12 de novembro de 2012

Não coloques as palavras de gurus, curadores, terapeutas, psicólogos, amigos, e nem mesmo as minhas, acima da tua voz interior


Comemorando o 3º ano de publicação deste artigo,
em 29 Novembro 2010.
Vou apenas efectuar uma pequena correcção ao texto,
actualizando-o nos tempos verbais,
pois como estou reformado, já não sou editor de livros esotéricos.

Na minha qualidade de ex-editor de livros esotéricos era frequente receber telefonemas, quer de clientes para comprarem livros, quer de potenciais autores que pretendiam publicar os seus manuscritos.

Portanto, era frequente [continua a ser] eu ouvir expressões como esta: 'é do Bem', 'só quero livros do Bem', 'o meu livro é do Bem', etc. Também estou habituado a ler na internet expressões similares. Ninguém se assume do 'Mal'. Os terapeutas e gurus menos que ninguém, e os que não sendo uma coisa ou outra, mas escrevem livros desta área, também.

Mas também ninguém se mostra compreensivo com o espectro oposto do 'Bem'. Estamos todos tão 'iluminadozinhos' que nem nos apercebemos que o nosso ego (o espiritual) já está formatado para estas questões. 'Eu sou terapeuta do Bem'. 'Faço terapias do Bem'. Haveria muito a dizer sobre isto. E não seriam coisas simpáticas. Fica para uma próxima inspiração.

É um número avultado de pessoas a fazerem afirmações similares. Na qualidade de estudante de astrologia, também já assisti muitas vezes a equívocos destes. Eu próprio, recordo-me de ter caído na armadilha, mais do que uma vez. Tive que passar pela dores intensas de Plutão para viver na carne estas questões. E, mesmo assim... meto-me em cada 'calinada'.

Outro grupo de pessoas, cada vez mais numeroso, incluindo terapeutas e guruzinhos  fazem afirmações opostas: 'Isto é do Mal'. 'São obsessores'. 'São espíritos malignos'. 'É bruxaria do Mal'. Aqui, faria um longo, muito longo etc. e teria muito que dizer, mas acredito que eles nem se dão conta do que dizem. Têm muito que crescer ainda, enquanto terapeutas. Graças a Deus! O caso é que cobram para dizerem disparates.

Não pensem que o espectro negativo [o 'Mal'] desaparece só porque lêem muitas canalizações e emails bonitinhos. Se estas leituras não forem acompanhadas com verdadeiros pensamentos positivos, sem julgamentos, de aceitação, de propósito superior, de ausência de vaidade e arrogância, se se amarem, aí, sim, iniciarão um caminho estreito que os conduzirá à Luz. Também ando à procura desses caminhos há muitos, muitos anos. Já passei por todas as correntes espiritualistas que possam imaginar. Tenho idade para isso, não é? Continuemos...

É aqui que fica o primeiro aviso: não coloques as palavras de gurus, curadores,  terapeutas, psicólogos, amigos, e nem mesmo as minhas, acima da tua voz interior.

Assim se criou uma egrégora de fuga ao 'Mal' e uma aproximação ao 'Bem'. Até aqui, nada a dizer, se isto fosse feito em consciência própria de modo a assumirmos que todos temos o nosso lado 'Sombra'. Semi-cerrando os olhos e vendo um vasto horizonte, percebe-se que mesmo os terapeutas, que já têm o ego espiritual super controlado, caiem no equívoco de 'julgarem', de 'não aceitarem' a realidade deste planeta e da humanidade que cá vive. Portanto, não curam, quando o seu verdadeiro propósito deveria ser curar. Lamento dizer isto.


É frequente esquecermo-nos que a nossa Sombra ('Mal') existe e está ao lado da nossa Luz ('Bem'). Não assumirmos isto, é praticarmos uma espiritualidade lindinha. É fugirmos de nós mesmos, desta nossa reencarnação, em um planeta de polaridades opostas, para fazermos a nossa aprendizagem. Somos um planeta da dualidade. E vivemos nele, por enquanto.

