas e as não tão boas. Assumir isso nos torna responsáveis e damos um salto quântico ao compreender essa verdade.

Isso para explicar que o que o Universo tem reservado para você é criação sua. O tempo para uma escolha sua se manifestar depende de como se posiciona perante o fato... com medo de que não aconteça ou com certeza absoluta de que irá acontecer.

Por isso, para facilitar o seu caminho, aceite tudo de bom grado e diga Graças à Deus por tudo o que existe em sua vida. O estado de gratidão encurta as distâncias!

Fico feliz em saber que percebe a sua multidimensionalidade... agora não posso concordar que não tem onde evoluir! Só evoluímos ao olhar para dentro de nós mesmos e nunca em algum local externo. Preste atenção à vida. Esteja presente no aqui e agora. Sinta a vida!

Convença-se de que é luz. Acredite nisso!



António Rosa, do «Cova do Urso» - Que percepção é que tem sobre a evolução espiritual desta nossa humanidade?

Astrid -
Ai meu querido amigo do coração! Caprichou na pergunta hein? Rsss

A natureza evoluí como um todo sem parar. O que anda acontecendo e está visível aos nossos sentidos físicos é que houve um “liberou geral”. Deram doces para as crianças e todos se lambuzaram!

Falando a sério agora, como a nossa energia está sutilizada não podemos de maneira nenhuma conduzir a nossa vida dentro dos paradigmas antigos. Tudo o que era uma verdade anteriormente não é mais. O novo é novo. E totalmente novo! Isso precisa ser experimentado, pois as regras não valem mais. E isso para todas as dimensões!

Uma nova história começa a ser escrita. Então a humanidade no geral está tateando no escuro. Conhecendo o que serve e o que não serve mais. Por isso que o seu post sobre não ouvir nada de ninguém a não ser a sua própria voz interna é tão importante. E veja quantos reconheceram a qualidade dos seus conselhos e considerações!

Todos vamos voltar para casa, isto é uma certeza garantida. Creio que se compreendermos que tudo está certo, que tudo é mutável e impermanente, que a vida é movimento como uma grande respiração, que os elementos de que dispomos são o Amor, a Fé, a Alegria podemos ter uma qualidade de vida superior. Como fazer a humanidade perceber isso? Dando o exemplo. Tendo a coragem e a ousadia de ser verdadeiro consigo mesmo.

Agora se quiser uma explanação maior, puxe uma poltrona, se acomode, pois o discurso é longo! rsss




Maria Lúcia Campos, do «Lúcia Campos Visual» - Astrid, vc ainda tem algum sonho a ser realizado na 3D? O que falta fazer?

Astrid - Sabe Lú, eu sou bem criança nesse sentido. Sonho acordada e dormindo porém deixo a vida me levar. A criança quando acorda pela manhã nem imagina por tudo que vai passar durante o dia... vai vivendo, experimentando, chorando, rindo, etc.

E eu vou dizendo Graças a Deus!

Tem sido uma aventura e tanto experimentar a vida sob esta perspectiva.



Rosália ‘Orvalho do Céu’ do «Espiritual-idade» e outros blogues - Astrid querida, como vc vê a questão da 'espiritualidade' nos dias atuais?

Astrid - A sua questão é parecida com a do António, Rosélia. Existem vozes demais falando. Palavras demais sendo escritas. Uma verdadeira batalha por querer ter razão, ser o melhor, o mais correto, etc. E na realidade o momento exige a experiência do UM para somarmos ao TODO.

A área da espiritualidade precisa tirar a fantasia para começar a atuar sem rascunhos. Chegou a hora do silêncio, do praticar para valer o que se aprendeu por toda a caminhada.

De lembrar as palavras sopradas pelo coração. De sentir a religação com a nossa parte divina de fato e não com hora marcada, mas em todos os momentos.

Um simples exemplo... ao falar 'Bom dia'! Lembrar-se que estamos desejando realmente um bom dia para si próprio e para todos.

Este é um tema muito vasto amiga. Dei apenas mais uma pincelada sobre a minha visão pessoal.



Alzira Dinelli, do «Bloguinho da Zizi» - Qual a sua postura mental, nestes momentos conturbados, onde a violência se sobressai?

Astrid -
Já se tornou um reflexo condicionado, Alzira. Eu imediatamente uso a lei do perdão. Pois se eu percebo a violência, algo dentro de mim está de acordo com esta energia. Como nem sempre sei do que se trata já faço um apelo geral... peço perdão por tudo. Sabe que funciona?

Depois que eu adotei isso minha vida teve uma mudança radical. Mas isso só se pode comprovar fazendo. E fazendo com consciência e sentindo. Nunca repetindo as palavras em vão.



Jaya Ananda, do «Alfabetizando o Homem na luz Divina» e outros blogues - Como você lida com o estado: "estar a sós". ...com você mesma...

Astrid - Esse aprendizado eu comecei a experimentar de fato logo ao ficar viúva Jaya!

Até então, eu tinha uma pessoa ao meu lado em tempo integral.

