Reprodução do gráfico das conjunções entre Júpiter e Saturno no céu, feito por Joahannes Kepler, no século XVI. Daqui. |
Para que não haja equívocos por parte do leitor, este ciclo entre Júpiter – Saturno é apresentado sob o mapa do céu (também conhecido por trânsitos) e não deve ser transposto ao mapa natal de cada um de nós, de forma automática, sendo necessário analisar com todo o cuidado o que ocorre no mapa de cada pessoa.
Como é um texto dedicado a quem estuda astrologia, não me coibirei de apresentar aspectos mais técnicos, deixando a interpretação para um fase mais adiantada do artigo.
Júpiter tem uma deslocação diária de aproximadamente 13'-15', excepto quando está retrógrado ou em alteração de movimento, o que acontece uma vez por ano, durante cerca de 4 meses. Demora cerca de 12 anos a completar a volta ao zodíaco, aproximadamente 1 ano por signo. A sua energia básica pertence a Sagitário, sendo co-regente de Peixes, tendo como Casas associadas a 9ª e a 12ª. As suas funções fundamentais são: crescimento, expansão, ascensão, abrangência, abundância, integração social, fé, optimismo, confiança.
Saturno, é mais lento e a sua deslocação diária é cerca de 7', excepto quando está retrógrado ou em alteração de movimento, o que acontece uma vez por ano, durante cerca de 5 meses. Demora cerca de 29 e 30 anos para completar uma deslocação ao longo do zodíaco, fazendo com que permaneça uma média de 2 anos e meio em cada signo. É regente do signo Capricórnio e co-regente de Aquário e tem como Casas associadas a 10ª e a 11ª. As suas funções fundamentais são: delimitação, fronteira, diferenciação, selectividade, contracção, contenção, auto-controlo, realismo, amadurecimento, inserção social (como Júpiter, mas com um sentido mais hierárquico e estrutural — baseado no respeito e na adequação às regras e aos valores instituídos), superego, sombra (sentido junguiano), cristalização e materialização, medo e sentimento de culpa, vergonha.
Apesar de Júpiter ter maior velocidade na sua órbita, este ciclo dura cerca de 20 anos. O ciclo presente, no qual estamos inseridos teve início no ano 2000, em Maio. Os ciclos precedentes ocorreram em 1960, 1980 e o próximo será em 2020.
Este encontro celestial deixa marcas de reestruturação importantes e novas tendências. Antes das descobertas dos planetas exteriores (Úrano, Neptuno e Plutão), os astrólogos contaram com a conjunção Júpiter-Saturno para fazerem previsões sobre o destino das nações e governantes.
Estas conjunções ocorreram em signos de Terra durante quase 200 anos. No entanto, a conjunção Júpiter-Saturno de 1980 foi num signo de ar (Libra/Balança). Em 2000, voltou para um signo de Terra (Touro). A conjunção Júpiter-Saturno voltará para um signo de ar em 2020 (em Aquário) e permanecerá em signos de ar durante a maior parte dos dois séculos seguintes. Mais abaixo apresento um gráfico com todas as conjunções e inúmeras datas para os leitores poderem pensar com maior amplitude.
Isto para vos dizer que se quisermos acompanhar o andamento da nossa civilização, para além deste relativamente curto ciclo de 20 anos, temos que considerar os ciclos de 200 anos em cada um dos 4 elementos, perfazendo um mega-ciclo de 800 anos para a totalidade do zodíaco.
Muitas das mudanças perturbadoras que estão ocorrendo no mundo de hoje não podem ser ligadas apenas à conjunção Júpiter-Saturno, mas sim, à sua transição do elemento Terra para o elemento Ar.
Os vinte anos do ciclo Júpiter-Saturno de conjunção a conjunção, continua sendo um das mais antigas e melhores maneiras de prever a mudança social generalizada. Entretanto, tornou-se popular usar os trânsitos dos planetas exteriores Úrano, Neptuno e especialmente Plutão como lentes para ver a transformação social de forma mais ampla.
O ciclo de 20 anos de Júpiter e Saturno pode parecer pouco limpo e arrumado para a nossa era difusa, mas quando aplicado às nações, o ciclo Júpiter-Saturno pode dar ideias surpreendentes e produzir previsões precisas.
Mas igualmente importante é o que este ciclo representa no ser humano individual: a construção constante da Arquitectura do Ser. Não é em vão que vivemos em média 4 a 5 destes ciclos ao longo da nossa vida.
A primeira metade do ciclo Júpiter-Saturno, que corresponde a um período de 10 anos, entre a conjunção e a oposição pode-se dizer que assistimos à dissolução de algo que nos é próximo, travando-se uma intensa acção de ascensão. A segunda metade deste ciclo Júpiter-Saturno é o desvendar, o movimento em direcção à entropia, culminando em uma nova conjunção e o início de um novo ciclo.