Neste sentido, a nível de terceira dimensão, é correcto dizermos que existe um espectro electromagnético que contém, um campo positivo e outro negativo. Isto, aprendemos na escola, não tem nada de espiritualidade misteriosa.

Temos que aceitar o seguinte: este tema do 'Bem' e do 'Mal' é muito complexo e está eivado de enormes preconceitos. O 'Mal' está conotado com as energias negativas, à bruxaria, às incorporações de entidades não luminosas, às mezinhas e rezas, aos exorcismos, às possessões, demónios, diabo, anjos do mal, inferno, etc.

A certa altura da Era de Carneiro/Áries - uns 3.000 a 3.500 anos atrás -, por questões de controlo e comando, a ideia do 'Mal' começou a instalar-se na psique colectiva da humanidade de então, que tem trazido até hoje essa questão. Estamos a falar de 'dominar através do medo do desconhecido'. Assim, surgiram as normas do Antigo Testamento, facilmente reentradas no Novo Testamento, com as igrejas dominantes a forçarem a nota do 'pecado', coisa do 'Mal'.

Portanto, estas questões estão profundamente instaladas nas nossas formas-pensamento. O que são formas-pensamento? Em síntese, são blocos energéticos invisíveis, criados pelos nossos próprios pensamentos. Se penso ou me metem na cabeça que tenho um obsessor, ele vai aparecer. Se me convenço ou me fazem convencer que estou a ser atacado pelo 'Mal', garanto-vos que esse espectro vai por-se em andamento e consumir-me. Por medo meu.

E aquilo que pensamos serem forças do 'Mal' não passam de energia eléctrica produzida por nós e atraída até nós, por nós mesmos. Falando num português mais corrente: se pensas que estás possuído pelo demónio, ele vem, pois esteve sempre em ti e, na realidade é a tua própria Sombra, que faz parte de ti.



Se o teu terapeuta fomenta isso e faz disso um 'grande caso', e te diz que as entidades estão a dar cabo de ti, duvida que assim seja. Faz por amar-te muito e afasta-te dessa energia perigosa.  Aceita ajuda desinteressada. Se, pelo contrário, o teu terapeuta ou guru estiver atento a alguma possível disfunção da tua aura (teu campo protector electromagnético - ver figura acima) e se propuser a ajudar a restaurar essa energia, então acredita nele.

Eu sei que te coloquei uma dúvida na tua cabeça, que é esta: «e como sei que o meu terapeuta está a cuidar mim ou a alarmar-me?». A resposta é simples: escuta a tua voz interior, que nunca se engana. Já te tinha avisado, mais acima.

O que diferencia o 'Mal' do 'Bem' é que este faz sentires-te bem e cómodo contigo mesmo. Como são espectros opostos, provocam sensações também opostas. As energias negativas proporcionam sensações bem diferentes das energias positivas. E tu, ainda bem que preferes estar na energia positiva, o lado mais luminoso da vida. Mas em resumo, estas energias não são nem demoníacas (negativas), nem celestiais (positivas).  São apenas 'campos eléctricos' da terceira dimensão. Simplesmente fazem parte de ti. Se os teus pensamentos recorrentes forem positivos, serão sempre encaminhados para a forma-pensamento positiva. São aquilo que chamas de 'campos electromagnéticos'. Informa-te mais sobre estes assuntos e foge dos anúncios (em papel ou na net) daqueles que afirmam que te tiram o 'Mal'

Não gastes o teu dinheiro neste tipo de consultas. Aprende a fazer meditação, aprende tudo sobre aura, mantém-na energeticamente limpa e cuida dos teus próprios pensamentos. Não atraias raios e coriscos para ti próprio.
Estejam tranquilos pois não vou desenvolver sobre os principais agentes provocadores destas situações: dos exorcismos das igrejas; de certas práticas espíritas muito dominadoras; do ambiente pesado em certos terreiros; de certos consultórios cheios de santinhos ou de mestres ascencionados; nem na necessidade de fazerem rituais por tudo em por nada, sem terem consciência de que atraem para essa prática. No contínuo chamamento de entidades desencarnadas, o que não é bom, pois ao fazermos chamamentos, atraímos  tudo. As entidades mais luminosas e as outras, que ainda estão em fase evolutiva a caminho da Luz. E, ninguém pode garantir nada. Nada de nada. Espero que assim, ninguém se zangue.

