1 de junho de 2010

O Hospital


Nenhuma das fotografias que apresento neste post conseguem transmitir a real dimensão deste estabelecimento hospitalar, que é verdadeiramente grande e único.

Todas as pessoas que nasceram ou viveram na ilha de Moçambique, actuais residentes ou que estejam espalhadas pelo mundo, em algum momento das nossas vidas precisámos de utilizar os serviços deste hospital. Ou porque lá nascemos, ou fomos vacinados, ou porque nós ou algum familiar nosso esteve internado ou foi submetido a alguma cirurgia, ou porque, simplesmente, alguém próximo lá faleceu. Ou porque fomos visitar algum amigo ou familiar doente.

No que diz respeito à minha família, este hospital foi intensamente utilizado.

Foto encontrada na página de Jerry Gomes da Silva, no Facebook.
No blogue «Macua para Todos», surgiu esta notícia: que o hospital será transformado num hotel de luxo. E que as autoridades moçambicanas estão a providenciarem um novo hospital, na região do Lumbo, criado de raiz, para atenderem os cerca de 15.000 habitantes actuais da ilha. Segundo essa mesma notícia, os investidores do tal hotel, serão privados com comparticipação do próprio governo moçambicano.


Esta notícia deixou-me impressionado, pois não fazia ideia que o turismo na ilha fosse tão intenso, actualmente. Fiquei pensativo e a comparar a ilha de Moçambique com outros locais do mundo, que possuem um turismo intenso.

Oxalá esta informação resulte em benefício para a ilha e o seu povo, dando emprego e melhorando o nível de vida, pois o comércio em geral beneficiará com um turismo de qualidade.

No entanto, sem querer ser pessimista, desejo muito que este turismo de luxo não transforme a ilha, a exemplo de outros locais do mundo, em algo indesejável, introduzindo práticas menos saudáveis para a população. Todos sabemos que os ricos têm tendência a abusarem dos pobres.

Desejo muito que não seja um exemplo de 'lavagem de dinheiro' obscuro. Não me compete ser mais explícito, pois estou afastado da ilha há muitos anos.

Por último: quem se deve pronunciar sobre estes assuntos são os seus actuais habitantes, as comunidades presentes em geral e não nós, que estamos longe. 

As 2 últimas fotos são de Isabel Quadros.
Um abraço a todos.

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