O Óscar para melhor filme foi anunciado por Michelle Obama, que se juntou à cerimónia de Los Angeles a partir de Washington, num vídeo gravado. Amor ganhou como melhor filme estrangeiro. A 85.ª edição terminou sem um vencedor destacado, mas um derrotado claríssimo: 'Lincoln'.
«Argo» não foi nomeado para melhor realizador mas conquistou a estatueta mais desejada da noite, a de melhor filme. Depois de ter conquistado os Globos de Ouro, «Argo» triunfou e teve direito a anúncio da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.
“Nunca pensei estar aqui”, disse o realizador, produtor e actor de «Argo» “É uma honra estar aqui e ser nomeado com estes filmes. São oito grandes filmes e têm tanto direito a estar aqui como nós”, continuou Ben Affleck, agradecendo ainda à sua mulher, a actriz Jennifer Garner.
«Argo», filme sobre a crise dos reféns norte-americanos no Irão, estava nomeado em sete categorias e conquistou três prémios. Além de melhor filme, «Argo» venceu o Óscar de melhor argumento adaptado e melhor montagem.
O anfitrião da noite dos Óscares não perdeu tempo a captar a atenção de todas as estrelas presentes no Dolby Theatre. No habitual monólogo inicial da gala de Hollywood, o estreante Seth MacFarlane «gelou» a sala com um tema dedicado às atrizes que mostraram os seus seios no cinema.
«We Saw Your Boobs» («Nós Vimos As Vossas Mamas», numa tradução literal) teve reacção negativa de muitas das nomeadas no tema musical que, em plena gala, franziram o sobrolho à letra da música. Franziram o sobrolho mas esqueceram-se de olhar para os seus muito atrevidos decotes. Vi alguns sorrisos, o de Naomi Watts e o de Jennifer Lawrence.
Durante o monólogo de abertura da cerimónia dos Óscares, o actor William Shatner, faz de capitão Kirk («Star Trek»), surgiu num ecrã gigante a avisá-lo que Seth MacFarlane seria, por certo, candidato a pior apresentador dos Óscares com a sua prestação. Mas com o tema dedicado às atrizes de Hollywood que mostraram mais do que talento interpretativo, a noite estava já ganha para o apresentador.
Como sempre, a chamada crítica especializada, bateu em Seth MacFarlane, não por causa da canção das mamas, mas sim porque teve intervenções esporádicas. É inacreditável e um enorme descaramento considerar isso erro do apresentador, como se não houvesse um guião que tem que ser seguido ao milímetro e como se a quase centena de estrelas que passaram pelo palco para apresentarem os prémios não tivessem ocupado a maior fatia do tempo.
Esta imprensa que foi de imediato seguida por alguma imprensa brasileira [exemplo máximo: Yahaoo], tem literalmente a vontade de destruir, pois devem pensar que assim é que captam leitores. São jornalistas e 'medias' tipo prima-donnas tontas e desactualizadas. Os organizadores e planificadores muito fazem para manterem viva uma cerimónia, já de si repetitiva, em um espectáculo relativamente que dura 3 horas e meia. E este ano, a cerimónia captou a atenção da faixa etária dos jovens que nos últimos anos se afastaram.
O «Oscar 2013» ficará marcado por esta piada às mamas.
Vivemos num mundo hipócrita: podemos ver os filmes onde grandes actrizes mostram as
suas mamas e considerar que são momentos de arte cinemotagráfica, mas...
falar publicamente dessas mesmas mamas, é de mau tom. Vá-se lá saber porquê.
MELHOR REALIZADOR / DIRETOR
«A Vida de Pi» - Ang Lee
A Vida de Pi, adaptação do best-seller de Yann Martel sobre o único sobrevivente de um naufrágio em alto mar, valeu a Ang Lee o Óscar de melhor realizador. Este é assim o segundo Óscar que o realizador recebe depois de em 2006 ter conquistado a Academia com O Segredo de Brokeback Mountain. Jane Fonda e Michael Douglas entregaram o Óscar.
“Obrigado por terem acreditado na história e por partilharem esta aventura comigo”, assim agradeceu o realizador.
Para trás ficaram Steven Spielberg (Lincoln), Michael Haneke (Amor), Benh Zeitlin (Bestas do Sul Selvagem) e David O. Russel (Guia Para Um Final Feliz).
«Lincoln» - Steven Spielberg
Daniel Day-Lewis - «Lincoln»
Daniel Day-Lewis venceu o Óscar de melhor actor pelo seu papel em Lincoln. Depois do Globo de Ouro, o BAFTA, o sindicato de actores, os círculos de críticos, o Óscar. O actor que conquistou todos os prémios que antecedem os Óscares confirmou assim todas as apostas que o apontavam como o grande favorito deste ano.
Daniel Day-Lewis [Londres, 29 Abril 1957], ["Meu Pé Esqerdo" e "Haverá Sangue"] já tinha ganho dois Oscars e ao vencer este terceiro Oscar coloca-se na categoria dos raros triplos vencedores ao lado de Ingrid Bergman, Walter Brennan, Jack Nicholson e Meryl Streep. Katharine Hepburn é a recordista com quatro prémios.
Christoph Waltz, ou Dr. Schulz em Django Libertado, venceu o Óscar de melhor actor secundário. Esta é assim a segunda estatueta do austríaco, depois de já em 2010 ter sido premiado na mesma categoria também com um filme de Quentin Tarantino, Sacanas Sem Lei.