Ao me sentir solta no espaço sem Mãe, irmão, Pai, Avó e sem marido, sem ninguém a quem dar uma satisfação dos meus atos, com liberdade total para tudo, eu fiquei perdida, confesso. É claro que tenho meus filhos e netos, mas é diferente. Não tenho mais testemunhas vivas do meu passado remoto.

Tive que refletir muito sobre isso e entrar em contato mais profundo com os muitos “eus” que eu sou. O tempo que dispunha era de silêncio absoluto. E foi através desse silêncio que comecei a aprender a conviver comigo. A conhecer de maneira mais “palpável” todas as minhas dimensões e todas as minhas personalidades. Hoje lido com mais tranqüilidade com esta nova realidade. Imagine como é passar um dia inteiro sem conversar com alguém, não importando aqui o assunto. Refiro-me à troca de energia. A blogosfera desempenhou um papel importante nesse caso. Encontrei o respaldo necessário para me adaptar a esta nova situação. Mas continuo aprendendo...

Naturalmente aqui respondi com o meu lado humano... a visão espiritualista é completamente outra.




Eliane Gonçalves, do «Corpo, Mente e Espirito» - Astrid, o que fez você se interessar em estudar a espiritualidade? Aconteceu algum episódio na sua vida, que fez com que você tomasse essa decisão?

Astrid - Já respondi a questões parecidas com a sua mais acima, porém o assunto é vasto e não se esgota facilmente, Eliane.

Nada em especial me fez tomar esta decisão. As coisas foram simplesmente acontecendo.

Claro que visto do alto há um “programa estabelecido” que venho cumprindo, muitas vezes totalmente inconsciente. Um dos meios que mais despertou a minha curiosidade a respeito foi sem duvida o gosto que tenho pela leitura. Fui acostumada à boa leitura desde cedo. Conhecer as idéias dos autores, pesquisar suas fontes, e por aí em diante.

Outra razão é meu ser rebelde em relação à regras... você tem que... isso mais aquilo...!!! pronto! Já era um prato cheio para eu querer saber o porque do “tenho que”.

Exemplos:

Por que eu tenho que rezar para um Deus que não sei quem é?

Por que eu tenho que agradar aos outros em detrimento da minha vontade?

Por que eu tenho que andar por linhas tortas se posso andar direto e reto?

Por que para uns a vida é fácil e para outros é difícil?

Por que eu vejo e sinto coisas que os outros nem imaginam?

Por que um autor afirma uma verdade e outro afirma o contrário?

Foram muitas e muitas perguntas que fui investigar. E uma resposta me levava para outra pergunta e assim sucessivamente.

Nasci com os olhos na cor violeta forte... sabia? Depois com um ano de idade ficaram verdes muito forte. Ao crescer foram ficando amarelos esverdeados... hoje combinam com a roupa que eu uso... esses pequenos detalhes sempre ocuparam a minha mente curiosa... preciso de respostas.

Então não posso lhe dizer que algo aconteceu de especial... nasci assim... sou assim.



Cris França, «Canto de Contar Contos» - Eu sei que você já teve grandes perdas na vida, e um dos post mais lindo e emocionantes sobre o tema eu li uma vez no teu blogue, eu queria que vc deixasse uma mensagem para tanta gente que sofre por perder alguém, não se é uma pergunta, porque não gosto de ser invasiva, mas acho que seria de grande valia para todos poder te ler. Deixo aqui registrada minha enorme admiração por vc e pelo seu trabalho.

Astrid - Cris, minha amiga, agradeço por tanto carinho e por suas doces palavras.

Eu realmente não considero que perdemos alguém. Não possuímos alguém, portanto não perdemos.

Deixamos de fazer parte da vida de uma pessoa. Foi cumprida a missão, o aprendizado. Caso encerrado, então precisamos começar uma outra realidade.

Essa consciência é muito importante. Ela nos permite o compartilhar. O verdadeiro relacionamento baseado na livre escolha. Eu escolho estar com você porque gosto. E não pretendo com isso obrigar o outro a gostar. Eu gosto. Isto basta.

Quando a morte interrompe um relacionamento a missão chegou ao fim.

Na vida mundana a morte impõe um sentimento de perda. Isto é egóico. Estamos interferindo na evolução dessa pessoa.

Durante quarenta anos estive ao lado do meu marido todos os dias. Trinta e oito casada.

Desses, trinta e seis eu vivi sendo proprietária dele. Já pedi muito perdão por isso.

Apenas nos últimos dois anos convivemos na maior harmonia possível, pois eu compreendi que estava ao lado dele por escolha própria. E se estava era por gostar de estar. Ele na realidade não era obrigado a gostar de mim. Conversamos muito a respeito e perdoamos um ao outro por tudo que houve de conflito entre nós. Ele também foi muito possessivo.

E assim é a vida. Ela nos reúne para podermos aprender um com o outro. O outro sempre é o espelho daquilo que não enxergamos em nós mesmos. Essa é sem dúvida a lição mais difícil para os humanos. Conviver, compartilhar e amar incondicionalmente... sem nenhuma condição mesmo.

