28 de dezembro de 2012

Planetas retrógrados em 2013


Símbolo [glifo] para 'retrógrado'

Lista dos planetas retrógrados em 2013

Planeta
Retrógrado

Directo
Mercúrio
23 Fevereiro
19º 52' a 05º 38’ Peixes
17 Março
Mercúrio
26 Junho
23º 06' a 13º 62’ Caranguejo
20 Julho
Mercúrio
21 Outubro
18º 23' a 02º 30´Escorpião
10 Novembro
Vénus
21 Dezembro
28º 58’ a 13º 33’ Capricórnio
31 Janeiro 2014
Júpiter
4 Outubro 2012
16º 23´ a 06º 20´Gémeos
30 Janeiro 2013
Júpiter
7 Novembro
20º 30´ a 10º 26’ Caranguejo
6 Março 2014
Saturno
18 Fevereiro
11º 31’ a 04º 49’ Escorpião
8 Julho
Úrano
17 Julho
12º 31’ a 08º 35´ Carneiro
17 Dezembro
Neptuno
7 Junho
05º 22´ a 02º 34’ Peixes
13 Novembro
Plutão
12 Abril
11º 35´ a 08º 59´Capricórnio
20 Setembro


Sobre os planetas retrógrados

Vamos analisar o que é isso de planetas retrógrados. Há astrólogos que afirmam e com bastante razão que os planetas retrógrados têm a sua função mais dirigida para a operacionalidade interior da mente, pois as mudanças são operadas interiormente antes de se manifestarem no mundo exterior, dando uma certa introversão.

A minha visão sobre os “retros” e os signos interceptados vai no mesmo caminho. Sinto haver uma similitude, tendo em conta que uns são os actores da peça de teatro (os planetas) e outros são o cenário (signos – energias).

Para mim é nos planetas retrógrados e nos signos interceptados que vejo a “Inteligência Superior” a funcionar através da Astrologia, como linguagem meta-superior ou divina.

Procuro ver os retrógrados para além da “função interior da mente”. Entendo como sendo um estado de alma. Nesse sentido suspeito que ultrapassa a mente, indo directo às emoções, porque é destas que parte a vibração de como vivemos na crosta do planeta.

Um planeta retrógrado está nessa situação de retrógrado, de igual maneira para os 3 corpos da materialidade do ser humano - físico, mental e emocional. Por serem os corpos descartáveis de Nós mesmos, enquanto Seres. Porque a aprendizagem do ser humano é feita através da interacção da energia do planeta com os corpos da materialidade.

Em linguagem corrente podemos chamar “medo” a esse aprisionamento do retrógrado. Existe “ali” uma certa dificuldade em se realizar. As “coisas” têm que ser feitas dentro de um registo peculiar que difere de planeta para planeta.

Um retrógrado ou um interceptado, para mim, é como se quisesse dizer: “tens que fazer o exame para poderes prosseguir os estudos”. Que estudos? Os de mim mesmo. Acredito que sou apenas um corpo e vivo apenas para o materialismo mais imediato? Ou acredito que sou uma Alma provisoriamente num corpo, para fazer a experiência da fisicalidade?

É nesta subtil divisão que o retrógrado pode manifestar-me ou há um certo trânsito e transcendo-me... Habitualmente, com dor e sofrimento. Porque tenho que Me merecer a Mim mesmo. É aqui que entram as múltiplas definições de “destino”. E foi nesta base que a astrologia perdeu credibilidade no fim do século 19 até aos anos 80, quando Plutão ajudou a que esta arte fosse recuperada e massificada.

A irredutibilidade do chamado “destino” enquanto “obrigação” de cumprirmos o que supostamente nos é atribuído. Ou esse “destino”, enquanto construtor da minha própria vida”. É aqui que os trânsitos dos retrógrados me obrigam a escolher.

- Ou escolho repetir e repetir e repetir. E aí estamos perante aquilo que se chama (e bem) de “função interior da mente”. E repito, repito, repito… sem querer ver que estou sempre a cair no mesmo padrão limitativo.

É mais óbvio de constatar quando o planeta está Rx no natal. É a percepção equivocada que Eu sou apenas o meu corpo e gero os padrões repetitivos que atraio para mim mesmo e que me faz "pensar" e "dizer" que "não tenho sorte", ou que "tenho azar" (no amor, na saúde, no trabalho, etc.)

