O meu 5º retorno de Júpiter

2 de janeiro de 2009 · 18 comentários


O meu Júpiter natal está a 1º 27’ de Aquário, na casa IX. Portanto, já estou a viver o meu 5º retorno de Júpiter, o deus grego Zeus ou, no panteão romano, igualmente chamado de Júpiter. Creio que a história mitológica é bastante conhecida.

O grau sabiano deste posicionamento de Júpiter corresponde a este enunciado: «Tempestade inesperada alivia campos queimados». Dane Rudhiar interpreta assim: «Libertação de condições adversas através de desenvolvimentos espectaculares violentos. Galvanização à acção. Visitação cósmica.» Só posso dizer que me identifico com esta interpretação, com a ressalva de não entender bem isso da «Visitação cósmica». Suspeito do que possa ser, mas não tenho a certeza.

Como estou a tratar do meu próprio retorno, decidi vasculhar em manuais clásicos, para não me deixar influenciar pelas minhas próprias interpretações. Ir ao mais clássico, sem introduzir a minha visão pessoal. A azul está o que retirei dos clássicos.

A tradição diz que este trânsito indica um marcado período de expansão, com uma atitude mais generosa e tolerante para com os outros tornando a pessoa mais confiante. Por ser um trânsito que acontece a cada 12 anos, significa o começo de um ciclo de crescimento, desenvolvimento e expansão de planos ou de oportunidades que incrementam o prestígio e a influência pessoal. Os assuntos pessoais desenvolvem-se com maior facilidade, podendo inclusivamente, ver realizadas algumas ambições importantes. Questões legais ou publicações que se iniciem podem ter bastante êxito, sempre que esta conjunção tenha bons aspectos natais ou progredidos. Caso contrário, dá falsas expectativas.

No meu mapa natal tenho estes aspectos de Júpiter: trígono a Marte, quincúncio a Saturno e Úrano, quindecile a Plutão, trígono ao Ascendente, conjunção ao MC, sextil a Quíron e à Parte da Fortuna. Obviamente que neste trânsito do seu retorno fará os mesmos aspectos. No progredido terei estes aspectos: quadratura ao eixo nodal, semi-sextil à Lua e um trígono ao Ascendente. Já agora, por arco solar: um biquintil a Saturno.

As interpretações mais tradicionais recomendam que é um momento muito feliz para se mudar de actividade profissional, caso se sinta insatisfeito no actual trabalho. Foi o que fiz há 12 anos. Comecei a engendrar a criação da minha editora. Para este retorno já co-criei conciliar a edição e a astrologia, incrementando esta. São as actividades que amo desempenhar.

Ser-se indulgente ou passivo connosco mesmo neste trânsito é o pior que se pode fazer. Os verbos aqui são: fazer, realizar, produzir, criar. Júpiter ajuda, mas temos que fazer a nossa parte.

É um tempo afortunado para viajar, publicar, ensinar, dar conferências, ter contactos com pessoas cultas e de bem. Espero fazer tudo isso.

Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos?

1 de janeiro de 2009 · 26 comentários

Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos?
Antes de mais, o que é a aplicação? «É o movimento de um planeta em direcção a outro planeta, cúspide de casa ou ponto sensível quando se aproxima da formação de um aspecto entre ambos. Ambos os planetas podem estar directos, um directo e outro retrógrado, ou ambos retrógrados. O termo aplicação mútua é usado quando um planeta directo está aplicando a um outro que esta retrógrado, portanto cada um deles vai em direção ao outro. O planeta mais rápido, independentemente da direção do movimento, 'lança os seus raios' para aspectar o mais lento. Aplicação é o oposto de Separação.» ["Glossário" de Bárbara Abramo]

Se a aplicação se faz quando o planeta mais rápido está retrógrado, isto indica que a pessoa dona do mapa está perante duas possibilidades (o tal livre arbítrio): 1) ou vai facilitar o assunto, podendo ficar alguma frustração pela vontade de ter dificultado 2) ou decide dificultar a realização (conforme o aspecto e as recepções) da coisa desejada, mudando de posição, opinião, atitude. Habitualmente, a tendência é dificultar, resistir.

