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ASTROLOGIA DHARMICA E CARMICA em módulos trimestrais - NOVA TURMA – Turma Nº 2

12 de março de 2014 · 0 comentários



ASTROLOGIA DHARMICA E CARMICA em módulos trimestrais
- NOVA TURMA – Turma Nº 2
NA ERICEIRA, PORTUGAL – ‘CRISTAL DE CURA’

Foto do sr. Victor Rodrigues. Ilha de Moçambique, paraíso da minha lenda pessoal e meu dharma nesta vida.

Estou muito feliz de vos convidar para esta nova série de Masterclasses de Astrologia para quem quiser aprofundar os seus conhecimentos astrológicos.
A 1ª turma está praticamente na fase final e tem sido muito bem sucedida
Para esta nova turma a matéria é a mesma e foi preparada com intensidade, dedicação e muito carinho em um projeto absolutamente novo, pela metodologia aplicada e que chamei de «Astrologia Dharmica e Karmica» em 4 módulos trimestrais, a começar em junho 2014, na Ericeira, Portugal ['Cristal de Cura']. Que fique claro: não é um «curso», mas sim um aprofundamento destas matérias, através de uma visão mais feliz da vida.

Entre neste projeto comigo e venha conhecer o seu propósito maior. Não se esqueça de trazer o seu mapa natal.

Datas dos 4 módulos trimestrais (sábados e domingos) da Turma nº 2:
- 21 e 22 junho 2014
- 4 e 5 outubro 2014
- 10 e 11 janeiro 2015
- 28 e 29 março 2015


Conteúdo dos módulos:

1º Módulo – dias - 21 e 22 junho 2014

Temas do seminário: Um pouco de história da Astrologia. A roda do zodíaco. A hora em que nascemos. Modos e qualidades: masculinos e femininos; cardinais, fixos e mutáveis. Sentido cósmico da roda do zodíaco com os signos. Os elementos do zodíaco: Fogo, Terra, Ar e Água. Breve abordagem dos 12 signos. Quadrantes. O nosso Ascendente e a Cruz na roda de samsara.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial: como interpretar um mapa natal, sem fazermos caso dos planetas, por enquanto.


2º Módulo – dias - 4 e 5 outubro 2014

Temas do seminário: Aprofundamento dos 12 signos do zodíaco. Palavras-chave. Níveis evolutivos. As oitavas superiores. Signos intercetados. As cruzes da vida [FC/MC – Asc/Dsc]. Determinismo e livre-arbítrio. O eixo extroversão-introversão. Que quero da minha vida? O caminho. As Casas astrológicas: como se classificam [angulares, sucedentes e cadentes]. Como relacionar as 12 casas no mapa do zodíaco. Os Senhores das Casas. Os ângulos do mapa.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, ainda sem fazer caso dos planetas?


3º Módulo – dias - 10 e 11 janeiro 2015

Temas do seminário: Os planetas. Os planetas pessoais, sociais e transpessoais. Regentes dos signos. Senhores das Casas [aprofundamento]. Breve introdução aos planetas nos Signos e Casas. Planeta oriental. Planeta peregrino. Planetas Retrógrados. O planeta regente do Mapa. Os dispositores planetários. Tabela das energias planetárias. Breve noção dos aspetos astrológicos. Voltaremos ao tema: ‘Determinismo e Livre-Arbítrio’. Dharma e Karma.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, já analisando o posicionamento dos planetas e os aspetos que fazem entre si?


4º Módulo – dias 28 e 29 março 2015

Temas do seminário: Aprofundamento dos planetas do zodíaco e os aspetos que fazem entre si. Trânsitos em geral. Ciclos planetários desenvolvidos. Trânsitos ao Ascendente e outros ângulos do mapa. Trânsitos diversos. O trânsito dos planetas retrógrados.

Estarão os alunos preparados para estudarem um mapa de trânsitos? Se os alunos acharem que sim, faremos isso, de forma comedida e sem extravagâncias retóricas, para criamos bases sólidas do nosso Conhecimento.


Assuntos práticos que interessam aos alunos participantes deste projeto:

- Inscrições já abertas para todos os módulos.

Contactos para informações, reservas, pagamentos:

Local do evento: Ericeira, Portugal – no espaço «Cristal de Cura.

Contactos ao cuidado de Luísa Sal. A morada e o NIB para pagamentos serão fornecidos quando fizer a sua reserva.

E-mail: contactos@cristaldecura.com - Telefone:96 806 1279


- Custo das aulas/seminário de 2 dias [sábado e domingo] entre as 10h00 e as 18h00 com intervalo para o almoço – 95 euros por módulo.


MODOS DE PAGAMENTO

-Disponibilizamos as seguintes formas de pagamento:

– Em 2 prestações: 45 euros quando fizer a reserva de participação no seminário (não reembolsável) e 50 euros no dia em que se realizar o módulo escolhido por si. Se quiser, também pode pagar os 95 euros de uma só vez, no momento em que fizer a reserva de participação.

– Há uma modalidade muito favorável, em que beneficiará de um desconto considerável, se optar fazer os 4 módulos já indicados. Façamos contas: 95€ X 4 módulos = 380€. Se optar por pagamentos suaves mensais o total pago será de 350€, assim:

- abril 2014 - 30 €
- maio - 40 €
- junho - 40 €
- julho - 40 €
- agosto - 40 €
- setembro - 40 €
- outubro - 40 €
- novembro - 40 €
- dezembro - 40 €
- Em 2015 já não haverá mais pagamentos, apesar de haver 2 aulas, em janeiro e março.

-Total - 350€


Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince. 


Se quiser deixar um comentário, clique aqui, por favor.


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Astrologia e Reencarnação - Apontamentos para uma aula em 2007

8 de janeiro de 2014 · 5 comentários



ASTROLOGIA E REENCARNAÇÃO

Por Dorothée Koechlin de Bizemont
Extraído do seu livro “Astrologia Cármica”
Transcrições, excertos e sublinhados de António Rosa

Obs: Para ser estudado e analisado coma muita atenção pelos leitores.
Eu sei que a maioria dos actuais leitores não têm tempo para ler textos longos,

mas será que queremos realmente aprofundar alguma coisa?
Ou desejamos apenas umas frases lindinhas no Facebook?

Actualizado em 10 Junho 2007
Reorganizado em Janeiro de 2011
Actualizado em 8 Janeiro 2014
por António Rosa



Os astrólogos actuais podem repartir-se em duas tendências: os racionalistas e os espiritualistas. Os primeiros praticam a astrologia como um meio de conhecimento imediato dos homens. Empoleirada nas técnicas de investigação psicológica do século XIX e XX (psicanálise etc.), essa astrologia recusa as dimensões espirituais esotéricas. É, em suma, a irmã gémea da "medicina de consertos" ocidental, que só conhece o corpo material. Recusando a existência do corpo esotérico e do corpo astral, essa medicina só vê no homem um conjunto de reacções psicoquímicas. Como a medicina derivada das teorias de Pasteur, a astrologia racionalista ignora a finalidade cósmica do homem.

Para os astrólogos da segunda tendência, os espiritualistas, o estudo do tema individual não só descreve o corpo doente, a mente desequilibrada, ou a vida emocional perturbada, como também, mais ainda, esse tema astrológico pode responder às questões fundamentais que o indivíduo se coloca: "Quem sou eu? Para que serve a minha existência? Aonde irei depois de minha morte? De onde vim?"

O astrólogo espiritualista recoloca o homem numa estrutura de espaço e de tempo que esclarece sua finalidade. A astrologia espiritualista ou esotérica é naturalmente reencarnacionista. Seu nível de explicação é muito mais amplo. O tema actual representa apenas uma encarnação, a mais recente, que é a resultante das precedentes... O tema (em particular no momento da morte) chega a dar indicações sobre a próxima encarnação!

Efectivamente, um tema analisado nessa perspectiva "cármica" explica luminosamente os gostos, o temperamento, os defeitos e as qualidades do nativo. Descemos aí a um nível de investigação muito mais profundo do que a psicanálise, já que essa astrologia espiritual reconhece a marca das experiências anteriores sobre o comportamento actual do sujeito. Os traumatismos das vidas anteriores podem ser lidos num tema se o astrólogo é suficientemente competente, e se as faculdades de juízo são suficientemente refinadas.

Sem ser ela uma religião, a astrologia espiritualista é uma espécie de revelação sobre a organização divina do Cosmos. Assim como a "religião" tem algo a ver com "ligar", a astrologia espiritualista nos liga ao "projecto divino". "No começo, Deus criou o céu e a terra"- diz o Génesis. E Deus diz: "Que haja luminárias no firmamento do céu para separar o dia e a noite; que elas sirvam de sinais, tanto para as festas como para os dias e as estações." O estudo dessas luminárias devia ser uma forma de meditação transcendental. Assim praticada, a astrologia desemboca num deslumbramento, enlightment, como dizem os americanos (traduzindo assim a noção de iluminação, cara aos budistas). A astrologia, a cabala, a numerologia, a alquimia, o I Ching, etc. são os arcanos do conhecimento superior.

Esta era também a maneira de pensar dos grandes mestres da Antiguidade. Aí está por que reencarnação e astrologia nunca se opuseram nas civilizações antigas. Caminhavam lado a lado, com toda a naturalidade, como dois tipos de pesquisas paralelas conduzidas simultaneamente pelos sacerdotes e pelos iniciados. Terão eles, entretanto, feito a síntese entre as duas?

No Oriente, sim. No Ocidente é menos nítido. Um enorme número de tradições esotéricas ocidentais, que se transmitiam de boca em boca, perderam-se. Foi o caso do ensinamento dos druidas, por exemplo que, na Gália e na Grã-Bretanha, bem parecem ter coordenado astrologia e reencarnação, como testemunha César.

Um pouco de história

CALDEUS, GREGOS E ROMANOS

Os caldeus, observadores pacientes e apaixonados do céu, criaram a astrologia ocidental. Seus assombrosos conhecimentos astronómicos haviam feito com que descobrissem os planetas, até Saturno, inclusive. Já haviam medido suas revoluções - sideral e sinódica, com uma margem de erro muito pequena, e podiam prever com antecedência sua posição. Eram particularmente bem informados sobre as diferentes fases da Lua, e previam com precisão a volta dos eclipses. Foram eles que, tendo traçado os limites da eclíptica, haviam-na dividido em 12 porções, que se tornaram os "signos do Zodíaco". E como haviam compreendido que certas posições astronómicas pareciam ocasionar de novo os mesmos movimentos (os mesmos traços de carácter), tinham desenvolvido a interpretação simbólica daquelas posições astrais - ou seja, a nossa astrologia.

Mas teriam eles associado esta última à reencarnação? Numa palavra, seriam eles capazes de reencontrar as vidas anteriores através da leitura de um tema? Não se sabe exactamente.

Mestres consumados na arte de prever o futuro, interessar-se-iam pelo passado anterior? Os caldeus não eram certamente, assim como nós hoje em dia, estranhos à noção de reencarnação: Zoroastro parece ter sido herdeiro de uma velha tradição local. E altamente provável que certos sacerdotes-astrólogos iniciados utilizassem a astrologia para conhecer a evolução cármica das almas. Mas nenhum texto ou documento chegou até nós, actualmente.

Os babilónios, que vieram depois dos caldeus, retomaram e desenvolveram amplamente sua ciência, tanto em astronomia-astrologia, quanto em esoterismo. Transmitiram-na aos gregos, de quem a herdamos. Pensa-se que os egípcios não ignoravam de modo algum a astrologia reencarnacionista. Mas seus conhecimentos nesse assunto permanecem tão misteriosos quanto a Esfinge e a Grande Pirâmide...

Quanto aos gregos, um grande número deles, como vimos, acreditavam na transmigração das almas. Mas os filósofos do período clássico que a mencionaram não a ligaram à astrologia caldéia (que só foi vulgarizada tardiamente entre os gregos, no século III antes de Cristo).

Entretanto, Alexandre trouxera brâmanes da sua expedição à índia, intensificando assim os intercâmbios religiosos com o mundo grego. As tradições caldeia e egípcia, assim como a mitologia grega e a influência indiana irão misturar-se para dar aqueles "mistérios" iniciáticos, tão em voga no início da era cristã, mas não parecem ter convergido para criar uma verdadeira escola de astrologia reencarnacionista. Ninguém, no Ocidente, parece ter-se preocupado em coordenar astrologia e reencarnação.

Ninguém, salvo, talvez, os druidas. Mas estes logo vão desaparecer, sem deixar seus ensinamentos. A consciência das vidas anteriores apaga-se pouco a pouco na Europa, a partir do século VII. A astrologia, em compensação, permanece oficial ainda durante mil anos. Mas ninguém lhe pede que seja "reencamacionista". O Ocidente esqueceu tudo...

Nos séculos XVIII e XIX, grande buraco negro: a astrologia, por sua vez, cai num descrédito total. Raros esotéricos, rosacrucianos, alquimistas e cabalistas conseguiram, no entanto, manter viva a chama, por vezes à custa de suas vidas. Eles estarão na origem de um renascimento que só se ampliará no século seguinte. Na Alemanha, Goethe, no entanto, mostrar-se-á convencido da realidade da reencarnação, e se apaixonará pela astrologia. Não estabelecerá, no entanto, a ligação entre as duas.

Enfim, na segunda metade do século XIX, e no início do século XX, irão levantar-se alguns grandes espíritos que se voltarão para as fontes indianas e tibetanas: no Oriente não se rejeitou a reencarnação, nem a astrologia. Melhor ainda, integrou-se uma à outra, com toda a naturalidade! Corajosamente, pioneiros europeus e americanos reintroduzem no Ocidente esses dois espantalhos, "ilusões diabólicas", "especulações perigosas", nascidas de uma "mentalidade pré-científica".

Como me dizia recentemente uma velha senhora: "A reencarnação? Minha filha, é muito perigoso mexer com essas coisas! Não se meta nisso de jeito nenhum. Todos os meus conhecidos que caíram nessa história tiveram os piores aborrecimentos!"

A ASTROLOGIA INDIANA E TIBETANA

Ao leste do Éden, a Árvore do Conhecimento nem sempre foi sufocada. Nas índias, no Tibete, e em outros países do Extremo-Oriente, a reencarnação faz parte da vida quotidiana, assim como também a astrologia. Os astrólogos indianos, quando estudam um tema, têm sempre presente no espírito a "roda das reencarnações". Estimam que têm sob os olhos o "momento" da corrida milenar de uma alma. Nas Índias e no Tibete, não se cogita de empreender uma ascese espiritual sem procurar conhecer os erros das vidas precedentes. Essa busca é feita sob a orientação de um mestre, guru, swami, sishi... que guia o adepto no caminho muitas vezes difícil desse conhecimento.

A astrologia está muito naturalmente integrada nesta busca espiritual. Os astrólogos indianos não trabalham apenas na "análise lógica do tema" - utilizam sem qualquer reticência sua mediunidade para ler ali as vidas anteriores. Assim, o astrólogo indiano é, por princípio, um iniciado e um sábio. Sua função é religiosa.

Sem entrar nos detalhes que veremos mais amplamente na sequência dos capítulos deste livro, apresentaremos a seguir, em termos muito gerais, as configurações pelas quais os astrólogos indianos determinam as vidas anteriores (e futuras) de um nativo. Consideram eles, essencialmente:

O NIDÂNAS

Os "signos do Zodíaco" na astrologia indiana não correspondem exactamente aos nossos, por causa da defasagem entre signos e constelações, devida à precessão dos equinócios. Entretanto, o Zodíaco indiano admite, como o nosso, uma divisão do ano em 12 partes que correspondem às 12 constelações da eclíptica. Cada uma dessas constelações é como uma "porta", por onde entra a alma que se encarna de novo. Cada porta ou "nidâna" corresponde ao desejo, à paixão dominante, que impeliu a alma a se encarnar. Existe uma correspondência simbólica entre os 12 nidânas e os signos do Zodíaco.

Estes últimos são representados num círculo, o Bhava Chakra, ilustração gráfica da roda das transmigrações, e oferecidos sob esta forma à meditação dos fiéis.

0 primeiro nidâna é representado com os traços de uma velha cega, e simboliza a ignorância, a vontade inconsciente que leva a alma a se reencamar. Seu simbolismo lembra o de Áries, ser de desejo, movido por impulsos muitas vezes cegos.

O segundo nidâna é representado por um oleiro modelando a argila. Símbolo do apego às formas da vida física, está muito próximo de Touro.

O terceiro nidâna é representado por um macaco trepando lepidamente numa árvore. Ele simboliza o desejo de conhecimento e uma certa instabilidade, que evocam bem os Gémeos.

O quarto nidâna é representado por uma barca contendo ora apenas um homem, ora uma família. Simboliza o desejo de existir por si mesmo, de ser autónomo. Esse desejo, no Ocidente, nasce no nível de Câncer (que evoca também o Oceano primordial, como a barca).

O quinto nidâna é representado por uma casa vazia, ou por uma máscara humana: simboliza o desejo de exteriorizar o poder dos sentidos, e também a ambição (o que corresponde bem ao Leão).

O sexto nidâna é representado por um casal de esposos, ou por um trabalhador atrás do seu arado. Simboliza o desejo de realização concreta, a fecundação. Corresponde à nossa Virgem (representada no Ocidente com uma espiga de trigo na mão).

O sétimo nidâna é representado por uma figura humana cujo olho foi varado por uma flecha. Simboliza o desejo de ternura e de prazer, as ilusões do coração que terminam na dor. Corresponde a Libra.

O oitavo nidâna é representado por um homem que se embriaga, e por uma mulher segurando uma garrafa de vinho. Simboliza a sede insaciável de gozo, que acorrenta o homem à roda das reencarnações, e corresponde ao Escorpião.

O nono nidâna é representado por um homem colhendo frutos, que coloca num cesto. É o desejo dos bens materiais, o apego às gratificações deste mundo, análogo ao simbolismo de Sagitário.

O décimo nidâna é representado por uma mulher grávida. Ela representa a plenitude da existência material, e a sujeição aos trabalhos terrestres. Este nidâna corresponde a Capricórnio.

O décimo primeiro nidâna é representado por uma criança nascendo. Simboliza o desprendimento que foi adquirido e que dá ao ser o desejo de renascer uma última vez para liquidar todo o seu carma. Essa motivação espiritual corresponde a Aquário.

O décimo segundo nidâna é representado por um cadáver em seu cortejo funerário. Simboliza a dissolução (muito neptuniana) de todos os laços terrestres que aprisionavam o ser. Corresponde a Peixes.

Decanatos, graus e outras subdivisões do Zodíaco


Cada signo do Zodíaco - tanto na índia como no Ocidente estende-se, então, por 30° do céu. Um decanato - um terço de um signo - contém 10º.

Os astrólogos indianos dão muita atenção às subdivisões do Zodíaco; os decanatos permitem, segundo eles, um conhecimento das vidas anteriores; os dwads e os navamsas, subdivisões do decanato e do signo, indicariam mais o desenvolvimento futuro da Entidade.