Vamos olhar com alguma brevidade o exemplo do ciclo de 20 anos que começou em 1980. É fundamental termos presente que a conjunção de 1980 foi num elemento Ar, concretamente em Libra/Balança, o signo dos relacionamentos.
Que aconteceu no mundo com este ciclo iniciado num signo de relacionamentos? Deu-se, sobretudo, um suavizar das relações entre as nações e os equilíbrios do poder. Durante os anos 80, este ciclo (e outros factores astrológicos, claro!) «dissolveu» a chamada Guerra Fria, assistindo-se à decadência do comunismo e uma maior abertura nos relacionamentos entre as nações e os povos. A União Soviética colapsou e deu lugar a numerosos países.
Entretanto, nos anos anteriores, as duas grandes superpotências - URSS e EUA -, procuravam alinhamentos e acumularam um intenso poder em todo o género de armas. Quando Júpiter e Saturno, no seu ciclo, fizeram a oposição, em 1989, o que era «velho» e «estagnado» teve que ceder: assistimos à dissolução do antigo império soviético socialista e, naturalmente o realinhamento de várias nações. Em 1980 quem poderia pensar que a Polónia passaria a ser um aliado próximo aos EUA?
Na segunda metade deste ciclo de 1980, mais concretamente nos anos 90, foi a vez de Saturno aplicar as suas regras e leis e reorganizar todo o bloco europeu.
GRÁFICO DAS CONJUNÇÕES DE JÚPITER - SATURNO
AO LONGO DOS 4 ELEMENTOS
Reprodução do gráfico das conjunções entre Júpiter e Saturno no céu,
feito por Joahannes Kepler, no século XVI. Daqui.
feito por Joahannes Kepler, no século XVI. Daqui.
O gráfico abaixo aparenta um ciclo uniforme das conjunções.
Na verdade, estes ciclos não são tão uniformes, como o diagrama aparenta ser,
pois devemos ter presente que as suas órbitas são elípticas e isso altera o andamento dos planetas.
pois devemos ter presente que as suas órbitas são elípticas e isso altera o andamento dos planetas.
NOTA: Este ciclo dura cerca de 800 anos. As conjunções Júpiter-Saturno ocorrem a cada 20 anos e eles ficam no mesmo elemento - Ar, Terra, Água ou Fogo - entre 160 a 200 anos. O ciclo de signos de Terra começou em 1802 em Virgem e completado com a última conjunção em Touro em Maio 2000. A conjunção próxima irá ocorrer em Aquário (Elemento Ar) em Dezembro de 2020. Assim, todo o ciclo através de todos os elementos tem a duração de cerca de 40 conjunções e leva cerca de 800 anos a percorrer todos os Elementos. Em 2040 a conjunção será em Libra/Balança (21). Em 2060, em Gémeos (22). Em 2080, Aquário (23). Em 2100 em Libra/Balança (24). Em 2120 em Gémeos (25). Em 2140 em Aquário (26). E por aí fora... A primeira conjunção no Elemento Água será em 2240, no signo Câncer/Caranguejo. E assim será durante cerca de 200 anos. O novo ciclo de 800 anos, com início no Elemento Fogo, terá início em 2420, no signo Áries/Carneiro.
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Eu já andei por aqui logo que publicou este post António!
ResponderEliminarLi com muita atenção e reli agora. Devo lhe confessar que não posso comentar, apenas agradecer por mais esta aula.
Já foi para a minha pasta dos assuntos sobre Astrologia/AR.
Beijo grande
Astrid Annabelle
***Estou enviando Reiki para ti e para o Tibério.***
Pior site de astrologia que eu já entrei é esse blog de merda que não serve para nada
ResponderEliminarde opiniões está o mundo cheio sr anónimo!
ResponderEliminarde opiniões está o mundo cheio sr anónimo!
ResponderEliminarQuerido Anônimo, se tu não gosta pelo menos respeite! Sei que tu tens direito a opinar e a liberdade de expressão, mas convenhamos que se para ti não serve de nada para outros serve! Então guarde a tua opinião medíocre para ti e volte para a tua insignificância!
ResponderEliminarEscrever anónimamente é a maior pulhice que eu conheço. Além de tudo o resto é mostrar muita ignorância. Deve julgar-se um sabe tudo, um deus, que já não precisa de aprender nada; pena não ser um deus grego, daqueles que faziam asneiras e eram castigados ... parece que estou a falar para uma criança, a contar dos deuses da mitologia grega, mas esta pessoa deve ter ainda aprendido pouco na vida, apesar da idade; porque criança não teria esta maldade.
ResponderEliminarAlém do saber, António, a generosidade de o colocar à disposição de todos é uma coisa magnífica. Olhe, eu sempre aprendo e agradeço-lhe por isso. Abraço
Lela Pontes
Anónimo é em primeiro ligar é sinal de covardia, em segundo lugar demonstra falta de educação e respeito e finalmente demonstra uma ignorância que faz corar alguns animais
ResponderEliminarCresça e apareça!!!