8 de junho de 2008

O perdão - coisas de Vénus e Neptuno

Ando há imensos anos a tentar aprender mais sobre o perdão, como parte do meu próprio desenvolvimento pessoal. E ainda ando nisso, na minha própria aprendizagem. E andarei, até ao último segundo.


O perdão é um campo muito mal compreendido da experiência humana. A maioria das pessoas pensa que não se consegue perdoar as humilhações, as negligências, as traições e os abusos que se sofre nas mãos dos outros. Não é bem assim.


O perdão liga-nos directamente à nossa consciência e à tentativa de conseguimos alterar (dissolver) alguns dos nossos padrões mais pesados e prejudiciais de pensamento, de crença e de comportamento.


As Leis do Universo dizem-nos que não há ninguém que não mereça o perdão. Independentemente do que fazemos, podemos libertar-nos dos erros cometidos no passado.


O perdão sara todas as feridas e ajuda-nos a estar mais disponíveis ao perdão e à aceitação dos outros.


Uma das ideias mais erradas sobre o perdão talvez seja a de perdoar como forma de desculparmos o comportamento destrutivo de outras pessoas e de nos tornarmos ainda mais disponíveis à dor, ao embaraço e ao abuso.


Não queremos dar às outras pessoas a satisfação de serem perdoadas mas também não queremos ser um tapete que convida os outros a pisarem-nos.


Quando muito confusos, pode parecer que é a raiva e o ressentimento que nos mantém unidos e, por isso, tememos que a libertação desses sentimentos nos faça perder num abismo de emoções em conflito. Nada poderia estar mais longe da verdade.


O perdão não implica outras pessoas, antes pelo contrário, diz respeito à cura da nossa relação connosco próprios e ao fortalecimento da ligação com o nosso eu interno.


Quando exercemos o perdão, libertamo-nos das expectativas e dos padrões negativos; quando nos libertamos, disponibilizamo-nos para relações e experiências mais saudáveis e felizes.


Perdoar uma pessoa não significa que temos de a deixar entrar novamente na nossa vida, que se mude para a nossa casa ou tenha qualquer espécie de relacionamento connosco, a não ser que permitamos esse contacto ou que haja uma necessidade prática, por exemplo, no caso de haver filhos comuns. Mesmo nesta situação é possível minimizar o contacto.


Com o perdão, criamos um estado mental, emocional e espiritual que nos possibilita reclamar o poder do amor. O perdão ajuda a construir uma nova base de confiança e de comunicação entre as pessoas, mas esse não é o objectivo principal.


Várias são as situações em que não temos de continuar uma relação, com vista a perdoar a outra pessoa, a não ser que nós o queiramos.


Por vezes, o perdão ajuda a construir uma base nova de confiança e a estabelecer uma comunicação mais eficaz entre as partes envolvidas, contudo não é esse o objectivo principal do perdão.


O perdão pode dissolver o ressentimento e a culpa que de outra forma nos consumiria. Quando perdoamos, ajudamos a elevar as vibrações dos pensamentos e dos sentimentos para um nível que está em harmonia com o cosmos.


Sempre que perdoamos, somos facilmente perdoados, elevados e tocados pela respiração divina.


Claro, em tudo o que escrevi, está implícito também, o auto-perdão, o perdão a mim mesmo, o ter atraído essa situação para a minha vida.


Se tenho que perdoar alguém, antes de mais, devo perdoar-me a mim mesmo, por eu ser o responsável único de ter atraído para a minha vida essa experiência.


Parecendo que não, só tratei de astrologia neste texto. Tudo isto está no teu mapa natal. Procura, entre outros, Vénus e Neptuno e trabalha-os. Qualquer bom astrólogo(a) te poderá ajudar.


22 comentários:

  1. "Perdoar uma pessoa não significa que temos de a deixar entrar novamente na nossa vida" Gostei da reflexão e claro é um tema bastante importante SEMPRE.