Cada grau do círculo celeste indica também alguma coisa do carma do nativo. Não desenvolverei aqui esses tópicos - apesar de interessantes - por falta de espaço!

O Ascendente

É examinado com o maior cuidado. O signo que se encontra situado na XII casa, logo acima do horizonte, é considerado como o signo ascendente da vida precedente. Exemplo: um nativo nascido com o Ascendente Libra tinha o Ascendente Virgem na encarnação precedente; não deve, portanto, causar espanto que ele ainda apresente características de Virgem, sobretudo no início desta vida. A alma percorre, assim, o Zodíaco, experimentando em cada encarnação as possibilidades dos signos, segundo sua progressão.

Os seis mundos

Não se pode compreender a astrologia indiana esquecendo os seis mundos começando por baixo:

- O mundo infernal, que corresponde ao plano de Saturno

- O mundo dos espíritos famintos, que corresponde ao plano da Lua

- O mundo animal, que corresponde ao plano de Vénus

- O mundo humano, que corresponde ao plano de Mercúrio

- O mundo dos Titãs, ou Heróis, ou deuses ciumentos, que corresponde ao plano de Marte.

- O mundo dos deuses, mundo da felicidade e da luz, o mais alto de todos, que corresponde ao plano de Júpiter

O acesso a esses três últimos mundos se faz por um bom carma, ao passo que, ao contrário, um carma pesado obriga a entidade a se reencarnar em um dos três mundos inferiores, onde reina a infelicidade.

As almas passam de um a outro mundo, segundo seus méritos. A astrologia permite ver de que mundo vem o recém-nascido e, ao morrer, em que mundo o indivíduo se reencarnará. O Sol, energia luminosa, forma do Buda, indica, por sua posição no signo e no decanato, como se disse acima, de que mundo vem o nativo.

Resumi muito grosseiramente o ponto de vista da astrologia indiana: os especialistas que me perdoem essa simplificação.

OS PIONEIROS OCIDENTAIS

Os primeiros pioneiros ocidentais da astrologia reencarnacionista foram buscá-la nas índias. Teósofos, antropóssofos, rosacrucianos não ignoram as fontes indianas.

Depois da geração dos pioneiros, outros astrólogos desenvolveram a astrologia esotérica, apoiando-se mais na inspiração mediúnica do que nos textos indianos (Alice Fowler, Irys Vorel, Donald Yott, Charles Vouga). Mas é notável que haja uma convergência entre a inspiração desses pesquisadores e as tradições indianas.

O caso limite é o de Edgar Cayce, que nunca pôs os pés num ashram, nem estudou astrologia indiana, e nem mesmo qualquer tradição reencarnacionista, e que, por sua simples inspiração mediúnica, reencontra valores que a India conservara e que a nossa astrologia esquecera. Aliás, foi a propósito do tema astrológico de seu amigo Lammers que Cayce mencionou pela primeira vez esta evidência que é a reencarnação. Para seu próprio espanto, ele declarou, sob sono hipnótico: "Outrora, ele (Lammers) foi monge." Foi preciso, depois, que Cayce, assim como os astrólogos ocidentais, percorresse um caminho muito longo para chegar à astrologia reencarnacionista aqui apresentada.

EDGAR CAYCE CONFIRMA A REALIDADE DAS PERMANÊNCIAS PLANETÁRIAS

As leituras caycianas, evidentemente, contêm um imenso número de comentários astrológico-reencarnacionistas.

Essas referências são totalmente surpreendentes para um astrólogo ocidental "clássico". Entretanto, pôde-se verificar cem vezes a justeza das previsões de Cayce, e também o quanto seus diagnósticos, tanto físicos quanto psíquicos, se mostraram exactos. Pode-se, então, pensar que sua visão astrológica corresponde a uma realidade. A astrologia actual está, aliás, em plena evolução. O materialismo do século XIX lhe cortara as asas: o século XXI provavelmente dará razão a Cayce. Aqueles, dentre os meus leitores, a quem essa questão interessa, podem reportar-se ao excelente livro de Margareth H. Gammon: Astrology and the Edgar Cayce readings, publicado pela ARE (Edgar Cayce Foundation, 1967 e 1973).

A maioria das 2.500 leituras de vidas apresentadas por Cayce entre 1923 e 1945 evocam a reencarnação. Segundo ele, as Entidades permanecem em diferentes épocas no plano terrestre - é o que chamamos de encarnações sucessivas - mas também permanecem em outros planos planetários, entre duas vidas terrestres. Edgar Cayce está longe de ser o único a ter falado nisso. Allan Kardec faz alusão ao assunto: "A medida que os Espíritos se depuram, encarnam-se em mundos cada vez mais perfeitos" (O Livro dos Espíritos, Editorial Angelorum-Novalis).

As Lettres de Christopher, de Rose-Marie Tristam, também falam nisso. Christopher, morto aos 17 anos no naufrágio de um navio torpedeado durante a Segunda Guerra Mundial, retorna depois de morto, regularmente, para falar com sua mãe. Conta-lhe suas actividades nos outros mundos: "Depois de deixar Sirius, visitamos vários satélites em tomo daquele grande centro de luz...". Conta também as expedições a Marte, a Júpiter, a Orion... É bem possível que, depois da morte, os humanos possam realizar com muita facilidade viagens interplanetárias, ou mesmo interestelares!

Albert Pauchard, em seu L'Autre Monde, fala também do "raio de Neptuno", que ilumina "o último contingente de um ciclo solar" - isto é, os que vão nascer entre 20 de Fevereiro e 20 de Março, em Peixes.

Nos Estados Unidos, o famosíssimo médium Arthur Ford falara de suas viagens em "projecção astral" (isto é, saída do corpo físico ou "desdobramento") a outros planetas. Contou mesmo que visitou Arcturus.

Voltando a Cayce, ele diz que as Entidades permanecem em outros planos planetários (ou estelares); ele chama essas permanências de "sojourns". Qual será a finalidade disso? Segundo ele, o plano divino de desenvolvimento das almas humanas prevê para elas uma série de experiências planetárias, para ampliar o campo de seus conhecimentos. Os reencarnacionistas em geral, tanto do Oriente como do Ocidente, estão de acordo: o campo terrestre é demasiado limitado. Devendo a alma chegar ao perfeito conhecimento (já que "nós somos deuses", como diz Paulo), precisa passar por uma grande diversidade de experiências cósmicas. Isso é necessário para a aprendizagem do estado divino!

Segundo Cayce, esses "sojourns" em planos de consciência diferentes são descritos no tema individual pelos planetas, que simbolizam diferentes planos de energia cósmica. Podemos, portanto, ler no nosso tema as experiências planetárias precedentes. Essas vilegiaturas em outros mundos desenvolvem nossas faculdades mentais. Nossas ideias, nossas intuições, nossos conhecimentos inatos, em suma, nossas aptidões intelectuais e imaginativas seriam directamente provenientes das experiências planetárias e siderais. Esses "estágios de formação" em diferentes "lugares" do sistema solar nos dariam nosso dinamismo mental, ao passo que nossa vida emocional seria antes o fruto de nossas encarnações terrestres.

Cayce diz frequentemente: "Tal Entidade chega de Saturno" (ou de Mercúrio, ou de Vénus etc.). Em inglês, entered from Saturn (esta alma alçou voo em Saturno).

Essas viagens interplanetárias que asseguram a "formação contínua" das almas não se limitam ao sistema solar; Cayce faz inúmeras alusões a estrelas como Arcturus (que parece um elevadíssimo lugar espiritual), Sirius, as Plêiades, Rigel, Bellatrix, Betelgeuse, a Polar ou constelações extra zodiacais, como a Grande Ursa, Orion, etc.

Sabe-se que os astrólogos da Antiguidade, e depois os astrónomos árabes, atribuíram uma grande influência às "estrelas fixas". Distinguiam perfeitamente estas últimas das "estrelas errantes", que são os planetas. A astrologia ocidental desconhece - ou simplesmente ignora - essas estrelas fixas, com raras excepções, como Vivian Robson ou Volguine; ou como a astrologia rosacruciana, que sublinha a importância de certas estrelas como Alcione, as Plêiades (constelação de Touro), as Aselli ou Anons (constelação de Câncer), Antares (constelação de Escorpião).

Alice Bailey, outra astróloga reencarnacionista, fala também da influência de Betelgeuse, da Grande Ursa, de Sirius. É óbvio que os astrólogos indianos também não ignoram as estrelas fixas, e sabem que elas encerram grandes mistérios.

Enfim, se Cayce insiste nas permanências planetárias e estrelares detém-se muito pouco nos aspectos entre os planetas, e nos signos do Zodíaco. É que o valor destes, na nossa astrologia ocidental, é alterado pela precessão dos equinócios, de que é imprescindível falar aqui.


UM PONTO IMPORTANTE: OS SIGNOS DO ZODÍACO E A PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS

[Este texto sobre a precessão dos equinócios, à excepção dos restantes é da autoria de António Rosa. Ver aqui.]

Nas páginas que se seguem , trataremos dos planetas nos signos do Zodíaco. Ora, impõe-se um acerto: o astrólogo sério, reencarnacionista ou não, deve levar em consideração a precessão dos equinócios.

O grande público, muitas vezes mal informado sobre a astrologia, pensa que esta se resume aos signos do Zodíaco. "Ah, você é Touro? Como eu gosto desses bichos!" O estudante pôde se dar conta de que os signos do Zodíaco eram apenas uma das "chaves" da astrologia. Os planetas são tão ou mais importantes do que eles! Alguns astrólogos não vêem os signos do Zodíaco senão como um jogo de filtros coloridos: cada planeta nos envia suas vibrações através do filtro do signo zodiacal que as colore.

Por vezes, espantamo-nos: certos nativos só têm poucas características descritas pelos signos... em compensação, comportam-se mais como o signo precedente. Muita gente, ainda assim, espantou-se com o facto de Hitler ter nascido com o sol em Touro - signo pacífico por excelência! Teria sido bem mais lógico que seu Sol estivesse em Áries, signo da guerra, sob a regência de Marte. Ora, é esse o caso... se levarmos em consideração a precessão dos equinócios!

Assim também Luís XIV, que escolhera como símbolo o Sol e se comportou como um verdadeiro Leão, evidentemente não nasceu com o Sol em Virgem - signo do perfeito subordinado! (5 de Setembro de 1638).

Assim o Zodíaco no qual trabalhamos está alterado. Actualmente, as constelações não coincidem mais com os signos do mesmo nome.

Lembro que os astrónomos reagruparam as estrelas fixas em 89 constelações. Esses grupos, evidentemente, são arbitrários. Mas não se podia deixar de rotular o céu, para poder se orientar nele! Ora, o Sol não dá cambalhotas ao acaso nessas 89 constelações: limita-se, comportadamente, às 12 que percorre todo ano, e que constituem, para ele, uma espécie de auto-estrada celeste. A essas constelações os Antigos haviam dado nomes de animais: ignora-se completamente porque... Mas não se deve pensar que fosse pura fantasia: os astrónomos astrólogos da Caldéia possuíam profundos conhecimentos esotéricos sobre o reino animal.

Em suma, o início do ano zodiacal, o "ponto vernal", ou "grau 0 de Áries", deve coincidir com o primeiro dos 12 sectores - ou signos -repartidos no céu no caminho anual do Sol (é a auto-estrada celeste que chamamos de Zodíaco). Esses 12 sectores do céu, de 300 (30x 12 = 360), são baptizados de acordo com os nomes das constelações que devem enquadrar.

Ora, em virtude da percepção dos equinócios, o Sol hoje em dia não nasce mais, no dia 21 de Março, na constelação de Áries. Em 228 depois de Cristo, era assim: o Sol nasceu bravamente, como lhe haviam mandado ao mesmo tempo em Áries-signo do Zodíaco e em Áries-constelação. Depois, pouco a pouco, começou a nascer no fim do signo de Peixes. Os astrólogos, como Ptolomeu, não prestaram mesmo muita atenção nisso: era uma aproximação… O mal é que, hoje em dia, a "aproximação" tornou-se "bem pouco próxima"!

O eixo da Terra gira lentamente sobre si mesmo em 26.000 anos: e é esse fenómeno, chamado "precessão dos equinócios", que faz com que o Sol nasça, todo dia 21 de Março, um pouco mais atrás nos signos.

Em virtude dessa progressiva defasagem, os 12 sectores de 300 repartidos no céu não coincidem mais com as constelações que lhes haviam dado o nome. A defasagem é mesmo tão importante que atinge hoje em dia (em 1983) cerca de 24°.

Os astrólogos indianos conhecem perfeitamente essa defasagem, que chamam de ayanamsa, e que levam em consideração na interpretação dos horóscopos.

Assim, um nativo de 1983, com o Sol a 5° de Escorpião estaria, para os astrólogos de 20 séculos atrás (assim como para os astrólogos indianos actuais) com o Sol a 110 de Libra. Não será de estranhar, então, que em sua juventude ele apresente tantos traços de carácter de Libra.

Essa defasagem progressiva irá levar pouco a pouco o Sol a nascer, em 21 de Março, na constelação de Aquário (mas sempre no signo, isto é, no sector de Áries). Desde o ano 228 da era cristã até agora, o Sol nascera na constelação de Peixes. Irá deixá-la por voltado ano 2 377, para entrar na de Aquário.

Portanto, os astrólogos verdadeiramente honestos, verdadeiramente preocupados com a verdade, deveriam levar em consideração a defasagem ayanamsa em suas interpretações. Uma Lua natal a 6° de Touro, por exemplo, é, no dia do nascimento, o que há de mais Áries!

Cada vez que eu mencionar um planeta (ou um nó) num signo, entenda-se que se trata do signo real, depois de feita a correcção pelo ayanamsa.

Dito isto, a "progressão" dos planetas os faz evoluir através do Zodíaco. Assim, a criança que nasce actualmente com o Sol a 5° de Sagitário, nasceu na verdade em Escorpião - e manifestará as características deste. Entretanto, por progressão de um grau por ano, o Sol, aos 25 anos, entrará no 1ºgrau de Capricórnio. Se subtrairmos o ayanamsa de 24°, esse Sol estará na verdade a 6° da constelação de Sagitário. E então que esse jovem terá um comportamento sagitariano.

Na prática corrente, seria preciso considerar os dois signos, antes e depois da subtracção do ayanamsa.

Os astrólogos da Pérsia antiga, os caldeus e os babilónios levavam em conta esse fenómeno e corrigiam seus horóscopos a partir disso. Mas os egípcios, depois os astrólogos do Baixo Império romano, seus sucessores na Idade Média e depois os modernos esqueceram o ayanamsa, que não pára de crescer de século para século.

Para concluir, a astrologia ocidental comum, actualmente, trabalha sobre bases em parte falsas, a menos que leve em consideração o ayanamsa - cuja tabela para o século XX é apresentada abaixo:

Exemplo muito significativo: o tema de Hitler

Para o seu nascimento, em 20 de Abril de 1889, às 18h21 min., em Braunau am Inn, na Áustria, o Zodíaco habitual dá 0" 48 Touro. Corrigindo a posição do Sol, pela subtracção do ayanamsa, encontramo-lo no início de Áries, a = 7º 48”, o que dá a esse signo de guerra e de fogo toda a sua força.

E A LIBERDADE, O QUE SE FAZ DELA?

A Tradição afirma, desde sempre: Astra inclinant, sed non cogunt, isto é: "Os astros indicam, mas não obrigam." Assim, segundo Tomás de Aquino: “Tudo o que existe na superfície deste mundo sublunar está sujeito à influência dos astros - mas o sábio domina os astros."

Cayce está inteiramente de acordo com essa óptica. Eis o que ele diz, textualmente: "A mais forte influência exercida sobre o destino do homem é, em primeiro lugar, a do Sol, depois a dos planetas mais próximos da Terra, ou então dos que são ascendentes na hora do nascimento. Mas é preciso entender aqui que nenhuma acção, de qualquer planeta, nem as fases do Sol, da Lua ou de qualquer corpo celeste é mais forte do que a vontade do homem."

É, portanto, claro: o sábio domina os astros.

Nenhum astrólogo sério, seja oriental, indiano ou chinês, pensa realmente que sejamos totalmente determinados pelos astros, como se fôssemos fantoches manobrados por alguém.

Só as pessoas que têm noções muito superficiais de astrologia ainda imaginam que ela seja determinista, e que nosso destino estaria organizado de antemão nos seus mínimos detalhes. A "roda das reencarnações", o samsara dos astrólogos budistas, não é uma fatalidade: os textos sagrados indianos afirmam que é preciso sair dela, para isso utilizando nossa liberdade!

Tomás de Aquino manifestou-se a respeito, de modo magistral, em sua Suma teológica (questão 96, "Da Adivinhação pelos astros"): "Quando um médico - diz ele -, à cabeceira de um doente, faz um diagnóstico a partir de determinados sintomas, e depois faz um prognóstico sobre a evolução da doença, diz-se por acaso que ele faz profecias? É evidente que não! Ele apenas exerce sua profissão de médico.

Assim também o astrólogo: ao ver tal ou tal configuração no céu, deduz dela tal ou tal previsão." Tanto o médico como o astrólogo deixam, em seu "prognóstico", uma grande margem para a liberdade do doente (ou nativo). Este último pode, por sua atitude mental, fazer fracassar os prognósticos do médico (ou do astrólogo). Sabe-se de tantos doentes que se deixam morrer, e de tantos outros que ressuscitam pela força de vontade!

Toda astrologia que negue a liberdade seria totalmente débil. Todo aquele que pretende abusar do seu poder em nome dos astros, aterrorizando o seu consulente, sacudindo-lhe no nariz um destino implacável ("Está escrito no céu"), não é digno do nome de astrólogo.

Actualizado em 10 Junho 2007

Reorganizado em Janeiro de 2011
Actualizado em 8 Janeiro 2014
por António Rosa
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Análise astrológica mais aprofundada do mapa do Prícipe George de Cambridge, filho de William e Kate

27 de setembro de 2013 · 1 comentários


Tenho que contar este episódio para minha própria memória futura.
Poucos dias depois de ter nascido o bebé real, filho de William e Kate,
escrevi este post fazendo uma análise mais aprofundada da criança.
Escrevi o texto em 24 Julho 2013 no meu blogue de testes,
inacessível ao público.
Acontece que, simplesmente, me esqueci do post e não cheguei a 
publicá-lo no «Cova do Urso».
Devido a estar meio adoentado em Setembro 2013, 
e dispor de mais tempo,  não me apetecendo escrever nada para
a internet, e em vez de estar horas deitado,
 passou-me pela cabeça vir limpar o blogue de testes,
para não amontoar artigos já passados.
Foi quando me deparei-me com este post.
Sinto que ele não está completo, 
mas vou passá-lo mesmo assim para o «Cova do Urso».
Peço desculpa a todos os leitores ou estudantes de astrologia.