Não me esquecerei tão cedo como este elegante austríaco começou os seus agradecimentos: «Mr Arkin, Mr DeNiro, Mr Hoffman, Mr Lee Jones, my respect.» olhando para cada um e fazendo uma vénia no final. Apeteceu-me aplaudir esta velha Europa que, quando quer, sabe estar. Mas como estava só em frente à televisão, apenas fiz um sorriso rasgado.
O actor, que se destacou pelo seu papel no western spaghetti que conta a história de um escravo libertado em busca de vingança nos Estados Unidos do pós-Guerra Civil, já tinha sido premiado nos Globos de Ouro e nos BAFTA. Waltz era por isso apontado como o grande favorito, confirmando as apostas para a primeira estatueta entregue pela Academia.
Visivelmente emocionado, o actor agradeceu a Tarantino e ao seu colega de aventura, Jamie Foxx. "Tu escalaste a montanha porque não tiveste medo", disse Waltz a Tarantino.
Nomeados nesta categoria estavam Alan Arkin (Argo), Robert de Niro (Guia Para Um Final Feliz), Philip Seymour Hoffman (O Mentor) e Tommy Lee Jones (Lincoln).
Nomeados
A partir de hoje o cachet desta jovem dispara de uns moderados milhão e meio de dólares para uns estonteantes oito a dez milhões de dólares. Carreira feita, se tiver juízo e bons conselheiros.
A actriz de Os Miseráveis venceu o Óscar de melhor actriz secundária. Anne Hathaway já tinha vencido o Globo de Ouro na mesma categoria. À segunda nomeação para os prémios da Academia, a actriz vence a estatueta. Hathaway foi nomeada pela primeira vez em 2008, na categoria de melhor actriz, pelo seu papel em O Casamento de Rachel.
Christopher Plummer, que no ano passado venceu o Óscar de melhor actor secundário, foi quem entregou a estatueta à actriz.
“Tornou-se real.” Foram as primeiras palavras de Anne Hathaway, de 30 anos, ao receber o Óscar, mostrando-se honrada por estar nomeada ao lado de Amy Adams (O Mentor), Sally Field (Lincoln), Helen Junt (Seis Sessões) e Jacki Weaver (Guia Para Um Final Feliz).
Em Os Miseráveis a adaptação musical de Tom Hooper do clássico de Victor Hugo, Anne Hathaway é Fantine, uma mãe solteira despedida injustamente da fábrica de Jean Valjean (Hugh Jackman) e que acaba marginalizada.
Além do Globo de Ouro, a actriz conquistou grande parte da crítica, tendo arrecado o prémio de melhor actriz secundária nos principais círculos, de Nova Iorque a Los Angeles, Las Vegas, Denver, Londres ou Toronto. O sindicato de actores norte-americanos também premiou Hathaway na mesma categoria, assim como os britânicos BAFTA.
Nomeados
Depois de conquistar a crítica e os prémios que antecedem os Óscares, a longa-metragem do austríaco Michael Haneke recebeu o Óscar de melhor filme estrangeiro.
Amor, que se estreou no ano passado em Cannes, onde venceu a Palma de Ouro, retrata a vida de um casal na terceira idade, que se vê obrigado a mudar de vida depois de Anne (Emmanuelle Riva) sofrer um acidente cardiovascular.
Ao receber o Óscar, Haneke agradeceu à equipa, à mulher e aos actores do filme. “Sem eles nunca estaria aqui”, disse o realizador, que ainda na sexta-feira brilhou na entrega dos prémios César, considerados os Óscares do cinema francês, ao vencer nas principais categorias.
Amor está nomeado em cinco categorias, incluindo a de melhor filme. Michael Haneke pode conquistar a estatueta de melhor realizador.
Nomeados
«A Vida de Pi»
«Lincoln»
QUE FUNCIONARAM COMO 'HOSTS' EM
REPRESENTAÇÃO DA ABC, A ESTAÇÃO DE TELEVISÃO
TRANSMISSORA MUNDIAL DO EVENTO.
Kelly Rowland |
Zoe Saldana |
Octavia Spencer |
Robin Roberts, pivô do Good Morning America |
6 comentários:
Vim ver logo cedo meu querido António!
Lindíssimo post que irei ler e ver várias vezes.
Ontem consegui ver o pré show do red carpet! E acabei pegando no sono...
Sabia que hoje teria todas as boas novas por aqui!!!
Beijo grande. Bom dia!! depois eu volto.
Astrid Annabelle
Olá astrid
Agora que já dormi umas horas, aproveitei para dar uns toques no post, sobretudo na área dos textos, que ficaram mais compostinhos.
O mais certo é ainda hoje fazer um segundo post com as frivolidades típicas deste evento.
Muito obrigado.
Beijinho
Já vim ver de novo...
Eu adoro estes teus posts sobre o cinema!!!
Excelente sempre! ...
Voltarei...
Beijos
Astrid Annabelle
PARABÉNS PELO POST QUERIDO!!!!
Imagino o trabalho que deu e sinto seu amor pelo cinema exatamente por isso!
Adoraria assistir a entrega do Oscar tecendo comentários com vc. :)
Adorei!!!
abraço
Querida Astrid
Muito obrigado por apreciar estes posts. Tenho a sorte de serem muito visitados, mas curiosamente o Facebook praticamente não envia ninguém para estas coisas de cinema.
:)
Olá Marcelo
Muito obrigado. Você ainda irá assistir. É só não perder o foco e vai conseguir.
Abraço
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