Sandálias Mark Jacobs, muito uranianas.
Comecemos por aqui: tenho esta quadratura activíssima no meu mapa. Úrano em trânsito ingressou num ponto Cardinal, a 0 graus de Carneiro / Áries e no meu mapa natal está no grau zero de Câncer. Esta quadratura (não especificamente nestes signos) acontece, em norma, 2 vezes na vida de todos nós. A primeira vez quando temos entre os 20 e 22 anos e a segunda entre os nossos 60 e 63 anos. No dia 11 de Junho farei 61 anos.
O que vos posso contar como tendo sido característico da minha primeira quadratura de Úrano, nos meus 20 anos? Estamos a falar de 1970. Para além do falecimento do meu pai, recordo-me de ter tido que interromper estudos para poder fazer o serviço militar obrigatório. Maior mudança não poderia haver, pois Portugal estava em guerra com a Frelimo, em Moçambique. Foi o que tive que fazer: ir para a guerra. Ah! Já me esquecia: o namoro de adolescente também terminou. Dito desta maneira, parece 'pouco', mas não foi nada assim, pois representou uma subida enorme de consciência, quer do mundo em geral, quer da política e valores de cidadania, à custa de uma guerra. Que experiências têm os jovens de hoje com essa maravilhosa idade dos 20 aos 23 anos? Será que andam na universidade, a beberem uns shots, a curtirem a night? Não acredito que seja assim tão linear. Poderiam contribuir com as vossas experiências, nos comentários.
Em qualquer uma destas ocasiões surge uma necessidade de expressarmos a nossa própria individualidade, de querermos fazer valer os nossos próprios direitos, rebelando-nos contra aquilo que que os outros pretendem impor-nos, sobretudo quando acompanhadas de visões mais saturninas, mais estruturadas, que a todo o custo pretendem dizer-nos que a realidade que vivemos é contrária à normalidade comum. Posso garantir-vos que tenho passado por tudo isso.
Aquilo que aprendemos é posto em causa, pois pode significar um ensino tão convencional que a pessoa que passa pelo trânsito pode sentir-se forçada a combater situações tão tradicionais que, pura e simplesmente, podemos afastar pessoas de nós mesmos. Dou-vos um pequeno exemplo que aconteceu comigo esta semana. Entre os muitos emails recebidos destaco este, de uma leitora do nosso site «Escola de Astrologia Nova-Lis»: «Sou estudante auto-didacta de astrologia e gostaria que me ensinassem como, numa sinastria posso ver se são almas gémeas.» Que acham que eu fiz, com toda a pressão que estou a sentir com esta quadratura? Disse-lhe a verdade: que não acreditava em almas gémeas. Bom, devo ter perdido uma leitora.
Este contacto marca um período de importantes mudanças na nossa vida. Tenho 34 exemplos para dar, mas não vos cansarei com as minhas histórias.Existe um forte desejo de sermos independente de qualquer autoridade externa, queremos viver a nossa liberdade, afastarmo-nos das responsabilidades comuns (bom, tenciono continuar a pagar as contas da água e da luz... obviamente). Mas como exemplo concreto posso anunciar-vos que estou a tratar dos papéis para me reformar por incapacidade de trabalho, por ter uma séria patologia coronária, que não me permite continuar a trabalhar em distribuição de livros. Em edição, sim, pois não tenho que carregar pesos, mas em distribuição, não, por fisicamente não conseguir. Com esta reforma por invalidez, poderei pensar em outros projectos para poder continuar activo no mundo laboral, mas de uma forma mais doce.
Como já não sou casado, nem tenho filhos dependentes de mim, posso permitir-me à ausência de certas obrigações familiares, das quais estou bastante liberto. Este trânsito, como se está a processar na minha casa 2, está a deixar-me 'enlouquecido', pois são problemas e mais problemas em termos formais de tesouraria da minha editora. Típico de Úrano é aparecerem entradas de dinheiro, para logo seguir notar-se uma veloz saída do mesmo. E acontece tudo: pequenas obras fundamentais, avarias, dificuldades, atrasos, etc. Estou cansado e tenho-me aguentado menos mal, respirando fundo, aceitando as situações e seguindo em frente. No entanto, a tensão cá fica.
As vantagens deste trânsito para quem esteja consciente deste movimento celeste ou deste processo, como agora se diz, é a possibilidade da pessoa sentir um enorme crescimento mental e espiritual, podendo fazer frente - com a serenidade possível -, a todas as pequenas e grandes contrariedades nada agradáveis que a vida se encarrega de nos colocar pela frente. É o momento de deixarmos de lado todas aquelas ideias fixas que transportamos e aqueles que, como eu, temos entre 60 e 63, podemos sossegadamente, perceber o quão diferentes somos dos nossos pais, quando eles tinham a mesma idade. Descobrimos, então, que é assim que a humanidade avança - de geração em geração. Obviamente que, para aqueles que estão a ter o mesmo trânsito, mas aos 20, note-se que há um abismo enorme entre as nossas gerações.
