1 de novembro de 2012

Os meus mortos sãos os meus santos pessoais. Conheci-os, amei-os e eles a mim.


O Dia de Todos os Santos, que se celebra hoje, é cada vez mais o Dia dos Finados ou dos Fiéis Defuntos, marcado para amanhã. Portugal, em termos de regime constitucional é um país laico, mas na verdade é amplamente dominado pela Igreja Católica, apesar de actualmente haver todo o tipo de práticas religiosas no nosso território. Mencionei isto para dizer que as Igrejas não condenam a vontade popular de transformar o feriado 'Dia de Todos os Santos' [1 Novembro], pelo não-feriado, 2 Novembro, Dia dos Finados ou Fiéis Defuntos, como a Igreja Católica gosta de dizer. Eu aproveito e chamarei a este o DIA DOS DESENCARNADOS. Hoje, lembramos especialmente todos os nossos mortos: familiares e amigos, incluindo os de quatro patas.

Para mim, o Dia dos Finados é o DIA DO AMOR, porque amar também é sentir o outro, que nunca morrerá no nosso coração.

A homenagem aos mortos acontece um pouco por todo o mundo, de formas muito diferentes. O 1º de Novembro é marcado pela ida de milhares de pessoas aos cemitérios, que nesta altura estão especialmente enfeitados. O facto de se aproveitar o feriado e ser véspera do DIA DOS DESENCARNADOS, para se celebrar os nossos mortos, não significa que não o façamos ao longo da vida e durante o ano. Simplesmente, para mim «A voz do povo é a voz de Deus». Se é assim que o povo quer, faça-se a Vontade de Deus.

O Dia de Todos os Santos [declarado pela Igreja Católica] celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. De quem é que estamos a falar ao nos referirmos a 'Todos os Santos'? Com todo o respeito, não sabemos quem são. Não os conhecemos. Estão todos dentro do montão. Contrariamente, todos conhecemos os nossos mortos, os nossos desencarnados. Os meus mortos sãos os meus santos pessoais. Conheci-os, amei-os e eles a mim.

Desde sempre que se cultuam os mortos. Este culto não começou no século 1º D.C., como a Igreja Católica gosta de dizer. Sem desmerecer o esforço feito pela Igreja Católica para que esse culto se mantivesse.

O meu amor para com os meus mortos: meu filho, meu pai, minha mulher, minha mãe, meu cunhado, meu compadre, meus outros muitos familiares, meus vários amigos, meus vários companheiros de guerra em Moçambique.

Aos vários amigos de quatro patas que me acompanharam na vida. Envolvo-os a todos, humanos e não humanos e a mim também, na Chama Rosa e Dourada do meu Coração. Porque neste momento, somos apenas Espírito Uno. Amén.



A ilustração acima, citando-me, foi feita pela amiga Astrid Annabelle,
conhecida também por Ma Jivan Prabhuta, tendo colocando no seu lindo
blogue 'Navegante do Infinito'. Muito agradecido. Beijinho.

Seu Facebook.


RECOMENDAÇÕES PARA O DIA DOS FINADOS, 2 DE NOVEMBRO

Deixo esta recomendação às minhas amigas/os bruxinhas e bruxinhos, magas e magos, sacerdotes e sacerdotisas, sobretudo aos que andam em aprendizagem, mesmo aqueles e aquelas que acreditam piamente que o 'cho ku rei' defende de tudo:

Amanhã (a partir da meia-noite de hoje) não é dia para rituais ou 'coisas' esotéricas, pois haverá muito intercâmbio energético entre os 'mundos' e nem tudo o que nos chega dos reinos umbralinos é luminoso.

Tenhamos compaixão, sim. Muita. Tenhamos muito amor pelos nossos mortos, sim. Sentir e enviar amor NÃO é abrir compartimentos energéticos. Prevenir é melhor que remediar...

As bruxas/os, magas/os e sacerdotisas a «sério» sabem que amanhã, Dia de Finados, ficamos quietos, sossegados e apenas emitimos amor.

Respeitem os vossos mortos, porque já vos disse que "Os meus mortos sãos os meus santos pessoais. Conheci-os, amei-os e eles a mim." Os vossos, também.

Beijinhos e abraços.

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