António Rosa
(1949 - 2014)
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis. "
Fernando Pessoa
O António foi para mim um pai, um
grande amigo.
Foi um grande Mestre, um verdadeiro Maestro
para muitos.
Os mestres reconhecem-se pela
intemporalidade da sua obra, e, sem dúvida, o António conquistou essa competência / intemporalidade em vida.
Também reconhecemos os mestres
por fazerem escola, por isso compreende-se que que o seu legado deixa profundas
marcas nos seus seguidores.
Um dos seu últimos desejos, passo
a citar:
“Quanto ao 'Cova do Urso'
entendendo que deve permanecer para além da minha morte por achar que tem um
conteúdo que pode ajudar muito as pessoas. Não será alimentado com posts
futuros, excepto 1 que te pedirei que faças como melhor entenderes, a anunciar
o meu falecimento, mas num tom descontraído. Apenas gostaria que o título fosse
«In Memoriam de António Rosa, um astrólogo que amou este blogue e os seus
amigos».”
Lamento não conseguir cumprir a
parte do descontraído, porque até a descontrair ele me ensinou… Rimos à
gargalhada, choramos que nem Magdalenas, também ralhamos bastante.
Vivemos muitas vezes juntos e
apreendemos e a ser senhores das 12 séries de virtudes gémeas:
“Silenciar – Falar
Ser suscetível – Ser
imparcial
Ser obediente – Ter
domínio
Ser humilde – Ser autoconfiante
Ter rapidez – Ter prudência
Aceitar tudo – Saber
diferenciar
Ter cautela – Agir
com coragem
Nada possuir - Dispor
de tudo
Ser desapegado – Ser fiel
Exibir-se – Passar
despercebido
Desprezar a morte –
Valorizar a vida
Ser indiferente –
Saber amar”
Mas o mais importante foi o facto de que tudo
entre nós será inesquecível, intemporal. Nada mudou entre nós, estaremos sempre
juntos e reencontrar-nos-emos noutra dimensão.
Nesta encarnação já fui tocada
pelas asas de três anjos que encarnaram, o meu Mestre Armando Correia, grande
Artista e Ceramista (1936 – 2008), Manuel Taraio, Grande Pintor (1956 – 2009) e
o António Rosa grande Astrólogo e Pensador.
Confesso que com todos os ensinamentos que me
transmitiram sobre a vida, sobre a morte e como vivê-la, particularmente o AR, e
com toda a consciência que eu julgava ter, só agora com o teu desencarne, e
comigo a escrever estas palavras, António, fiz as pazes com o AC.
Mais uma vez nada mudou entre nós
António, mesmo depois de regressares à tua essência… continuas a ser fonte
inesgotável de inspiração.
Amo-te muito!
PS: Serão feitas a seu tempo
algumas alterações no layout a pedido do António.