- Ou escolho não repetir. E aí estamos perante a função superior do Ser, através da Alma. Conseguimos sair dos padrões. Realizando e reconstruindo o próprio destino. Aqui Plutão e Saturno em trânsito têm uma enorme responsabilidade na actuação desse retro, levando com eles o lixo psíquico que temos em enorme quantidade.

Tenho encontrado muitos casos em que os retrógrados são trabalhados durante ou após o trânsito de Plutão em quadratura a ele próprio. Também dou muita atenção à passagem de Plutão pelas casas de água e ângulos. Na minha maneira de ver, a passagem de um Plutão pela casa 12 é claramente uma mudança total. São vários anos, sendo os mais importantes quando entra ou quando sai da 12.

Se a pessoa deixar fluir todas as emoções que Plutão carrega, o mais certo é haver uma libertação da personalidade porque houve uma “infusão da alma”.

A nossa alma aproveita essas oportunidades astrológicas para “carregar as nossas baterias” (infusão energética) que faz mudar a vida da pessoa. Ou transcendem-se a eles próprios e fazem algo marcante na vida e começam a ter uma carreira fulgurante, ou ficam "presos" às regras da sociedade - a caminho de uma tremenda infelicidade. Já me alonguei demasiado e não sei se me expliquei bem.


A análise espiritual dos planetas retrógrado

Os planetas retrógrados no mapa natal representam vidas passadas em que o ego foi dominante e o Ser Espiritual não desenvolveu adequadamente a sua missão principal: a evolução espiritual. Instalou-se o medo, que perdura como memória cármica, nesta vida. Pode ter gerado padrões repetitivos de comportamento que perdura até hoje. E é nesta encarnação que surge o propósito de haver a libertação desse medo.

Os aspectos natais desses planetas retrógrados representam níveis particulares e específicos de resistência do ego, como memórias de possíveis medos com origem cármica.

A escolha do Espírito, antes de encarnar nesta vida, é uma proposta enorme e desafiante: a libertação desses pesados medos cármicos.

Com essa libertação dar-se-á o reencontro com o Ser Espiritual podendo, então, o Ser Humano escolher fazer o que deve ser feito, desde que sentido pelo coração e validado pela intuição.

Os trânsitos a esses planetas retrógrados podem significar os momentos mais adequados para:

a) A libertação desses medos cármicos.

b) Ou o acentuar do domínio dos mesmos.

[Este não é um texto novo, pois já tinha sido publicado no meu site 'Escola de Astrologia Nova-Lis' e posteriormente, aqui no blogue. Aqui.]

.


27 de dezembro de 2012

As Mesquitas e Confrarias Islâmicas da Ilha de Moçambique

Grande Mesquita Central, destaca-se por usar esta cor verde

As Confrarias Islâmicas na ilha de Moçambique são unidades culturais, com cerimonial e simbologia litúrgica próprios, organizadas para a gestão dos assuntos religiosos: culto, educação e ritos de transição (em especial os funerais). Têm responsabilidade na gestão inter-crentes e nos mecanismos da entreajuda interna. Nem todos os crentes pertencem a confrarias.

Grande Mesquita Central,
Há 2 Ordens de Confrarias que, por sua vez se subdividiram em 8 confrarias na Ilha de Moçambique, todas muito antigas,cujas origens remontam a tempos muito passados.

 Uma das duas Ordens de Confrarias, a «Xadulia», é de origem egípcia e remonta aos séculos XII-XIII, tendo-se tornado independente da sede no Egipto, e mais tarde das Comores, de onde vieram para a ilha de Moçambique.

A outra Ordem de Confrarias, a «Cadiria» é de origem iraquiana (século XII), estabelecida na ilha através de Zanzibar desde 1904.

Hoje, ambas as Ordens são completamente autónomas, tendo-se estabelecida em 8 confrarias regionais [estamos sempre a falar dentro da ilha de Moçambique]. A maioria delas, fruto de cisões internas e resultando que hoje em dia, não haja reconhecimento explícito às práticas religiosas, por parte dos governos de Maputo. Há, no entanto, um reconhecimento não oficial da existência das confrarias, pois estas têm uma importância enorme nas decisões políticas internas da ilha. Os residentes de lá sabem que esse poder existe. A Ordem Xadulia, subdividiu-se em 3 confrarias e a Ordem Cadiria, em 5 Confrarias. 