Cris, aqui também respondi como ser humano. Fora da 3D a conversa sobre a morte é outra.



Alexandre Mauj Imamura Gonzalez, do «Lost in Japan» - O que vc faz internamente quando vê algo em si, ou próximo de você não ir bem. Seja uma doença de alguém querido, uma perda, um grave problema. Ou quando vc sente que más energias atuam, ou o mal sentimento. E uma dica: como lidar com uma pessoa extremamente negativa, pesada, que é de nosso convívio diário? 
 

Astrid - A filosofia de vida dos Kahunas me levou a compreender de fato como agir nesses casos, Alê.

Qualquer coisa que não esteja bem significa uma desarmonia no seu campo energético.

Mesmo que seja com uma pessoa próxima. Qualquer assunto no qual você coloca sua atenção lhe pertence. Portanto, você naturalmente se torna responsável por aquilo. Nós não estamos acostumados a viver assim. Aqui, o que é meu é meu, o que é do outro é do outro. Mas se é do outro porque lhe incomoda? Incomoda, pois o outro é reflexo do seu interior, do seu inconsciente.

Então como nem sempre compreendemos ou reconhecemos a desarmonia interna o jeito é aplicar um remédio multifuncional... que é o perdão.

E isso eu sei que funciona. Ah! Se sei!!!

O que é esse perdão ao qual me refiro? É o deixar ir, o largar, o não ter mais necessidade disso em minha vida.

Eu sinto muito (por ter dado importância).

Estou perdoada (estou largando, deixando ir).

Eu me amo (mereço o melhor, tudo de bom).

Sou grata (por ter aprendido mais uma lição).

Isso funciona até nas desarmonias de certos aparelhos eletro-eletrônicos, sabia? Falta de dinheiro também!!! Desde que você tenha a intenção sincera e responsável de curar a desarmonia.

A resposta para a segunda questão está incluída na primeira.

Mas vou acrescentar: Para que você precisa disso?

Se deixar seu coração responder terá uma resposta saltando na sua tela mental de imediato.

Essas são dicas que eu uso constantemente, senão diariamente!!!!



Élys, do «Meu Recanto Poético» e do «Meu Recanto Poético» - Eu,quero dizer que sinto-me muito feliz em participar fazendo uma pergunta a Astrid, pois é uma forma de agradecer a tantas vibrações maravilhosas que recebo quando vou ao seu blog. A pergunta: Astrid, o que você faz para lidar, com as mais diversas vibrações que recebe oriundas das consultas que lhe fazem, creio que algumas não devem ser muito amenas?...

Astrid - Élys, isso é uma realidade. Normalmente as pessoas vêm carregadas. Não porque querem. Pela própria situação de conflito ou desarmonia na qual se encontram. Aprendi a duras penas como lidar com isso.

Vou lhe contar de que maneira aprendi de fato.

Eu morei por um tempo em Perúibe, como já mencionei em outra resposta.

Nessa época eu tive uma agenda lotada. Como tinha um programa de rádio três vezes por semana de grande audiência a procura por consultas era constante. Atendia em minha residência em um escritório montado para essa finalidade. Antes de começar o dia eu energizava todo o ambiente e os meus objetos de poder... cristais, mandalas, gráficos.

Aplicava Reiki de tal forma que ao entrar em meu escritório o consulente já recebia os bons fluídos e entrava em processo de cura.

Um dia, porém fui surpreendida por um pedido especial. Uma moça, que sofrera um acidente de carro, havia ficado tetraplégica. A mãe dela me pediu encarecidamente que eu abrisse uma exceção e fôsse atendê-la em sua residência. Meu coração disse não. Minha razão disse sim! E lá fui eu querendo fazer um bem. Eu fiz um bem e saí com um mal.

Pois muito bem... para resumir. Não me resguardei como deveria ter feito. Quando voltei para casa comecei a sentir fortes dores nas pernas. Em questão de uma hora mais ou menos não conseguia mais me mexer. Fiquei inteira paralisada. Estava com uma grande amiga em casa e mais o meu marido. Ambos começaram imediatamente a rezar e a aplicar Reiki, pois intuíram do que se tratava. No dia seguinte eu estava absolutamente normal de novo.

Como eu me abri e senti pena da moça fiquei vulnerável e absorvi sua condição de paralisia, pois foi isso que me impressionou.

Então a resposta é essa: não podemos nos impressionar com os casos apresentados. E de preferência, sempre se envolver em luz ao atender um consulente.




Adelaide Figueiredo, do «Diálogos Astrais» - Como tanta vivência e enorme espiritualidade, um enorme conhecimento de metafisica e outras ciências, já pensou escrever um livro para ajudar a Humanidade? Seria interessante contar experiências, vivências e porque não dizer, os seus resultados como terapeuta.

Astrid - Pensar eu pensei, Adelaide. Apenas não me sinto escritora. Eu sou muito boa falando e contando minhas experiências. Daí para escrever existe uma grande distância.

Cheguei a pensar em reunir meus textos escritos na net para compor um livro, principalmente do blog «A Dinâmica do Invisível».