António Rosa
27-9-2013



Nasceu o primeiro filho de William e Kate, os duques de Cambridge. Não é um fait-divers. A criança, que é um menino pesa 3,9 quilogramas. Será, um dia, chefe de Estado do Reino Unido e dos países da Commonwealth.

O bebé é o terceiro na ordem da sucessão do trono, atrás do avô Carlos, o príncipe de Gales (título do herdeiro), e do pai.

Por isso, e por agora, fale-se das curiosidades. William e Kate quiseram imprimir alguma normalidade ao nascimento do filho e sacudiram alguns passos do extenso protocolo. Ainda assim, acederam a que a rainha fosse a primeira a ser informada. Mas dispensaram o mensageiro real e fizeram saber que seria William, que assistiu ao parto, a fazê-lo e por telefone. O bebé nasceu às às 16h24, apesar da notícia só ter sido divulgada já passava das 20h30.


Dados do Príncipe de Cambridge:

PRÍNCIPE GEORGE ALEXANDER LOUIS OF CAMBRIDGE
22 Julho 2013
16h24 TMG
Londres, Inglaterra


O que li de mais gracioso sobre o 'royal baby': «O astrólogo real deve ter segurado o parto até o Ascendente ter chegado a 27º11' de Escorpião, pois primeiro aplica a um sextil com a Lua [28º17' Capricórnio] e depois um trígono ao Sol [29º59' Caranguejo]». in «Barbara Abramo Astrologia»





A importância deste mapa deve-se a que se percebe nele as grandes mudanças que se poderão dar ainda neste século, se ele chegar a reinar.


Antes do seu nascimento, escrevi este pequeno texto:

Será rapaz ou rapariga? Com Vénus [00º10' Virgem] conjunta à estrela Regulus [00º02' Virgem] tudo leva a crer que será uma menina, por sua vez conjunta ao Nodo Norte da avó paterna, a Princesa Diana. Um engano, nasceu um rapaz. Este posicionamento tem uma magnífica orbe de 0º08'. Curiosamente, o símbolo sabiano para Caranguejo 30 é esta frase «Uma filha da revolução americana». Outro indicador que poderá ser uma menina. Por outro lado,  o factor masculino podemos ver em Mercúrio [13º32' Caranguejo] que está conjunto à estrela Sirius [14º17' Caranguejo], com uma excelente orbe de 0º45', posicionamento que indica um «anunciamento importante». Se escolher nascer a 29º de Caranguejo, é possível que veja em vida desaparecer a monarquia britânica. Se nascer no 1º grau de Leão, será a protagonista de toda uma viragem monárquica no seu país.

Análise astrológica aprofundada

Temos Vénus em conjunção com Regulus, a estrela real persa, que apesar de estar agora em Virgem, nos últimos dois mil anos esteve no coração de leão. É uma estrela de grandes honrarias.

Há algumas certas coisas que podemos dizer sobre esta nova chegada à família real britânica. Vai ser um bebé de Caranguejo, como o pai e a avó Diana. Terá Júpiter, Marte e Mercúrio em Caranguejo. Será  um link para a sua avó já falecida, a Princesa Diana. Mesmo nas famílias mais comuns é normal encontrarmos o traço astrológico familiar saltando uma geração. Será o caso? Veremos.

Um rei ou rainha de Caranguejo pode ser muito tímido. Veja-se o caso do pai do bebé, o Príncipe William, que também é do signo Caranguejo. Não será nada pomposo, nem arrogante, mas muito caloroso e generoso, apesar de muito discreto, à semelhança de seus pais, que prezam muito a sua privacidade.

Sinceramente, ainda não sei que pensar do facto de ter nascido no último grau de Caranguejo/Câncer. Sendo pessimista, poderíamos dizer que a instituição monarquia poderá desaparecer em vida deste recém-nascido.

Nascerá com o famosos Grande Trígono de Água: Júpiter em Caranguejo, Saturno em Escorpião e Neptuno em Peixes. Mas, como se fosse pouco tem um segundo Grande Trígono no seu mapa natal: Marte em Caranguejo, Saturno em Escorpião e Neptuno em Peixes.

Se quando crescer, ainda houver monarquias, terá um mapa complexo para reinar, sem nenhum planeta em Ar.


Placa anunciadora do nascimento do bebé real.


Clicar na ilustração para aumentar.

O mapa astrológico revela uma personalidade muito complexa e controversa, e, simultaneamente, uma alma muito especial. Em geral, é equilibrado, com duas quadraturas-T (total, quatro oposições) que dão força de vontade, até mesmo tensões, e uma pirâmide de água que dá relaxamento, o poder de atrair as coisas muito fáceis, e grandes qualidades.

Em primeiro lugar, Sol, Júpiter, Mercúrio, Marte, Vertex; Neptuno, Quíron, Saturno e Nodo Norte estão todos em Água. Combinado com Saturno e Nodo Norte a trabalharem na décima segunda casa, parece haver uma certa disposição para a espiritualidade. No entanto, embora seja necessário desenvolver e entender isso, se ele próprio não se dispuser a fazer algum esforço nessa área, poderá tornar-se um "sonhador", que tem tudo o que quer, mas não é necessariamente um ser feliz. No entanto temos um posicionamento muito curioso: Sol [29º59’ Caranguejo], Lua [28º17’ Capricórnio] e Vénus [00º08´Virgem] ou seja em posicionamentos de «éter», pois ou estão num dos dois graus finais do signo ou, pelo contrário, no 1º grau do signo. Conhecidos como graus anaréticos.

Por outro lado, Ascendente, Nodo Norte e Saturno em Escorpião (também em ângulo de quadratura-T), os planetas e Lilith na Casa VIII em oposição com Plutão indicam tanto um desvio de Escorpião, sobretudo enorme energia ou uma necessidade de conformá-lo, de domesticar essa energia.

Para ser feliz, esta criança terá que aprender a controlar os seus impulsos, para separar os valores materiais dos restantes valores, a não ser extremamente crítico sobre si mesmo e, especialmente, para não ser possessivo nem egoísta. Além disso, será bom  que  tomem cuidado com qualquer tipo de aventuras e riscos perigosos em que ele se possa meter, numa fase de criança e mais tarde, ele mesmo saber controlar-se, evitando esses riscos.

O pai também é Câncer. Apreciei a conjunção da Vénus do rapaz em conjunção com o Nodo Norte e Marte da avó, a Princesa Diana. E para acentuar o lado cármico desta relação, a Lua do menino faz conjunção ao Saturno da avó. Muito curioso. [Atrever-me-ia a dizer que o espírito dela é um dos grandes guias do pequeno príncipe. Convicções minhas, nada astrológicas.]

A minha leitora e amiga Maria Carmo escreveu isto no meu Facebook: «O Príncipe, afinal, ainda é Caranguejo!!! E como nasceu no último grau, há nisso uma certa urgência... a certeza de ainda nascer caranguejo... Com a LUA em detrimento nos últimos graus de Capricórnio, Vénus em detrimento a zero de Virgem, parece-me que só o Neptuno e o Júpiter estão bem posicionados. Pela hora de Londres (16H24) dá um ascendente nos últimos graus de Escorpião, com um grande trígono entre Saturno em 12, Neptuno em 3 e Júpiter Marte em oito. Atenção, esta criança tem aspectos desafiadores terríveis entre um stellium em oito e o Plutão, tudo em quadratura a Úrano... Mas tem o trígono em Água e um rectângulo místico. Temo que a oposição do Plutão a um stellium em oito possa implicar alguma cosa violenta... mais tarde ou mais cedo. Esperemos que não. Mas pode também ser uma GRANDE ALMA com uma casa oito da Espiritualidade bem desenvolvida.»

O seu "relacionamento" com a Lua também é algo a ter que ser resolvido com sabedoria: ele tem uma oposição Sol - Lua, ambos no final dos signos. Seria um pouco difícil para ele, mas é necessário ser ao mesmo tempo forte e de bom coração, com força de vontade e delicado. A Lua no exílio e Lilith em Caranguejo podem bloqueá-lo para ser assim, mas, no entanto, para ser um bom líder, ele tem que encontrar uma extremamente fina harmonia entre si e seus sentimentos.

 Li aquilo que me parece o mais gracioso sobre o 'royal baby':

- «O astrólogo real deve ter segurado o parto até o Ascendente ter chegado a 27º11' de Escorpião, pois primeiro aplica a um sextil com a Lua [28º17' Capricórnio] e depois um trígono ao Sol [29º59' Caranguejo]». in «Barbara Abramo Astrologia»

E digo eu: é uma forma de suavizar aquela oposição Sol - Lua. Estas Luas Cheias dão nisto. Vai ser rebelde com a mãe.

«Iniciação à Astrologia Dharmica e Karmica» em Módulos Trimestrais - 2º módulo: 1 e 2 Fevereiro

10 de setembro de 2013 · 5 comentários


Clicar na ilustração para ler melhor.

«Obrigado por estarem aí, Espíritos Co-criadores,
Almas Empreendedoras e Amigos Humanos».
Matias de Stefano

Amigos e Leitores,
Meus Xamãs,

Preparei com intensidade, dedicação e muito carinho um projeto novo, que chamei de «Iniciação à Astrologia Dharmica e Karmica» em 4 módulos trimestrais, a começar em Novembro, na Ericeira, Portugal ['Cristal de Cura']. Que fique claro: não é um «curso», mas sim um aprofundamento destas matérias, através de uma visão mais feliz da vida.

Entre neste projeto comigo e venha conhecer o seu propósito maior. Não se esqueça de trazer o seu mapa natal. Desde 2005 que eu não tinha projetos astrológicos de longa duração. Foi um longo período sabático a esse nível, que durou 7 anos e qualquer coisa - um longo ciclo de Saturno.

Datas dos 4 primeiros módulos trimestrais (sábados e domingos): 2 e 3 Novembro 2013 - 1 e 2 Fevereiro 2014 - 3 e 4 Maio 2014 - 5 e 6 Julho 2014

- Contactos para informações, reservas, pagamentos: 

Local do evento: Ericeira, Portugal – no espaço «Cristal de Cura.

Contactos ao cuidado de Luísa Sal. A morada e o NIB para pagamentos serão fornecidos quando fizer a sua reserva.

E-mail: contactos@cristaldecura.com   -   Telefone:96 806 1279

Participação: 95 euros por módulo.

Conteúdo dos módulos

1º Módulo – dias 2 e 3 Novembro 2013 [AULA JÁ DADA]
Temas do seminário: Um pouco de história da Astrologia. A roda do zodíaco. A hora em que nascemos. Modos e qualidades: masculinos e femininos; cardinais, fixos e mutáveis. Sentido cósmico da roda do zodíaco com os signos. Os elementos do zodíaco: Fogo, Terra, Ar e Água. Breve abordagem dos 12 signos. Quadrantes. O nosso Ascendente e a Cruz na roda de samsara.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial: como interpretar um mapa natal, sem fazermos caso dos planetas, por enquanto. 

2º Módulo – dias 1 e 2 Fevereiro 2014 [PRÓXIMO MÓDULO]
Temas do seminário: Aprofundamento dos 12 signos do zodíaco. Palavras-chave. Níveis evolutivos. As oitavas superiores. Signos interceptados. Determinismo e livre-arbítrio. O eixo extroversão-introversão. Que quero da minha vida? O caminho. As Casas astrológicas: como se classificam [angulares, sucedentes e cadentes]. Como relacionar as 12 casas no mapa do zodíaco. Os Senhores das Casas. Os ângulos do mapa.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, ainda sem fazer caso dos planetas?

3º Módulo – dias 3 e 4 Maio 2014
Temas do seminário: Os planetas. Os planetas pessoais, sociais e transpessoais. Regentes dos signos. Senhores das Casas. Breve introdução aos planetas nos Signos e Casas. Planeta oriental. Planeta peregrino. Planetas Retrógrados. O planeta regente do Mapa. Os dispositores planetários. Tabela das energias planetárias. Breve noção dos aspectos astrológicos. Voltaremos ao tema: ‘Determinismo e Livre-Arbítrio’. Dharma e Karma.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, já analisando o posicionamento dos planetas e os aspectos que fazem entre si?

4º Módulo – dias 5 e 6 Julho 2014
Temas do seminário: Aprofundamento dos planetas do zodíaco e os aspectos que fazem entre si. Trânsitos em geral. Ciclos planetários desenvolvidos. Trânsitos ao Ascendente e outros ângulos do mapa. Trânsitos diversos. O trânsito dos planetas retrógrados.


Estarão os alunos preparados para estudarem um mapa de trânsitos? Se os alunos acharem que sim, faremos isso, de forma comedida e sem extravagâncias retóricas, para criamos bases sólidas do nosso Conhecimento.


Assuntos práticos que interessam aos alunos participantes deste projecto:

- Inscrições já abertas para todos os módulos. 

Local do evento: Ericeira, Portugal – no espaço «Cristal de Cura.

Contactos para informações, reservas, pagamentos: 

Contactos ao cuidado de Luísa Sal. A morada e o NIB para pagamentos serão fornecidos quando fizer a sua reserva.

E-mail: contactos@cristaldecura.com  -  Telefone:96 806 1279

- Custo das aulas/seminário de 2 dias [sábado e domingo] entre as 10h00 e as 18h00 com intervalo para o almoço – 95 euros por módulo.


MODOS DE PAGAMENTO

-Disponibilizamos as seguintes formas de pagamento:

– Em 2 prestações: 45 euros quando fizer a reserva de participação no seminário (não reembolsável) e 50 euros no dia em que se realizar o módulo escolhido por si. Se quiser, também pode pagar os 95 euros de uma só vez, no momento em que fizer a reserva de participação.

–  Há uma modalidade muito favorável, em que beneficiará de um desconto considerável, se optar fazer os 4 módulos já indicados. Façamos contas: 95€ X 4 módulos = 380€. Se optar por pagamentos suaves mensais o total pago será de 350€, assim:

- Setembro - 30€
- Outubro - 40€
- Novembro - 40€
- Dezembro - 40€
- Janeiro - 40€
- Fevereiro - 40€
- Março - 40€
- Abril - 40€
- Maio - 40€
-Total - 350€






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Grandes misturadas

17 de agosto de 2013 · 3 comentários



Nunca entendi muito bem porque, para falarmos de astrologia, habitualmente damos exemplos de povos antigos, cujas culturas já desapareceram há séculos e, desde há uns anos, a conversa da astrologia dos índios e dos incas é mesmo para rir. Se existissem e fossem de facto importantes, teriam sobrevivido e adaptado-se aos séculos 20 e 21, como aconteceu com outras culturas muito antigas, como a indiana [védica], a chinesa, a tibetana [os palácios]...

Até a nossa própria cultura [a do ocidente e derivações], a de ascendência judaico-cristã, também usa a astrologia, esta que eu pratico. Houve apenas um breve interregno de umas centenas de anos em que decresceu de popularidade e divulgação, por motivos históricos conhecidos de muitos, mas, felizmente, actualmente em ascensão. 

Um aparte: desejo muito que não apareçam os sabichões do costume e que não confundam cultura judaico-cristã com religiões.

Também não percebo como se pode misturar astrologia com as Luas das marés e das culturas agrícolas. Mas fazem muito isso, como argumento inculto. Será por haver as luas astrológicas e misturam tudo? Por exemplo, misturam a 'actividade' do satélite do planeta Terra, com a Lua em Capricónio...

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O básico - o Sol

3 de maio de 2013 · 12 comentários

O Sol representa o consciente, a capacidade de auto-percepção e auto-consciencia do ser humano. Ele representa num mapa astrológico o modo como tomamos consciência do mundo ao nosso redor e o nosso sentido de identidade. No centro do Sistema Solar encontramos o Sol. Tal como a consciência humana se expressa através de diferentes formas, também a energia solar se diferencia através dos planetas. A posição relativa de cada planeta define a função que simboliza.

Sol em Signos de Fogo - Quando o Sol está num signo do elemento Fogo a expressão da identidade é naturalmente viva, enérgica e calorosa. - Sol em Carneiro / Áries: "Sou aquilo que faço". - O processo de auto-conhecimento passa pela acção directa e imediata. Esta pode ser pensada e assertiva ou, pelo contrário, impulsiva e agressiva. - Sol em Leão: "Sou aquilo que manifesto". - O auto-conhecimento passa pela expressão criativa do ego, em função do próprio indivíduo (é auto-referenciado). É generoso e brilhante, mas pode ter um toque de egocentrismo e arrogância. Sol em Sagitário: "Sou aquilo em que acredito". - O conhecimento de si mesmo é feito através da identificação com ideais e filosofias. Tem uma faceta aventureira e optimista, mas por vezes é irresponsável e exagerado, podendo tornar-se dogmático e "evangelizador".

Sol em Signos de Terra - Nos signos do elemento Terra, a expressão da identidade assume um carácter mais reservado e contido, tornando-se funcional e pragmática. - Sol em Touro: "Sou aquilo que tenho". - Conhece-se pela concretização, realização, posse e vivência dos sentidos (ver, saborear, cheirar...). Tem uma faceta estética, estável e concretizadora, mas pode tornar-se possessivo, comodista e boçal. Sol em Virgem: "Sou o que analiso e purifico". - O indivíduo conhece-se pela sua capacidade de análise detalhada e funcional. Pureza, perfeição e eficiência ajudam-no a perceber quem é. Arrisca-se a cair num excesso de criticismo e em perfeccionismos descabidos. Sol em Capricórnio: "Sou um lugar na hierarquia social". - Conhece-se através da estrutura, da ordem e da sua posição nas hierarquias sociais. É esforçado, trabalhador, sóbrio e estratega, mas a sua necessidade de reconhecimento social pode torná-lo rígido, ambicioso e "frio".

Sol em Signos de Ar - Em signos do elemento Ar, o auto-conhecimento é atingido através da visão conceptual do mundo, da comunicação e dos relacionamentos. - Sol em Gémeos: "Sou o que digo e penso". É através da relativização e da experimentação que a identidade se organiza. Oscila entre a superficialidade nervosa e a capacidade de ver todos os aspectos da natureza das coisas. -
Sol em Balança / Libra: "Sou parte de uma relação". - A identidade espelha-se nos outros. Os relacionamentos têm de ser "de igualdade", sejam eles pessoais, sociais ou de negócios. É diplomático e sociável, mas também pode ser muito dependente e indeciso. Sol em Aquário: "Sou a minha diferença/sou o meu grupo". - O processo de consciência passa por uma conceptualização do mundo com base em grandes ideais e ideologias sociais. Tem uma expressão original, diferente, que pode ser muito criativa ou tornar-se excêntrica e rebelde.