Podes aprender muito com os outros [gurus, curadores, terapeutas, psicólogos, amigos], e isso deve ressoar em ti… Mas o conhecimento mais profundo deve sempre vir de dentro de ti mesmo.

Aquilo que chamas de “Mal” não existe verdadeiramente acima dos níveis da dualidade, que tem um projecto importante, um propósito verdadeiro neste contexto. É causa e efeito, e estes são os grandes professores da nossa vida tridimensional. Aqui, entraríamos num longo debate, que não é o caso deste artigo. Conheces isto da causa e efeito por outro nome: Karma ou efeitos cármico e, já agora, o lado oposto, o Dharma.

Procura informar-te mais sobre «aura», pois é aí que reside  a tua defesa psíquica. Do ponto de vista mais elevado, sabe-se que não há possessões, mas sim campos áuricos desalinhados, que são invadidos pela energia de polaridade negativa. Quanto maior for o desalinho da tua aura e dos teus chacras, mais vai parecer um possessão demoníaca ou de entidades. Não existe isso, mas a tua psique sabe imitar muito bem estas situações. Existem, sim, realidades mentais e tridimensionais que conduzem a que se «veja» isso. Como campos electromagnéticos que são, movimentam-se a velocidades impressionantes, podendo afectar o estado físico de uma pessoa e o resto é feito pela nossa psique, pois sabe-se que ainda não está totalmente estudada e descodificada, por muito que desagrade aos psicólogos.

Tem cuidado com as curas inadequadas, abusivas, pois o que provocam é maior dano no teu campo áurico. Os verdadeiros terapeutas deveriam ensinar estas cosias aos seus clientes, sem os enganar com frases que metem medo, partindo logo para possessões demoníacas, obsessores e entidades sugadoras. Os terapeutas deveriam saber cuidar das pessoas. Há terapeutas talentosos que o fazem. Conheço alguns, mas também conheço outros, muito famosos, que nada fazem e só metem medo aos seus clientes. Tudo a troco de dinheiro.


«Nós próprios distorcemos as nossas auras com intenções auto-induzidas, como medo, auto-negação, auto-depreciação, ciúme, depressão, ansiedade, raiva e qualquer tipo de projecção negativa que cause curto-circuito no campo áurico, rompendo-o e abrindo-o para o escoamento de energia.» - In Arcanjo Metatron, canalizado por James Tyberonn, em Novembro de 201o, aqui.

Terminando com um exemplo extremo:

Qual é a nossa aprendizagem mais dura e que até pode ser considerada uma terapia? Uma terapia extrema, mas, em todo o caso, terapia. Pensamentos de raiva, ódio, vingança. Porque através da causa e efeito, a própria infelicidade que trazem à criatura é tão violenta, que in extremis, buscará uma solução para sair dessa forma duríssima de viver. É uma aprendizagem e uma terapia. Não recomendo, mas é.

É aqui que repito o aviso: não coloques as palavras de gurus, curadores, terapeutas, psicólogos, amigos, e nem mesmo as minhas, acima da tua voz interior.



Tenho consciência que haverá pessoas que não vão aceitar este artigo. Paciência.


UPDATE

Por focar um tema similar a este artigo, recomendo a leitura do post «11/11/2012», publicado pela minha amiga Astrid Annabelle, no seu belo blogue «Navegante do Infinito».


.