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Oscar 2012 - Histórias da 'red carpet and parties'

27 de fevereiro de 2012 · 4 comentários


Devido à marca «Kodak» ter entrado em falência global, o nome deste teatro foi mudado à última hora para «Hollywood and Highland Center» [6801 Hollywood Boulevard, Los Angeles]. Provavelmente, a cerimónia de 2013 realizar-se-á no «Nokia Theatre» com capacidade para mais de 7.000 lugares sentados, podendo a Academia convidar muitas celebridades de outras áreas [tv, desporto, moda, música] de modo a recuperarem o antigo glamour da cerimónia.

A já longa [uns 15 anos] crise dentro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood é tão grande que tudo lhes acontece. Tentam inovar e não conseguem. Em 2011 a cerimónia roçou um tremendo flop e uma enorme perda [milhões de pessoas] de audiência na televisão.  O ano passado convidaram James Franco e Anne Hathaway como anfitriões da cerimónia, mas aquilo foi tão mal escrito, preparado e ensaiado, que a noite de entrega das estatuetas resultou num enorme amontoado de equívocos. Mais uma vez era necessário inovar, mudar, transformar. Que fizeram? Este ano [2012] viraram-se mais uma vez para o passado e apostaram em Billy Crystal (ocupando o buraco deixado por Eddie Murphy, primeiro nome escolhido) à frente do palco, na sua nona empreitada pelos Academy Awards.

O resultado foi uma cerimónia insípida, enxuta, rápida e sem surpresas e, sobretudo sem o glamour que os antigos organizadores deram à cerimónia. O espectáculo principal viu-se na red carpet, à entrada para o teatro, com uma mão cheia de celebridades a chamarem a atenção pela «star quality» que lhes é inerente, muito bem vestidas, com um discurso articulado e o resto dos 3.200 membros da indústria presentes no evento a parecerem estar todos e todas fardados/as, tal a ausência de glamour e brilho.

'O Artista' e 'A invenção de Hugo Cabret' levaram, juntos, dez prémios para casa. É a Academia e os seus membros a virarem-se para si próprios, premiando assuntos de cinema. Não vão longe, assim. São demasiados prémios para 2 filmes, quando havia muitos outros, com qualidade e merecedores de dois terços destas estatuetas.



Se olharmos para a foto acima, em dia de Oscar, vemos a passadeira vermelha [red carpet] dividida em 2 partes. À direita da foto está a imprensa, primeiro, os canais de televisão e a seguir os fotógrafos, em frente aos quais as celebridades vão caminhando meio metro de cada vez, fazendo pose, até que entram no teatro. Este processo demora cerca de 2 horas ou mais, entre o momento que chegam ao início do red carpet e a entrada no edifício. Os outros, os mais de 3.000 convidados da indústria não nomeados para as estatuetas, passam directos sem grandes paragens. Obviamente, a excepção são as grandes celebridades não nomeadas para esse ano, que têm direito a fazerem pose e a dizerem o nome dos estilitas que vestem ou calçam.

Se olharmos para o lado esquerdo da foto, vemos a arquibancada para os fãs. São cerca de 700 pessoas que se candidatam àqueles lugares. Para estarem presentes na cerimónia de 2012, os fãs de todo o mundo, dispuseram de uma semana, em Setembro de 2011, para se increverem online e, num sorteio aleatório foram escolhidos os que estarão presentes. A imensa gritaria que se ouve no red carpet provém deste grupo de fãs. Se não estivessem presentes, só se ouviria os fotógrafos a gritarem 'Angelina, smile to left'.

Quando a passadeira vermelha fica vazia, estes fãs são levados para um local muito próximo, com enormes telões, onde acompanham a cerimónia, sendo muito bem tratados pelos organizadores, com um buffet à disposição.

A seguir apresentamos algumas das «red carpet» mais famosas dessa noite:

RED CARPET DA CERIMÓNIA DA ACADEMIA


Gwyneth Paltrow 



O grande vencedor da noite, o director Michel Hazanavicius - 'O Artista', filme frânces.
Acompanhado da mulher, a actriz francesa Bérènice Bejo.


