4 de janeiro de 2008

Entrevista-me - Parte 2

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Parte 2 da entrevista a António Rosa feita por vários amigos. Tudo começou, como se explica aqui. Esta entrevista foi publicada no dia 22 Julho 2009 e está dividida em 3 partes: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3. Estes postes foram guardados em datas mais antigas, por uma questão de organização interna do blogue.

Pode clicar nos nomes a vermelho para conhecer os blogues.

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O que é o mundo virtual?

Adriana, não sei porquê, mas não conheço mais ninguém que fizesse essa pergunta, que é oportuna [risos]. Sinceramente, não sei muito bem o que é o mundo virtual. Em termos técnicos, nem a entendo. Se eu nem consigo entender bem o funcionamento dos telemóveis, quanto mais da internet! Limito-me a 'operar' sem ter consciência do que é. Mas posso dizer-lhe como eu 'vejo' o mundo virtual. Para mim, não há mundo 'real', nem mundo 'virtual', no sentido de os vermos como coisas separadas. Assim como não consigo separar a água, o fogo, a terra e o ar. São diferentes matizes da nossa experiência.

O chamado mundo virtual funciona no éter, a dois passos de dimensões superiores. O mundo real e o mundo virtual pertencem ambos à esfera da gravidade. Fora da gravidade não existe mundo virtual. Isto leva-me a concluir que são formas onde nos podemos expressar. No mundo real falo com a família, amigos, clientes, vizinhos, vou à pastelaria e converso com as pessoas. No mundo virtual, faço mesmo, mas de outra maneira, sem a proximidade física dos outros. De resto, usamos os mesmos meios que no mundo real: a fala, a audição, a visão. É tudo muito físico. A nossa cabecinha é que 'acha' que não. Que são coisas diferentes.

Há 10 ou 20 anos nem sonhávamos que nos pudéssemos contactar no éter. O mais próximo disso eram os telefones fixos. Agora, o mundo abre-se de 1000 maneiras diferentes de comunicarmos, convivermos, interagirmos, amarmos e sermos mais felizes. Basta pensarmos nos blogues. Há 3 anos (2006) quase que só podíamos colocar texto e imagens. Hoje, podemos interagir de muitas maneiras.

É a Era de Aquário a começar a expressar-se. E muito virá.


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Qual a tua relação com esse mundo virtual, dos blogues, quando não estás escrevendo neles. Pensas neles, programas teus textos ou vais deixando fluir...?

Olá Chica, muito obrigado por deixar esta questão. A minha relação com o mundo virtual é de adesão. Confesso que, em termos virtuais considero-me um 'net addict'. Quanto aos blogues, sou mais de deixar fluir e ir postando o que me vai surgindo. No entanto, tenho sempre uns quantos posts em rascunho, preparados para serem publicados, que uso quando não me apetece escrever. Faço uma programação mínima. Por exemplo, esta super entrevista teve que ser programada. Demorei 5 dias a responder a todos, com intervalo para outras coisas, claro. Deixei passar vários dias sem reler nada e, quando o fiz, cortei, cortei e cortei nas minhas respostas, conseguindo reduzi-las para metade. Mesmo assim, tive que fazer 3 posts.

Admiro muito as pessoas que têm mais do que um blogue para cuidar. Eu não conseguiria, pois ficaria apreensivo. Se cuido do meu cão e dos meus dois gatos e de mim próprio, também devo cuidar do meu blogue, pois é a minha «forma-pensamento» no éter. Acharmos que é apenas um 'blog' e, portanto, sem importância, não é bom, porque é onde plasmamos a nossa forma-pensamento, que por si é co-criadora e responsável por parte da nossa vida. Logo, tem uma importância grande. Se ler a «Parte 1» da entrevista, saberá que eu não cuido apenas do blogue, pois tenho outros sites



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O que te comove?

Cris, gosto muito desta tua fotografia. És uma mulher muito bonita. O que me comove? Tenho a minha Vénus em Câncer. Comovo-me com muitas e muitas coisas. Adoro ver filmes mais antigos em casa e, por vezes, fico tão impactado com certas histórias que chego a chorar. Muitos dos teus poemas e as tuas histórias comovem-me. Por isso, gosto tanto de te ler. Aliás, a minha amiga Patrícia Azenha, que já definiu o meu temperamento, em termos astrológicos, diz com muita razão, que eu sou um chorão. Porque me comovo. Mas também tenho Úrano conjunto a essa Vénus, o que quer dizer que depressa limpo as lágrimas e as emoções e sigo em frente. Muito obrigado por me teres dado a oportunidade de falar de mim como um ser humano comum. Beijo.


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Guntty, do «Viver ao Sabor do Vento»

Uma pergunta para detectar o nivel de blogger addicted ... eheh - Quantas horas por dia passa a blogar? (blogar não só a escrever posts, como a prepará-los e todo o trabalho de networking relacionado com blogs, visitar, etc) Não precisa de ser nada muito certo, basta um numero por alto. =))

Yes, I'm a blogger addict. Como já expliquei, parte da minha rotina de trabalho é estar na net, a cuidar dos sites e do blogue. Como me conheces, sabes bem que tenho 60 anos e não tenho que cuidar de filhos ou netos. Tenho quem cuide da minha alimentação. A minha maior atenção em casa vai para os animais (1 cão e 2 gatos). Uso muito o micro-ondas para aquecer o meu jantar. Há inúmeras tarefas na editora que já não faço, pois há pessoal para isso. Basicamente, enquanto editor, a minha função é «ler» manuscritos. Ler textos, tal como na blogoesfera. Há 20 anos que faço edição em computador e isso deu-me muito treino para a internet. Praticamente já não sei escrever à mão, pois à excepção de uns apontamentos em reuniões, o que escrevo e leio é basicamente em computador. Na net ou fora dela.