Grande Mesquita Central, vista lateral, com o banheiro público.
Há uma instalação que parecendo ser uma mesquita, na verdade é uma escola maometana, corânica, pois está separada apenas por um muro da Grande Mesquita Central [a verde, acima]. Para que os residentes [actuais e antigos] da ilha de Moçambique percebam do que estou a falar, a localização era na antiga oficina do João Ferreira dos Santos, entre a tabaqueira [actual Cinema Olímpia - fechado neste momento] e a Mesquita Central. Tem que haver, no mínimo, 500 metros entre duas mesquitas.

Esta informação acima, a quem agradeço muito, 
foi-me fornecida pessoalmente aqui no Facebook, pelos senhores:

Satar Abdul Rahimo Abdul
Gestor do Complexo Quinta dos D'es, no Gembesse,
na parte continal, em frente à ilha de Moçambique.
Sua página no Facebook, aqui

e

Mussa Jona Ali
Jornalista - Radio On'hipiti FM 103.09Mhz
na Ilha de Moçambique.
Sua página no Facebook, aqui.


Por estas contas é fácil de se perceber que, na ilha, não há Mesquitas suficientes para todas estas confrarias, pois na prática há 6 mesquitas e um edifício que é confundido com uma mesquita, mas que na verdade é uma escola maometana corânica. Na verdade, só a Grande Mesquitas Central [a verde] reúne condições para receber muitos fiéis, pois as outras mesquitas são todas muito mais pequenas, sendo a excepção talvez a bela edificação que é a mesquita Mussanga, da contra-costa.

Mesquita Mussanga, situada na contra-costa.
Peço desculpa se me enganar no texto e nas indicações das localizações das mesquitas, e nesse caso, espero que me corrijam nos comentários, ou através do Facebook, para eu poder corrigir aqui no texto.

Mesquita Mussanga, situada na contra-costa.
Cada confraria deveria estar organizada da seguinte maneira:

- Ser dirigida por um satjada [chefe máximo local], em teoria deveria ter à sua responsabilidade, uma mesquita e uma escola corânica [madrassa], que teriam, por sua vez os seus respectivos responsáveis.

- Ter um xehe [cabeça de segmento de confraria]: este é um cargo que pode ter duas dimensões, ocupada por dois indivíduos: o responsável pelo segmento da confraria; o responsável pela mesquita. Na prática, as secções locais tendem a acumular na figura do xehe ambas as responsabilidades

- O halifa [cargo de assessoria principal]; pode ser destinado ao espectro feminino das crentes através uma eleita, mas é também um cargo masculino enquanto apoiante privilegiado do satjada ou do xehe.

- O chauria [assessor].



Mais 3 imagens da mesquita Mussanga, situada na contra-costa.

Não me compete comentar a política teológica seguida pelas confrarias, mas apenas abordar o assunto e que estão na fonte de algumas situações de conflitos sempre em potencial. As origens religiosas são diferentes: existe a linha Sunita, por um lado e, por outro, há a escola Hafanita. Estas diferenças teológicas, obviamente serão solucionadas com o diálogo entre as confrarias e as Ordens. 

Para os meus leitores, mais ocidentalizados e que não estejam familiarizados com o islamismo, vou fazer uma comparação muito fraca sobre este assunto. Exemplo: como se houvesse 2 Bíblias diferentes para serem seguidas. E há. A Bíblia dos católicos e as várias Bíblias dos não católicos. E cada um com as suas leituras.


 Estas duas fotografias são da mesquita NASCID NUR,
situada numa das pontas da ilha, vindo do cemitério, para a curva
da Igreja de Santo António.

Outras mesquitas na ilha

Localização desta Mesquita: quem sai da ponte, do lado esquerdo,
passando pela Capela de São Francisco Xavier,
a 300 metros, a caminho do antigo matadouro.

Mesquita que fica no bairro de Litine.
Mesquita mais antiga da ilha, perto dos correios
e a caminho da escola secundária.

A maioria das fotografias acima são da autoria do
sr. Satar Abdul Rahimo Abdul
Sua página no Facebook, aqui.


Mas também há a colaboração fotográfica dos senhores:

- Muhamad Hanif Abacassamo, no Facebook, aqui.
- Victor Fernando Gomes Rodrigues, no Facebook, aqui.

Fonte principal do texto, aqui.

Ilha de Moçambique









.