Rose Byrne


Jennifer Lopez vestida por Zuhair Murad. Para os parties, mudou de roupa,
à maneira antiga.


Cameron Diaz vestida por Gucci


Glenn Close nos seus fantásticos 64 anos



Sandra Bullock


Michelle Williams vestida por Louis Vuitton


Natalie Portman

[Estas fotos representam apenas uma pequena amostra dos presentes aos eventos]


RED CARPET DO ELTON JOHN AIDS
FOUNDATION OSCAR PARTY


Carmen Electra


Miley Cyrus vestida por Roberto Cavalli.


Kim e Kourtney Kardashian, acompanhadas por Heidi Klum


Katy Perry vestida por Blumarine


RED CARPET DA VANITY FAIR OSCAR PARTY 2012




Irina Shayk


Tom Cruise e Katie Holmes, vestida por Elie Saab, ambos de navy blue.


Salma Hayek


Jennifer Lopez vestida por Zuhair Murad. Na red carpet da cerimónia, envergava outro vestido. Foi das poucas estrelas que mudou de traje, à maneira antiga. Sempre acompanhada pelo actual namorado Casper Smart, os fotógrafos presentes, apesar de sempre ávidos de sensacionalismo, não o quiseram fotografar junto da vedeta. Isso fica para os papparazi de rua.

============

Vestido como personagem de «O Ditador», Sacha Baron Cohen derruba pote de cinzas no repórter Ryan Seacres. Sacha Baron Cohen não quis nem saber do facto de ter sido desconvidado para o Oscar 2012. Ele não só foi ao tapete vermelho do evento vestido como o personagem do seu novo filme, «O Ditador», o Admiral-General Aladeen, como causou a maior polémica. Com uma suposta urna repleta de cinzas com a foto do ex-líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong Il, o comediante cercado de belas mulheres, parou para dar uma entrevista ao repórter do canal «E!», Ryan Seacrest. Tudo ia muito bem até ele resolver virar o recipiente sobre o apresentador do programa «American Idol». Como se fosse o personagem, Sacha fez de conta que tinha derramado as cinzas sem querer. Sobrou para Seacrest um sorriso bem sem graça e o smoking impecável completamente sujo. Sacha acabou sendo expulso do local por seguranças. Assista ao momento:

Filmes da minha vida - A Paixão de Shakespeare (Portugal) / Shakespeare Apaixonado (Brasil)

1 de novembro de 2009 · 23 comentários

Apesar dos seus 5 Oscars, este filme não faz parte das lista dos críticos exigentes e conhecedores. Mas faz parte da minha lista. Eu sei, é uma coisa do coração, não da razão cinematográfica. Gostei muito deste filme... e pronto! Revejo sempre com agrado esta película de 1998, que é uma falsa biografia do famoso dramaturgo William Shakespeare.

É uma comédia romântica típica dos anos 90 mas com o toque de classe dos filmes de época: a trama é ambientada em 1593. É Verão e o jovem astro do teatro londrino da época, Will Shakespeare (Joseph Fiennes), sofre a pior punição possível a um artista: um bloqueio criativo. Não importa o quanto tente - apesar da pressão dos patrocinadores e dos donos do teatro - ele, simplesmente, não consegue trabalhar na sua mais recente peça, «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter».

O teatro em Londres do século XVI tinha grande aceitação popular e da nobreza. Ainda hoje, pois é a cidade com mais teatros a funcionar em simultâneo. A certa altura do filme, a Rainha Elizabeth I (Judi Dench) afirma que o teatro (então baseado em comédias de aventuras) não consegue reproduzir o amor trágico dos humanos. Representou um grande desafio para William.

Gwyneth Paltrow

Como os trovadores, Will sentia falta de uma musa. Foi quando Lady Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) entra na sua vida. Muito à frente de seu tempo, Viola quer ser actriz. As mulheres, no final do século XVI simplesmente não faziam isso. Qualquer coisa mais do que casar e ter filhos era considerada uma ousadia sem limites. Actuar numa peça de teatro, então, era considerado uma verdadeira depravação. Os papéis femininos no teatro isabelino eram desempenhados por homens.