Porém ainda nada de concreto eu decidi nesse sentido. No entanto, sempre estou aberta para novas experiências. Quem sabe um dia encontre uma parceria para co-criarmos essa idéia.




William Garibaldi, do «Versos de Fogo» - 1) O que significa este nome que você adotou: Ma Jivan Prabhuta? 2) Quando teve a idéia de criar um Blog?

Astrid -  Esse nome eu recebi ao ser iniciada como uma sannyasi pela “Academy of Initiation” do Osho, em Pune, na Índia, no dia 09/09/2005.

Para que você possa receber o Sannyas a Academia pede um relato sobre as atividades exercidas até então e o porque quer ser iniciada.

Fiz isso. E foi baseado nesse relato que foi então escolhido meu novo nome.

Ma que significa Mãe

Jivan que significa Vida

Prabhuta que significa Fôrça

Juntando tudo significa: A Mãe que irradia a Fôrça da Vida

Por que um novo nome? Porque ao ser iniciada como uma sannyasi o compromisso que assumimos é de renascimento total. Todo o passado deve ser apagado para dar lugar a um novo ser, com uma nova história. Isso eu realmente fiz, tanto que existem assuntos do meu passado que nem me lembro mais. Ficaram os importantes, o resto sumiu. Não sou nem de perto a mesma pessoa anterior à iniciação. O interessante é que recebi a iniciação no segundo aniversário de falecimento da minha mãe! Não é hora de contar agora, mas esta “coincidência” não foi por acaso!

Fiz um post bonito sobre este assunto AQUI.

A idéia de criar um blog foi uma conseqüência desse novo momento em minha vida.

Um dos motivos que me trouxe para Ubatuba foi porque em Peruíbe eu tive um problema sério no coração. O cardiologista me recomendou que parasse com todas as minhas atividades profissionais. Coincidentemente, meu marido acabara de vender o negócio que tinha. Nessa situação resolvemos vir começar uma nova história de vida aqui em Ubatuba.

Sempre foi meu sonho morar nessa cidade. Isso em 2005. (repare na data do meu sannyas!)

No início eu vivi de férias e calada. Imagine eu não tendo com quem falar!!!! Porém isso durou pouco.

Foi então que resolvi conhecer e aprender a mexer na net.Em seguida criei um blog onde colocava textos que encontrava navegando pela rede que me interessavam. Aos poucos fui recebendo comentários. E me animando com as novas amizades. Isso me devolveu a alegria de interagir com pessoas de pensamentos afins.Tive vários blogs antes de criar o Projeto Navegante do Infinito, que aconteceu em abril de 2008, exatamente três anos depois da minha mudança para Ubatuba.

Sabe, William, de nada adianta ter conhecimentos e um dom se você não faz bom uso disso. E o problema “sério” no coração foi totalmente curado! Na realidade os “mestres” que fazem as coisas acontecerem em minha vida escolhem uns atalhos incríveis! Por isso é importante conhecer a dinâmica do invisível!



Ezequiel Coelho, do «Jardinagens» - A minha questão prende-se também com o que o Marcelo e a Evelize perguntaram, mas gostaria de saber o seguinte: Quando você faz uma determinada "previsão" ou tem conhecimento acerca de um assunto (e todas as formas que usa para aferir a resposta lhe dizem o mesmo) e no final não se confirma, como é que você interpreta a situação? (análise precipitada? "muito mudou" ao redor da situação para que não se concretize?) 

Astrid - Ninguém tem o poder de determinar o futuro através de uma previsão uma vez que a vida muda a cada instante. Vivemos e estamos em um campo onde existem infinitas possibilidades. O que os “...ólogos” chamam de previsões, e eu me incluo nisso, são exatamente as possibilidades. Diante de certos posicionamentos dos planetas os astrólogos podem determinar que energias estarão mais presentes. Os numerólogos pelas somas dos números sabem que lhe dizer a mesma coisa. Os tarólogos através dos Arcanos Maiores igualmente.

Por exemplo: se você abre um jogo de tarô agora obterá uma resposta. Se abrir um outro em seguida já não terá o mesmo resultado, pois no intervalo entre um jogo e outro você mudou.

O António Rosa, o Marcelo Dalla e eu fizemos previsões para o ano de 2011. Estes trabalhos estão linkados em nossos blogs, AQUI, AQUI e AQUI. Somos profundos conhecedores das nossas respectivas áreas baseados em muitos anos de estudos e pesquisas. Mostramos através dos nossos estudos as possibilidades para o ano que vem. Com este conhecimento cada pessoa vai escolher e decidir como vai lidar com estas energias. Que escolhas irão fazer em sua vida pessoal diante de tal e tal posicionamento dos astros e das respectivas vibrações numéricas. Nenhum de nós três teve ou tem a intenção de acertar ou errar nada. Assim trabalha um profissional sério. Existem sim os necessitados de glória e de fama que brincam com a crença pública.

Entende porque é preciso o auto-conhecimento? Por que é preciso se tornar responsável por suas escolhas?