Sol em Signos de Água - Quando o Sol está num signo do elemento água a expressão da identidade é naturalmente reservada, sentimental e empática. - Sol em Caranguejo / Câncer: "Sou o que sinto e protejo". - Conhece-se através da busca de segurança e de 'alimento' emocional. Pode oscilar entre uma atitude de 'mãe' (que protege e nutre mas também abafa), ou o de 'filho' (que dá amor e companhia mas exige amor e atenção contínua). - Sol em Escorpião: "Sou aquilo em que me transformo". - Conhece-se através da vivência profunda e intensa das suas emoções. O medo desta turbulência emocional leva-o a resistir, controlar e manipular, no entanto, se superar esta barreira, encontra em si grandes poderes de transformação. - Sol em Peixes: "Sou o absoluto". - Aqui o auto-conhecimento tem como base um sentir muito abrangente. Tem poucas barreiras e absorve o "sentir dos outros" como se fosse seu. É sensível e abnegado, mas pode perder-se nos próprios sentimentos de auto-piedade.


Texto publicado em 8 Março 2009.

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O livre-arbítrio e a astrologia

29 de abril de 2013 · 14 comentários



Minha mandala de poder: o Urso. Design by Marcelo Dalla.

Uma amiga que muito estimo fez-me a seguinte pergunta, aqui no blogue:

«Como é que o livre arbítrio "encaixa" na Astrologia, se esta estuda a posição dos astros quando nascemos (e não só), sendo que isso definirá o nosso futuro? Se tudo está "escrito no céu", onde fica o nosso poder de decisão?»

Atendendo que a resposta também foi dada no blogue, tive que usar da maior concisão que fui capaz. Saiu este pequeno texto:

Os astros não influenciam, nem decidem, nem determinam. Apenas dão pistas sobre o potencial de experimentarmos determinadas emoções.

O resto é com o ser humano.

O posicionamento dos astros num mapa de nascimento, dão-nos muitas informações daquilo que há poucos anos se convencionou chamar de psicologia. Mas fazem mais que isso, muito mais. Mostram-nos a pessoa complexa que somos.

Dou muitas vezes este pequeno exemplo sobre o livre-arbítrio:

No mesmo dia e hora e na mesma maternidade (cidade), 3 mulheres de classes sociais muito diferentes dão à luz um rapaz.

Os mapas dos rapazes são iguais.

Teoricamente, e a acreditar naquilo que se lê em livros e sites de astrologia, que falam muito de signos e pouco mais, os rapazes deveriam ter as mesmas características.

Obviamente, quando crescerem, serão pessoas bem diferentes.

Uma das mulheres que deu à luz é de uma classe social muito endinheirada, com grandes fortunas (bancos, seguros, etc).

Outra das mulheres é de classe média e vive de acordo com as suas circunstâncias.

A terceira mulher provém de um bairro social desfavorecido, onde se trafica o pior que se possa imaginar.

Logo à partida, estas crianças - com mapas iguais -, terão educação e oportunidades muito diferentes. Escolas diferentes. Motivações diferentes. Culturas diferentes. Ambientes sociais diferentes. Etc.

Mesmo partindo do princípio que cada mãe ama profundamente o seu filho e que lhes incuta os mesmos valores universais, estas crianças aprenderão a usar o livre-arbítrio de forma completamente distinta.

Logo ao nascer, são diferentes, com mapas iguais.

Ainda crianças e adolescentes, serão confrontados com escolhas (livre-arbítrio) completamente diferentes. Perante situações de vida similares.

Eu podería ir por aí fora, mas creio que está subentendido que o livre-arbítrio é um factor pessoal, mas que envolve situações externas a cada um, de forma bem marcada.

O mesmo se passará quando forem adultos.

Creio que este exemplo serve para ilustrar o que pretendo dizer.

Quando se olha a astrologia como meras previsões, pode-se cair com facilidade na ideia de que tudo está destinado. Não está.

As nossas escolhas e aceitação das respectivas consequências é que marcam aquilo que somos.

Eu escolho entrar em negação e não aceitar, sofrendo muito com isso? Ou escolho aceitar e sofrer o mínimo possível, mantendo-me bem comigo mesmo?

Muito obrigado.


Este artigo já tinha sido publicado a 19/8/2011, mas a tendência é ficar esquecido, por isso, reanimei-o a aparecer novamente, em 29-4-2013, dando início ao novo layout do blogue.
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«Previsão através dos Graus dos Planetas» por Robert Glasscock e Patrícia Azenha Henriques

6 de abril de 2013 · 10 comentários



Patrícia Azenha Henrique
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Sobre as suas consultas, aqui.


«Previsão através dos Graus dos Planetas*»
por Robert Glasscock e Patrícia Azenha Henriques

Patrícia Azenha Henrique: «No passado dia 19 de Fevereiro de 2013 assisti a mais um webinar de grande interesse promovido pelo Kepler College, desta vez apresentado por Robert Glasscock com o título “Using Planetary Degrees”.»



O objectivo deste artigo é servir de base ao Desafio nº2 de Abril 2013 do Grupo de Pesquisas Astrológicas –ASPAS – Associação Portuguesa de Astrologia do Facebook, baseada apenas no primeiro de um total de dez métodos ou técnicas apresentadas no webinar referido e que passo a citar na língua original:

Webinar “Using Planetary Degrees” by Robert Glasscock  – first method (of ten)

1.       The degrees of planets at birth provide practical and metaphysical information at any stage throughout life.

2.       Use one degree = one year to mentally use this techniques (or use the computer programs to more accurately calculate solar arcs)

3.       You may start with any planet in the horoscope. It’s interesting to begin analyzing the planet in the earliest degree

4.       Planetary archetypes are strongly dynamic at the age corresponding to their degree at birth (and some 6 months on either side)

5.       Study the planet’s archetype and degree-age. Include the house(s) it rules and any planet(s) it disposes or rules

6.       Include the planet’s decanate and duad (and houses they rule) for more information, subtlety and detail.

7.       You can multiply (and divide) birth degrees to get additional (older/younger) ages when that planet’s archetype is dynamic

8.       Years or ages when two or more planetary archetypes are simultaneously dynamic by degree multiple are especially significant

9.       Some years, obviously, will be more strongly impacted by planet’s archetype than other years; from major transits, eclipses, for example

10.   The ages shown by planets’ Birth Degrees can be considered Primary Initiations into that Planet’s Archetype. “Initiation” means first full conscious awareness off the archetype, and the age at which the door to its conscious personal awareness and use first opens


De seguida apresento a tradução em português e exemplo prático aplicado ao meu mapa natal para melhor compreensão e para servir de base à sua participação na pesquisa astrológica nº2 do mês de Abril de 2013.

Webinar “Utilizando os graus planetários” por Robert Glasscock – 1º método (de 10)

1.       Os graus dos planetas no momento do nascimento fornecem informação prática e metafísica em qualquer fase da vida

2.       Utilize um grau = um ano para utilizar mentalmente esta técnica (ou utilize o programa de computador para calcular os arcos solares de forma mais exata)

3.       Pode começar por qualquer planeta no mapa natal. É interessante começar a análise pelo planeta com o grau mais pequeno.

4.       O arquétipo do planeta está fortemente activo na idade que corresponde ao grau do planeta no momento do nascimento (e 6 meses antes e depois). Nota acrescentada por mim: entendo que na designação de arquétipo do planeta, Robert se referia ao conjunto que compõe o seu significado universal, essencial e acidental.

5.       Estude o arquétipo do planeta e o seu grau=idade. Inclua a(s) casa(s) e quaisquer planetas que rege/dispõe.

6.       Inclua o decanato e duad do planeta e as casas que regem para mais informação, subtileza e detalhe. Nota acrescentada por mim: Através do exemplo apresentado por Robert, os decanatos a que se refere são divisões do signo em 3 partes iguais de 10 graus cada atribuídas a signos da mesma triplicidade e não a planetas como definido pelos caldeus, sendo o primeiro decanato sempre igual ao do signo, o segundo decanato será o próximo signo do mesmo elemento seguindo a ordem do zodíaco e o terceiro decanato o último e terceiro signo desse elemento. Duad são divisões de um signo em 12 partes iguais, cada um atribuído a um signo, sendo o primeiro duad sempre igual ao do signo em que está e as restantes 11 partes de 2º30’ serão atribuídas aos restantes signos seguindo a ordem do zodíaco. No seu exemplo quando Robert associou as casas na interpretação, utilizou a simbologia das casas que tinham na sua cúspide os signos que se referiam ao decanato e duad do planeta.

7.       Pode multiplicar (e dividir) os graus dos planetas no mapa natal para obter outras idades (mais velho/mais novo) quando o arquétipo do planeta também estará activo.

8.       Anos ou idades, com os seus múltiplos, em que o arquétipo de dois ou mais planetas estejam simultaneamente activos são especialmente importantes.

9.       Como é óbvio, alguns anos terão um impacto mais forte do que outros no arquétipo do planeta, por exemplo devido aos trânsitos e eclipses.

10.   As idades apresentadas pelos graus dos planetas no mapa natal podem ser consideradas iniciações primárias ao arquétipo do planeta. “Iniciação” quer dizer a primeira tomada de consciência completa do arquétipo e a idade em que a porta se abre pela primeira vez para a sua tomada de consciência e utilização pessoal.

Resumindo por palavras minhas [Patrícia Azenha]:

Como outras técnicas em astrologia esta é simbólica e baseia-se na analogia 1º=1 ano. A técnica diz-nos que o grau de cada planeta no mapa de nascimento da pessoa corresponde à idade em anos, em que aquele planeta estará especialmente activo, com toda a simbologia a ele associada, significado universal, essencial e acidental, isto acontece num intervalo de tempo, uma orbe temporal, de 6 meses antes e depois. Os múltiplos do grau serão considerados como idades em que a simbologia que envolve o planeta também estará activa. As divisões do grau serão consideradas como idades em que a simbologia que envolve o planeta também estará activa de alguma forma mas com expressão inferior. As idades em que estejam activados mais do que um planeta serão especialmente importantes. Esta técnica não atua de forma isolada mas é complementar com outras técnicas de previsão em astrologia, como por exemplo os trânsitos.

Apesar de não estar listada, durante o exemplo que Robert apresentou no webinar, também foram tidos em consideração não só planetas mas também outros corpos e pontos do mapa natal, como o grau Ascendente, o Meio do Céu e Quiron.

Uma conclusão interessante desta técnica é que os planetas em graus iniciais dos signos, no grau zero ou 1, e tendo em conta a orbe temporal de 6 meses antes e depois, indicam energias que estão activadas em permanência na vida da pessoa e por isso estão mais realçadas na sua personalidade e vida.

De seguida apresentamos um exemplo prático sobre o modo de abordar a técnica:


De acordo com o ponto 3 Robert diz-nos que podemos começar por qualquer planeta e aconselha-nos a começar pelo que tem o grau numericamente menor, mas eu vou começar pela Lua porque me permite apresentar de forma mais clara a técnica e tornar o texto mais curto.

A Lua está no grau 13º09’ Peixes, que corresponde à idade aproximada de 13 anos e 2 meses. Quando olhamos, pensamos logo em 13 anos. O passo seguinte será estudar o seu significado universal essencial e acidental.

Lua em peixes na 3, rege a 8, aspectos a Mercúrio, Vénus e Saturno. Com 13 anos deu-se a maior mudança familiar na minha vida, divórcio dos meus pais, mudança para a residência dos avós, separação da mãe, separação do irmão, separação do pai, grande instabilidade emocional, medo, angústia, sentimento de perda e de abandono, culpa, crítica, manipulação emocional, mudança total no quotidiano.

Usando os múltiplos do grau, a Lua estaria novamente activa na idade 13+13 = 26 anos (ou mais exatamente 13º09'+13º09'=26º18'), que também é a idade em que Sol estaria activo a 26º07’Balança.

Sol em Balança na 11, rege a 9, aspetos a Urano e Saturno + o referido para a Lua

Com 26 anos comecei a estudar astrologia, terminei a minha licenciatura em engenharia civil e deixei aquele que foi o meu local de trabalho durante 8 anos. Mudei de cidade para exercer a minha actividade profissional na área da engenharia. Na altura já tinha conseguido desde há alguns anos voltar a viver com o meu irmão e com a minha mãe, mas tive que me separar novamente deles, mudar de casa e começar uma fase completamente diferente da minha vida. Esta altura também reacendeu a anterior tensão e separação do meu pai por razões associadas à minha formatura.

 Esta análise teria que ser feita para todos os planetas do mapa.

Espero ter sido clara na apresentação desta técnica e estou ao dispor para qualquer dúvida que ainda persista.

Desejo que considere este desafio à pesquisa astrológica no seu mapa ou noutros mapas à sua escolha, tão interessante quanto eu achei que foi ao tomar conhecimento desta técnica no Webinar de Robert Glasscock.
E não deixe de passar no Grupo do Facebook para deixar o seu testemunho sobre esta técnica.

Boas Pesquisas!

* artigo publicado hoje por mim no blog da ASPAS




Testemunho de António Rosa, do seu mapa pessoal


A minha participação no grupo «Pesquisas Astrológicas», da Aspas,
foi a seguinte:

No dia 3 Abril 2013, às 15:06:

Antes de mais, tenho aqui alguns planetas em graus zero e um, que claramente, não sei interpretar, de imediato, que são:

- Marte, a 0º49' Gémeos, Casa I, conjunções ao Ascendente e a Mercúrio, trígono a Júpiter Rx [1º27'], quadratura a Saturno [0º44'], semi-sextil a Úrano [0º04'], quintil a Plutão, oposição a Quíron.

- Úrano, a 0º04' Caranguejo, Casa II, conjunto a Vénus, semi-sextil a Marte [0º49'], quincúncio a Júpiter Rx [1º27'], sextil a Saturno [0º44'], semi-quadratura a Plutão.

- Saturno, 0º44' Virgem, Casa IV, quintil ao Sol, trígono à Lua, quadratura a Marte [0º49'], quincúncio a Júpiter Rx [1º27'], sextil a Úrano [0º04'], quadratura ao Ascendente, quadratura a Quíron.

- Júpiter Rx, 01º27' Aquário, Casa IX, trígono a Marte [0º49'], quincúncios a Saturno [0º44'] e Úrano [0º04], quindecile a Plutão, trígono ao Ascendente, sextil a Quíron.

=========

- A única coisa que posso destacar de uma fase muito inicial da minha vida é que nasci na ilha da Madeira e com pouquíssimo tempo de vida fui para a ilha de Moçambique com os meus pais, numa viagem de barco, no Pátria, que demorou quase 1 mês, entre as duas ilhas. A minha mãe dizia que fui fazer os 3 meses em Moçambique.

- Tenho Vénus no grau 4º35' Caranguejo, Casa II, e Quíron Rx no grau 4º57', Sagitário, Casa VII, mas não me recordo de nada de especial, excepto que nos meus 4 para 5 anos, dei um valente trambolhão e bati com a parte da sobrancelha esquerda em cima do serrolho de ferro da janela, tendo feito uma ferida feia e que, ainda hoje, 60 anos depois, tenho a cicatriz e falta de pelos nessa zona da sobrancelha. Com 5 anos feitos entrei na educação primária [antiga 1ª classe].

- Mercúrio 9º29' Gémeos, Casa I - Aos 9 anos regressei com os meus pais e uma irmã que entretanto tinha nascido, à ilha da Madeira, naquilo que se chamava 'férias graciosas' que eram concedidas aos funcionários de 4 em 4 anos e que eram prolongadas durante 6 meses. Tive oportunidade de conhecer os avós maternos e vários tios e primos de ambos os lados. Foi uma época memorável e foi lá que o meu pai me bateu pela única vez em toda a vida dele, bem espicaçado por familiares. Mercúrio faz conjunção com Marte, trígono a Neptuno, trígono ao MC, semi-quadratura ao Nodo Norte.

- Com 10 anos feitos [não tenho nenhum planeta nesse grau, o mais próximo é Mercúrio] tive que ir estudar para fora da ilha de Moçambique. Para uma cidade próxima, a mais de 300 kms, chamada Nampula e foi um grande problema para mim, pois era a 1ª vez que estava longe da família por tanto tempo. Só ia passar férias a casa.

- Com 11 anos, nasceu a minha segunda irmã, mas o planeta mais próximo é Neptuno Rx, 12º26' em Balança na Casa V. Patrícia, será aquilo dos 6 meses antes?

- Plutão 14º37' Leão, Casa IV, quintil a Marte, quindecile a Júpiter, semi-quadratura a Úrano - 14 para 15 anos. Do que me lembro com essa idade foram estes quatro grandes acontecimentos:

1) o meu pai encarregou-se que eu tivesse um emprego nas férias de Verão local, na distribuição de botijas de gás. Para um rapaz finório, era difícil ver os outros todos na praia e eu ter que carregar com aquilo. Foi uma bela aprendizagem. O que recebi nesse mês e meio entreguei ao meu pai, que me devolveu na totalidade, em forma de conta bancária quando fiz 15 anos. Era assim, a educação na época.

2) Por iniciativa do Padre Lopes, comecei a ler a Bíblia e, ao mesmo tempo, a pedido dele, iniciei-me no Alcorão, orientado por um imã muçulmano da ilha de Moçambique. Entendo que é o início de um caminho mais esotérico, que foi indo para o espiritual.

3) Li o meu primeiro livro de astrologia. Era brasileiro e muito básico. Guardei-o durante muitos anos. Foi um despertar intenso para esta área, numa altura e numa terra onde não havia como estudar estes temas. Só lendo. Há 50 anos. Sou do tempo de fazer mapas à mão, muito toscos e só perto dos 20 anos é que aperfeiçoei um pouco mais essa técnica com uma amiga na Machava, quando eu era recruta em Boane. Tenho a certeza que hoje em dia não saberia fazer um mapa à mão. :))

4) Tive a minha primeira experiência sexual que foi de meter dó, pois o normal é que eu tivesse sido circuncidado muito mais cedo, anos antes. Eu não sabia, ninguém me explicou e foi terrível. Naquele momento foi um banho de sangue. Fui operado no dia seguinte e durante 2 ou 3 anos tive muito receio de voltar a fazer sexo. Foi preciso apaixonar-me.

- Com 19 anos, o meu pai faleceu em Maio 1970 [1 mês depois fiz 20 anos e 3 meses depois fui para o serviço militar obrigatório durante 3 anos e picos] - Sol 19º55' Gémeos, Casa I, oposição à Lua, quintil a Saturno, sextil ao NN, quindecile a Quíron.

- Saí do serviço militar aos 23 anos. Lua 23º40' Sagitário, Casa VIII, oposição ao Sol, quindecile Mercúrio, trígono Saturno [0º44'], quintil Neptuno, trígono NN. Foi nessa data, também, que fui contactado pel Frelimo, pelo seu lado não guerrilheiro, quando durante o meu serviço militar tinham sido os adversários. Regressei à ilha de Moçambique, onde fiquei pouco tempo, pois fui viver e trabalhar para Lourenço Marques, actual Maputo.

Patrícia, ainda não fiz, mas voltarei novamente aqui, com as contagens no dobro conforme ensinaste e irei ver o que posso acrescentar.

Muito agradecido.

Seguiram-se algumas considerações entre a mentora do desafio,Patrícia Azenha Henriques e eu próprio, mas o essencial do conjunto fica aqui expresso, para permitir que as pessoas aprendam esta nova técnica de 'Previsões através dos Graus dos Planetas'.