Para conseguir realizar o seu sonho, Viola (Gwyneth Paltrow) disfarça-se de homem para fazer um teste na peça de Will. Mas o disfarce vai caindo à medida que a paixão começa. E a pena de Will (Joseph Fiennes) começa a fluir novamente, dessa vez, transformando o amor em palavras, com Viola tornando-se sua Julieta na vida real. A criação de Romeu viria logo depois. Mas a felicidade dos dois é ameaçada por mais um costume da época: os casamentos arranjados. Viola é forçada a casar-se com o insuportável Conde de Wessex (Colin Firth) e assim a acção prossegue.

Joseph Fiennes

Numa confusão de troca de identidades, recados truncados e desejos proibidos, William Shakespeare busca uma solução não apenas para a sua peça, mas para a sua própria paixão. E encontrou-a, transformando a sua peça «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter», no grande drama, conhecido internacionalmente, «Romeu e Julieta». Assim, conseguia provar à Rainha Elizabeth que o teatro também podia reproduzir as grandes paixões humanas, que o passa a proteger, defendendo Lady Viola. É espantosa a cena em que Viola, vestida de mulher é acusada de passar por homem na peça de teatro de Will; a Rainha olha-a detidamente e diz isto: 'a semelhança é assombrosa, mas não são a mesma pessoa'. Queen dixit!


Judi Dench

O director John Madden mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elizabeth, havendo vários pontos comuns entre elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro - e o desempenho de trabalhos masculinos: a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente do seu tempo - cultas, inteligentes, arrojadas. John Madden coloca na boca de Elizabeth as palavras: 'Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem.' Essas afinidades explicam porque a rainha protege a jovem Viola que transgredira um tabu ao subir no palco e representar um papel. Ironicamente, ela representa o papel de Romeu, enquanto um jovem rapaz representa Julieta.


Colin Firth e Judi Dench

Gossips:

Joseph Fiennes (Salisbury, 27 de maio de 1970) é um actor britânico nascido na Inglaterra. No mesmo ano em que estreou este filme, interpretou o principal papel masculino em «Elizabeth» com Cate Blanchet, filme já comentado neste blogue. Ver aqui.

Gwyneth Paltrow (27-09-1972) atingiu o grande estrelato com este filme. Em 1995 contracenara num papel secundário com Brad Pitt, no filme «7 Pecados Capitais», também mencionado neste blogue, aqui. Começaram a namorar nesse ano e terminaram a sua relação em 1997. Este namoro levou-a à categoria de grande celebridade, mas ainda sem grandes créditos como actriz principal. Conseguiu esse estatuto com o Oscar obtido pelo filme que tratamos hoje. Filha do director Bruce Paltrow e da actriz Blythe Danner casou-se em 5 de Dezembro de 2003 com Chris Martin, vocalista da banda de rock inglesa Coldplay, com quem tem dois filhos: Apple, nascida em 14 de Maio de 2004 e Moses, nascido em 10 de Abril de 2006.

Ben Afflleck

Judi Dench (Dame Judith Olivia Dench - North Yorkshire, 9 de Dezembro de 1934) faz o curto e decisivo papel da Rainha Elizabeth I. Judi Dench é a galardoada actriz britânica que desempenha o muito conhecido papel de «M» na série James Bond.

Ben Affleck, apesar de já ter uma carreira cinematográfica desde 1981 (era ainda criança) não atingira o estatuto de big star que hoje se lhe conhece, também faz um papel muito secundário, no personagem de Ned Alleyn, um famoso actor isabelino do século XVI, fundador do conhecido Dulwich College. Em breve atingiria o estrelato com os seus filmes e, também, com o namoro (caríssimo) com Jennifer Lopez.

Rupert Everett numa curta intervenção no papel de Christopher Marlowe, o eterno rival de William Shakespeare. Lembram-se dele no papel de amigo gay e chefe de Julia Roberts no filme 'O Casamento do Meu Melhor Amigo'? E aquele momentum delicioso em que a família da noiva (Cameron Diaz), liderados por Rupert Everett cantam, à mesa do restaurante? Inesquecível, essa cena.