Reforçando: ninguém tem o poder de escrever a sua história pessoal, de escolher por você e de determinar nada em sua vida! Você é e sempre será o único responsável. Nós damos as pistas e cada um as usa como bem quiser. Ler, estudar, procurar compreender as situações vigentes em termos de energia vibracional encurta o caminho de volta para casa.

Concluindo: portanto considerar que uma previsão de determinada pessoa deu errado é falso.

Um exemplo prático da minha vida pessoal. Estive com vários Mestres, desde astrólogos, tarólogos e numerólogos muito capacitados consultando o meu relacionamento amoroso.TODOS me disseram que não haveria futuro nesta relação. Que eu deveria me separar, etc, e tal. Nenhum deles contou com a possibilidade que eu escolhi...o perdão!

Nenhum deles acertou? A energia que viram pelas análises que fizeram estava certa diante da situação do momento. Mas eu sempre tinha o poder da escolha. Escolhi o caminho do meu coração e perdoei tudo. Escolhi recomeçar de outro jeito e deu certo.

Foi bom ter consultado os profissionais? Foi excelente. Me forneceram dados importantíssimos nos quais baseei a minha escolha.

É assim que funciona, Ezequiel. Os profissionais sérios não lidam com adivinhação e sim com a sabedoria, o que é muito diferente.



IdoMind, do «O Jardim» - A minha pergunta é simples: quando tem medo, quando tem dúvidas, enfim, quando o peso do mundo fica pesado, o que a Astrid faz? Sem grandes filosofias, como ultrapassa esses momentos?
 
Astrid - E isso acontece mesmo, Idomind!

São os chamados mergulhos na noite escura, os “quarenta dias no deserto”... onde o ego entra em conflito direto com a alma. Onde o medo briga com a fé!

A compreensão da dinâmica da vida ajuda muito, mas não é suficiente para nos livrar das nossas sombras, dos nossos medos mais profundos.

Ao me encontrar nesses momentos eu paro, respiro profundamente e em seguida vou fazer qualquer coisa diferente... sabe aquela frase popular que diz: “Vou dar um tempo!”

Com calma, passado esse um tempo, investigo a respeito da sombra em questão. Se eu puder e tiver condições de resolver ótimo. Caso contrário deixo tudo na Mão de Deus. ELE sempre conhece a melhor escolha.



Ana Karla, do «Misturação» - A minha pergunta é a seguinte: busco o equilíbrio, porém estou acomodada. Comecei pela ioga, que muito me fez bem, mas não consegui levar adiante, nem sei explicar o por quê, então eu pergunto como é que podemos chegar a um certo equilíbrio?

Astrid -  Ana Karla, no dia que você estiver pronta o Mestre aparece. Talvez não tenha chegado o momento certo. Ou, talvez ainda, o caminho do Yoga não seja o seu caminho. Existem muitas opções.

Se você tem dentro de si este desejo de melhorar sua qualidade de vida comece a procurar a solução. Consulte na net, converse com pessoas que também sentem a mesma necessidade, consulte profissionais, etc.

Posso dar uma dica: pergunte a si mesma o que mais gosta de fazer? Qual é a coisa pela qual pularia da cama logo cedo e deixaria você se esquecer de qualquer outra coisa? O fio da meada é por aqui.




Maria Paula Ribeiro, do «BandarrVet» - Antes tenho de ressaltar e enaltecer aquilo que a Astrid melhor sabe fazer: respeitar o livre arbítrio de cada um de nós ao mesmo tempo que nos disponibiliza ferramentas de suma importância à nossa evolução. E quem diz à nossa própria evolução, refere-se a todos os que nos rodeiam e assim por diante... E é nesse sentido que vai a minha pergunta, pois acredito que nem sempre terá sido fácil: 1) como consegues não interferir o livre arbítrio? Se alguma vez o fizeste e qual/quais foram as suas consequências? 2) A segunda pergunta porque ainda é mas difícil de responder mas adequa-se ao momento e impacto da Astrid! ;))) Aceitas o meu convite de vir a Portugal no próximo verão? Terei todo o gosto em ofertar-te a viagem e estadia (creio que terás de ficar em muitos lugares, rs rs rs rs rs).


Astrid -  Maria Paula, aprendi treinando muito! Quando temos dentro de nós a energia de cura falando alto, desejamos melhorar o mundo à nossa maneira. É preciso atenção para perceber o nosso limite. Esperar que nos perguntem.

Que nos procurem. Responder não oferecendo o peixe e sim ensinando a pescar.

Minha mãe, que na realidade foi uma grande Mestra para mim, pois me provocava reações necessárias ao meu crescimento, foi quem me ensinou esta lição.

Me disse que todos temos o DIREITO de errar. Assim as crianças aprendem a andar. Caindo e levantando. Se não deixarmos as criancinhas levarem seus tombos nunca saberão como andar sozinhas.

Quando eu interferi no livre arbítrio de alguém me tornei imediatamente responsável pelo carma daquela pessoa em questão. E paguei por coisas que não eram minhas e que sim, ”comprei” dos outros. Conseguiu compreender?