E agora, que sei mais da vida, que já vivi 6 dezenas de anos, que posso fazer? Este é um trânsito muito ligado ao segundo retorno de Saturno, que acontece aos 58/59 anos. Somos obrigados a adaptar-nos a novas circunstâncias que nos preparam o caminho, recheado de incertezas, inseguranças e intranquilidade. Mas só nos resta seguir em frente. Quero muito já estar em Setembro próximo.
Beijos a todos.
O que vos posso contar como tendo sido característico da minha primeira quadratura de Úrano, nos meus 20 anos? Estamos a falar de 1970. Para além do falecimento do meu pai, recordo-me de ter tido que interromper estudos para poder fazer o serviço militar obrigatório. Maior mudança não poderia haver, pois Portugal estava em guerra com a Frelimo, em Moçambique. Foi o que tive que fazer: ir para a guerra. Ah! Já me esquecia: o namoro de adolescente também terminou. Dito desta maneira, parece 'pouco', mas não foi nada assim, pois representou uma subida enorme de consciência, quer do mundo em geral, quer da política e valores de cidadania, à custa de uma guerra. Que experiências têm os jovens de hoje com essa maravilhosa idade dos 20 aos 23 anos? Será que andam na universidade, a beberem uns shots, a curtirem a night? Não acredito que seja assim tão linear. Poderiam contribuir com as vossas experiências, nos comentários.
Em qualquer uma destas ocasiões surge uma necessidade de expressarmos a nossa própria individualidade, de querermos fazer valer os nossos próprios direitos, rebelando-nos contra aquilo que que os outros pretendem impor-nos, sobretudo quando acompanhadas de visões mais saturninas, mais estruturadas, que a todo o custo pretendem dizer-nos que a realidade que vivemos é contrária à normalidade comum. Posso garantir-vos que tenho passado por tudo isso.
Aquilo que aprendemos é posto em causa, pois pode significar um ensino tão convencional que a pessoa que passa pelo trânsito pode sentir-se forçada a combater situações tão tradicionais que, pura e simplesmente, podemos afastar pessoas de nós mesmos. Dou-vos um pequeno exemplo que aconteceu comigo esta semana. Entre os muitos emails recebidos destaco este, de uma leitora do nosso site «Escola de Astrologia Nova-Lis»: «Sou estudante auto-didacta de astrologia e gostaria que me ensinassem como, numa sinastria posso ver se são almas gémeas.» Que acham que eu fiz, com toda a pressão que estou a sentir com esta quadratura? Disse-lhe a verdade: que não acreditava em almas gémeas. Bom, devo ter perdido uma leitora.
Este contacto marca um período de importantes mudanças na nossa vida. Tenho 34 exemplos para dar, mas não vos cansarei com as minhas histórias.Existe um forte desejo de sermos independente de qualquer autoridade externa, queremos viver a nossa liberdade, afastarmo-nos das responsabilidades comuns (bom, tenciono continuar a pagar as contas da água e da luz... obviamente). Mas como exemplo concreto posso anunciar-vos que estou a tratar dos papéis para me reformar por incapacidade de trabalho, por ter uma séria patologia coronária, que não me permite continuar a trabalhar em distribuição de livros. Em edição, sim, pois não tenho que carregar pesos, mas em distribuição, não, por fisicamente não conseguir. Com esta reforma por invalidez, poderei pensar em outros projectos para poder continuar activo no mundo laboral, mas de uma forma mais doce.
Como já não sou casado, nem tenho filhos dependentes de mim, posso permitir-me à ausência de certas obrigações familiares, das quais estou bastante liberto. Este trânsito, como se está a processar na minha casa 2, está a deixar-me 'enlouquecido', pois são problemas e mais problemas em termos formais de tesouraria da minha editora. Típico de Úrano é aparecerem entradas de dinheiro, para logo seguir notar-se uma veloz saída do mesmo. E acontece tudo: pequenas obras fundamentais, avarias, dificuldades, atrasos, etc. Estou cansado e tenho-me aguentado menos mal, respirando fundo, aceitando as situações e seguindo em frente. No entanto, a tensão cá fica.
As vantagens deste trânsito para quem esteja consciente deste movimento celeste ou deste processo, como agora se diz, é a possibilidade da pessoa sentir um enorme crescimento mental e espiritual, podendo fazer frente - com a serenidade possível -, a todas as pequenas e grandes contrariedades nada agradáveis que a vida se encarrega de nos colocar pela frente. É o momento de deixarmos de lado todas aquelas ideias fixas que transportamos e aqueles que, como eu, temos entre 60 e 63, podemos sossegadamente, perceber o quão diferentes somos dos nossos pais, quando eles tinham a mesma idade. Descobrimos, então, que é assim que a humanidade avança - de geração em geração. Obviamente que, para aqueles que estão a ter o mesmo trânsito, mas aos 20, note-se que há um abismo enorme entre as nossas gerações.
E agora, que sei mais da vida, que já vivi 6 dezenas de anos, que posso fazer? Este é um trânsito muito ligado ao segundo retorno de Saturno, que acontece aos 58/59 anos. Somos obrigados a adaptar-nos a novas circunstâncias que nos preparam o caminho, recheado de incertezas, inseguranças e intranquilidade. Mas só nos resta seguir em frente. Quero muito já estar em Setembro próximo.
Beijos a todos.