Filmes da minha vida - Sete Crimes Capitais

2 de setembro de 2009 · 51 comentários



O maduro e culto inspector William Somerset (Morgan Freeman), um veterano negro da polícia de Nova Iorque, está a sete dias da reforma do seu trabalho como investigador. O seu substituto é o detective David Mills (Brad Pitt), recentemente transferido, um jovem branco com quem William se desentende desde o primeiro momento. Os dois são arrastados para a investigação de uma série de crimes brutais e bizarros.

Alguém a
nda a matar de forma sistemática várias pessoas, duplicando os sete pecados capitais e assassinando cada um deles de forma particularmente sádica. Metódico, grotesco e criativo, o assassino John Doe (Kevin Spacey) executa cada morte com uma perfeição absoluta e está prestes a executar a sua missão. Será que irá conseguir?


David Fincher
é um daqueles realizadores que me coloca sempre em estado de profunda ansiedade por cada filme que anuncia. «Sete Crimes Capitais» (1995) é uma das obras primas do moderno cinema americano. Talvez um dos melhores policiais de sempre.

O argumento é inteligente, profundo, filosófico por vezes, com várias alusões ao cristianismo (os sete pecados capitais fazem parte da teologia cristã e católica), com pormenores e metáf
oras subtis, absolutamente deliciosas. O ambiente é negro, aliás se Hitchcock realizasse filmes nesta década, com certeza seriam parecidos com «Se7en». A banda sonora é perturbadora encaixando perfeitamente no filme.

O elenco é formidável dando outro nível à longa-metragem. Brad Pitt prova que não é só uma cara bonita e Morgan Freeman foi a escolha certa para o filme. Kevin Spacey aparece em apenas meia hora de filme e não deixamos de ficar arrebatados pela sua interpretação de John Doe.
Gwyneth Paltrow faz o papel de Tracy Mills, esposa do detective David Mills (Brad Pitt), numa interpretação excelente e intensa. No entanto, como ainda não atingira o estrelato, pois era o 3º filme que fazia, Gwyneth Paltrow tem um papel secundário neste filme, com poucas falas.


«Sete Crimes Capitais» não é um filme leve, nem para ser visto por todas as idades. É uma visão muito realista do crime de hoje em dia. David Fincher não teme em chocar a audiência, assim como não tem problemas em mostrar um mundo decadente. Um mundo em que o crime impera. Dotado de um twist final fantástico que completa a saga do serial killer de uma forma brutal, este é daqueles filmes que nos deixam estarrecidos e boquiabertos perante um clima macabro, original, de cortar à faca e completamente envolvente.

Vaidade - Inveja - Preguiça - Avareza - Gula - Luxúria - Ira

Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os «sete pecados capitais» trata-se de uma classificação de condições humanas conhecidas actualmente como «vícios» que é muito antiga e que precede o surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar e proteger os seguidores, de forma a melhor compreender e melhor controlar os instintos básicos do ser humano.

O que foi visto como problema de saúde pelos antigos gregos, por exemplo, a depressão (melancolia, ou tristetia), chegou a ser transformado em pecado pelos grandes pensadores da Igreja Católica. Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.



O número 7 está muito presente no filme. O director David Fincher no início da película faz caminhar os protagonistas por uma rua onde o número de todas as portas começam por 7 (753, 748, 757...). Só reparei nisto quando vi o filme pela segunda vez.

O surpreendente final do filme - a «ira»
pela perda do ser amado. Os extremos tocam-se.

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27 de fevereiro de 2012

Oscar 2012 - Histórias da 'red carpet and parties'


Devido à marca «Kodak» ter entrado em falência global, o nome deste teatro foi mudado à última hora para «Hollywood and Highland Center» [6801 Hollywood Boulevard, Los Angeles]. Provavelmente, a cerimónia de 2013 realizar-se-á no «Nokia Theatre» com capacidade para mais de 7.000 lugares sentados, podendo a Academia convidar muitas celebridades de outras áreas [tv, desporto, moda, música] de modo a recuperarem o antigo glamour da cerimónia.