Se a aplicação se faz com os dois planetas retrógrados (apesar de haver sempre um planeta que é mais rápido do que o outro), são os dois que influenciam a modificação da posição da pessoa, tornando o assunto mais tenso pela necessidade de integração de ambas energias.

Num mapa natal é frequente vermos casos opostos, em que determinado aspecto aplicativo não se formou na hora de nascimento porque o planeta mais rápido, no momento que o ia fazer, tornou-se retrógrado. Este é o caso típico e algo confuso, devido às orbes que cada pessoa utiliza. Eu uso orbes bastante apertadas.

O mesmo acontece num trânsito ou progressão: é uma experiência comum, que tendencialmente faz fracassar algo que estava perto da realização. Quando o aspecto se formar, tempos depois, será um trânsito "limpinho" e fácil de realizar. Às vezes, as pessoas dizem frases significativas como esta: «À segunda, é de vez.» O complicado é quando um planeta faz 3ª, 4ª ou 5ª passagem nessa aplicação ou separação. É um bailado complexo que merece uma análise separada.

Qualquer aspecto aplicativo diz respeito a um futuro próximo (dependendo da natureza dos planetas), enquanto o aspecto separativo tem um significado de algo já passado. Quando visto num mapa natal, podemos dizer do separativo: já integrado, algo inato. Enquanto aspecto aplicativo: é literalmente a promessa do mapa, o potencial da pessoa.

Se num mapa natal há um aspecto aplicativo com um dos planetas em situação de retrógrado (a tal promessa do mapa, o tal potencial da pessoa), podemos afirmar que esta promessa ou potencial poderá realizar-se quando o mesmo aspecto se formar em arco solar, trânsito ou progredido, nos momentos indicados pelas efemérides e técnicas astrológicas, quer por retrogradação de um dos planetas ou dos dois. Para a promessa se realizar e o potencial se cumprir, deveria significar que a pessoa fará a revisão da sua atitude.

Tenho sensação que isto ficou um pouco confuso e bastante tecnicista. Que acham? Podem comentar, por favor?

O último post de 2008

28 de dezembro de 2008 · 27 comentários

O entendimento dos símbolos e dos
rituais astrológicos

Por Fernando Pessoa

«O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para eles mortos, e ele morto para eles.

A primeira é a simpatia; não direi a primeira em tempo, mas a primeira conforme vou citando, e cito por graus de simplicidade. Tem o intérprete que sentir a simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar. A atitude cauta, a irónica, a deslocada – todas elas privam o intérprete da primeira condição para poder interpretar.

A segunda é a intuição. A simpatia pode auxiliá-la, se ela já existe, porém não criá-la. Por intuição entende-se aquela espécie de entendimento com que se sente o que está além do símbolo, sem que se veja.

A terceira é a inteligência. A inteligência analisa, decompõe, ordena, reconstrói noutro nível o símbolo; tem, porém, que fazê-lo depois que se usou da simpatia e da intuição. Um dos fins da inteligência no exame dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está de acordo com a relação que está em baixo. Não poderá fazer isto se a simpatia não tiver lembrado essa relação, se a intuição a não tiver esclarecido. Então a inteligência, de discursiva que naturalmente é, se tornará analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.

A quarta é compreensão, entendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes, relacionados com vários outros símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia ter dito, pois a erudição é uma soma; nem direi cultura pois a cultura é uma síntese; e a compreensão é uma vida. Assim, certos símbolos não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou no mesmo tempo, o entendimento de símbolos diferentes.

A quinta é menos definível. Direi talvez, falando a uns que é a graça, falando a outros que é a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros que é o Conhecimento e Conversação do Santo Anjo da Guarda, entendendo cada uma dessas coisas que são a mesma da maneira como as entendem aqueles que delas usam, falando ou escrevendo».