25 de dezembro de 2012

Os astrólogos portugueses que só «descobri» em 2012 e de quem fiquei fã


Os astrólogos portugueses que só «descobri» em 2012 e de quem fiquei fã, porque escrevem muito bem, com arte, elegância, estilo e profundos conhecimentos astrológicos. São absolutamente sedutores. Felizmente, é a nova geração de astrólogos.

Este é um post de homenagem a um pequeno grupo de portugueses que, em meu entender, se destacaram na área da Astrologia. São a nova elite dos escritores-astrólogos de Portugal. Os mais antigos, também são, mas já eram conhecidos [por mim]. Os homenageados neste post apareceram na minha vida em 2012 e, dentro do que é possível, acompanho o que escrevem.

Claro que há muitos outros astrólogos e não duvido que muitos serão excelentes, mas falta-me conhecer o que escrevem, se é que escrevem, porque ser-se astrólogo não significa termos vocação para escrever. Portanto, que fique claro, a minha homenagem é para aqueles que escrevem e que eu não conhecia.

Et pour cause,
por  ordem alfabética:



ASPAS - Associação Portuguesa de Astrologia
Presidente: Isabel Guimarães
No Facebook, aqui.

Site com o nome 'ASPAS', aqui.
Blogue com o nome 'ASPAS', aqui.
Grupo «Pesquisas Astrológicas», no Facebook, aqui.

Esta mulher é muito corajosa:

Facebook de Isabel Guimarães, aqui.
Blogue de Isabel Guimarães, «Autoconhecimento, o Caminho»
Site de Isabel Guimarães, «Gabinete Isastros»




Bárbara Bonvolat
No Facebook, aqui.

Seu blogue, «A Luz da Sombra»

Seu site profissional em colaboração com
o astrólogo Jorge Lancinha,
«Árvore da Vida» - No Facebook, aqui.




Cláudia Madeira
No Facebook, aqui.

Seu blogue, «Astrologia Cláudia Madeira»
Sua página profissional no Facebook, aqui.




Fábio Ludovina
No Facebook, aqui.

[Escreve diariamente sobre tarot]

Site profissional, com o seu nome, aqui.

Blogue profissional em colaboração com
a astróloga Patrícia Azenha Henriques:
«Chave Mística» - No Facebook, aqui.



Jorge Lancinha
No Facebook, aqui.

Seus sites:

Site profissional, em colaboração com
a astróloga Bárbara Bonvalot,
«Árvore da Vida» - No Facebook, aqui.




Leonardo Mansinhos
No Facebook, aqui.

Seu blogue:

Seus espaços e sites:

Site profissional, em colaboração com
a terapeuta de Reiki, Margarida Ervedosa Petinga
«Sopro d'Alma» - No Facebook, aqui.

Creio que é colaborador deste site:
«Reporter Sombra» - No Facebook, aqui.




Vera Braz Mendes
No Facebook, aqui.

Seu blogue:
«Create Your Life»


Dois casos especiais




Patrícia Fidalgo Azenha Henriques
No Facebook, aqui.

O ter considerado um caso especial, deve-se a que,
conhecendo eu esta astróloga e amiga de anos anteriores,
no entanto, considero que 2012 foi o ano em que desabrochou,
em que se se fez notar e ser apreciada e acarinhada por muitos.

Seus blogues:
«Princesa Esquimó»
«Estudante de astrologias - textos»
«Estudante de Astrologia - profissional» -
«Estudante de Astrologia no Facebook», aqui.

Blogue profissional em colaboração com
o tarólogo / astrólogo Fábio Ludovina
«Chave Mística»




Sarah Moustafa
No Facebook, aqui.

Interessada em astrologia, em processo de aprofundamento,
com uma bela escrita poética. E, porque sim, pois gosto muito dela.

Seu lindo blogue, «Lua Libra»


Desejo a estes meus talentosos colegas,
que 2013 seja um ano de grandes concretizações,
pessoais e profissionais.


Meus votos astrológicos especiais

Continuo à espera que surjam os «novíssimos» astrólogos que nos consigam levar
pelos Novos Caminhos Astrológicos que se fazem sentir como necessários
em direcção à Era de Aquário, ou a esta fase de transição.

A Astrologia que se pratica hoje em dia continuará a ser necessária,
mas há necessidade de evolução, focada nos Novos Tempos.


Uma Nova Ordem Astrológica impõe-se. Faz falta.

