Dedicado à minha amiga Astrid Annabelle,
em viagem iniciática por Portugal
Como muitos sabem, há um país chamado Portugal que os nossos olhos de terceira dimensão podem ver e apreciar. Há determinados espaços, edificados ou não, que correspondem a um Portugal iniciático, muito pouco visível aos nossos olhos tridimensionais. Um dos exemplos é este Centro Histórico de Guimarães. Foi aqui que tudo começou. Esta zona foi classificada pela UNESCO como «Património Cultural da Humanidade».
Guimarães é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade.
Os "Vimaranenses" são orgulhosamente tratados por "Conquistadores", fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães.
A cidade está historicamente associada à fundação da nacionalidade e identidade Portuguesa. Guimarães, entre outras povoações, antecede e prepara a fundação de Portugal, sendo conhecida como "O Berço da Nação Portuguesa". Aqui tiveram lugar em 1128 alguns dos principais acontecimentos políticos e militares, que levariam à independência e ao nascimento de uma nova Nação. Por esta razão, está inscrito numa das torres da antiga muralha da cidade "Aqui nasceu Portugal", referência histórica e cultural de residentes e visitantes nacionais.
Após a acção política de reconquista organizada pelo Reino da Galiza, com a intervenção do fidalgo Vimara Peres ainda no remoto século IX, a fundação medieval da actual cidade tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes, mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um mosteiro dúplice, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um grupo populacional conhecido como vila baixa. Paralelamente e para defesa do aglomerado, mandou construir um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação na vila alta. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.
Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Real Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas.
A outorgação, pelo Conde D. Henrique, do primeiro foral nacional (considerado por alguns historiadores anterior ao de Constantim de Panóias), em data desconhecida, mas possivelmente em 1096, atesta a importância crescente da então vila de Guimarães, escolhida anda como capital do então Condado Portucalense. Aqui se daria, a 24 de Junho de 1128, a Batalha de São Mamede.
Fonte do texto: Wikipédia.
A Guimarães actual soube conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção do património com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas, que se manifestou na nomeação para «Capital Europeia da Cultura» em 2012, factores que levaram Guimarães a ser eleita pelo «New York Times» como um dos 41 locais a visitar em 2011 e a considerá-la um dos emergentes pontos culturais da Península Ibérica.
Estas ilustrações foram enviadas pela minha querida amiga e conterrânea,
Muito obrigado, G.
Localização de Guimarães no mapa de Portugal |
.
Quanta história interessante António querido!
ResponderEliminarSinto-me honrada com esta série de posts. Estarei relendo tudo com carinho e saudade ao regressar ao Brasil e mostrando para os meus filhos e netos com toda a certeza.
Eu ando encantada com Portugal! Com toda a certeza se confirma o que andamos conversando.
Um beijo bem grande e muito agradecido.
Astrid Annabelle
Querida Astrid,
ResponderEliminarPara poder pesquisar com rapidez, no futuro, criei para esta série a «tag»: «Dedicado à Astrid», que pode encontrar rapidamente, indo na barra direita à secção «Procure os artigos por temas».
Simples, não é?
Bom fim-de-semana.
Beijos.
Que belo alimento para a minha "secção mental" de História... adoro história e adoro as histórias da história!! Quanto mais esotéricas, melhor!!
ResponderEliminarBeijinhos aos dois e um alegre fim de-semana. <3<3
Filomena
Muito boa a história e as imagens que nos mostram a beleza e a riqueza de sua história. Para Astrid o nosso abraço.
ResponderEliminarAntonio abraços.
António amigo!
ResponderEliminarComo se não bastasse tudo o resto, tenho estado com uma forte crise de espondilose, que me inibe a concentração e o ânimo, pelo que estou mais ausente que o habitual, das lides internéticas. O meu pedido de desculpas a todos!
Espero melhorar logo para poder vir ler com a atenção devido esta série muito interessante de publicações sobre o Portugal iniciático.
Um grande abraço
Se puderes dá este recado à Astri,por favor, António.
ResponderEliminarEu gostaria muito de lhe mostrar a cidade berço de Portugal, mas era se houvesse uma cunhazita para a Paula ficar mais um dia na sua visita aqui aos meus lados.
Vou ter de a apalavrar. :)
Olá Lucy!
ResponderEliminarRecado recebido. Vamos conversar,OK?
Estou adorando o que tenho visto em Portugal.
Um beijo e até muito breve.
Um beijo António e agradecido por enviar o recado!
Astrid Annabelle
Esta série de posts dedicados à Astrid está o máximo!!! Muito bom conhecer um pouco mais da história dos meus antepassados!!! ;)
ResponderEliminar