Fernando Pessoa

As prendas do Pai Natal ao longo deste ano

27 de dezembro de 2008 · 44 comentários


Foi um ano mágico pois permitiu-me conviver na net com pessoas que admiro e respeito e, em alguns casos, consolidando um convívio que já vinha de anos anteriores. Destaco estas, com quem mais convivo, em “petit comité”: Adelaide, Aparecida, Ana Cristina, Astrid, Dunyazade, Fada Moranga, Guntty, Joana, Lucy, Luisa, Maria Paula, Patrícia, Paulo e a Rosinha dos Limões. Já tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a maioria destes amigos. Estas pessoas maravilhosas nem imaginam a diferença que fazem na minha vida. Não me posso esquecer da leitora que assina sempre como «Anónima».

- Conheci Noel Tyl e participei no seu seminário em Lisboa. Marcante e inesquecível.

- As longas conversas com a Joana. Tenho a esperança de a conhecer em Fevereiro quando me deslocar ao Porto, numa das minhas Oficinas astrológicas.


- Ter retomado o trabalho presencial de astrologia, em consultas, palestras e oficinas. Foi muito bom. Continua a ser muito bom.

- Foi muito divertido descobrir que a minha irmã soube por este blogue que ando a fazer experiências culinárias. Sendo ela uma expert culinária. Nem sabia que ela era minha leitora. Um beijinho para ti.

- Foi excelente ter percebido que o conteúdo do site da «Escola de Astrologia Nova-Lis» funcionou perfeitamente, tornando-se no objecto de desejo de um grande portal português.

- Por fim, mas não menos importante, destaco a experiência começada em 2008 – os exercícios astrológicos no fórum do site Nova-Lis. Tem sido absolutamente espectacular, pois permitiu transformar o fórum num ambiente académico, afastando-se do modelo mais tradicional que é o de responder a perguntas sobre sinastrias e mapas natais. Não quer dizer que não o façamos, mas reduziu substancialmente.

A todos os amigos e leitores, desejo um bom ano de 2009.

Os leitores e os planetas nos signos

25 de dezembro de 2008 · 12 comentários

Tenho andado muito ocupado com a preparação do novo site da «Escola de Astrologia Nova-Lis», que será apresentado aos leitores em Janeiro. São imensos pequenos pormenores multiplicados por cerca de 1500 textos e várias actividades. Imagine uma mudança de casa. Levar tudo para a casa nova exige sempre muito trabalho. É o que se está a passar, até porque estamos a inovar o conceito que existe no actual site, utilizando novas ferramentas tecnológicas da internet.

Nesta mudança de casa tenho-me deparado com enormes surpresas. O nosso site sempre foi muito lido. Felizmente. De Maio a Dezembro de 2007 foram acessados mais de 800 mil textos e ao longo de 2008 foram acessados mais de 2 milhões de textos. Mais de 3 milhões em 19 meses. É obra! Digo acessados, pois não posso garantir que foram lidos. Quero acreditar, sim, que muitos textos são lidos.

A maior surpresa que tive foi constatar e comparar esta situação:

- Os 10 textos que temos subordinados ao tema «Planetas nos signos» tiveram 311 acessos.

- Os 12 textos que temos subordinados ao tema «Planetas nas casas» tiveram 25.769 acessos.

Nem sei explicar a razão desta discrepância.
Nem sei como analisar. Será que os leitores já têm profunda consciência da simbologia de um Júpiter em Capricórnio, por exemplo? Ou, pelo contrário, acham que não tem interesse conhecer o funcionamento dos planetas nos signos? É por possuírem muita informação e conhecimento, ou por simples ignorância?

O que parece agradar muito [muito, muito, muito...] aos nossos leitores é a secção «Ascendente».

Escolhe

21 de dezembro de 2008 · 18 comentários


«Um astrólogo comum prevê o teu futuro,
um bom astrólogo planifica o teu futuro,
um excelente astrólogo (profissional) ajuda a criares o teu futuro.»