São necessários astrólogos e leitores com visão dos Novos Tempos.
Isso não se encontra escrevendo e lendo, previsões periódicas.
Contra mim, falo, obviamente.

É necessário um salto quântico qualitativo.


.

23 de dezembro de 2012

Muito agradecido a todos




Muito agradecido aos amigos.




Muito agradecido aos leitores e visitantes,
aos que pararam e ficaram,
aos que poisaram suavemente e partiram.





Muito agradecido, à vida, ao universo,
a Deus, à Deusa e a Mim.

Não tarda nada e estaremos em 2013.
Todos juntos, novamente.



Eu Sou o António Rosa
e o Cova do Urso Sou Eu.




.

21 de dezembro de 2012

Tarantino: 'Django Unchained' - No Brasil: 'Django Livre' - Em Portugal: 'Django Libertado'


Nos E.U.A.: 'Django Unchained' - estreia a 25 Dezembro 2012
No Brasil: 'Django Livre' - estreia a 18 Janeiro 2013
Em Portugal: 'Django Libertado' - estreia a 24 Janeiro 2013

O filme esteve para ser estreado em 18 de Dezembro, mas
foi adiado para o dia de Natal devido
ao luto nacional pelas vítimas do massacre de Newtown, CA, USA.

No entanto, a sua antestreia, ocorreu em Nova Iorque
em 11 de Dezembro, conforme comentamos mais abaixo. É a
cópia desta antestreia que circula entre nós.

Site oficial do filme:
http://www.djangounchained.org

Página do filme no Facebook:
http://www.facebook.com/unchainedmovie

Página do filme na Wikipedia

Para mim é sempre um prazer comentar um filme de Tarantino.
A última vez que o fiz aqui no blogue, foi a quando da estreia do seu anterior filme:

Este post tem inúmeros links a diversos sites sobre os actores.
Espero que apreciem.

Primeiro, o que é óbvio: é um filme de Quentin Tarantino, o que faz com que assistamos a uma peça montada como só os contadores de histórias o sabem fazer. Com uma valente piscadela de olhos aos espectadores cinéfilos. Encontramos todos os ingredientes que dão prazer aos cinéfilos. Quanto ao grande público, duvido que apreciem as minudências de um filme com assinatura. Este está destinado a ser um filme de culto, com muita assistência de espectadores à procura de violência.


Aviso prévio aos amigos brasileiros que estejam menos atentos:
p.f., substitual a palavra 'western' por 'faroeste' e irão entender perfeitamente.
Também se usa em Portugal.

Tarantino, nos seus filmes, arranja sempre maneira de 'falar' de cinema. Neste caso, é a própria natureza do seu filme que evoca os antigos filmes de «western». Mais que um «western», a ideia de Quentin Tarantino foi desde o início fazer o que ele chama um «southern», ou seja, um «western» passado nos Sul profundo dos EUA, com o tema da escravatura a ser apresentado com a estética de um «western spaghetti». A película homenageia a imensa série de fitas do género protagonizadas por 'Django', o pistoleiro interpretado no primeiro desses filme por Franco Nero, o actor italiano que tem uma curta aparição neste filme, mas é uma figura de culto entre os cinéfilos americanos e europeus.



O Filme

Ambientado no Sul dos Estados Unidos, dois anos antes da Guerra Civil, "Django Unchained" é protagonizado por Jamie Foxx, como Django, um escravo cuja história brutal com os seus antigos proprietários, coloca-o frente-a-frente com o caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz  [Christoph Waltz]. Schultz procura por uns violentos irmãos assassinos e Django é o único que pode levá-lo até à sua ambicionada recompensa. O pouco ortodoxo Schultz decide então comprar Django, com a promessa de libertá-lo assim que capturar os irmãos assassinos – mortos ou vivos.



O sucesso leva a que Schultz cumpra a promessa de libertar Django, embora os dois homens optem por não seguirem caminhos separados. Ao invés disso, Schultz decide caçar os criminosos mais perigosos do sul, com Django ao seu lado. Enquanto aperfeiçoa as suas habilidades de caça, Django permanece concentrado no seu único objectivo: encontrar e resgatar Broomhilda [Kerry Washington], a esposa que perdeu para o tráfico de escravos há muito tempo atrás.