A já longa [uns 15 anos] crise dentro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood é tão grande que tudo lhes acontece. Tentam inovar e não conseguem. Em 2011 a cerimónia roçou um tremendo flop e uma enorme perda [milhões de pessoas] de audiência na televisão.  O ano passado convidaram James Franco e Anne Hathaway como anfitriões da cerimónia, mas aquilo foi tão mal escrito, preparado e ensaiado, que a noite de entrega das estatuetas resultou num enorme amontoado de equívocos. Mais uma vez era necessário inovar, mudar, transformar. Que fizeram? Este ano [2012] viraram-se mais uma vez para o passado e apostaram em Billy Crystal (ocupando o buraco deixado por Eddie Murphy, primeiro nome escolhido) à frente do palco, na sua nona empreitada pelos Academy Awards.

O resultado foi uma cerimónia insípida, enxuta, rápida e sem surpresas e, sobretudo sem o glamour que os antigos organizadores deram à cerimónia. O espectáculo principal viu-se na red carpet, à entrada para o teatro, com uma mão cheia de celebridades a chamarem a atenção pela «star quality» que lhes é inerente, muito bem vestidas, com um discurso articulado e o resto dos 3.200 membros da indústria presentes no evento a parecerem estar todos e todas fardados/as, tal a ausência de glamour e brilho.

'O Artista' e 'A invenção de Hugo Cabret' levaram, juntos, dez prémios para casa. É a Academia e os seus membros a virarem-se para si próprios, premiando assuntos de cinema. Não vão longe, assim. São demasiados prémios para 2 filmes, quando havia muitos outros, com qualidade e merecedores de dois terços destas estatuetas.



Se olharmos para a foto acima, em dia de Oscar, vemos a passadeira vermelha [red carpet] dividida em 2 partes. À direita da foto está a imprensa, primeiro, os canais de televisão e a seguir os fotógrafos, em frente aos quais as celebridades vão caminhando meio metro de cada vez, fazendo pose, até que entram no teatro. Este processo demora cerca de 2 horas ou mais, entre o momento que chegam ao início do red carpet e a entrada no edifício. Os outros, os mais de 3.000 convidados da indústria não nomeados para as estatuetas, passam directos sem grandes paragens. Obviamente, a excepção são as grandes celebridades não nomeadas para esse ano, que têm direito a fazerem pose e a dizerem o nome dos estilitas que vestem ou calçam.

Se olharmos para o lado esquerdo da foto, vemos a arquibancada para os fãs. São cerca de 700 pessoas que se candidatam àqueles lugares. Para estarem presentes na cerimónia de 2012, os fãs de todo o mundo, dispuseram de uma semana, em Setembro de 2011, para se increverem online e, num sorteio aleatório foram escolhidos os que estarão presentes. A imensa gritaria que se ouve no red carpet provém deste grupo de fãs. Se não estivessem presentes, só se ouviria os fotógrafos a gritarem 'Angelina, smile to left'.

Quando a passadeira vermelha fica vazia, estes fãs são levados para um local muito próximo, com enormes telões, onde acompanham a cerimónia, sendo muito bem tratados pelos organizadores, com um buffet à disposição.

A seguir apresentamos algumas das «red carpet» mais famosas dessa noite:

RED CARPET DA CERIMÓNIA DA ACADEMIA


Gwyneth Paltrow 



O grande vencedor da noite, o director Michel Hazanavicius - 'O Artista', filme frânces.
Acompanhado da mulher, a actriz francesa Bérènice Bejo.


Rose Byrne


Jennifer Lopez vestida por Zuhair Murad. Para os parties, mudou de roupa,
à maneira antiga.


Cameron Diaz vestida por Gucci


Glenn Close nos seus fantásticos 64 anos



Sandra Bullock


Michelle Williams vestida por Louis Vuitton


Natalie Portman

[Estas fotos representam apenas uma pequena amostra dos presentes aos eventos]


RED CARPET DO ELTON JOHN AIDS
FOUNDATION OSCAR PARTY


Carmen Electra


Miley Cyrus vestida por Roberto Cavalli.