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12 de março de 2014

ASTROLOGIA DHARMICA E CARMICA em módulos trimestrais - NOVA TURMA – Turma Nº 2



ASTROLOGIA DHARMICA E CARMICA em módulos trimestrais
- NOVA TURMA – Turma Nº 2
NA ERICEIRA, PORTUGAL – ‘CRISTAL DE CURA’

Foto do sr. Victor Rodrigues. Ilha de Moçambique, paraíso da minha lenda pessoal e meu dharma nesta vida.

Estou muito feliz de vos convidar para esta nova série de Masterclasses de Astrologia para quem quiser aprofundar os seus conhecimentos astrológicos.
A 1ª turma está praticamente na fase final e tem sido muito bem sucedida
Para esta nova turma a matéria é a mesma e foi preparada com intensidade, dedicação e muito carinho em um projeto absolutamente novo, pela metodologia aplicada e que chamei de «Astrologia Dharmica e Karmica» em 4 módulos trimestrais, a começar em junho 2014, na Ericeira, Portugal ['Cristal de Cura']. Que fique claro: não é um «curso», mas sim um aprofundamento destas matérias, através de uma visão mais feliz da vida.

Entre neste projeto comigo e venha conhecer o seu propósito maior. Não se esqueça de trazer o seu mapa natal.

Datas dos 4 módulos trimestrais (sábados e domingos) da Turma nº 2:
- 21 e 22 junho 2014
- 4 e 5 outubro 2014
- 10 e 11 janeiro 2015
- 28 e 29 março 2015


Conteúdo dos módulos:

1º Módulo – dias - 21 e 22 junho 2014

Temas do seminário: Um pouco de história da Astrologia. A roda do zodíaco. A hora em que nascemos. Modos e qualidades: masculinos e femininos; cardinais, fixos e mutáveis. Sentido cósmico da roda do zodíaco com os signos. Os elementos do zodíaco: Fogo, Terra, Ar e Água. Breve abordagem dos 12 signos. Quadrantes. O nosso Ascendente e a Cruz na roda de samsara.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial: como interpretar um mapa natal, sem fazermos caso dos planetas, por enquanto.


2º Módulo – dias - 4 e 5 outubro 2014

Temas do seminário: Aprofundamento dos 12 signos do zodíaco. Palavras-chave. Níveis evolutivos. As oitavas superiores. Signos intercetados. As cruzes da vida [FC/MC – Asc/Dsc]. Determinismo e livre-arbítrio. O eixo extroversão-introversão. Que quero da minha vida? O caminho. As Casas astrológicas: como se classificam [angulares, sucedentes e cadentes]. Como relacionar as 12 casas no mapa do zodíaco. Os Senhores das Casas. Os ângulos do mapa.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, ainda sem fazer caso dos planetas?


3º Módulo – dias - 10 e 11 janeiro 2015

Temas do seminário: Os planetas. Os planetas pessoais, sociais e transpessoais. Regentes dos signos. Senhores das Casas [aprofundamento]. Breve introdução aos planetas nos Signos e Casas. Planeta oriental. Planeta peregrino. Planetas Retrógrados. O planeta regente do Mapa. Os dispositores planetários. Tabela das energias planetárias. Breve noção dos aspetos astrológicos. Voltaremos ao tema: ‘Determinismo e Livre-Arbítrio’. Dharma e Karma.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, já analisando o posicionamento dos planetas e os aspetos que fazem entre si?


4º Módulo – dias 28 e 29 março 2015

Temas do seminário: Aprofundamento dos planetas do zodíaco e os aspetos que fazem entre si. Trânsitos em geral. Ciclos planetários desenvolvidos. Trânsitos ao Ascendente e outros ângulos do mapa. Trânsitos diversos. O trânsito dos planetas retrógrados.

Estarão os alunos preparados para estudarem um mapa de trânsitos? Se os alunos acharem que sim, faremos isso, de forma comedida e sem extravagâncias retóricas, para criamos bases sólidas do nosso Conhecimento.


Assuntos práticos que interessam aos alunos participantes deste projeto:

- Inscrições já abertas para todos os módulos.

Contactos para informações, reservas, pagamentos:

Local do evento: Ericeira, Portugal – no espaço «Cristal de Cura.

Contactos ao cuidado de Luísa Sal. A morada e o NIB para pagamentos serão fornecidos quando fizer a sua reserva.

E-mail: contactos@cristaldecura.com - Telefone:96 806 1279


- Custo das aulas/seminário de 2 dias [sábado e domingo] entre as 10h00 e as 18h00 com intervalo para o almoço – 95 euros por módulo.


MODOS DE PAGAMENTO

-Disponibilizamos as seguintes formas de pagamento:

– Em 2 prestações: 45 euros quando fizer a reserva de participação no seminário (não reembolsável) e 50 euros no dia em que se realizar o módulo escolhido por si. Se quiser, também pode pagar os 95 euros de uma só vez, no momento em que fizer a reserva de participação.

– Há uma modalidade muito favorável, em que beneficiará de um desconto considerável, se optar fazer os 4 módulos já indicados. Façamos contas: 95€ X 4 módulos = 380€. Se optar por pagamentos suaves mensais o total pago será de 350€, assim:

- abril 2014 - 30 €
- maio - 40 €
- junho - 40 €
- julho - 40 €
- agosto - 40 €
- setembro - 40 €
- outubro - 40 €
- novembro - 40 €
- dezembro - 40 €
- Em 2015 já não haverá mais pagamentos, apesar de haver 2 aulas, em janeiro e março.

-Total - 350€


Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince. 


Se quiser deixar um comentário, clique aqui, por favor.


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8 de janeiro de 2014

Astrologia e Reencarnação - Apontamentos para uma aula em 2007



ASTROLOGIA E REENCARNAÇÃO

Por Dorothée Koechlin de Bizemont
Extraído do seu livro “Astrologia Cármica”
Transcrições, excertos e sublinhados de António Rosa

Obs: Para ser estudado e analisado coma muita atenção pelos leitores.
Eu sei que a maioria dos actuais leitores não têm tempo para ler textos longos,

mas será que queremos realmente aprofundar alguma coisa?
Ou desejamos apenas umas frases lindinhas no Facebook?

Actualizado em 10 Junho 2007
Reorganizado em Janeiro de 2011
Actualizado em 8 Janeiro 2014
por António Rosa



Os astrólogos actuais podem repartir-se em duas tendências: os racionalistas e os espiritualistas. Os primeiros praticam a astrologia como um meio de conhecimento imediato dos homens. Empoleirada nas técnicas de investigação psicológica do século XIX e XX (psicanálise etc.), essa astrologia recusa as dimensões espirituais esotéricas. É, em suma, a irmã gémea da "medicina de consertos" ocidental, que só conhece o corpo material. Recusando a existência do corpo esotérico e do corpo astral, essa medicina só vê no homem um conjunto de reacções psicoquímicas. Como a medicina derivada das teorias de Pasteur, a astrologia racionalista ignora a finalidade cósmica do homem.

Para os astrólogos da segunda tendência, os espiritualistas, o estudo do tema individual não só descreve o corpo doente, a mente desequilibrada, ou a vida emocional perturbada, como também, mais ainda, esse tema astrológico pode responder às questões fundamentais que o indivíduo se coloca: "Quem sou eu? Para que serve a minha existência? Aonde irei depois de minha morte? De onde vim?"

O astrólogo espiritualista recoloca o homem numa estrutura de espaço e de tempo que esclarece sua finalidade. A astrologia espiritualista ou esotérica é naturalmente reencarnacionista. Seu nível de explicação é muito mais amplo. O tema actual representa apenas uma encarnação, a mais recente, que é a resultante das precedentes... O tema (em particular no momento da morte) chega a dar indicações sobre a próxima encarnação!

Efectivamente, um tema analisado nessa perspectiva "cármica" explica luminosamente os gostos, o temperamento, os defeitos e as qualidades do nativo. Descemos aí a um nível de investigação muito mais profundo do que a psicanálise, já que essa astrologia espiritual reconhece a marca das experiências anteriores sobre o comportamento actual do sujeito. Os traumatismos das vidas anteriores podem ser lidos num tema se o astrólogo é suficientemente competente, e se as faculdades de juízo são suficientemente refinadas.

Sem ser ela uma religião, a astrologia espiritualista é uma espécie de revelação sobre a organização divina do Cosmos. Assim como a "religião" tem algo a ver com "ligar", a astrologia espiritualista nos liga ao "projecto divino". "No começo, Deus criou o céu e a terra"- diz o Génesis. E Deus diz: "Que haja luminárias no firmamento do céu para separar o dia e a noite; que elas sirvam de sinais, tanto para as festas como para os dias e as estações." O estudo dessas luminárias devia ser uma forma de meditação transcendental. Assim praticada, a astrologia desemboca num deslumbramento, enlightment, como dizem os americanos (traduzindo assim a noção de iluminação, cara aos budistas). A astrologia, a cabala, a numerologia, a alquimia, o I Ching, etc. são os arcanos do conhecimento superior.

Esta era também a maneira de pensar dos grandes mestres da Antiguidade. Aí está por que reencarnação e astrologia nunca se opuseram nas civilizações antigas. Caminhavam lado a lado, com toda a naturalidade, como dois tipos de pesquisas paralelas conduzidas simultaneamente pelos sacerdotes e pelos iniciados. Terão eles, entretanto, feito a síntese entre as duas?

No Oriente, sim. No Ocidente é menos nítido. Um enorme número de tradições esotéricas ocidentais, que se transmitiam de boca em boca, perderam-se. Foi o caso do ensinamento dos druidas, por exemplo que, na Gália e na Grã-Bretanha, bem parecem ter coordenado astrologia e reencarnação, como testemunha César.

Um pouco de história

CALDEUS, GREGOS E ROMANOS

Os caldeus, observadores pacientes e apaixonados do céu, criaram a astrologia ocidental. Seus assombrosos conhecimentos astronómicos haviam feito com que descobrissem os planetas, até Saturno, inclusive. Já haviam medido suas revoluções - sideral e sinódica, com uma margem de erro muito pequena, e podiam prever com antecedência sua posição. Eram particularmente bem informados sobre as diferentes fases da Lua, e previam com precisão a volta dos eclipses. Foram eles que, tendo traçado os limites da eclíptica, haviam-na dividido em 12 porções, que se tornaram os "signos do Zodíaco". E como haviam compreendido que certas posições astronómicas pareciam ocasionar de novo os mesmos movimentos (os mesmos traços de carácter), tinham desenvolvido a interpretação simbólica daquelas posições astrais - ou seja, a nossa astrologia.

Mas teriam eles associado esta última à reencarnação? Numa palavra, seriam eles capazes de reencontrar as vidas anteriores através da leitura de um tema? Não se sabe exactamente.

Mestres consumados na arte de prever o futuro, interessar-se-iam pelo passado anterior? Os caldeus não eram certamente, assim como nós hoje em dia, estranhos à noção de reencarnação: Zoroastro parece ter sido herdeiro de uma velha tradição local. E altamente provável que certos sacerdotes-astrólogos iniciados utilizassem a astrologia para conhecer a evolução cármica das almas. Mas nenhum texto ou documento chegou até nós, actualmente.

Os babilónios, que vieram depois dos caldeus, retomaram e desenvolveram amplamente sua ciência, tanto em astronomia-astrologia, quanto em esoterismo. Transmitiram-na aos gregos, de quem a herdamos. Pensa-se que os egípcios não ignoravam de modo algum a astrologia reencarnacionista. Mas seus conhecimentos nesse assunto permanecem tão misteriosos quanto a Esfinge e a Grande Pirâmide...

Quanto aos gregos, um grande número deles, como vimos, acreditavam na transmigração das almas. Mas os filósofos do período clássico que a mencionaram não a ligaram à astrologia caldéia (que só foi vulgarizada tardiamente entre os gregos, no século III antes de Cristo).

Entretanto, Alexandre trouxera brâmanes da sua expedição à índia, intensificando assim os intercâmbios religiosos com o mundo grego. As tradições caldeia e egípcia, assim como a mitologia grega e a influência indiana irão misturar-se para dar aqueles "mistérios" iniciáticos, tão em voga no início da era cristã, mas não parecem ter convergido para criar uma verdadeira escola de astrologia reencarnacionista. Ninguém, no Ocidente, parece ter-se preocupado em coordenar astrologia e reencarnação.

Ninguém, salvo, talvez, os druidas. Mas estes logo vão desaparecer, sem deixar seus ensinamentos. A consciência das vidas anteriores apaga-se pouco a pouco na Europa, a partir do século VII. A astrologia, em compensação, permanece oficial ainda durante mil anos. Mas ninguém lhe pede que seja "reencamacionista". O Ocidente esqueceu tudo...

Nos séculos XVIII e XIX, grande buraco negro: a astrologia, por sua vez, cai num descrédito total. Raros esotéricos, rosacrucianos, alquimistas e cabalistas conseguiram, no entanto, manter viva a chama, por vezes à custa de suas vidas. Eles estarão na origem de um renascimento que só se ampliará no século seguinte. Na Alemanha, Goethe, no entanto, mostrar-se-á convencido da realidade da reencarnação, e se apaixonará pela astrologia. Não estabelecerá, no entanto, a ligação entre as duas.

Enfim, na segunda metade do século XIX, e no início do século XX, irão levantar-se alguns grandes espíritos que se voltarão para as fontes indianas e tibetanas: no Oriente não se rejeitou a reencarnação, nem a astrologia. Melhor ainda, integrou-se uma à outra, com toda a naturalidade! Corajosamente, pioneiros europeus e americanos reintroduzem no Ocidente esses dois espantalhos, "ilusões diabólicas", "especulações perigosas", nascidas de uma "mentalidade pré-científica".

Como me dizia recentemente uma velha senhora: "A reencarnação? Minha filha, é muito perigoso mexer com essas coisas! Não se meta nisso de jeito nenhum. Todos os meus conhecidos que caíram nessa história tiveram os piores aborrecimentos!"

A ASTROLOGIA INDIANA E TIBETANA

Ao leste do Éden, a Árvore do Conhecimento nem sempre foi sufocada. Nas índias, no Tibete, e em outros países do Extremo-Oriente, a reencarnação faz parte da vida quotidiana, assim como também a astrologia. Os astrólogos indianos, quando estudam um tema, têm sempre presente no espírito a "roda das reencarnações". Estimam que têm sob os olhos o "momento" da corrida milenar de uma alma. Nas Índias e no Tibete, não se cogita de empreender uma ascese espiritual sem procurar conhecer os erros das vidas precedentes. Essa busca é feita sob a orientação de um mestre, guru, swami, sishi... que guia o adepto no caminho muitas vezes difícil desse conhecimento.

A astrologia está muito naturalmente integrada nesta busca espiritual. Os astrólogos indianos não trabalham apenas na "análise lógica do tema" - utilizam sem qualquer reticência sua mediunidade para ler ali as vidas anteriores. Assim, o astrólogo indiano é, por princípio, um iniciado e um sábio. Sua função é religiosa.

Sem entrar nos detalhes que veremos mais amplamente na sequência dos capítulos deste livro, apresentaremos a seguir, em termos muito gerais, as configurações pelas quais os astrólogos indianos determinam as vidas anteriores (e futuras) de um nativo. Consideram eles, essencialmente:

O NIDÂNAS

Os "signos do Zodíaco" na astrologia indiana não correspondem exactamente aos nossos, por causa da defasagem entre signos e constelações, devida à precessão dos equinócios. Entretanto, o Zodíaco indiano admite, como o nosso, uma divisão do ano em 12 partes que correspondem às 12 constelações da eclíptica. Cada uma dessas constelações é como uma "porta", por onde entra a alma que se encarna de novo. Cada porta ou "nidâna" corresponde ao desejo, à paixão dominante, que impeliu a alma a se encarnar. Existe uma correspondência simbólica entre os 12 nidânas e os signos do Zodíaco.

Estes últimos são representados num círculo, o Bhava Chakra, ilustração gráfica da roda das transmigrações, e oferecidos sob esta forma à meditação dos fiéis.

0 primeiro nidâna é representado com os traços de uma velha cega, e simboliza a ignorância, a vontade inconsciente que leva a alma a se reencamar. Seu simbolismo lembra o de Áries, ser de desejo, movido por impulsos muitas vezes cegos.

O segundo nidâna é representado por um oleiro modelando a argila. Símbolo do apego às formas da vida física, está muito próximo de Touro.

O terceiro nidâna é representado por um macaco trepando lepidamente numa árvore. Ele simboliza o desejo de conhecimento e uma certa instabilidade, que evocam bem os Gémeos.

O quarto nidâna é representado por uma barca contendo ora apenas um homem, ora uma família. Simboliza o desejo de existir por si mesmo, de ser autónomo. Esse desejo, no Ocidente, nasce no nível de Câncer (que evoca também o Oceano primordial, como a barca).

O quinto nidâna é representado por uma casa vazia, ou por uma máscara humana: simboliza o desejo de exteriorizar o poder dos sentidos, e também a ambição (o que corresponde bem ao Leão).

O sexto nidâna é representado por um casal de esposos, ou por um trabalhador atrás do seu arado. Simboliza o desejo de realização concreta, a fecundação. Corresponde à nossa Virgem (representada no Ocidente com uma espiga de trigo na mão).

O sétimo nidâna é representado por uma figura humana cujo olho foi varado por uma flecha. Simboliza o desejo de ternura e de prazer, as ilusões do coração que terminam na dor. Corresponde a Libra.

O oitavo nidâna é representado por um homem que se embriaga, e por uma mulher segurando uma garrafa de vinho. Simboliza a sede insaciável de gozo, que acorrenta o homem à roda das reencarnações, e corresponde ao Escorpião.

O nono nidâna é representado por um homem colhendo frutos, que coloca num cesto. É o desejo dos bens materiais, o apego às gratificações deste mundo, análogo ao simbolismo de Sagitário.

O décimo nidâna é representado por uma mulher grávida. Ela representa a plenitude da existência material, e a sujeição aos trabalhos terrestres. Este nidâna corresponde a Capricórnio.

O décimo primeiro nidâna é representado por uma criança nascendo. Simboliza o desprendimento que foi adquirido e que dá ao ser o desejo de renascer uma última vez para liquidar todo o seu carma. Essa motivação espiritual corresponde a Aquário.

O décimo segundo nidâna é representado por um cadáver em seu cortejo funerário. Simboliza a dissolução (muito neptuniana) de todos os laços terrestres que aprisionavam o ser. Corresponde a Peixes.

Decanatos, graus e outras subdivisões do Zodíaco


Cada signo do Zodíaco - tanto na índia como no Ocidente estende-se, então, por 30° do céu. Um decanato - um terço de um signo - contém 10º.

Os astrólogos indianos dão muita atenção às subdivisões do Zodíaco; os decanatos permitem, segundo eles, um conhecimento das vidas anteriores; os dwads e os navamsas, subdivisões do decanato e do signo, indicariam mais o desenvolvimento futuro da Entidade.