As buscas de Django e Schultz acabam por leva-los até Calvin Candie [Leonardo DiCaprio], o proprietário de “Candyland”, uma infame propriedade agrícola em que os escravos são preparados por um treinador para lutarem entre si por desporto.



Ao explorarem a propriedade sob falsos pretextos, Django e Schultz acabam por despertar a desconfiança de Stephen [Samuel L. Jackson], o fiel escravo doméstico de Candie. As suas manobras são descobertas, e uma organização traiçoeira cria um cerco em redor destes. Se Django e Schultz quiserem escapar e levar Broomhilda, necessitam escolher entre a independência e a solidariedade, entre o sacrifício e a sobrevivência…



O titulo do filme originalmente seria «The Angel, the Bad and the Wise» para homenagear o cineasta Sergio Leone, porém Tarantino resolveu mudar o nome para «Djando Unchained» baseado no filme italiano de 1966 «Django» com Franco Nero, que faz uma participação no filme de Tarantino.



Os críticos presentes em Nova Iorque na projecção de novo filme de Quentin Tarantino destacam a sua “mistura de violência extrema e humor espirituoso”. Recuámos três anos e falamos, afinal, de «Inglorious Basterds», o épico de 2009 passado na Segunda Guerra Mundial? Não, estamos em 2012 e o novo de Tarantino, «Django Unchained», não é um filme de guerra. A “mistura de violência extrema e humor espirituoso” que, dizem alguns críticos, pode colocar o realizador de «Pulp Fiction» na rota dos prémios da Academia.

O realizador Peter Bogdanovich, discursando segunda-feira numa cerimónia de homenagem a Tarantino no Museum Of Modern Art, chamou-lhe, cita o New York Times, “o mais curto longo western desde Rio Bravo”. Acrescentou que será provavelmente o melhor filme do realizador. Bogdanovich vira as suas duas horas e quarenta e quatro minutos na noite de domingo, sentado ao lado do seu autor: “Ainda estou a tremer”.



«A estreia americana está marcada para 25 de Dezembro, mas, como se depreende, Django Unchained não será um Do Céu Caiu Uma Estrela, o filme de Frank Capra que é um clássico natalício há gerações. Em 2007, a dois anos de distância de Inglorious Basterds, quando estava ainda ocupado na promoção de À Prova de Morte, a sua homenagem à série B da década de 1970, partilhada com o Planeta Terror, de Robert Rodriguez, Tarantino manifestara, em entrevista ao Daily Telegraph, o desejo de “explorar um tema que, na verdade, ainda não foi abordado”, “Quero criar filmes que lidem com o horrível passado de escravatura da América, mas fazê-los como western spaghetti”, esclareceu, acrescentando que, sendo cinema de género, “enfrentarão tudo aquilo com que a América nunca se defrontou por sentir vergonha”. Cinco anos depois, o resultado é Django Unchained.

O Guardian destacava o frenesim crítico, via Twitter, que se seguiu às projecções do fim-de-semana. Jeff Goldsmith, do site theqandapodcast.com, realçou os “baldes de sangue” e o humor. “A questão racial é abordada, mas diria que de forma não muito controversa. O ritmo e os diálogos são óptimos – definitivamente candidato aos prémios”. O realizador Rian Johnson foi mais conciso: “Django é extraordinário. DiCaprio rebenta a escala”. O jornalista David Erlich, por sua vez, não teve dúvidas: “Uma comédia spaghetti brutalmente hilariante. Melhor filme americano de 2012”.»

Público, 5-12-2012





Críticas ao filme






Os actores / personagens principais da história

O elenco é verdadeiramente de luxo e inclui nomes como Jamie Foxx (o Django do título), Leonardo DiCaprio, Christoph Waltz (oscarizado pelo filme anterior do realizador, «Sacanas sem Lei»), Kerry Washington, Samuel L. Jackson e Don Johnson.




Jamie Foxx como Django


Leonardo DiCaprio como Calvin J. Candie


Christoph Waltz como Dr. King Schultz


Kerry Washington como Broomhilda Von Shaft


Samuel L. Jackson como Stephen


Walton Goggins como Billy Crash


Don Johnson como Spencer 'Big Daddy' Bennett


Franco Nero como Amerigo Vassepi



Quentin Tarantino, o realizador / diretor do filme

Filmes dirigidos por Quentim Tarantino:


«Sacanas Sem Lei», um dos filmes da minha vida, pode ler aqui.