Kim e Kourtney Kardashian, acompanhadas por Heidi Klum


Katy Perry vestida por Blumarine


RED CARPET DA VANITY FAIR OSCAR PARTY 2012




Irina Shayk


Tom Cruise e Katie Holmes, vestida por Elie Saab, ambos de navy blue.


Salma Hayek


Jennifer Lopez vestida por Zuhair Murad. Na red carpet da cerimónia, envergava outro vestido. Foi das poucas estrelas que mudou de traje, à maneira antiga. Sempre acompanhada pelo actual namorado Casper Smart, os fotógrafos presentes, apesar de sempre ávidos de sensacionalismo, não o quiseram fotografar junto da vedeta. Isso fica para os papparazi de rua.

============

Vestido como personagem de «O Ditador», Sacha Baron Cohen derruba pote de cinzas no repórter Ryan Seacres. Sacha Baron Cohen não quis nem saber do facto de ter sido desconvidado para o Oscar 2012. Ele não só foi ao tapete vermelho do evento vestido como o personagem do seu novo filme, «O Ditador», o Admiral-General Aladeen, como causou a maior polémica. Com uma suposta urna repleta de cinzas com a foto do ex-líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong Il, o comediante cercado de belas mulheres, parou para dar uma entrevista ao repórter do canal «E!», Ryan Seacrest. Tudo ia muito bem até ele resolver virar o recipiente sobre o apresentador do programa «American Idol». Como se fosse o personagem, Sacha fez de conta que tinha derramado as cinzas sem querer. Sobrou para Seacrest um sorriso bem sem graça e o smoking impecável completamente sujo. Sacha acabou sendo expulso do local por seguranças. Assista ao momento:

1 de novembro de 2009

Filmes da minha vida - A Paixão de Shakespeare (Portugal) / Shakespeare Apaixonado (Brasil)

Apesar dos seus 5 Oscars, este filme não faz parte das lista dos críticos exigentes e conhecedores. Mas faz parte da minha lista. Eu sei, é uma coisa do coração, não da razão cinematográfica. Gostei muito deste filme... e pronto! Revejo sempre com agrado esta película de 1998, que é uma falsa biografia do famoso dramaturgo William Shakespeare.

É uma comédia romântica típica dos anos 90 mas com o toque de classe dos filmes de época: a trama é ambientada em 1593. É Verão e o jovem astro do teatro londrino da época, Will Shakespeare (Joseph Fiennes), sofre a pior punição possível a um artista: um bloqueio criativo. Não importa o quanto tente - apesar da pressão dos patrocinadores e dos donos do teatro - ele, simplesmente, não consegue trabalhar na sua mais recente peça, «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter».

O teatro em Londres do século XVI tinha grande aceitação popular e da nobreza. Ainda hoje, pois é a cidade com mais teatros a funcionar em simultâneo. A certa altura do filme, a Rainha Elizabeth I (Judi Dench) afirma que o teatro (então baseado em comédias de aventuras) não consegue reproduzir o amor trágico dos humanos. Representou um grande desafio para William.

Gwyneth Paltrow

Como os trovadores, Will sentia falta de uma musa. Foi quando Lady Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) entra na sua vida. Muito à frente de seu tempo, Viola quer ser actriz. As mulheres, no final do século XVI simplesmente não faziam isso. Qualquer coisa mais do que casar e ter filhos era considerada uma ousadia sem limites. Actuar numa peça de teatro, então, era considerado uma verdadeira depravação. Os papéis femininos no teatro isabelino eram desempenhados por homens.


Para conseguir realizar o seu sonho, Viola (Gwyneth Paltrow) disfarça-se de homem para fazer um teste na peça de Will. Mas o disfarce vai caindo à medida que a paixão começa. E a pena de Will (Joseph Fiennes) começa a fluir novamente, dessa vez, transformando o amor em palavras, com Viola tornando-se sua Julieta na vida real. A criação de Romeu viria logo depois. Mas a felicidade dos dois é ameaçada por mais um costume da época: os casamentos arranjados. Viola é forçada a casar-se com o insuportável Conde de Wessex (Colin Firth) e assim a acção prossegue.