    Aprendi no meu "laboratório" que perdoar liberta, deixado de ser aquela bagagem que nos atrasa e ensina-nos a sermos mais criteriosos, quando pensamos nas "reais" razões porque nos deixámos magoar.
    Abraço
    Ana Cristina

    ResponderEliminar
  2. Este é um assunto que me diz muito, tenho um longo caminho a percorrer nesta área, sinto que já comecei, pelo mais difícil, o meu Pai. Mas mesmo aí foi só o início.
    Há muito que trabalhar ainda, veremos...
    Excelente texto.
    Bjs.

    ResponderEliminar
  3. Gostei muito desse seu texto.
    Parabéns!
    O que fez com que eu pudesse andar um pouco mais ligeiro nessa área foi quando li que devemos sempre nos perdoar por prestarmos atenção ao que nos incomoda, nos magoa, nos enraivece, etc.
    Colocando esta idéia em prática fica muito mais fácil lidar com o perdão...pelo menos comigo está funcionando!
    Mas seus conselhos também valem muito...torço para que muitas pessoas os leiam!
    Abreijos.
    Ma Jivan Prabhuta

    ResponderEliminar
  4. Amar e se perdoar primeiro, depois amar e reverenciar o outro!

    O que há " Além do Arco-Íris" A.R?

    Beijinhos cósmicos!

    ResponderEliminar
  5. Olá António.
    Gostei muito do texto. Saber perdoar é importante; mas essencial é perdoar-nos a nós proprios... Tarefa dificil, mas não impossivel.
    Boa semana.

    ResponderEliminar
  6. Gostei imenso do teu texto! Acredito que a maior tarefa é aprendermos a perdoar a nós mesmos, conseguindo isso, já temos meio caminho andando para todo o resto. Obrigado por mais esta partilha.

    Pérolas incandescentes de boas energias, banhadas no rio de lava do meu mundo.

    Com carinho,

    Eärwen

    ResponderEliminar
  7. Engraçado, tenho uma idéia diferente sobre o perdão. Quem sabe um dia posto no meu blog sobre isso...

    ResponderEliminar
  8. Sabemos tanto sobre o perdão, não é? até sabemos que não há nada a perdoar. E não há mesmo! ENTÃO PORQUÊ QUE AINDA... ?!Coisas de Venus e Neptuno, amor e mar, mar água, água emoções
    Perdão se gritei :)A coisa vai-se fazendo...

    Agora só gostas de cantores chineses, é?
    Um abraço, Ursinho, vai um limãnito?

    ResponderEliminar
  9. Olá Ana Cristina,

    Andei ausente da internet nestes dois dias. Ainda bem que o Blogger agora dispõe da funcionalidade "agendar"... É muito prático: fazemos o post, escolhemos o dia e hora em que ele deve sair e se Mercúrio ajudar, podemos estar longe, que o post aparece.

    Perdoar liberta sempre. Mesmo que as pessoas não o entendam.

    Já irei ao seu espaço actualizar as minhas leituras.

    Abraços

    António

    ResponderEliminar
  10. Samsara,

    Todos temos coisas destas para resolver na vida.

    kiss

    ResponderEliminar
  11. Olá Astrid,

    Muito obrigado. Comigo também funciona analisar e entender que sou eu quem atrai as situações.

    Abreijos

    António

    ResponderEliminar
  12. Chama Azul,

    Presumo que o Deus que há em ti.

    Kiss

    ResponderEliminar
  13. Jasmim,

    Tem razão - tarefa difícil, mas não impossível.

    kiss

    ResponderEliminar
  14. Olá Eärwen

    É a grade aprendizagem da vida. Perdoar é sinónimo de amar.

    ResponderEliminar
  15. Eldora

    Fico interessado em ler a tua visão sobre o perdão.

    Abraço

    ResponderEliminar
  16. Visitante das 7:28,

    Porque o ser humano parece só aprender com o sofrimento.

    Tão só.

    abraço.