2012 - Django Unchained - Django Libertado
2007 - Grindhouse
2003/4 - Kill Bill (Vol. I & II)
1997 - Jackie Brown
1995 - Four Rooms
1993 - Pulp Fiction
1992 - Reservoir Dogs - Cães de Aluguer

O filme que atirou Quentim Tarantino para a fama,
com a nossa Maria de Medeiros num dos papéis principais.



Opiniões




As músicas do filme


A lista de canções e músicas escolhidas por Tarantino é deveras impressionante. Parece que estamos perante o 'quem é quem' da música do século 20. Segundo se sabe, a maioria das músicas vieram da colecção de discos de vinil da colecção privada do realizador. Confirmem, por favor.

A homenagem ao spaghetti western não surge apenas no título e na participação de Franco Nero. Naturalmente, dada a importância que as bandas sonoras sempre tiveram no cinema de Tarantino, a música reflecte também a natureza de Django Unchained.

E, pela primeira vez, o realizador encomendou música. Assim, entre canções seleccionadas por Tarantino da sua colecção de vinil, com o som da agulha a cair na estria e os ruídos típicos dos velhos discos incluídos, encontramos originais de Ennio Morricone, o compositor que definiu o som dos western spaghetti, e de nomes do hip hop como Rick Ross, John Legend e Anthony Hamilton. Frank Ocean também compôs uma canção para o filme, mas foi recusada por Tarantino.

Em comunicado, o realizador afirmou que a estrela em ascensão do R&B, autor este ano do celebrado Channel Orange, criou “uma balada fantástica, verdadeiramente adorável e poética, sob todos os aspectos, mas simplesmente não havia uma cena para ela”.


1. WINGED
2. DJANGO (MAIN THEME) - LUIS BACALOV, ROCKY ROBERTS
3. THE BRAYING MULE - ENNIO MORRICONE
4. IN THAT CASE, DJANGO, AFTER YOU...
5. LO CHIAMAVANO KING (HIS NAME IS KING) - LUIS BACALOV, EDDA DELL'ORSO
6. FREEDOM - ANTHONY HAMILTON & ELAYNA BOYNTON
7. FIVE-THOUSAND-DOLLAR NIGGA'S AND GUMMY MOUTH BITCHES
8. LA CORSA (2ND VERSION) - LUIS BACALOV
9. SNEAKY SCHULTZ AND THE DEMISE OF SHARP
10. I GOT A NAME - JIM CROCE
11. I GIORNI DELL'IRA - RIZ ORTOLANI
12. 100 BLACK COFFINS - RICK ROSS
13. NICARAGUA - JERRY GOLDSMITH FEATURING PAT METHENY
14. HILDI'S HOT BOX
15. SISTER SARA'S THEME - ENNIO MORRICONE
16. ANCORA QUI - ENNIO MORRICONE AND ELISA
17. UNCHAINED (THE PAYBACK/UNTOUCHABLE) - JAMES BROWN AND 2PAC
18. WHO DID THAT TO YOU? - JOHN LEGEND
19. TOO OLD TO DIE YOUNG - BROTHER DEGE
20. STEPHEN THE POKER PLAYER
21. UN MONUMENTO - ENNIO MORRICONE
22. SIX SHOTS TWO GUNS
23. TRINITY (TITOLI) - ANNIBALE E I CANTORI MODERNI

Fonte: aqui.



Fotos da antestreia em Nova Iorque
no dia 11-12-2012

Passadeira vermelha em alto estilo para a antestreia do novo filme de Quentin Tarantino, «Django Unchained», em Nova Iorque. A antestreia reuniu ainda celebridades como Uma Thurman, ex do realizador e protagonista do seu «Kill Bill», Dakota Johnson, filha de Don Johnson e Melanie Griffith, Liv Tyler, filha de Steven Taylor e Zoe Kravitz, filha de Lenny Kravitz. Olivia Wilde, Ronnie Wood, Salman Rushdie e 50 Cent também marcaram presença neste que foi o grande evento dessa noite em Nova Iorque.


Quentim Tarantino e Uma Thurman,
sua antiga companheira e personagem de alguns dos seus filmes.






Quer ver imagens do filme, seus posters e outras fotos?
Clique aqui e irá parar à secção cinematográfica
da UOL brasileira, chamada Omolete. Aqui.



Outros eventos




Nomeações para os Globos de Ouro



.