Joseph Fiennes

Numa confusão de troca de identidades, recados truncados e desejos proibidos, William Shakespeare busca uma solução não apenas para a sua peça, mas para a sua própria paixão. E encontrou-a, transformando a sua peça «Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter», no grande drama, conhecido internacionalmente, «Romeu e Julieta». Assim, conseguia provar à Rainha Elizabeth que o teatro também podia reproduzir as grandes paixões humanas, que o passa a proteger, defendendo Lady Viola. É espantosa a cena em que Viola, vestida de mulher é acusada de passar por homem na peça de teatro de Will; a Rainha olha-a detidamente e diz isto: 'a semelhança é assombrosa, mas não são a mesma pessoa'. Queen dixit!


Judi Dench

O director John Madden mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elizabeth, havendo vários pontos comuns entre elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro - e o desempenho de trabalhos masculinos: a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente do seu tempo - cultas, inteligentes, arrojadas. John Madden coloca na boca de Elizabeth as palavras: 'Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem.' Essas afinidades explicam porque a rainha protege a jovem Viola que transgredira um tabu ao subir no palco e representar um papel. Ironicamente, ela representa o papel de Romeu, enquanto um jovem rapaz representa Julieta.


Colin Firth e Judi Dench

Gossips:

Joseph Fiennes (Salisbury, 27 de maio de 1970) é um actor britânico nascido na Inglaterra. No mesmo ano em que estreou este filme, interpretou o principal papel masculino em «Elizabeth» com Cate Blanchet, filme já comentado neste blogue. Ver aqui.

Gwyneth Paltrow (27-09-1972) atingiu o grande estrelato com este filme. Em 1995 contracenara num papel secundário com Brad Pitt, no filme «7 Pecados Capitais», também mencionado neste blogue, aqui. Começaram a namorar nesse ano e terminaram a sua relação em 1997. Este namoro levou-a à categoria de grande celebridade, mas ainda sem grandes créditos como actriz principal. Conseguiu esse estatuto com o Oscar obtido pelo filme que tratamos hoje. Filha do director Bruce Paltrow e da actriz Blythe Danner casou-se em 5 de Dezembro de 2003 com Chris Martin, vocalista da banda de rock inglesa Coldplay, com quem tem dois filhos: Apple, nascida em 14 de Maio de 2004 e Moses, nascido em 10 de Abril de 2006.

Ben Afflleck

Judi Dench (Dame Judith Olivia Dench - North Yorkshire, 9 de Dezembro de 1934) faz o curto e decisivo papel da Rainha Elizabeth I. Judi Dench é a galardoada actriz britânica que desempenha o muito conhecido papel de «M» na série James Bond.

Ben Affleck, apesar de já ter uma carreira cinematográfica desde 1981 (era ainda criança) não atingira o estatuto de big star que hoje se lhe conhece, também faz um papel muito secundário, no personagem de Ned Alleyn, um famoso actor isabelino do século XVI, fundador do conhecido Dulwich College. Em breve atingiria o estrelato com os seus filmes e, também, com o namoro (caríssimo) com Jennifer Lopez.

Rupert Everett numa curta intervenção no papel de Christopher Marlowe, o eterno rival de William Shakespeare. Lembram-se dele no papel de amigo gay e chefe de Julia Roberts no filme 'O Casamento do Meu Melhor Amigo'? E aquele momentum delicioso em que a família da noiva (Cameron Diaz), liderados por Rupert Everett cantam, à mesa do restaurante? Inesquecível, essa cena.

2 de setembro de 2009

Filmes da minha vida - Sete Crimes Capitais



O maduro e culto inspector William Somerset (Morgan Freeman), um veterano negro da polícia de Nova Iorque, está a sete dias da reforma do seu trabalho como investigador. O seu substituto é o detective David Mills (Brad Pitt), recentemente transferido, um jovem branco com quem William se desentende desde o primeiro momento. Os dois são arrastados para a investigação de uma série de crimes brutais e bizarros.