New York School of Astrology


Capricórnio

20 de dezembro de 2008 · 9 comentários


Capricórnio
Início: 22 de Dezembro, às 7:35:42 TMG


Este signo identifica-se com a responsabilidade social. Traduz a contribuição mais segura, mais adulta, mais livre e mais determinada que cada um pode dar ao mundo.

§ Quando se aceita incondicionalmente sermos quem se pode vir a ser.

§ Quando se responde totalmente a quem somos, materializado no nosso projecto de vida.

§ Quando se vence o último nó de medo, a imaturidade que nos prende ao Fundo do Céu, à nossa intimidade, à nossa família, às nossas fundações.

Uma vez libertos das inseguranças e condicionalismos que nos prendem ao passado, só então somos emocionalmente preparados e capazes de assumirmos ser responsáveis e prosseguir.

Neste sentido, a Casa 10 é a afirmação consciente do que antes ainda não podia ser expresso, por nos encontrarmos aprisionados a medos inconscientes.

Começam então, de forma emancipada, a criação de novas estruturas, manifestando a liberdade conquistada pela aprendizagem dos Ciclos do Tempo, já sem as resistências emocionais nem sentimentos redutores de uma auto-imagem pessoal.

Nada fácil, diga-se. Pelo menos, para mim.

Os seniores também sentem

19 de dezembro de 2008 · 17 comentários

Os seniores também sentem bastante quando nos seus mapas Vénus recebe uma oposição de Plutão. Aliás, pode ser uma fase de enorme solidão. Pode significar que a pessoa atingiu o limite das suas possibilidades amorosas, tanto no aspecto físico como no psicológico, deixando de interessar aos seus possíveis parceiros., durante aquele período de tempo, reconstruindo uma nova forma de estar. Esta situação depende da idade, porque para pessoas já bastante maduras poderá corresponder ao momento em que se desinteresse por assuntos amorosos, e se ainda é jovem, poderá apenas significar uma crise na sua capacidade de interessar os parceiros. e se interessar por eles. Pode também ser indício do aparecimento de uma amor tardio, serôdio mesmo, que lhe venha trazer problemas e criar complicações. O melhor mesmo é inscrever-se numa universidade sénior perto de casa, pois os benefícios são imensos.

2 de janeiro de 2009

O meu 5º retorno de Júpiter


O meu Júpiter natal está a 1º 27’ de Aquário, na casa IX. Portanto, já estou a viver o meu 5º retorno de Júpiter, o deus grego Zeus ou, no panteão romano, igualmente chamado de Júpiter. Creio que a história mitológica é bastante conhecida.

O grau sabiano deste posicionamento de Júpiter corresponde a este enunciado: «Tempestade inesperada alivia campos queimados». Dane Rudhiar interpreta assim: «Libertação de condições adversas através de desenvolvimentos espectaculares violentos. Galvanização à acção. Visitação cósmica.» Só posso dizer que me identifico com esta interpretação, com a ressalva de não entender bem isso da «Visitação cósmica». Suspeito do que possa ser, mas não tenho a certeza.

Como estou a tratar do meu próprio retorno, decidi vasculhar em manuais clásicos, para não me deixar influenciar pelas minhas próprias interpretações. Ir ao mais clássico, sem introduzir a minha visão pessoal. A azul está o que retirei dos clássicos.

A tradição diz que este trânsito indica um marcado período de expansão, com uma atitude mais generosa e tolerante para com os outros tornando a pessoa mais confiante. Por ser um trânsito que acontece a cada 12 anos, significa o começo de um ciclo de crescimento, desenvolvimento e expansão de planos ou de oportunidades que incrementam o prestígio e a influência pessoal. Os assuntos pessoais desenvolvem-se com maior facilidade, podendo inclusivamente, ver realizadas algumas ambições importantes. Questões legais ou publicações que se iniciem podem ter bastante êxito, sempre que esta conjunção tenha bons aspectos natais ou progredidos. Caso contrário, dá falsas expectativas.