Em relação à sua segunda questão; você sabe que me ofertou um lindo presente de Natal, e que através da sua generosidade vou realizar um sonho muito antes do que esperava! Claro que aceito!

Fiquei muito emocionada e desde que li a sua questão aqui eu estou navegando nas nuvens, numa alegria imensa!

Como já conversamos em particular, vamos com toda a certeza materializar uma intenção que estava escrita nas estrelas. Nunca será suficiente lhe dizer 'Muito Obrigado'!



Marisa Shiroto, do «Isa Grou» - Astrid, conte-nos como e quando este "Mundo Virtual" (que sabemos muito bem o quanto é REAL) surgiu/entrou em sua vida e o "tamanho" do impacto... da diferença que 'ele' causou na mesma?

Astrid - Na resposta que dei ao William, Isa, eu contei como cheguei à blogosfera.

Com o passar dos dias fui percebendo que um canal de comunicação havia se estabelecido novamente. Estava na rede comunicando minhas idéias, sempre com a intenção de ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas, e a minha também, pois ao ensinar estamos aprendendo o tempo todo. Fui conhecendo amigos valiosos, alguns que já deixaram de ser simplesmente virtuais e já são bem reais mesmo. Como é o nosso caso!

Me sentir viva e útil novamente talvez tenha sido o grande diferencial ao qual se refere.

 


Lolipop, do «Banzai» - Astrid, lembro-me de ler nas suas previsões para 2011 que nesse próximo ano, não ia ficar pedra sobre pedra. Estamos perto de 2012 e fala-se muito das profecias Maias e de Nostradamus. Acha que há sinais que se deixam já perceber?

Astrid - 
Se eu disse isso, e disse mesmo, é porque assim senti! Rss Uma mudança radical não deixa nada no lugar. Eu mesmo ando estudando as profecias Maias. Nostradamus, menos.

Porém, ao ler sua questão, me veio à mente que o ser humano é muito curioso e precisa conhecer o futuro, pois tem medo de lidar com o desconhecido. Todos queremos estar preparados. Já disse muitas e muitas vezes e reafirmo que o nosso futuro depende do aqui e agora que é quando de fato irá acontecer. O que estamos escolhendo agora? O que estamos plasmando agora através dos pensamentos, sentimentos e ações?

O planeta como um todo está ascencionando, e com ele tudo que está nele. Estamos com a nossa energia mais refinada, percebemos outras realidades. A sabedoria dos Maias conhecia este processo. E quando você conhece a dinâmica do invisível você passa a ser rei em terra de cegos. Estamos percebendo sim. Todos estamos. Uns reconhecem, outros não.



Maria Chainho - [Não tem blogue] - Com que idade sentiu que tinha vindo a vida para (abrir caminhos e não seguir rastos)?

Astrid -
Em um belo dia, Maria, lá no meu passado remoto. Eu disse essa frase, que brotou subitamente, em uma conversa com uma amiga. Nunca mais esqueci, pois se tratava de um recado de alma. Esses registros não se apagam!



Irene Alves, do «Sem Magia o que seria a vida?» e «As cores da vida» - A minha pergunta é: no mundo da blogsfera conseguiu interagir com a realidade virtual?

Astrid -  Consigo sim, Irene. Tranqüilamente.

Apenas vamos definir o que compreendemos como realidade. Virtual ou material, a realidade é criação minha. Eu coloco no meu mundo aquilo que escolho.

E eu levo isso muito a sério.



Hanah, do «.....» - Dificil é encontrar uma pergunta, mais vamos lá, logo a primeira que me veio a cabeça... Astrid, se tivesse a Lâmpada do Aladim quais seriam os 3 pedidos que faria para o Planeta terra ?

Astrid - Hanah, minha amiga, isso serve de inspiração para escrever um livro, hein?

Primeiro eu iria trocar uma idéia básica com o gênio dessa lâmpada e contar para ele que os tempos são outros!!! Rsss

Passamos da condição de simples pedintes para a de co-criadores.

Estando isso acordado eu então decreto:

Que eu seja a Paz, a Luz e o Amor que desejo ver no mundo.

Que eu possa viver com + paixão pelo mundo.

Assim como o Sol celebra o dia a cada amanhecer, que eu celebre a vida a cada respiração.

Afinal, Somos todos UM. 



Rosana Cristina [Sem blogue] - Sou uma eterna aprendiz da jóia preciosa chamada Astrid Annabelle. Ela é minha Mestra. Minha pergunta é sobre relação mãe e filha. Porque é tão difícil? Gostaria muito de uma luz sobre isso da minha querida Astrid.

Astrid - Quem classifica se algo é difícil ou não Cris, é a nossa mente racional. Guarda isso. Nem sempre a nossa mente está correta. Sabe por que? Pois o nosso coração não concorda!

Se você leu a minha entrevista inteira percebeu que a relação com a minha mãe não foi nada fácil. Passei anos querendo compreender o porque disso. Até que um dia aconteceu um fato inédito... Minha mãe, pouco tempo antes de falecer me chamou e perguntou como era o meu trabalho e de que se tratava de fato. Expliquei longamente e ela ouviu atentamente. Ao final do meu relato ela chorou. Foi aí que aconteceu o famoso”click” e eu compreendi tudo.  Ela foi uma grande mestra sem ter a consciência disso.