Cada grau do círculo celeste indica também alguma coisa do carma do nativo. Não desenvolverei aqui esses tópicos - apesar de interessantes - por falta de espaço!

O Ascendente

É examinado com o maior cuidado. O signo que se encontra situado na XII casa, logo acima do horizonte, é considerado como o signo ascendente da vida precedente. Exemplo: um nativo nascido com o Ascendente Libra tinha o Ascendente Virgem na encarnação precedente; não deve, portanto, causar espanto que ele ainda apresente características de Virgem, sobretudo no início desta vida. A alma percorre, assim, o Zodíaco, experimentando em cada encarnação as possibilidades dos signos, segundo sua progressão.

Os seis mundos

Não se pode compreender a astrologia indiana esquecendo os seis mundos começando por baixo:

- O mundo infernal, que corresponde ao plano de Saturno

- O mundo dos espíritos famintos, que corresponde ao plano da Lua

- O mundo animal, que corresponde ao plano de Vénus

- O mundo humano, que corresponde ao plano de Mercúrio

- O mundo dos Titãs, ou Heróis, ou deuses ciumentos, que corresponde ao plano de Marte.

- O mundo dos deuses, mundo da felicidade e da luz, o mais alto de todos, que corresponde ao plano de Júpiter

O acesso a esses três últimos mundos se faz por um bom carma, ao passo que, ao contrário, um carma pesado obriga a entidade a se reencarnar em um dos três mundos inferiores, onde reina a infelicidade.

As almas passam de um a outro mundo, segundo seus méritos. A astrologia permite ver de que mundo vem o recém-nascido e, ao morrer, em que mundo o indivíduo se reencarnará. O Sol, energia luminosa, forma do Buda, indica, por sua posição no signo e no decanato, como se disse acima, de que mundo vem o nativo.

Resumi muito grosseiramente o ponto de vista da astrologia indiana: os especialistas que me perdoem essa simplificação.

OS PIONEIROS OCIDENTAIS

Os primeiros pioneiros ocidentais da astrologia reencarnacionista foram buscá-la nas índias. Teósofos, antropóssofos, rosacrucianos não ignoram as fontes indianas.

Depois da geração dos pioneiros, outros astrólogos desenvolveram a astrologia esotérica, apoiando-se mais na inspiração mediúnica do que nos textos indianos (Alice Fowler, Irys Vorel, Donald Yott, Charles Vouga). Mas é notável que haja uma convergência entre a inspiração desses pesquisadores e as tradições indianas.

O caso limite é o de Edgar Cayce, que nunca pôs os pés num ashram, nem estudou astrologia indiana, e nem mesmo qualquer tradição reencarnacionista, e que, por sua simples inspiração mediúnica, reencontra valores que a India conservara e que a nossa astrologia esquecera. Aliás, foi a propósito do tema astrológico de seu amigo Lammers que Cayce mencionou pela primeira vez esta evidência que é a reencarnação. Para seu próprio espanto, ele declarou, sob sono hipnótico: "Outrora, ele (Lammers) foi monge." Foi preciso, depois, que Cayce, assim como os astrólogos ocidentais, percorresse um caminho muito longo para chegar à astrologia reencarnacionista aqui apresentada.

EDGAR CAYCE CONFIRMA A REALIDADE DAS PERMANÊNCIAS PLANETÁRIAS

As leituras caycianas, evidentemente, contêm um imenso número de comentários astrológico-reencarnacionistas.

Essas referências são totalmente surpreendentes para um astrólogo ocidental "clássico". Entretanto, pôde-se verificar cem vezes a justeza das previsões de Cayce, e também o quanto seus diagnósticos, tanto físicos quanto psíquicos, se mostraram exactos. Pode-se, então, pensar que sua visão astrológica corresponde a uma realidade. A astrologia actual está, aliás, em plena evolução. O materialismo do século XIX lhe cortara as asas: o século XXI provavelmente dará razão a Cayce. Aqueles, dentre os meus leitores, a quem essa questão interessa, podem reportar-se ao excelente livro de Margareth H. Gammon: Astrology and the Edgar Cayce readings, publicado pela ARE (Edgar Cayce Foundation, 1967 e 1973).

A maioria das 2.500 leituras de vidas apresentadas por Cayce entre 1923 e 1945 evocam a reencarnação. Segundo ele, as Entidades permanecem em diferentes épocas no plano terrestre - é o que chamamos de encarnações sucessivas - mas também permanecem em outros planos planetários, entre duas vidas terrestres. Edgar Cayce está longe de ser o único a ter falado nisso. Allan Kardec faz alusão ao assunto: "A medida que os Espíritos se depuram, encarnam-se em mundos cada vez mais perfeitos" (O Livro dos Espíritos, Editorial Angelorum-Novalis).

As Lettres de Christopher, de Rose-Marie Tristam, também falam nisso. Christopher, morto aos 17 anos no naufrágio de um navio torpedeado durante a Segunda Guerra Mundial, retorna depois de morto, regularmente, para falar com sua mãe. Conta-lhe suas actividades nos outros mundos: "Depois de deixar Sirius, visitamos vários satélites em tomo daquele grande centro de luz...". Conta também as expedições a Marte, a Júpiter, a Orion... É bem possível que, depois da morte, os humanos possam realizar com muita facilidade viagens interplanetárias, ou mesmo interestelares!

Albert Pauchard, em seu L'Autre Monde, fala também do "raio de Neptuno", que ilumina "o último contingente de um ciclo solar" - isto é, os que vão nascer entre 20 de Fevereiro e 20 de Março, em Peixes.

Nos Estados Unidos, o famosíssimo médium Arthur Ford falara de suas viagens em "projecção astral" (isto é, saída do corpo físico ou "desdobramento") a outros planetas. Contou mesmo que visitou Arcturus.

Voltando a Cayce, ele diz que as Entidades permanecem em outros planos planetários (ou estelares); ele chama essas permanências de "sojourns". Qual será a finalidade disso? Segundo ele, o plano divino de desenvolvimento das almas humanas prevê para elas uma série de experiências planetárias, para ampliar o campo de seus conhecimentos. Os reencarnacionistas em geral, tanto do Oriente como do Ocidente, estão de acordo: o campo terrestre é demasiado limitado. Devendo a alma chegar ao perfeito conhecimento (já que "nós somos deuses", como diz Paulo), precisa passar por uma grande diversidade de experiências cósmicas. Isso é necessário para a aprendizagem do estado divino!

Segundo Cayce, esses "sojourns" em planos de consciência diferentes são descritos no tema individual pelos planetas, que simbolizam diferentes planos de energia cósmica. Podemos, portanto, ler no nosso tema as experiências planetárias precedentes. Essas vilegiaturas em outros mundos desenvolvem nossas faculdades mentais. Nossas ideias, nossas intuições, nossos conhecimentos inatos, em suma, nossas aptidões intelectuais e imaginativas seriam directamente provenientes das experiências planetárias e siderais. Esses "estágios de formação" em diferentes "lugares" do sistema solar nos dariam nosso dinamismo mental, ao passo que nossa vida emocional seria antes o fruto de nossas encarnações terrestres.

Cayce diz frequentemente: "Tal Entidade chega de Saturno" (ou de Mercúrio, ou de Vénus etc.). Em inglês, entered from Saturn (esta alma alçou voo em Saturno).

Essas viagens interplanetárias que asseguram a "formação contínua" das almas não se limitam ao sistema solar; Cayce faz inúmeras alusões a estrelas como Arcturus (que parece um elevadíssimo lugar espiritual), Sirius, as Plêiades, Rigel, Bellatrix, Betelgeuse, a Polar ou constelações extra zodiacais, como a Grande Ursa, Orion, etc.

Sabe-se que os astrólogos da Antiguidade, e depois os astrónomos árabes, atribuíram uma grande influência às "estrelas fixas". Distinguiam perfeitamente estas últimas das "estrelas errantes", que são os planetas. A astrologia ocidental desconhece - ou simplesmente ignora - essas estrelas fixas, com raras excepções, como Vivian Robson ou Volguine; ou como a astrologia rosacruciana, que sublinha a importância de certas estrelas como Alcione, as Plêiades (constelação de Touro), as Aselli ou Anons (constelação de Câncer), Antares (constelação de Escorpião).

Alice Bailey, outra astróloga reencarnacionista, fala também da influência de Betelgeuse, da Grande Ursa, de Sirius. É óbvio que os astrólogos indianos também não ignoram as estrelas fixas, e sabem que elas encerram grandes mistérios.

Enfim, se Cayce insiste nas permanências planetárias e estrelares detém-se muito pouco nos aspectos entre os planetas, e nos signos do Zodíaco. É que o valor destes, na nossa astrologia ocidental, é alterado pela precessão dos equinócios, de que é imprescindível falar aqui.


UM PONTO IMPORTANTE: OS SIGNOS DO ZODÍACO E A PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS

[Este texto sobre a precessão dos equinócios, à excepção dos restantes é da autoria de António Rosa. Ver aqui.]

Nas páginas que se seguem , trataremos dos planetas nos signos do Zodíaco. Ora, impõe-se um acerto: o astrólogo sério, reencarnacionista ou não, deve levar em consideração a precessão dos equinócios.

O grande público, muitas vezes mal informado sobre a astrologia, pensa que esta se resume aos signos do Zodíaco. "Ah, você é Touro? Como eu gosto desses bichos!" O estudante pôde se dar conta de que os signos do Zodíaco eram apenas uma das "chaves" da astrologia. Os planetas são tão ou mais importantes do que eles! Alguns astrólogos não vêem os signos do Zodíaco senão como um jogo de filtros coloridos: cada planeta nos envia suas vibrações através do filtro do signo zodiacal que as colore.

Por vezes, espantamo-nos: certos nativos só têm poucas características descritas pelos signos... em compensação, comportam-se mais como o signo precedente. Muita gente, ainda assim, espantou-se com o facto de Hitler ter nascido com o sol em Touro - signo pacífico por excelência! Teria sido bem mais lógico que seu Sol estivesse em Áries, signo da guerra, sob a regência de Marte. Ora, é esse o caso... se levarmos em consideração a precessão dos equinócios!

Assim também Luís XIV, que escolhera como símbolo o Sol e se comportou como um verdadeiro Leão, evidentemente não nasceu com o Sol em Virgem - signo do perfeito subordinado! (5 de Setembro de 1638).

Assim o Zodíaco no qual trabalhamos está alterado. Actualmente, as constelações não coincidem mais com os signos do mesmo nome.

Lembro que os astrónomos reagruparam as estrelas fixas em 89 constelações. Esses grupos, evidentemente, são arbitrários. Mas não se podia deixar de rotular o céu, para poder se orientar nele! Ora, o Sol não dá cambalhotas ao acaso nessas 89 constelações: limita-se, comportadamente, às 12 que percorre todo ano, e que constituem, para ele, uma espécie de auto-estrada celeste. A essas constelações os Antigos haviam dado nomes de animais: ignora-se completamente porque... Mas não se deve pensar que fosse pura fantasia: os astrónomos astrólogos da Caldéia possuíam profundos conhecimentos esotéricos sobre o reino animal.

Em suma, o início do ano zodiacal, o "ponto vernal", ou "grau 0 de Áries", deve coincidir com o primeiro dos 12 sectores - ou signos -repartidos no céu no caminho anual do Sol (é a auto-estrada celeste que chamamos de Zodíaco). Esses 12 sectores do céu, de 300 (30x 12 = 360), são baptizados de acordo com os nomes das constelações que devem enquadrar.

Ora, em virtude da percepção dos equinócios, o Sol hoje em dia não nasce mais, no dia 21 de Março, na constelação de Áries. Em 228 depois de Cristo, era assim: o Sol nasceu bravamente, como lhe haviam mandado ao mesmo tempo em Áries-signo do Zodíaco e em Áries-constelação. Depois, pouco a pouco, começou a nascer no fim do signo de Peixes. Os astrólogos, como Ptolomeu, não prestaram mesmo muita atenção nisso: era uma aproximação… O mal é que, hoje em dia, a "aproximação" tornou-se "bem pouco próxima"!

O eixo da Terra gira lentamente sobre si mesmo em 26.000 anos: e é esse fenómeno, chamado "precessão dos equinócios", que faz com que o Sol nasça, todo dia 21 de Março, um pouco mais atrás nos signos.

Em virtude dessa progressiva defasagem, os 12 sectores de 300 repartidos no céu não coincidem mais com as constelações que lhes haviam dado o nome. A defasagem é mesmo tão importante que atinge hoje em dia (em 1983) cerca de 24°.

Os astrólogos indianos conhecem perfeitamente essa defasagem, que chamam de ayanamsa, e que levam em consideração na interpretação dos horóscopos.

Assim, um nativo de 1983, com o Sol a 5° de Escorpião estaria, para os astrólogos de 20 séculos atrás (assim como para os astrólogos indianos actuais) com o Sol a 110 de Libra. Não será de estranhar, então, que em sua juventude ele apresente tantos traços de carácter de Libra.

Essa defasagem progressiva irá levar pouco a pouco o Sol a nascer, em 21 de Março, na constelação de Aquário (mas sempre no signo, isto é, no sector de Áries). Desde o ano 228 da era cristã até agora, o Sol nascera na constelação de Peixes. Irá deixá-la por voltado ano 2 377, para entrar na de Aquário.

Portanto, os astrólogos verdadeiramente honestos, verdadeiramente preocupados com a verdade, deveriam levar em consideração a defasagem ayanamsa em suas interpretações. Uma Lua natal a 6° de Touro, por exemplo, é, no dia do nascimento, o que há de mais Áries!

Cada vez que eu mencionar um planeta (ou um nó) num signo, entenda-se que se trata do signo real, depois de feita a correcção pelo ayanamsa.

Dito isto, a "progressão" dos planetas os faz evoluir através do Zodíaco. Assim, a criança que nasce actualmente com o Sol a 5° de Sagitário, nasceu na verdade em Escorpião - e manifestará as características deste. Entretanto, por progressão de um grau por ano, o Sol, aos 25 anos, entrará no 1ºgrau de Capricórnio. Se subtrairmos o ayanamsa de 24°, esse Sol estará na verdade a 6° da constelação de Sagitário. E então que esse jovem terá um comportamento sagitariano.

Na prática corrente, seria preciso considerar os dois signos, antes e depois da subtracção do ayanamsa.

Os astrólogos da Pérsia antiga, os caldeus e os babilónios levavam em conta esse fenómeno e corrigiam seus horóscopos a partir disso. Mas os egípcios, depois os astrólogos do Baixo Império romano, seus sucessores na Idade Média e depois os modernos esqueceram o ayanamsa, que não pára de crescer de século para século.

Para concluir, a astrologia ocidental comum, actualmente, trabalha sobre bases em parte falsas, a menos que leve em consideração o ayanamsa - cuja tabela para o século XX é apresentada abaixo:

Exemplo muito significativo: o tema de Hitler

Para o seu nascimento, em 20 de Abril de 1889, às 18h21 min., em Braunau am Inn, na Áustria, o Zodíaco habitual dá 0" 48 Touro. Corrigindo a posição do Sol, pela subtracção do ayanamsa, encontramo-lo no início de Áries, a = 7º 48”, o que dá a esse signo de guerra e de fogo toda a sua força.

E A LIBERDADE, O QUE SE FAZ DELA?

A Tradição afirma, desde sempre: Astra inclinant, sed non cogunt, isto é: "Os astros indicam, mas não obrigam." Assim, segundo Tomás de Aquino: “Tudo o que existe na superfície deste mundo sublunar está sujeito à influência dos astros - mas o sábio domina os astros."

Cayce está inteiramente de acordo com essa óptica. Eis o que ele diz, textualmente: "A mais forte influência exercida sobre o destino do homem é, em primeiro lugar, a do Sol, depois a dos planetas mais próximos da Terra, ou então dos que são ascendentes na hora do nascimento. Mas é preciso entender aqui que nenhuma acção, de qualquer planeta, nem as fases do Sol, da Lua ou de qualquer corpo celeste é mais forte do que a vontade do homem."

É, portanto, claro: o sábio domina os astros.

Nenhum astrólogo sério, seja oriental, indiano ou chinês, pensa realmente que sejamos totalmente determinados pelos astros, como se fôssemos fantoches manobrados por alguém.

Só as pessoas que têm noções muito superficiais de astrologia ainda imaginam que ela seja determinista, e que nosso destino estaria organizado de antemão nos seus mínimos detalhes. A "roda das reencarnações", o samsara dos astrólogos budistas, não é uma fatalidade: os textos sagrados indianos afirmam que é preciso sair dela, para isso utilizando nossa liberdade!

Tomás de Aquino manifestou-se a respeito, de modo magistral, em sua Suma teológica (questão 96, "Da Adivinhação pelos astros"): "Quando um médico - diz ele -, à cabeceira de um doente, faz um diagnóstico a partir de determinados sintomas, e depois faz um prognóstico sobre a evolução da doença, diz-se por acaso que ele faz profecias? É evidente que não! Ele apenas exerce sua profissão de médico.

Assim também o astrólogo: ao ver tal ou tal configuração no céu, deduz dela tal ou tal previsão." Tanto o médico como o astrólogo deixam, em seu "prognóstico", uma grande margem para a liberdade do doente (ou nativo). Este último pode, por sua atitude mental, fazer fracassar os prognósticos do médico (ou do astrólogo). Sabe-se de tantos doentes que se deixam morrer, e de tantos outros que ressuscitam pela força de vontade!

Toda astrologia que negue a liberdade seria totalmente débil. Todo aquele que pretende abusar do seu poder em nome dos astros, aterrorizando o seu consulente, sacudindo-lhe no nariz um destino implacável ("Está escrito no céu"), não é digno do nome de astrólogo.

Actualizado em 10 Junho 2007

Reorganizado em Janeiro de 2011
Actualizado em 8 Janeiro 2014
por António Rosa
.

27 de setembro de 2013

Análise astrológica mais aprofundada do mapa do Prícipe George de Cambridge, filho de William e Kate


Tenho que contar este episódio para minha própria memória futura.
Poucos dias depois de ter nascido o bebé real, filho de William e Kate,
escrevi este post fazendo uma análise mais aprofundada da criança.
Escrevi o texto em 24 Julho 2013 no meu blogue de testes,
inacessível ao público.
Acontece que, simplesmente, me esqueci do post e não cheguei a 
publicá-lo no «Cova do Urso».
Devido a estar meio adoentado em Setembro 2013, 
e dispor de mais tempo,  não me apetecendo escrever nada para
a internet, e em vez de estar horas deitado,
 passou-me pela cabeça vir limpar o blogue de testes,
para não amontoar artigos já passados.
Foi quando me deparei-me com este post.
Sinto que ele não está completo, 
mas vou passá-lo mesmo assim para o «Cova do Urso».
Peço desculpa a todos os leitores ou estudantes de astrologia.