No meu mapa natal tenho estes aspectos de Júpiter: trígono a Marte, quincúncio a Saturno e Úrano, quindecile a Plutão, trígono ao Ascendente, conjunção ao MC, sextil a Quíron e à Parte da Fortuna. Obviamente que neste trânsito do seu retorno fará os mesmos aspectos. No progredido terei estes aspectos: quadratura ao eixo nodal, semi-sextil à Lua e um trígono ao Ascendente. Já agora, por arco solar: um biquintil a Saturno.

As interpretações mais tradicionais recomendam que é um momento muito feliz para se mudar de actividade profissional, caso se sinta insatisfeito no actual trabalho. Foi o que fiz há 12 anos. Comecei a engendrar a criação da minha editora. Para este retorno já co-criei conciliar a edição e a astrologia, incrementando esta. São as actividades que amo desempenhar.

Ser-se indulgente ou passivo connosco mesmo neste trânsito é o pior que se pode fazer. Os verbos aqui são: fazer, realizar, produzir, criar. Júpiter ajuda, mas temos que fazer a nossa parte.

É um tempo afortunado para viajar, publicar, ensinar, dar conferências, ter contactos com pessoas cultas e de bem. Espero fazer tudo isso.

1 de janeiro de 2009

Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos?

Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos?
Antes de mais, o que é a aplicação? «É o movimento de um planeta em direcção a outro planeta, cúspide de casa ou ponto sensível quando se aproxima da formação de um aspecto entre ambos. Ambos os planetas podem estar directos, um directo e outro retrógrado, ou ambos retrógrados. O termo aplicação mútua é usado quando um planeta directo está aplicando a um outro que esta retrógrado, portanto cada um deles vai em direção ao outro. O planeta mais rápido, independentemente da direção do movimento, 'lança os seus raios' para aspectar o mais lento. Aplicação é o oposto de Separação.» ["Glossário" de Bárbara Abramo]

Se a aplicação se faz quando o planeta mais rápido está retrógrado, isto indica que a pessoa dona do mapa está perante duas possibilidades (o tal livre arbítrio): 1) ou vai facilitar o assunto, podendo ficar alguma frustração pela vontade de ter dificultado 2) ou decide dificultar a realização (conforme o aspecto e as recepções) da coisa desejada, mudando de posição, opinião, atitude. Habitualmente, a tendência é dificultar, resistir.

Se a aplicação se faz com os dois planetas retrógrados (apesar de haver sempre um planeta que é mais rápido do que o outro), são os dois que influenciam a modificação da posição da pessoa, tornando o assunto mais tenso pela necessidade de integração de ambas energias.

Num mapa natal é frequente vermos casos opostos, em que determinado aspecto aplicativo não se formou na hora de nascimento porque o planeta mais rápido, no momento que o ia fazer, tornou-se retrógrado. Este é o caso típico e algo confuso, devido às orbes que cada pessoa utiliza. Eu uso orbes bastante apertadas.

O mesmo acontece num trânsito ou progressão: é uma experiência comum, que tendencialmente faz fracassar algo que estava perto da realização. Quando o aspecto se formar, tempos depois, será um trânsito "limpinho" e fácil de realizar. Às vezes, as pessoas dizem frases significativas como esta: «À segunda, é de vez.» O complicado é quando um planeta faz 3ª, 4ª ou 5ª passagem nessa aplicação ou separação. É um bailado complexo que merece uma análise separada.

Qualquer aspecto aplicativo diz respeito a um futuro próximo (dependendo da natureza dos planetas), enquanto o aspecto separativo tem um significado de algo já passado. Quando visto num mapa natal, podemos dizer do separativo: já integrado, algo inato. Enquanto aspecto aplicativo: é literalmente a promessa do mapa, o potencial da pessoa.

Se num mapa natal há um aspecto aplicativo com um dos planetas em situação de retrógrado (a tal promessa do mapa, o tal potencial da pessoa), podemos afirmar que esta promessa ou potencial poderá realizar-se quando o mesmo aspecto se formar em arco solar, trânsito ou progredido, nos momentos indicados pelas efemérides e técnicas astrológicas, quer por retrogradação de um dos planetas ou dos dois. Para a promessa se realizar e o potencial se cumprir, deveria significar que a pessoa fará a revisão da sua atitude.