Alguém a
nda a matar de forma sistemática várias pessoas, duplicando os sete pecados capitais e assassinando cada um deles de forma particularmente sádica. Metódico, grotesco e criativo, o assassino John Doe (Kevin Spacey) executa cada morte com uma perfeição absoluta e está prestes a executar a sua missão. Será que irá conseguir?


David Fincher
é um daqueles realizadores que me coloca sempre em estado de profunda ansiedade por cada filme que anuncia. «Sete Crimes Capitais» (1995) é uma das obras primas do moderno cinema americano. Talvez um dos melhores policiais de sempre.

O argumento é inteligente, profundo, filosófico por vezes, com várias alusões ao cristianismo (os sete pecados capitais fazem parte da teologia cristã e católica), com pormenores e metáf
oras subtis, absolutamente deliciosas. O ambiente é negro, aliás se Hitchcock realizasse filmes nesta década, com certeza seriam parecidos com «Se7en». A banda sonora é perturbadora encaixando perfeitamente no filme.

O elenco é formidável dando outro nível à longa-metragem. Brad Pitt prova que não é só uma cara bonita e Morgan Freeman foi a escolha certa para o filme. Kevin Spacey aparece em apenas meia hora de filme e não deixamos de ficar arrebatados pela sua interpretação de John Doe.
Gwyneth Paltrow faz o papel de Tracy Mills, esposa do detective David Mills (Brad Pitt), numa interpretação excelente e intensa. No entanto, como ainda não atingira o estrelato, pois era o 3º filme que fazia, Gwyneth Paltrow tem um papel secundário neste filme, com poucas falas.


«Sete Crimes Capitais» não é um filme leve, nem para ser visto por todas as idades. É uma visão muito realista do crime de hoje em dia. David Fincher não teme em chocar a audiência, assim como não tem problemas em mostrar um mundo decadente. Um mundo em que o crime impera. Dotado de um twist final fantástico que completa a saga do serial killer de uma forma brutal, este é daqueles filmes que nos deixam estarrecidos e boquiabertos perante um clima macabro, original, de cortar à faca e completamente envolvente.

Vaidade - Inveja - Preguiça - Avareza - Gula - Luxúria - Ira

Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os «sete pecados capitais» trata-se de uma classificação de condições humanas conhecidas actualmente como «vícios» que é muito antiga e que precede o surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar e proteger os seguidores, de forma a melhor compreender e melhor controlar os instintos básicos do ser humano.

O que foi visto como problema de saúde pelos antigos gregos, por exemplo, a depressão (melancolia, ou tristetia), chegou a ser transformado em pecado pelos grandes pensadores da Igreja Católica. Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.



O número 7 está muito presente no filme. O director David Fincher no início da película faz caminhar os protagonistas por uma rua onde o número de todas as portas começam por 7 (753, 748, 757...). Só reparei nisto quando vi o filme pela segunda vez.

O surpreendente final do filme - a «ira»
pela perda do ser amado. Os extremos tocam-se.

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Caro leitor, tem muito por onde escolher. Sinta-se bem neste blogue. Pode copiar os textos que entender para seu uso pessoal, para estudar, para crescer interiormente e para ser feliz. Considere-me como estando do seu lado. No entanto, se é para reproduzir em outro blogue ou website, no mínimo, tenha a delicadeza de indicar que o texto é do «Cova do Urso» e, como tal, usar o respectivo link, este: http://cova-do-urso.blogspot.pt/ - São as regras da mais elementar cortesia na internet. E não é porque eu esteja apegado aos textos, pois no momento em que são publicados, vão para o universo. Mas, porque o meu blogue, o «Cova do Urso» merece ser divulgado. Porquê? Porque é um dos melhores do género, em língua portuguesa (no mínimo) e merece essa atenção.


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O «Cova do Urso» nasceu a 22-11-2007, às 21:34, em Queluz, Portugal.

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