António Rosa
27-9-2013



Nasceu o primeiro filho de William e Kate, os duques de Cambridge. Não é um fait-divers. A criança, que é um menino pesa 3,9 quilogramas. Será, um dia, chefe de Estado do Reino Unido e dos países da Commonwealth.

O bebé é o terceiro na ordem da sucessão do trono, atrás do avô Carlos, o príncipe de Gales (título do herdeiro), e do pai.

Por isso, e por agora, fale-se das curiosidades. William e Kate quiseram imprimir alguma normalidade ao nascimento do filho e sacudiram alguns passos do extenso protocolo. Ainda assim, acederam a que a rainha fosse a primeira a ser informada. Mas dispensaram o mensageiro real e fizeram saber que seria William, que assistiu ao parto, a fazê-lo e por telefone. O bebé nasceu às às 16h24, apesar da notícia só ter sido divulgada já passava das 20h30.


Dados do Príncipe de Cambridge:

PRÍNCIPE GEORGE ALEXANDER LOUIS OF CAMBRIDGE
22 Julho 2013
16h24 TMG
Londres, Inglaterra


O que li de mais gracioso sobre o 'royal baby': «O astrólogo real deve ter segurado o parto até o Ascendente ter chegado a 27º11' de Escorpião, pois primeiro aplica a um sextil com a Lua [28º17' Capricórnio] e depois um trígono ao Sol [29º59' Caranguejo]». in «Barbara Abramo Astrologia»





A importância deste mapa deve-se a que se percebe nele as grandes mudanças que se poderão dar ainda neste século, se ele chegar a reinar.


Antes do seu nascimento, escrevi este pequeno texto:

Será rapaz ou rapariga? Com Vénus [00º10' Virgem] conjunta à estrela Regulus [00º02' Virgem] tudo leva a crer que será uma menina, por sua vez conjunta ao Nodo Norte da avó paterna, a Princesa Diana. Um engano, nasceu um rapaz. Este posicionamento tem uma magnífica orbe de 0º08'. Curiosamente, o símbolo sabiano para Caranguejo 30 é esta frase «Uma filha da revolução americana». Outro indicador que poderá ser uma menina. Por outro lado,  o factor masculino podemos ver em Mercúrio [13º32' Caranguejo] que está conjunto à estrela Sirius [14º17' Caranguejo], com uma excelente orbe de 0º45', posicionamento que indica um «anunciamento importante». Se escolher nascer a 29º de Caranguejo, é possível que veja em vida desaparecer a monarquia britânica. Se nascer no 1º grau de Leão, será a protagonista de toda uma viragem monárquica no seu país.

Análise astrológica aprofundada

Temos Vénus em conjunção com Regulus, a estrela real persa, que apesar de estar agora em Virgem, nos últimos dois mil anos esteve no coração de leão. É uma estrela de grandes honrarias.

Há algumas certas coisas que podemos dizer sobre esta nova chegada à família real britânica. Vai ser um bebé de Caranguejo, como o pai e a avó Diana. Terá Júpiter, Marte e Mercúrio em Caranguejo. Será  um link para a sua avó já falecida, a Princesa Diana. Mesmo nas famílias mais comuns é normal encontrarmos o traço astrológico familiar saltando uma geração. Será o caso? Veremos.

Um rei ou rainha de Caranguejo pode ser muito tímido. Veja-se o caso do pai do bebé, o Príncipe William, que também é do signo Caranguejo. Não será nada pomposo, nem arrogante, mas muito caloroso e generoso, apesar de muito discreto, à semelhança de seus pais, que prezam muito a sua privacidade.

Sinceramente, ainda não sei que pensar do facto de ter nascido no último grau de Caranguejo/Câncer. Sendo pessimista, poderíamos dizer que a instituição monarquia poderá desaparecer em vida deste recém-nascido.

Nascerá com o famosos Grande Trígono de Água: Júpiter em Caranguejo, Saturno em Escorpião e Neptuno em Peixes. Mas, como se fosse pouco tem um segundo Grande Trígono no seu mapa natal: Marte em Caranguejo, Saturno em Escorpião e Neptuno em Peixes.

Se quando crescer, ainda houver monarquias, terá um mapa complexo para reinar, sem nenhum planeta em Ar.


Placa anunciadora do nascimento do bebé real.


Clicar na ilustração para aumentar.

O mapa astrológico revela uma personalidade muito complexa e controversa, e, simultaneamente, uma alma muito especial. Em geral, é equilibrado, com duas quadraturas-T (total, quatro oposições) que dão força de vontade, até mesmo tensões, e uma pirâmide de água que dá relaxamento, o poder de atrair as coisas muito fáceis, e grandes qualidades.

Em primeiro lugar, Sol, Júpiter, Mercúrio, Marte, Vertex; Neptuno, Quíron, Saturno e Nodo Norte estão todos em Água. Combinado com Saturno e Nodo Norte a trabalharem na décima segunda casa, parece haver uma certa disposição para a espiritualidade. No entanto, embora seja necessário desenvolver e entender isso, se ele próprio não se dispuser a fazer algum esforço nessa área, poderá tornar-se um "sonhador", que tem tudo o que quer, mas não é necessariamente um ser feliz. No entanto temos um posicionamento muito curioso: Sol [29º59’ Caranguejo], Lua [28º17’ Capricórnio] e Vénus [00º08´Virgem] ou seja em posicionamentos de «éter», pois ou estão num dos dois graus finais do signo ou, pelo contrário, no 1º grau do signo. Conhecidos como graus anaréticos.

Por outro lado, Ascendente, Nodo Norte e Saturno em Escorpião (também em ângulo de quadratura-T), os planetas e Lilith na Casa VIII em oposição com Plutão indicam tanto um desvio de Escorpião, sobretudo enorme energia ou uma necessidade de conformá-lo, de domesticar essa energia.

Para ser feliz, esta criança terá que aprender a controlar os seus impulsos, para separar os valores materiais dos restantes valores, a não ser extremamente crítico sobre si mesmo e, especialmente, para não ser possessivo nem egoísta. Além disso, será bom  que  tomem cuidado com qualquer tipo de aventuras e riscos perigosos em que ele se possa meter, numa fase de criança e mais tarde, ele mesmo saber controlar-se, evitando esses riscos.

O pai também é Câncer. Apreciei a conjunção da Vénus do rapaz em conjunção com o Nodo Norte e Marte da avó, a Princesa Diana. E para acentuar o lado cármico desta relação, a Lua do menino faz conjunção ao Saturno da avó. Muito curioso. [Atrever-me-ia a dizer que o espírito dela é um dos grandes guias do pequeno príncipe. Convicções minhas, nada astrológicas.]

A minha leitora e amiga Maria Carmo escreveu isto no meu Facebook: «O Príncipe, afinal, ainda é Caranguejo!!! E como nasceu no último grau, há nisso uma certa urgência... a certeza de ainda nascer caranguejo... Com a LUA em detrimento nos últimos graus de Capricórnio, Vénus em detrimento a zero de Virgem, parece-me que só o Neptuno e o Júpiter estão bem posicionados. Pela hora de Londres (16H24) dá um ascendente nos últimos graus de Escorpião, com um grande trígono entre Saturno em 12, Neptuno em 3 e Júpiter Marte em oito. Atenção, esta criança tem aspectos desafiadores terríveis entre um stellium em oito e o Plutão, tudo em quadratura a Úrano... Mas tem o trígono em Água e um rectângulo místico. Temo que a oposição do Plutão a um stellium em oito possa implicar alguma cosa violenta... mais tarde ou mais cedo. Esperemos que não. Mas pode também ser uma GRANDE ALMA com uma casa oito da Espiritualidade bem desenvolvida.»

O seu "relacionamento" com a Lua também é algo a ter que ser resolvido com sabedoria: ele tem uma oposição Sol - Lua, ambos no final dos signos. Seria um pouco difícil para ele, mas é necessário ser ao mesmo tempo forte e de bom coração, com força de vontade e delicado. A Lua no exílio e Lilith em Caranguejo podem bloqueá-lo para ser assim, mas, no entanto, para ser um bom líder, ele tem que encontrar uma extremamente fina harmonia entre si e seus sentimentos.

 Li aquilo que me parece o mais gracioso sobre o 'royal baby':

- «O astrólogo real deve ter segurado o parto até o Ascendente ter chegado a 27º11' de Escorpião, pois primeiro aplica a um sextil com a Lua [28º17' Capricórnio] e depois um trígono ao Sol [29º59' Caranguejo]». in «Barbara Abramo Astrologia»

E digo eu: é uma forma de suavizar aquela oposição Sol - Lua. Estas Luas Cheias dão nisto. Vai ser rebelde com a mãe.

10 de setembro de 2013

«Iniciação à Astrologia Dharmica e Karmica» em Módulos Trimestrais - 2º módulo: 1 e 2 Fevereiro


Clicar na ilustração para ler melhor.

«Obrigado por estarem aí, Espíritos Co-criadores,
Almas Empreendedoras e Amigos Humanos».
Matias de Stefano

Amigos e Leitores,
Meus Xamãs,

Preparei com intensidade, dedicação e muito carinho um projeto novo, que chamei de «Iniciação à Astrologia Dharmica e Karmica» em 4 módulos trimestrais, a começar em Novembro, na Ericeira, Portugal ['Cristal de Cura']. Que fique claro: não é um «curso», mas sim um aprofundamento destas matérias, através de uma visão mais feliz da vida.

Entre neste projeto comigo e venha conhecer o seu propósito maior. Não se esqueça de trazer o seu mapa natal. Desde 2005 que eu não tinha projetos astrológicos de longa duração. Foi um longo período sabático a esse nível, que durou 7 anos e qualquer coisa - um longo ciclo de Saturno.

Datas dos 4 primeiros módulos trimestrais (sábados e domingos): 2 e 3 Novembro 2013 - 1 e 2 Fevereiro 2014 - 3 e 4 Maio 2014 - 5 e 6 Julho 2014

- Contactos para informações, reservas, pagamentos: 

Local do evento: Ericeira, Portugal – no espaço «Cristal de Cura.

Contactos ao cuidado de Luísa Sal. A morada e o NIB para pagamentos serão fornecidos quando fizer a sua reserva.

E-mail: contactos@cristaldecura.com   -   Telefone:96 806 1279

Participação: 95 euros por módulo.

Conteúdo dos módulos

1º Módulo – dias 2 e 3 Novembro 2013 [AULA JÁ DADA]
Temas do seminário: Um pouco de história da Astrologia. A roda do zodíaco. A hora em que nascemos. Modos e qualidades: masculinos e femininos; cardinais, fixos e mutáveis. Sentido cósmico da roda do zodíaco com os signos. Os elementos do zodíaco: Fogo, Terra, Ar e Água. Breve abordagem dos 12 signos. Quadrantes. O nosso Ascendente e a Cruz na roda de samsara.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial: como interpretar um mapa natal, sem fazermos caso dos planetas, por enquanto. 

2º Módulo – dias 1 e 2 Fevereiro 2014 [PRÓXIMO MÓDULO]
Temas do seminário: Aprofundamento dos 12 signos do zodíaco. Palavras-chave. Níveis evolutivos. As oitavas superiores. Signos interceptados. Determinismo e livre-arbítrio. O eixo extroversão-introversão. Que quero da minha vida? O caminho. As Casas astrológicas: como se classificam [angulares, sucedentes e cadentes]. Como relacionar as 12 casas no mapa do zodíaco. Os Senhores das Casas. Os ângulos do mapa.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, ainda sem fazer caso dos planetas?

3º Módulo – dias 3 e 4 Maio 2014
Temas do seminário: Os planetas. Os planetas pessoais, sociais e transpessoais. Regentes dos signos. Senhores das Casas. Breve introdução aos planetas nos Signos e Casas. Planeta oriental. Planeta peregrino. Planetas Retrógrados. O planeta regente do Mapa. Os dispositores planetários. Tabela das energias planetárias. Breve noção dos aspectos astrológicos. Voltaremos ao tema: ‘Determinismo e Livre-Arbítrio’. Dharma e Karma.

Finalizaremos com uma aprendizagem especial e ainda mais aprofundada que no seminário anterior: como vejo o meu próprio mapa natal, já analisando o posicionamento dos planetas e os aspectos que fazem entre si?

4º Módulo – dias 5 e 6 Julho 2014
Temas do seminário: Aprofundamento dos planetas do zodíaco e os aspectos que fazem entre si. Trânsitos em geral. Ciclos planetários desenvolvidos. Trânsitos ao Ascendente e outros ângulos do mapa. Trânsitos diversos. O trânsito dos planetas retrógrados.


Estarão os alunos preparados para estudarem um mapa de trânsitos? Se os alunos acharem que sim, faremos isso, de forma comedida e sem extravagâncias retóricas, para criamos bases sólidas do nosso Conhecimento.


Assuntos práticos que interessam aos alunos participantes deste projecto:

- Inscrições já abertas para todos os módulos. 

Local do evento: Ericeira, Portugal – no espaço «Cristal de Cura.

Contactos para informações, reservas, pagamentos: 

Contactos ao cuidado de Luísa Sal. A morada e o NIB para pagamentos serão fornecidos quando fizer a sua reserva.

E-mail: contactos@cristaldecura.com  -  Telefone:96 806 1279

- Custo das aulas/seminário de 2 dias [sábado e domingo] entre as 10h00 e as 18h00 com intervalo para o almoço – 95 euros por módulo.


MODOS DE PAGAMENTO

-Disponibilizamos as seguintes formas de pagamento:

– Em 2 prestações: 45 euros quando fizer a reserva de participação no seminário (não reembolsável) e 50 euros no dia em que se realizar o módulo escolhido por si. Se quiser, também pode pagar os 95 euros de uma só vez, no momento em que fizer a reserva de participação.

–  Há uma modalidade muito favorável, em que beneficiará de um desconto considerável, se optar fazer os 4 módulos já indicados. Façamos contas: 95€ X 4 módulos = 380€. Se optar por pagamentos suaves mensais o total pago será de 350€, assim:

- Setembro - 30€
- Outubro - 40€
- Novembro - 40€
- Dezembro - 40€
- Janeiro - 40€
- Fevereiro - 40€
- Março - 40€
- Abril - 40€
- Maio - 40€
-Total - 350€






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17 de agosto de 2013

Grandes misturadas



Nunca entendi muito bem porque, para falarmos de astrologia, habitualmente damos exemplos de povos antigos, cujas culturas já desapareceram há séculos e, desde há uns anos, a conversa da astrologia dos índios e dos incas é mesmo para rir. Se existissem e fossem de facto importantes, teriam sobrevivido e adaptado-se aos séculos 20 e 21, como aconteceu com outras culturas muito antigas, como a indiana [védica], a chinesa, a tibetana [os palácios]...

Até a nossa própria cultura [a do ocidente e derivações], a de ascendência judaico-cristã, também usa a astrologia, esta que eu pratico. Houve apenas um breve interregno de umas centenas de anos em que decresceu de popularidade e divulgação, por motivos históricos conhecidos de muitos, mas, felizmente, actualmente em ascensão. 

Um aparte: desejo muito que não apareçam os sabichões do costume e que não confundam cultura judaico-cristã com religiões.

Também não percebo como se pode misturar astrologia com as Luas das marés e das culturas agrícolas. Mas fazem muito isso, como argumento inculto. Será por haver as luas astrológicas e misturam tudo? Por exemplo, misturam a 'actividade' do satélite do planeta Terra, com a Lua em Capricónio...

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3 de maio de 2013

O básico - o Sol

O Sol representa o consciente, a capacidade de auto-percepção e auto-consciencia do ser humano. Ele representa num mapa astrológico o modo como tomamos consciência do mundo ao nosso redor e o nosso sentido de identidade. No centro do Sistema Solar encontramos o Sol. Tal como a consciência humana se expressa através de diferentes formas, também a energia solar se diferencia através dos planetas. A posição relativa de cada planeta define a função que simboliza.

Sol em Signos de Fogo - Quando o Sol está num signo do elemento Fogo a expressão da identidade é naturalmente viva, enérgica e calorosa. - Sol em Carneiro / Áries: "Sou aquilo que faço". - O processo de auto-conhecimento passa pela acção directa e imediata. Esta pode ser pensada e assertiva ou, pelo contrário, impulsiva e agressiva. - Sol em Leão: "Sou aquilo que manifesto". - O auto-conhecimento passa pela expressão criativa do ego, em função do próprio indivíduo (é auto-referenciado). É generoso e brilhante, mas pode ter um toque de egocentrismo e arrogância. Sol em Sagitário: "Sou aquilo em que acredito". - O conhecimento de si mesmo é feito através da identificação com ideais e filosofias. Tem uma faceta aventureira e optimista, mas por vezes é irresponsável e exagerado, podendo tornar-se dogmático e "evangelizador".

Sol em Signos de Terra - Nos signos do elemento Terra, a expressão da identidade assume um carácter mais reservado e contido, tornando-se funcional e pragmática. - Sol em Touro: "Sou aquilo que tenho". - Conhece-se pela concretização, realização, posse e vivência dos sentidos (ver, saborear, cheirar...). Tem uma faceta estética, estável e concretizadora, mas pode tornar-se possessivo, comodista e boçal. Sol em Virgem: "Sou o que analiso e purifico". - O indivíduo conhece-se pela sua capacidade de análise detalhada e funcional. Pureza, perfeição e eficiência ajudam-no a perceber quem é. Arrisca-se a cair num excesso de criticismo e em perfeccionismos descabidos. Sol em Capricórnio: "Sou um lugar na hierarquia social". - Conhece-se através da estrutura, da ordem e da sua posição nas hierarquias sociais. É esforçado, trabalhador, sóbrio e estratega, mas a sua necessidade de reconhecimento social pode torná-lo rígido, ambicioso e "frio".

Sol em Signos de Ar - Em signos do elemento Ar, o auto-conhecimento é atingido através da visão conceptual do mundo, da comunicação e dos relacionamentos. - Sol em Gémeos: "Sou o que digo e penso". É através da relativização e da experimentação que a identidade se organiza. Oscila entre a superficialidade nervosa e a capacidade de ver todos os aspectos da natureza das coisas. -
Sol em Balança / Libra: "Sou parte de uma relação". - A identidade espelha-se nos outros. Os relacionamentos têm de ser "de igualdade", sejam eles pessoais, sociais ou de negócios. É diplomático e sociável, mas também pode ser muito dependente e indeciso. Sol em Aquário: "Sou a minha diferença/sou o meu grupo". - O processo de consciência passa por uma conceptualização do mundo com base em grandes ideais e ideologias sociais. Tem uma expressão original, diferente, que pode ser muito criativa ou tornar-se excêntrica e rebelde.