Tudo isto, para te dizer que não sei contabilizar as horas consumidas, enquanto blogger addict, pois tudo se mistura, no sentido de tudo isso ser a minha actividade profissional. Mas são muitas horas por semana. Por outro lado, em muitos anos de vida e de escrita, acumulei muitos textos que me servem para postar no meu blogue, fazendo adaptações.

Levanto-me muito cedo e, contrariamente à maioria das pessoas, é raro eu andar na net pela noite dentro. Entre as 20 e as 21 desligo o computador e descanso, tenho sempre um livro em leitura, vejo filmes, saio e «penso».


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Marise Catrine, do «Momentos Recortados»

Qual o principal objectivo quando surgiu a ideia de criar este blog?

Este blogue passou por duas fases. Em 22 de Novembro de 2007, o fórum do site da «Escola de Astrologia Nova-Lis» começou a dar erro técnico ao receber as imagens de mapas astrológicos. Por isso abri o 'Cova do Urso' - só para colocar os mapas das pessoas que andavam no fórum. Em fins de Dezembro 2007 solucionou-se o tal problema técnico, mas vai-se lá saber porquê, nunca apaguei este blogue, que ficou inactivo apenas com alguns mapas astrais.

Nessa altura, o site da Escola de Astrologia Nova-Lis entrou em velocidade cruzeiro e não necessitava da minha atenção diária. Então, lembrei-me do 'Cova do Urso' e apeteceu-me criar um projecto só meu, menos institucional. Inicialmente a ideia era publicar apenas astrologia, mas a 'coisa' foi evoluindo para outros caminhos. A 14 de Fevereiro de 2008 recomecei a blogar no 'Cova do Urso' e estive uns tempos sem ninguém saber de nada, excepto 2 pessoas que me descobriram. Aos poucos, foram chegando pessoas e eu comecei a visitar outros blogues. Estava a retomar o gosto de blogar. Hoje é uma actividade que me dá imenso prazer, além de ter a sorte de se ter criado uma rede de amigos e convivência com quem interajo.

Aqui no blogue, durante meses mantive-me sempre na onda da astrologia, como pode ser confirmado pelo arquivo. No entanto, comecei a ficar sufocado e a querer fazer outros posts, com outros assuntos, outra interacção. Isso deu-se na primeira metade de 2009. É nessa fase que me encontro.

Eu vejo-te como uma alma inspirada, conhecedora, tranquila e feliz. Como se atinge essa "abertura" para com o mundo que nos rodeia?

Não me vejo assim, Marise. Vejo-me como uma pessoa que já viveu 60 anos intensos e foi-se dando uma acumulação da experiência da vida e, por natureza própria, sou um optimista incorrigível, além de me interessar por temas metafísicos, espirituais e de auto-ajuda, além da astrologia, claro. Creio que isto tudo entrou num caldeirão e resultou na pessoa que sou hoje.

Deixa-me dizer-te Marise, que são os teus olhos que me enxergam assim. Muito obrigado. Beijo.


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Marisa Shiroto, do «Isa Grou»

Para você, o que significa "a arte de blogar" nos dias de hoje? Ou diga para nós como você define e expressão: "A arte de blogar".

Querida Isa, a 'arte de bogar' para mim, é aquilo que eu faço: publicar textos que considero úteis e que eu próprio gosto, devidamente ilustrados (com o meu gosto pessoal), disponibilizar os comentários, visitar os outros e, sobretudo, lincar. Lincar muito.

Lincar significa dar a voz ao outro. Costumo dizer que a 'arte de blogar é a arte de lincar'. É uma escola de pensamento, como outra qualquer. Lincar é a arte de sermos generosos, de reconhecermos a qualidade do outro, de nos revermos, de amarmos. Lincar é citar. Lincar é estar com todos, é viver o colectivo. Lincar é dizer ao outro que o/a amo.

Lincar atrai linques dos outros, atrai a sua generosidade, o amor dos outros. O «Cova do Urso» é hoje relativamente conhecido porque linca muito. Esta entrevista também é um exemplo disto que digo: todas as pessoas que fizeram as perguntas e que tenham blogue, aproveitei a oportunidade para fazer o linque. É por isso que em todas as entrevistas que faço, tenho sempre aquela pergunta 'quais os blogues que mais aprecia e o que aprendeu com eles'. É uma enorme oportunidade para lincar, em nome dos meus entrevistados. Um exemplo da arte de lincar, pode ser lido neste post da Luma.

A minha lista de blogue «Comunidade» é um exemplo do que falo: são dezenas de blogues lincados. Se gosto de um blogue, linco-o ao «Cova do Urso». Não estou nem aí se eles me lincam. Também tem acontecido o oposto: descobrir blogues que não conhecia e verificar que há um linque para este blogue. Neste caso, linco-o, também e, informo que o fiz. É uma comunidade que, de alguma maneira, vai criando um Anel do Coração no mundo virtual e real.

Sei que os linques tornam um blogue mais lento, demorando a fazer o download, podendo fazer com que potenciais leitores se afastem, por acharem que perdem tempo, estando à espera que o blogue apareça na sua totalidade. Paciência, nada posso fazer para agradar a essas pessoas.

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