E isso ela própria percebeu nesse dia!

Sabe por que lhe contei isso, não sabe?

[Rosana, espero que goste das flores que arranjei para si, pois como não tem blogue e não sei se tem Facebook, tive que arranjar um avatar para si. Beijo. António]


arKana, do «Locais Sagrados» - A minha pergunta relaciona-se com o facto de ter uma vida tão activa na internet: o que a levou a criar um blogue? qual a melhor satisfação/prazer encontra ao escrever nos seus blogues?

Astrid - Arkana, a sua primeira questão foi respondida ao William e à Isa Grou. Não irei me repetir, pois ficaria cansativo para os leitores. Por favor, dê uma espiadinha lá, OK?

Quanto à sua segunda questão:

Sou uma comunicadora nata, portanto preciso me comunicar com pessoas. Essa é a minha maior satisfação. Naturalmente procuro fazer bom uso desse meu dom. Através dos blogs acabei dando continuidade ao trabalho iniciado nas rádios e TV. E o que era regional acabou sendo de âmbito internacional. Isso me dá um grande prazer.

Vou lhe contar uma coisa boba que me alegra demais:

Tenho, no blog 'A Dinamica do Invisível', postado na lateral, um globinho que mostra todos os lugares do mundo de onde as pessoas leram meus posts. Eu nunca cliquei para verificar a informação completa. Apenas fico olhando para aqueles muitos pontinhos vermelhos imaginando que maravilha que é a comunicação globalizada. Meus olhos brilham e meu coração se aquece...sinal de que estou no caminho certo, não é?


Patrícia Samsara, do «Princesa Esquimó» - As minhas perguntinhas são 2, se me permitem, pois outras já foram feitas :))

1 - Depois de tudo o que percorreste na tua vida, o que gostarias ainda de alcançar e que até hoje ainda não fizeste, quais os teus sonhos?

2 - No uso do teu dom, da tua mediunidade, ele sempre funcionou da mesma forma com os assuntos que te diziam respeito a ti pessoalmente ou aos teus entes queridos em comparação com outras pessoas que procuram a tua ajuda?

Astrid - Minha querida Pat Sam, eu estava com muita vontade de conhecer Portugal e todos os amigos que tenho na terrinha. Como deve ter lido acima, ganhei da Maria Paula essa viagem e, portanto, estarei entre vocês no verão do ano que vem. Você pode imaginar a minha alegria? Um sonho que será realizado, Graças à Deus!

Em relação à segunda questão: A intuição sempre fluiu melhor com as pessoas que me procuram. É impressionante como consigo fazer a leitura energética bastando para isso apenas pensar na pessoa em questão. Digo isso, pois eu mesmo fico espantada.

Em relação aos meus filhos é menos... meu lado racional e de mãe-coruja atrapalha demais.

Quanto à minha pessoa, a primeira vez que “ouvi” claramente a voz da minha intuição falar em alto e bom som comigo foi nas horas que antecederam o falecimento do meu marido. Ouvi claramente o seguinte: “Vai dormir casada e acordar viúva”. Estou escrevendo isso e me arrepiando toda. Pois foi assim mesmo. Cheguei a brigar com este meu sentimento/pensamento porque não havia razão nenhuma palpável de que isso poderia acontecer. E aconteceu!

A partir de então eu escuto com toda a clareza as dicas que o meu coração me dá. E ele não erra uma! Acredito que por estar quase sempre sozinha ficou mais fácil de ouvir! rss


PhotobucketMarion Lemos, do «Flor de Luz» e do «Essência da Alma» - Astrid, sabendo que o Reiki não é uma religião, o que você pensa do Reiki aliado ao mediunismo?

Astrid - Sabe Marion, que a palavra mediunidade me incomoda? Por ela ter perdido durante o tempo o seu real significado. Todas as pessoas são médiuns! Somos seres multidimensionais operando em todas as dimensões simultaneamente, mesmo sem consciência disso. Quem tem um pouco mais de sensibilidade acessa os outros planos com mais facilidade, mas é um assunto que pertence à nossa anatomia espiritual. Afinal nós não somos apenas este corpo físico que conhecemos.

O Reiki é Amor, antes de mais nada. Quando somos iniciados nessa técnica de cura acontece uma grande purificação e com isso vamos nos tornando mais sutis, mais leves, mais iluminados.

Começamos então a perceber as dimensões paralelas, pois desenvolvemos entre outras coisas os nossos sentidos extra físicos. Então não se trata do Reiki ser um aliado da mediunidade. Ele nos conduz ao nosso estado perfeito que inclui a percepção da nossa multidimensionalidade. Eu percebo claramente isso depois de lidar a mais de doze anos com o Reiki. Principalmente quando se dá continuidade aos níveis de iniciação, como eu fiz... me iniciei no Karuna até o mestrado e em seguida no Seichim –SKHM, igualmente até o mestrado. Nesse ponto é absolutamente normal conviver com os seres iluminados de dimensões superiores. Com isso o canal que nos propomos a ser torna-se mais largo e mais forte.