Tenho sensação que isto ficou um pouco confuso e bastante tecnicista. Que acham? Podem comentar, por favor?

28 de dezembro de 2008

O último post de 2008

O entendimento dos símbolos e dos
rituais astrológicos

Por Fernando Pessoa

«O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para eles mortos, e ele morto para eles.

A primeira é a simpatia; não direi a primeira em tempo, mas a primeira conforme vou citando, e cito por graus de simplicidade. Tem o intérprete que sentir a simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar. A atitude cauta, a irónica, a deslocada – todas elas privam o intérprete da primeira condição para poder interpretar.

A segunda é a intuição. A simpatia pode auxiliá-la, se ela já existe, porém não criá-la. Por intuição entende-se aquela espécie de entendimento com que se sente o que está além do símbolo, sem que se veja.

A terceira é a inteligência. A inteligência analisa, decompõe, ordena, reconstrói noutro nível o símbolo; tem, porém, que fazê-lo depois que se usou da simpatia e da intuição. Um dos fins da inteligência no exame dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está de acordo com a relação que está em baixo. Não poderá fazer isto se a simpatia não tiver lembrado essa relação, se a intuição a não tiver esclarecido. Então a inteligência, de discursiva que naturalmente é, se tornará analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.

A quarta é compreensão, entendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes, relacionados com vários outros símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia ter dito, pois a erudição é uma soma; nem direi cultura pois a cultura é uma síntese; e a compreensão é uma vida. Assim, certos símbolos não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou no mesmo tempo, o entendimento de símbolos diferentes.

A quinta é menos definível. Direi talvez, falando a uns que é a graça, falando a outros que é a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros que é o Conhecimento e Conversação do Santo Anjo da Guarda, entendendo cada uma dessas coisas que são a mesma da maneira como as entendem aqueles que delas usam, falando ou escrevendo».

Fernando Pessoa

27 de dezembro de 2008

As prendas do Pai Natal ao longo deste ano


Foi um ano mágico pois permitiu-me conviver na net com pessoas que admiro e respeito e, em alguns casos, consolidando um convívio que já vinha de anos anteriores. Destaco estas, com quem mais convivo, em “petit comité”: Adelaide, Aparecida, Ana Cristina, Astrid, Dunyazade, Fada Moranga, Guntty, Joana, Lucy, Luisa, Maria Paula, Patrícia, Paulo e a Rosinha dos Limões. Já tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a maioria destes amigos. Estas pessoas maravilhosas nem imaginam a diferença que fazem na minha vida. Não me posso esquecer da leitora que assina sempre como «Anónima».

- Conheci Noel Tyl e participei no seu seminário em Lisboa. Marcante e inesquecível.

- As longas conversas com a Joana. Tenho a esperança de a conhecer em Fevereiro quando me deslocar ao Porto, numa das minhas Oficinas astrológicas.


- Ter retomado o trabalho presencial de astrologia, em consultas, palestras e oficinas. Foi muito bom. Continua a ser muito bom.

- Foi muito divertido descobrir que a minha irmã soube por este blogue que ando a fazer experiências culinárias. Sendo ela uma expert culinária. Nem sabia que ela era minha leitora. Um beijinho para ti.

- Foi excelente ter percebido que o conteúdo do site da «Escola de Astrologia Nova-Lis» funcionou perfeitamente, tornando-se no objecto de desejo de um grande portal português.

- Por fim, mas não menos importante, destaco a experiência começada em 2008 – os exercícios astrológicos no fórum do site Nova-Lis. Tem sido absolutamente espectacular, pois permitiu transformar o fórum num ambiente académico, afastando-se do modelo mais tradicional que é o de responder a perguntas sobre sinastrias e mapas natais. Não quer dizer que não o façamos, mas reduziu substancialmente.

A todos os amigos e leitores, desejo um bom ano de 2009.