Sol em Signos de Água - Quando o Sol está num signo do elemento água a expressão da identidade é naturalmente reservada, sentimental e empática. - Sol em Caranguejo / Câncer: "Sou o que sinto e protejo". - Conhece-se através da busca de segurança e de 'alimento' emocional. Pode oscilar entre uma atitude de 'mãe' (que protege e nutre mas também abafa), ou o de 'filho' (que dá amor e companhia mas exige amor e atenção contínua). - Sol em Escorpião: "Sou aquilo em que me transformo". - Conhece-se através da vivência profunda e intensa das suas emoções. O medo desta turbulência emocional leva-o a resistir, controlar e manipular, no entanto, se superar esta barreira, encontra em si grandes poderes de transformação. - Sol em Peixes: "Sou o absoluto". - Aqui o auto-conhecimento tem como base um sentir muito abrangente. Tem poucas barreiras e absorve o "sentir dos outros" como se fosse seu. É sensível e abnegado, mas pode perder-se nos próprios sentimentos de auto-piedade.


Texto publicado em 8 Março 2009.

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29 de abril de 2013

O livre-arbítrio e a astrologia



Minha mandala de poder: o Urso. Design by Marcelo Dalla.

Uma amiga que muito estimo fez-me a seguinte pergunta, aqui no blogue:

«Como é que o livre arbítrio "encaixa" na Astrologia, se esta estuda a posição dos astros quando nascemos (e não só), sendo que isso definirá o nosso futuro? Se tudo está "escrito no céu", onde fica o nosso poder de decisão?»

Atendendo que a resposta também foi dada no blogue, tive que usar da maior concisão que fui capaz. Saiu este pequeno texto:

Os astros não influenciam, nem decidem, nem determinam. Apenas dão pistas sobre o potencial de experimentarmos determinadas emoções.

O resto é com o ser humano.

O posicionamento dos astros num mapa de nascimento, dão-nos muitas informações daquilo que há poucos anos se convencionou chamar de psicologia. Mas fazem mais que isso, muito mais. Mostram-nos a pessoa complexa que somos.

Dou muitas vezes este pequeno exemplo sobre o livre-arbítrio:

No mesmo dia e hora e na mesma maternidade (cidade), 3 mulheres de classes sociais muito diferentes dão à luz um rapaz.

Os mapas dos rapazes são iguais.

Teoricamente, e a acreditar naquilo que se lê em livros e sites de astrologia, que falam muito de signos e pouco mais, os rapazes deveriam ter as mesmas características.

Obviamente, quando crescerem, serão pessoas bem diferentes.

Uma das mulheres que deu à luz é de uma classe social muito endinheirada, com grandes fortunas (bancos, seguros, etc).

Outra das mulheres é de classe média e vive de acordo com as suas circunstâncias.

A terceira mulher provém de um bairro social desfavorecido, onde se trafica o pior que se possa imaginar.

Logo à partida, estas crianças - com mapas iguais -, terão educação e oportunidades muito diferentes. Escolas diferentes. Motivações diferentes. Culturas diferentes. Ambientes sociais diferentes. Etc.

Mesmo partindo do princípio que cada mãe ama profundamente o seu filho e que lhes incuta os mesmos valores universais, estas crianças aprenderão a usar o livre-arbítrio de forma completamente distinta.

Logo ao nascer, são diferentes, com mapas iguais.

Ainda crianças e adolescentes, serão confrontados com escolhas (livre-arbítrio) completamente diferentes. Perante situações de vida similares.

Eu podería ir por aí fora, mas creio que está subentendido que o livre-arbítrio é um factor pessoal, mas que envolve situações externas a cada um, de forma bem marcada.

O mesmo se passará quando forem adultos.

Creio que este exemplo serve para ilustrar o que pretendo dizer.

Quando se olha a astrologia como meras previsões, pode-se cair com facilidade na ideia de que tudo está destinado. Não está.

As nossas escolhas e aceitação das respectivas consequências é que marcam aquilo que somos.

Eu escolho entrar em negação e não aceitar, sofrendo muito com isso? Ou escolho aceitar e sofrer o mínimo possível, mantendo-me bem comigo mesmo?

Muito obrigado.


Este artigo já tinha sido publicado a 19/8/2011, mas a tendência é ficar esquecido, por isso, reanimei-o a aparecer novamente, em 29-4-2013, dando início ao novo layout do blogue.
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6 de abril de 2013

«Previsão através dos Graus dos Planetas» por Robert Glasscock e Patrícia Azenha Henriques



Patrícia Azenha Henrique
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«Previsão através dos Graus dos Planetas*»
por Robert Glasscock e Patrícia Azenha Henriques

Patrícia Azenha Henrique: «No passado dia 19 de Fevereiro de 2013 assisti a mais um webinar de grande interesse promovido pelo Kepler College, desta vez apresentado por Robert Glasscock com o título “Using Planetary Degrees”.»



O objectivo deste artigo é servir de base ao Desafio nº2 de Abril 2013 do Grupo de Pesquisas Astrológicas –ASPAS – Associação Portuguesa de Astrologia do Facebook, baseada apenas no primeiro de um total de dez métodos ou técnicas apresentadas no webinar referido e que passo a citar na língua original:

Webinar “Using Planetary Degrees” by Robert Glasscock  – first method (of ten)

1.       The degrees of planets at birth provide practical and metaphysical information at any stage throughout life.

2.       Use one degree = one year to mentally use this techniques (or use the computer programs to more accurately calculate solar arcs)

3.       You may start with any planet in the horoscope. It’s interesting to begin analyzing the planet in the earliest degree

4.       Planetary archetypes are strongly dynamic at the age corresponding to their degree at birth (and some 6 months on either side)

5.       Study the planet’s archetype and degree-age. Include the house(s) it rules and any planet(s) it disposes or rules

6.       Include the planet’s decanate and duad (and houses they rule) for more information, subtlety and detail.

7.       You can multiply (and divide) birth degrees to get additional (older/younger) ages when that planet’s archetype is dynamic

8.       Years or ages when two or more planetary archetypes are simultaneously dynamic by degree multiple are especially significant

9.       Some years, obviously, will be more strongly impacted by planet’s archetype than other years; from major transits, eclipses, for example

10.   The ages shown by planets’ Birth Degrees can be considered Primary Initiations into that Planet’s Archetype. “Initiation” means first full conscious awareness off the archetype, and the age at which the door to its conscious personal awareness and use first opens


De seguida apresento a tradução em português e exemplo prático aplicado ao meu mapa natal para melhor compreensão e para servir de base à sua participação na pesquisa astrológica nº2 do mês de Abril de 2013.

Webinar “Utilizando os graus planetários” por Robert Glasscock – 1º método (de 10)

1.       Os graus dos planetas no momento do nascimento fornecem informação prática e metafísica em qualquer fase da vida

2.       Utilize um grau = um ano para utilizar mentalmente esta técnica (ou utilize o programa de computador para calcular os arcos solares de forma mais exata)

3.       Pode começar por qualquer planeta no mapa natal. É interessante começar a análise pelo planeta com o grau mais pequeno.

4.       O arquétipo do planeta está fortemente activo na idade que corresponde ao grau do planeta no momento do nascimento (e 6 meses antes e depois). Nota acrescentada por mim: entendo que na designação de arquétipo do planeta, Robert se referia ao conjunto que compõe o seu significado universal, essencial e acidental.

5.       Estude o arquétipo do planeta e o seu grau=idade. Inclua a(s) casa(s) e quaisquer planetas que rege/dispõe.

6.       Inclua o decanato e duad do planeta e as casas que regem para mais informação, subtileza e detalhe. Nota acrescentada por mim: Através do exemplo apresentado por Robert, os decanatos a que se refere são divisões do signo em 3 partes iguais de 10 graus cada atribuídas a signos da mesma triplicidade e não a planetas como definido pelos caldeus, sendo o primeiro decanato sempre igual ao do signo, o segundo decanato será o próximo signo do mesmo elemento seguindo a ordem do zodíaco e o terceiro decanato o último e terceiro signo desse elemento. Duad são divisões de um signo em 12 partes iguais, cada um atribuído a um signo, sendo o primeiro duad sempre igual ao do signo em que está e as restantes 11 partes de 2º30’ serão atribuídas aos restantes signos seguindo a ordem do zodíaco. No seu exemplo quando Robert associou as casas na interpretação, utilizou a simbologia das casas que tinham na sua cúspide os signos que se referiam ao decanato e duad do planeta.

7.       Pode multiplicar (e dividir) os graus dos planetas no mapa natal para obter outras idades (mais velho/mais novo) quando o arquétipo do planeta também estará activo.

8.       Anos ou idades, com os seus múltiplos, em que o arquétipo de dois ou mais planetas estejam simultaneamente activos são especialmente importantes.

9.       Como é óbvio, alguns anos terão um impacto mais forte do que outros no arquétipo do planeta, por exemplo devido aos trânsitos e eclipses.

10.   As idades apresentadas pelos graus dos planetas no mapa natal podem ser consideradas iniciações primárias ao arquétipo do planeta. “Iniciação” quer dizer a primeira tomada de consciência completa do arquétipo e a idade em que a porta se abre pela primeira vez para a sua tomada de consciência e utilização pessoal.

Resumindo por palavras minhas [Patrícia Azenha]:

Como outras técnicas em astrologia esta é simbólica e baseia-se na analogia 1º=1 ano. A técnica diz-nos que o grau de cada planeta no mapa de nascimento da pessoa corresponde à idade em anos, em que aquele planeta estará especialmente activo, com toda a simbologia a ele associada, significado universal, essencial e acidental, isto acontece num intervalo de tempo, uma orbe temporal, de 6 meses antes e depois. Os múltiplos do grau serão considerados como idades em que a simbologia que envolve o planeta também estará activa. As divisões do grau serão consideradas como idades em que a simbologia que envolve o planeta também estará activa de alguma forma mas com expressão inferior. As idades em que estejam activados mais do que um planeta serão especialmente importantes. Esta técnica não atua de forma isolada mas é complementar com outras técnicas de previsão em astrologia, como por exemplo os trânsitos.

Apesar de não estar listada, durante o exemplo que Robert apresentou no webinar, também foram tidos em consideração não só planetas mas também outros corpos e pontos do mapa natal, como o grau Ascendente, o Meio do Céu e Quiron.

Uma conclusão interessante desta técnica é que os planetas em graus iniciais dos signos, no grau zero ou 1, e tendo em conta a orbe temporal de 6 meses antes e depois, indicam energias que estão activadas em permanência na vida da pessoa e por isso estão mais realçadas na sua personalidade e vida.

De seguida apresentamos um exemplo prático sobre o modo de abordar a técnica:


De acordo com o ponto 3 Robert diz-nos que podemos começar por qualquer planeta e aconselha-nos a começar pelo que tem o grau numericamente menor, mas eu vou começar pela Lua porque me permite apresentar de forma mais clara a técnica e tornar o texto mais curto.

A Lua está no grau 13º09’ Peixes, que corresponde à idade aproximada de 13 anos e 2 meses. Quando olhamos, pensamos logo em 13 anos. O passo seguinte será estudar o seu significado universal essencial e acidental.

Lua em peixes na 3, rege a 8, aspectos a Mercúrio, Vénus e Saturno. Com 13 anos deu-se a maior mudança familiar na minha vida, divórcio dos meus pais, mudança para a residência dos avós, separação da mãe, separação do irmão, separação do pai, grande instabilidade emocional, medo, angústia, sentimento de perda e de abandono, culpa, crítica, manipulação emocional, mudança total no quotidiano.

Usando os múltiplos do grau, a Lua estaria novamente activa na idade 13+13 = 26 anos (ou mais exatamente 13º09'+13º09'=26º18'), que também é a idade em que Sol estaria activo a 26º07’Balança.

Sol em Balança na 11, rege a 9, aspetos a Urano e Saturno + o referido para a Lua

Com 26 anos comecei a estudar astrologia, terminei a minha licenciatura em engenharia civil e deixei aquele que foi o meu local de trabalho durante 8 anos. Mudei de cidade para exercer a minha actividade profissional na área da engenharia. Na altura já tinha conseguido desde há alguns anos voltar a viver com o meu irmão e com a minha mãe, mas tive que me separar novamente deles, mudar de casa e começar uma fase completamente diferente da minha vida. Esta altura também reacendeu a anterior tensão e separação do meu pai por razões associadas à minha formatura.

 Esta análise teria que ser feita para todos os planetas do mapa.

Espero ter sido clara na apresentação desta técnica e estou ao dispor para qualquer dúvida que ainda persista.

Desejo que considere este desafio à pesquisa astrológica no seu mapa ou noutros mapas à sua escolha, tão interessante quanto eu achei que foi ao tomar conhecimento desta técnica no Webinar de Robert Glasscock.
E não deixe de passar no Grupo do Facebook para deixar o seu testemunho sobre esta técnica.

Boas Pesquisas!

* artigo publicado hoje por mim no blog da ASPAS




Testemunho de António Rosa, do seu mapa pessoal


A minha participação no grupo «Pesquisas Astrológicas», da Aspas,
foi a seguinte:

No dia 3 Abril 2013, às 15:06:

Antes de mais, tenho aqui alguns planetas em graus zero e um, que claramente, não sei interpretar, de imediato, que são:

- Marte, a 0º49' Gémeos, Casa I, conjunções ao Ascendente e a Mercúrio, trígono a Júpiter Rx [1º27'], quadratura a Saturno [0º44'], semi-sextil a Úrano [0º04'], quintil a Plutão, oposição a Quíron.

- Úrano, a 0º04' Caranguejo, Casa II, conjunto a Vénus, semi-sextil a Marte [0º49'], quincúncio a Júpiter Rx [1º27'], sextil a Saturno [0º44'], semi-quadratura a Plutão.

- Saturno, 0º44' Virgem, Casa IV, quintil ao Sol, trígono à Lua, quadratura a Marte [0º49'], quincúncio a Júpiter Rx [1º27'], sextil a Úrano [0º04'], quadratura ao Ascendente, quadratura a Quíron.

- Júpiter Rx, 01º27' Aquário, Casa IX, trígono a Marte [0º49'], quincúncios a Saturno [0º44'] e Úrano [0º04], quindecile a Plutão, trígono ao Ascendente, sextil a Quíron.

=========

- A única coisa que posso destacar de uma fase muito inicial da minha vida é que nasci na ilha da Madeira e com pouquíssimo tempo de vida fui para a ilha de Moçambique com os meus pais, numa viagem de barco, no Pátria, que demorou quase 1 mês, entre as duas ilhas. A minha mãe dizia que fui fazer os 3 meses em Moçambique.

- Tenho Vénus no grau 4º35' Caranguejo, Casa II, e Quíron Rx no grau 4º57', Sagitário, Casa VII, mas não me recordo de nada de especial, excepto que nos meus 4 para 5 anos, dei um valente trambolhão e bati com a parte da sobrancelha esquerda em cima do serrolho de ferro da janela, tendo feito uma ferida feia e que, ainda hoje, 60 anos depois, tenho a cicatriz e falta de pelos nessa zona da sobrancelha. Com 5 anos feitos entrei na educação primária [antiga 1ª classe].

- Mercúrio 9º29' Gémeos, Casa I - Aos 9 anos regressei com os meus pais e uma irmã que entretanto tinha nascido, à ilha da Madeira, naquilo que se chamava 'férias graciosas' que eram concedidas aos funcionários de 4 em 4 anos e que eram prolongadas durante 6 meses. Tive oportunidade de conhecer os avós maternos e vários tios e primos de ambos os lados. Foi uma época memorável e foi lá que o meu pai me bateu pela única vez em toda a vida dele, bem espicaçado por familiares. Mercúrio faz conjunção com Marte, trígono a Neptuno, trígono ao MC, semi-quadratura ao Nodo Norte.

- Com 10 anos feitos [não tenho nenhum planeta nesse grau, o mais próximo é Mercúrio] tive que ir estudar para fora da ilha de Moçambique. Para uma cidade próxima, a mais de 300 kms, chamada Nampula e foi um grande problema para mim, pois era a 1ª vez que estava longe da família por tanto tempo. Só ia passar férias a casa.

- Com 11 anos, nasceu a minha segunda irmã, mas o planeta mais próximo é Neptuno Rx, 12º26' em Balança na Casa V. Patrícia, será aquilo dos 6 meses antes?

- Plutão 14º37' Leão, Casa IV, quintil a Marte, quindecile a Júpiter, semi-quadratura a Úrano - 14 para 15 anos. Do que me lembro com essa idade foram estes quatro grandes acontecimentos:

1) o meu pai encarregou-se que eu tivesse um emprego nas férias de Verão local, na distribuição de botijas de gás. Para um rapaz finório, era difícil ver os outros todos na praia e eu ter que carregar com aquilo. Foi uma bela aprendizagem. O que recebi nesse mês e meio entreguei ao meu pai, que me devolveu na totalidade, em forma de conta bancária quando fiz 15 anos. Era assim, a educação na época.

2) Por iniciativa do Padre Lopes, comecei a ler a Bíblia e, ao mesmo tempo, a pedido dele, iniciei-me no Alcorão, orientado por um imã muçulmano da ilha de Moçambique. Entendo que é o início de um caminho mais esotérico, que foi indo para o espiritual.

3) Li o meu primeiro livro de astrologia. Era brasileiro e muito básico. Guardei-o durante muitos anos. Foi um despertar intenso para esta área, numa altura e numa terra onde não havia como estudar estes temas. Só lendo. Há 50 anos. Sou do tempo de fazer mapas à mão, muito toscos e só perto dos 20 anos é que aperfeiçoei um pouco mais essa técnica com uma amiga na Machava, quando eu era recruta em Boane. Tenho a certeza que hoje em dia não saberia fazer um mapa à mão. :))

4) Tive a minha primeira experiência sexual que foi de meter dó, pois o normal é que eu tivesse sido circuncidado muito mais cedo, anos antes. Eu não sabia, ninguém me explicou e foi terrível. Naquele momento foi um banho de sangue. Fui operado no dia seguinte e durante 2 ou 3 anos tive muito receio de voltar a fazer sexo. Foi preciso apaixonar-me.

- Com 19 anos, o meu pai faleceu em Maio 1970 [1 mês depois fiz 20 anos e 3 meses depois fui para o serviço militar obrigatório durante 3 anos e picos] - Sol 19º55' Gémeos, Casa I, oposição à Lua, quintil a Saturno, sextil ao NN, quindecile a Quíron.

- Saí do serviço militar aos 23 anos. Lua 23º40' Sagitário, Casa VIII, oposição ao Sol, quindecile Mercúrio, trígono Saturno [0º44'], quintil Neptuno, trígono NN. Foi nessa data, também, que fui contactado pel Frelimo, pelo seu lado não guerrilheiro, quando durante o meu serviço militar tinham sido os adversários. Regressei à ilha de Moçambique, onde fiquei pouco tempo, pois fui viver e trabalhar para Lourenço Marques, actual Maputo.

Patrícia, ainda não fiz, mas voltarei novamente aqui, com as contagens no dobro conforme ensinaste e irei ver o que posso acrescentar.

Muito agradecido.

Seguiram-se algumas considerações entre a mentora do desafio,Patrícia Azenha Henriques e eu próprio, mas o essencial do conjunto fica aqui expresso, para permitir que as pessoas aprendam esta nova técnica de 'Previsões através dos Graus dos Planetas'.


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