Eu precisaria sentar e conversar com você isso de maneira mais demorada. Não será possível por aqui. Espero, no entanto ter lhe respondido o suficiente para uma compreensão inicial.

Jesus disse entre outras coisas que poderíamos realizar feitos maiores do que Ele e que somos deuses. Nesse ensinamento está o que eu tentei lhe passar em poucas palavras.

“Vós sois Deuses, amados Meus. Vivenciai em vossas vidas essa Divina Verdade. Viestes do Coração do Pai como INDIVIDUALIDADES - Presenças Individualizadas de Deus Eu SOU – Sois Seus amados filhos, criados à Sua imagem e semelhança, perfeitos em sua essência, trazendo como herança todos os dons da Divindade que vos criou e da qual fazeis parte.”

 

Lianara, do «Reticências...» - A minha pergunta, na verdade vem de uma constatação: Vejo que, atualmente, as pessoas falam muito em valores, generosidade, tolerância e espiritualidade, mas só falam, pouco praticam e as atitudes são opostas ao discurso e vemos crescer a intolerância e o preconceito racial, social e sexual. Como a querida Astrid vê esta contradição? O que, cada um de nós, deve fazer para mudar esta realidade?

Astrid - Lia, está assim mesmo. Na realidade o que parece ser uma contradição é um processo.

Estamos nos encaminhando para um novo patamar onde tudo deverá ser novo. E para que isso possa acontecer é preciso jogar fora tudo aquilo que não serve mais.

Vou dar como exemplo a limpeza de uma caixa de água. Todas as impurezas, os lodos e limos ficam acomodados no fundo da caixa. Quando você remexe a água para limpar a caixa o que estava quieto no fundo sobe, se destaca para ser eliminado.

Assim está a vida. Para que a nossa nova consciência possa se manifestar estamos remexendo no baú. Tudo que você mencionou está em destaque por isso.

O que nós temos que fazer é sustentar as nossas escolhas sobre valores, generosidade, tolerância e espiritualidade. Ter consciência que todo o resto passa. Não dar importância ao medo e aos fatos negativos. É assim que funciona. Os que não seguirem esta regra, que só falam, pouco praticam e têm as atitudes opostas ao discurso, vão arcar com as conseqüências da sua escolha.

Cada um é responsável pelo seu mundo. E existe um mundo para cada um de nós.

E sabe um jeito fácil fácil de sustentar uma qualidade de vida melhor?

É estando a maior parte do tempo com o coração alegre! E, claro, não prestando atenção ao negativo.

Experimente!


Fada Moranga, do «Fada Moranga», «Amor e Coentros», «Holy Venus» - Quando alguém lhe apresenta um tema em consulta como costuma proceder? Dá uma resposta na hora e dá o assunto por terminado ou faz um seguimento acompanhando a evolução da pessoa?

Astrid - Fada, a primeira coisa que pergunto em uma consulta presencial é saber o por que da consulta e o para que.

Se o/a consulente tiver a intenção de auto conhecimento (o que a princípio é raro) eu naturalmente dou suporte pós consulta. Tenho clientes amigos/as que andam comigo até hoje... alguns com dez anos de amizade. Hoje mesmo, lendo a entrevista, terei vários desses ex-clientes por aqui... amigos/as do coração.

Agora se o objetivo da consulta é para resolver um caso rapidamente, eu apresento uma interpretação do assunto, dou dicas e sei de antemão que estou cumprindo a minha tarefa. O futuro dessa relação terapeuta/consulente fica a cargo de Deus.

Alguns acabam retornando porque o “remédio” funcionou. Agora acompanhar mesmo só para quem está disposto a seguir o caminho ao meu lado.

Eu nunca ofereço o peixe... eu ensino a pescar!


PALAVRAS FINAIS DA ASTRID

Para os amigos que me escreveram emails:

Fiquei sensibilizada e me senti honrada com o carinho que recebi pelos inúmeros emails. Muitos nem sequer têm blogs. De alguma forma ficaram sabendo dessa entrevista e participaram nos bastidores enchendo meu coração de alegria. Hoje estão aqui, celebrando conosco... eu sei e eu sinto... A todos um beijo especial e muito agradecido.

 Para todos:

Desejo que todos tenham um maravilhoso Natal, agradecendo novamente por todo o carinho que sempre recebo de todos os participantes desse lindo Anel do Coração, em especial do António Rosa, meu querido amigo de muito longa data!!!!




Deixo aqui o meu enorme contentamento e agradecimento,
à Astrid Annabelle e a todas as pessoas
que deixaram as suas perguntas.
Beijo e abraços,
António


Por favor, deixem um olá no «Navegante do Infinito»
da amiga Astrid Annabelle. Clicar aqui.
Mesmo que não o faça aqui, por motivos vários. No problem!


Para quem quiser conferir, as perguntas foram feitas aqui.

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