25 de dezembro de 2008

Os leitores e os planetas nos signos

Tenho andado muito ocupado com a preparação do novo site da «Escola de Astrologia Nova-Lis», que será apresentado aos leitores em Janeiro. São imensos pequenos pormenores multiplicados por cerca de 1500 textos e várias actividades. Imagine uma mudança de casa. Levar tudo para a casa nova exige sempre muito trabalho. É o que se está a passar, até porque estamos a inovar o conceito que existe no actual site, utilizando novas ferramentas tecnológicas da internet.

Nesta mudança de casa tenho-me deparado com enormes surpresas. O nosso site sempre foi muito lido. Felizmente. De Maio a Dezembro de 2007 foram acessados mais de 800 mil textos e ao longo de 2008 foram acessados mais de 2 milhões de textos. Mais de 3 milhões em 19 meses. É obra! Digo acessados, pois não posso garantir que foram lidos. Quero acreditar, sim, que muitos textos são lidos.

A maior surpresa que tive foi constatar e comparar esta situação:

- Os 10 textos que temos subordinados ao tema «Planetas nos signos» tiveram 311 acessos.

- Os 12 textos que temos subordinados ao tema «Planetas nas casas» tiveram 25.769 acessos.

Nem sei explicar a razão desta discrepância.
Nem sei como analisar. Será que os leitores já têm profunda consciência da simbologia de um Júpiter em Capricórnio, por exemplo? Ou, pelo contrário, acham que não tem interesse conhecer o funcionamento dos planetas nos signos? É por possuírem muita informação e conhecimento, ou por simples ignorância?

O que parece agradar muito [muito, muito, muito...] aos nossos leitores é a secção «Ascendente».

21 de dezembro de 2008

Escolhe


«Um astrólogo comum prevê o teu futuro,
um bom astrólogo planifica o teu futuro,
um excelente astrólogo (profissional) ajuda a criares o teu futuro.»


New York School of Astrology


20 de dezembro de 2008

Capricórnio


Capricórnio
Início: 22 de Dezembro, às 7:35:42 TMG


Este signo identifica-se com a responsabilidade social. Traduz a contribuição mais segura, mais adulta, mais livre e mais determinada que cada um pode dar ao mundo.

§ Quando se aceita incondicionalmente sermos quem se pode vir a ser.

§ Quando se responde totalmente a quem somos, materializado no nosso projecto de vida.

§ Quando se vence o último nó de medo, a imaturidade que nos prende ao Fundo do Céu, à nossa intimidade, à nossa família, às nossas fundações.

Uma vez libertos das inseguranças e condicionalismos que nos prendem ao passado, só então somos emocionalmente preparados e capazes de assumirmos ser responsáveis e prosseguir.

Neste sentido, a Casa 10 é a afirmação consciente do que antes ainda não podia ser expresso, por nos encontrarmos aprisionados a medos inconscientes.

Começam então, de forma emancipada, a criação de novas estruturas, manifestando a liberdade conquistada pela aprendizagem dos Ciclos do Tempo, já sem as resistências emocionais nem sentimentos redutores de uma auto-imagem pessoal.

Nada fácil, diga-se. Pelo menos, para mim.

19 de dezembro de 2008

Os seniores também sentem

Os seniores também sentem bastante quando nos seus mapas Vénus recebe uma oposição de Plutão. Aliás, pode ser uma fase de enorme solidão. Pode significar que a pessoa atingiu o limite das suas possibilidades amorosas, tanto no aspecto físico como no psicológico, deixando de interessar aos seus possíveis parceiros., durante aquele período de tempo, reconstruindo uma nova forma de estar. Esta situação depende da idade, porque para pessoas já bastante maduras poderá corresponder ao momento em que se desinteresse por assuntos amorosos, e se ainda é jovem, poderá apenas significar uma crise na sua capacidade de interessar os parceiros. e se interessar por eles. Pode também ser indício do aparecimento de uma amor tardio, serôdio mesmo, que lhe venha trazer problemas e criar complicações. O melhor mesmo é inscrever-se numa universidade sénior perto de casa, pois os benefícios são imensos.

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