9 de julho de 2014

A abada de 7- 1 que a seleção do Brasil levou do «bulldozer» alemão


MUNDIAL 2014 / OPINIÃO – Fiquei triste com a abada de 7- 1 que a seleção do Brasil levou do «bulldozer» alemão. O que me incomodou não fi a derrota do Brasil, que estava desenhada no túnel do tempo, mas «der Sieg der deutschen Mannschaft» [a vitória da equipa alemã]. Para mim, foi uma vitória trucidadora. Creio que já perceberam que não aprecio estes germânicos, por outras razões nada futebolísticas. Mais de 20 anos seguidos a ir à Alemanha, deu para perceber alguma coisa. A juntar a isto temos a Merkel.

A equipa brasileira fez o seu papel, ao mando do famoso e muito conhecido [também em Portugal entre] Filipão Scolari. O Filipão, quando esteve em Portugal [2003 e 2008] como treinador na seleção portuguesa, conseguiu uma proeza motivadora única: encheu o país de alto a baixo, do Minho ao Algarve e ilhas, com bandeiras de Portugal. Janelas, varandas, telhados, carros, pessoas, nunca se tinha visto um mar de tantas bandeiras nacionais. Fez um incrível e excelente trabalho de motivação de um país de 10 milhões de habitantes, mais os outros milhões espalhados pelo mundo.

A verdade é que fez a proeza de levar a seleção à final da Eurocopa de 2004, sendo derrotada pela Grécia, em Lisboa, quando Portugal era o anfitrião desses jogos pois era o organizador do megaevento. Agora, no seu próprio país fez quase o mesmo: levou a seleção à final, para ser derrubada pela Alemanha. Dois anos mais tarde, atingiu as semifinais da Copa do Mundo FIFA de 2006, na Alemanha. Após a seleção portuguesa ter eliminado a Holanda e a Inglaterra nas oitavas e quartas-de-finais, respetivamente, caiu diante da França. Na decisão sobre o terceiro lugar, foi derrotado pela Alemanha. Sempre a Alemanha. Que não sai do caminho de Filipão.

Há aqui um paralelismo qualquer que os entendidos deveriam analisar. O homem deveria urgentemente tirar um bom curso de coaching / PNL, pois parece ser o seu local de paixão. Não teve necessidade de motivar o povo brasileiro para se embandeirarem, pois estão acostumados a isso.

Mas foi uma terrível desilusão, até porque Portugal, nesta Copa do Mundo 2014, perdeu por 4-0 com os mesmos alemães.

Mas basicamente, gostaria de em meia dúzia de linhas refletir sobre os comportamentos de gente que eu conheço apenas das redes sociais.



De um lado, os desiludidos com o resultado.

Do outro – e aparentemente, gente dita espiritualizada – rebaixando a existência da prática de um desporto tão popular, como se fossem entes superiores, senhores de uma verdade absoluta.

A verdade, é que ontem à noite li dezenas e dezenas [centenas] de comentários nas mais variadas páginas perante o fenómeno da perda da seleção. Chamou-me muito a atenção as centenas alarves de «kkkkkkkkkk», «eheheheheheheh», «ahahahahahahah», etc. Foi uma risota pegada, para esse grupo.

Portanto, um grupo, em meu entender, numeroso - mas muito menor que o outro grupo popular -, que festejaram a «perda». A sentirem-se muito superiores aos outros, que estavam tristes pela derrota. E mais não digo, porque muitos desses posts foram apagados durante a noite, para branquearem aquele espantoso «ego espiritual» num plural muito alargado.

Sinceramente, eu estava à espera da vitória da seleção brasileira, até porque me parecia que a Hierarquia Espiritual Brasileira estaria a trabalhar nesse sentido, para poder exercer o seu Plano Maior. Equivoquei-me na INTENÇÃO. Depois de muito ter meditado e pedido ajuda à minha Hierarquia, posso garantir que esta derrota teve uma finalidade Maior: acalmar os ânimos de 200 milhões de pessoas dentro do Brasil e mais muitos milhões espalhados pelo mundo. E para quê esse acalmar de ânimos?

Não é para que muitos dos «despertos» brasileiros, se riam desbragadamente.

Mas sim porque é necessário UNIFICAR um país. Com um objectivo: o espevitar da enorme auto-estima dos brasileiros, para se prepararem para outros futuros multidimensionais. É um país importante, é uma população necessária. É uma diáspora importante. Dos mais importantes do mundo.

Quem quiser aportar ideias nos comentários, agradeço. Mas não só sobre ideias futebolistas.

Para outro dia ficará o falarmos que a próxima Copa em 2018 será na Rússia, um dos 5 países que fazem parte do grupo político chamado BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]. Deste grupo falta apenas a Índia organizar algo de soberano.

Aquele gigante «atracão» em Copacabana, Rio de Janeiro, veio ensinar-nos como a Sombra trabalha. Que pena!

Abraços e beijos

António Rosa
9-7-2014


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