    ResponderEliminar
  17. ...as coisas que eu aprendo, vou já em busca do agendar:-)

    ResponderEliminar
  18. Ana Cristina,

    Por "agendar" não encontrará nada. Se escolher uma data posterior àquela em que está a escrever, e clicar em "publicar", o Blogger assume que é para "agendar" no dia e hora indicados. Algumas vezes não funciona.

    =)=)

    ResponderEliminar
  19. Olá querido Ursinho Rosa! (desculpa continuar a tratar-te por "Ursinho", mas... adoooooooro. Já até acrescentei o Rosa... és o meu Urso cor-de-Rosa...hihihi)

    ASSINO embaixo o teu post. Já escrevi, uma vez, sobre o perdão e revi o meu post aqui no teu.

    O perdão, o acto de perdoar os outros e, principalmente, a nós próprios, são "maneiras de estar" imprescidível nesta nossa jornada. Não é fácil, mas não é impossível.

    Eu já comecei essa "missão" há algum tempo e já obtive alguns frutos, mas ainda tenho muito a aprender, ... aprender até partir daqui!

    Há uma frase mais ou menos assim: "O verdadeiro guerreiro da luz é aquele que consegue transformar um "inimigo" em amigo" . É de Paulo Coelho e ando com ela sempre bem presente.

    Se quiseres ler o meu post do "Perdoar", deixo aqui o link.
    http://keep-your-mind-wide-open.blogspot.com/2008/04/perdoar.html

    Sabes, querido António, o que escrevo no meu blog acompanha o que se vai passando comigo ou o que se passa à minha volta. O que me levou a escrever o post do perdão está explicado no mesmo e, confesso-te que, estou bastante contente porque, há uns tempos atrás, a frase que mencionei acima, de Paulo Coelho, já se pode aplicar a esse post. Penso que me percebes! Foi mais uma etapa ultrapassada. Muitas outras virão e farei o meu melhor para ultrapassá-las...

    Bom, mas vamos deixar os perdões de lado porque hoje é dia de Alegria, de muito Amor! PARABÉNS meu URSINHO lindo cor-de-ROSA. Que tenhas um dia super feliz, junto de quem mais gostas e... come um fatia de bolo por mim, está bem? Mas cuidado com a linha... hihihi.

    Gosto muito de ti. És um bom amigo/irmã de luz. Fico muito contente que te tenhas cruzado no meu caminho. Tens me ajudado, já alguns vezes, nesta minha caminhada, na compreensão de algumas coisas e só te tenho de agradecer. Obrigada Ursinho Rosa!

    Deixo-te um BEIJINHO GIGANTESCO de Amor, Paz e Luz, neste teu dia...

    ResponderEliminar
  20. Olá Angel,

    Já tinha lido o teu post que tinha apreciado muito. Mas fui lá reler. É sempre bom.

    Perdoar é fundamental. Também aprendi à minha própria custa, com resultados positivos.

    Compreendo o que o Paulo Coelho quer dizer.

    Muito obrigado pelos teus votos,

    Também gosto muito de ti,

    António

    ResponderEliminar
  21. Antonio,
    Este texto foi dos excelentes textos que escreveu, um dos que mais me tocou.
    Percebo e identifico-me imenso com a parte do auto-perdao (nada facil)...
    Perdao=liberdade=desapego...

    Abraco,

    Paulo

    ResponderEliminar

«O leitor tem o direito de discordar destes posts e de ter outras ideias, e eu lutarei até ao fim para que você mantenha o seu direito a dizer o que pensa, educadamente, de forma civilizada e até agradável, se conseguir. Se for difícil para si manter estas premissas, o melhor é não dizer nada. Tente comportar-se com os outros da mesma forma que quer ser tratado/a.»Esteja à vontade neste blogue, pois aqui não há letrinhas torcidas, nem moderação.Tente não ser anónimo, e crie a sua própria identidade, nem que seja com um pseudónimo. Clique aqui, para saber como.Grato pelo seu comentário, António Rosa