Foto recente (2011), editada por mim, e da autoria do amigo e conterrâneo sr. Ossemane Abdul Satar Daudo |
Não tenho a certeza, mas parece que a comunidade municipal da ilha de Moçambique decidiu investir na construção de 4 «pedicabs» (tipo de riquexós, mas puxados por um tipo de triciclo). E fez muito bem. Só desejo que o alcatrão chegue depressa às ruas, para que as «pedicabeiras» que puxam os veículos não o façam de forma penosa. Reparem que o chão é de terra.
Em Portugal não há «pedicabs» pois a sua circulação é proibida pela legislação já ultrapassada em anos pela evolução dos acontecimento. O nosso Código da Estrada de Portugal proíbe activamente o transporte de passageiros (adultos) em velocípedes. E os «pedicabs» são classificados como velocípedes. Enquanto esta legislação obsoleta existir, a modernidade e o eco transporte não vai entrar por terras lusas.
«Pedicab» é o termo inglês para designar um triciclo-a-pedal-táxi, também conhecido por riquexó a pedal.
Um «riquexó» é um «veículo de duas rodas para uma ou duas pessoas, puxado por uma pessoa a pé ou de bicicleta, frequente em cidades do Oriente». Existiam na ilha de Moçambique em quantidade e hoje, os poucos exemplares que restaram, estão guardados no museu. O riquexó surgiu inicialmente como sendo, basicamente, uma carroça puxada por uma pessoa, há cerca de 150 anos.
No Oriente, os riquexós estão a ser massivamente substituídos por «pedicabs»,
e ultimamente, já existem milhares de pedicabs motorizados.
Foto daqui. O chão ainda estava alcatroado. |
Com a independência de Moçambique, os riquexós foram retirados de circulação.
Todos os «pedicabs» que a seguir apresento são de Nova Iorque e
encontrados no site da empresa «Main Streets Padicabs, Inc.»
Em contrapartida, no Ocidente, vão aparecendo mais e mais, também muito ligado ao turismo, mas não só, e utilizando veículos modernos, mais eficientes e menos duros para os condutores. Nova Iorque é um dos muitos casos de sucesso da implantação deste veículo, que claramente, vai ao encontro dos ambientalistas e já lhes chamam «ecopedicabs». Não são de preço acessível, pois podem variar entre os 5.000 e os 10.000 euros por unidade.
Os primeiros «pedicabs» de Nova Iorque surgiram logo no início dos anos 90.
Não sei explicar a estranha sensação quando andei num deles. Gostei, mas senti que tinha
um ser humano a esforçar-se muito para me transportar. E isso que eu era bem menos pesado.
Alguns países que usam os «pedicabs» (por ordem alfabética):
Alemanha, Bengladesh, China, EUA (nas maiores cidades planas do país),
Filipinas, Índia, Indonésia, Inglaterra, Irlanda, Finlândia, Malásia, Polónia, Suiça,
e agora, também na Ilha de Moçambique.
Um modelo mais moderno.
Publicidade tradicional nos pedicabs.
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Essa é sem dúvida uma boa idéia. Aqui em Ubatuba existe algo similar...são bicicletas duplas, mas cobertas como os "pedicabs" que são alugadas para turistas. Neste caso os turistas que alugam é que pedalam.
ResponderEliminarDessa maneira os turistas que não querem percorrer toda a orla da praia a pé, fazem o trajeto pedalando. Agora é cobrado como taxi... o preço depende do tempo que você usa.
Gostei desse post António.
Beijo grande.
Astrid Annabelle
Peço desculpa mas este post parece-me que tem um certo pendor nostálgico ou estarei errado? Será que o meu amigo acharia prático deslocar-se no seu dia-a-dia e cumprir os seus horários de riquexó? Acho que só mesmo numa comunidade pequena como a Ilha onde o tempo tem outro valor e outra dimensão... No entanto é uma ideia interessante sem dúvida = menos stress +mais serenidade +qualidade de vida
ResponderEliminarCaro anónimo,
ResponderEliminarNão me lembro de ter sentido qualquer nostalgia ao preparar o post, que procurei fosse explicativo.Mas tudo é possível. Agradecido.
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