4 de janeiro de 2009

O voo da águia

Este texto circula na net há muito tempo e é bastante conhecido. Já o tenho há 4 anos. Ninguém conhece o seu autor. Há alunos meus que se devem recordar de uma aula de Plutão, em que utilizei este texto como base para o tema plutónico da renovação e transformação.

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos! Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão...

Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo curva-se. Apontando contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas. Voar já é precário e muito difícil.

Então a águia só tem duas alternativas: 1) Morrer ou 2) Enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se num ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico no paredão até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera que nasça o novo bico, com o qual vai arrancar as suas unhas demasiado compridas e flexíveis. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses neste processo de transformação sai para o famoso voo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Na nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação arrancando o que há de velho no nosso mundo primordial e subterrâneo. Os trânsitos de Plutão são férteis nestes acontecimentos.

Para que continuemos a voar um voo de vitória, devemos desprender-nos de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Apeteceu-me publicar este texto, pois tenho estado a preparar um longuíssimo artigo sobre o trânsito de Plutão na minha casa 8 (desde 2004) que mais tem parecido com o arrancar das penas e das unhas da águia. Não tem sido fácil purgar as energias obscuras e absolutamente primevas que carrego no meu subterrâneo.



25 comentários:

  1. António,

    Melhor 'dica' para este novo ano não poderias dar.
    Estamos, muitos, neste processo de 'mudança' de pele.

    Continuemos a subir a montanha, sim, mas deitando fora as pedras que ajuntámos e carregámos na mochila.

    Alcemos voo, cara Águia Companheira!

    Até breve (ainda não me recompus da gripe que está operando na minha mudança de pele e me obriga a recolher-me no 'ninho')!
    Um beijo,
    Lucy

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  2. Até arrepiei... águia / escorpião ; )

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  3. Boa noite António

    O texto diz muita coisa em palavras simples. Por vezes, temos de facto de deixar para trás coisas boas e más e seguir mais leves, mais renovados e porque não dizer, voando mais alto no céu azul com a esperança de um futuro melhor.

    Um resto de domingo feliz.

    Adelaide Figueiredo

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  4. Olá Lucy

    Exactamente isso: alcemos voo, cara Águia Companheira.

    Um beijo

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  5. Joana

    Exacto: águia/escorpião. Que curioso, não é?

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  6. Olá Adelaide,

    E é nesse processo de deixar para trás que habitualmente sofremos.Mas vale a pena.

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  7. Sim... a morte no escorpião é mais literal (acho...) na águia pode então haver mesmo um renascimento. Agora entendo melhor a 'queda' do símbolo... de águia a escorpião.

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  8. Joana,

    Como muito bem sabe, Escorpião é o signo.

    A águia trata da Fénix renascida e isso é coisa de Plutão.

    =)

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  9. Sim António... falava das representações mais ancestrais do próprio Signo de Escorpião como Águia. Na Esfinge de Gizé p. exemplo (a figura é a cruz fixa, uma mistura de Touro, Leão, Águia e Humano) ... e no Antigo Testamento acho que também aparece. Gostava de descobrir em que momento a Fénix 'Egípcia' passou a Escorpião.

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  10. Au o_0
    Bolas, deve doer.

    Não fazia a mais pequena ideia sobre isso. É fascinante.

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  11. Olá António
    Não sabia que era assim, é fascinante e doloroso
    Até na idade - 40 anos - não está muito longe da quadratura de Plutão a Plutão Natal.
    Fico ansiosa por esse texto de Plutão que estás a preparar ou não será para divulgar?
    Beijinhos

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  12. Joana

    Ficaria muito feliz em ter conhecimento do resultado das suas investigações.

    Obrigado.

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  13. Dunyazade

    Para a águia deve ser uma experiência terrível. Mas fá-lo voluntariamente.

    Para nós, humanos, também não é fácil.

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  14. Patrícia

    Ninguém fica indiferente a um trânsito de Plutão, apesar de em determinadas condições ele funcionar com maior facilidade.

    O artigo é para publicar, mas será tão longo e tão intenso que pode chocar os leitores, por isso, quando o publicar recomendarei que não o leiam. Ficará para memória futura.

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  15. Oi, Antonio (xará do meu pai; ah que saudades do velhinho..), comecei a ler o seu blog há pouco tempo e gosto muito. Aproveito para dizer que o link "siga seu blog" não está funcionando.

    A propósito, não concordo muito com essa frase, não.. Aliás, tenho muitos poréns com essa "net" e suas nomenclaturas. ;-)

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  16. Ai, acabei não explicando direito: a frase sobre a qual me refiro é essa aí de cima "anonimato.. ..". Acho que é um direito sim, e isso chega a ser tremendamente redundante porque um "não-anônimo" continua sempre sendo um anônimo. Ninguém precisa usar o nome, sobrenome, foto e tudo mais aqui. Eu já tive dois blogs (apago e volto) e conheço essa net.

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  17. Cara Gi,

    Muito agradecido pela sua visita. Já notei que actualmente não possui blogue.

    Lamento discordar de si que o «anonimato» seja um direito, mas sim um privilégio.

    «Privilégio» no sentido dos donos da casa (blogs) aceitarem comentários anónimos e, como tal, quem chega deve usar da mesma cortesia e educação como se o trato fosse na vida real.

    Como sabe, há muitas pessoas que abusam da condição do anonimato.

    Emitir uma opinião é saudável, mesmo que seja contrária.

    Neste meu blogue não faço censura aos comentários e nem sequer tenho «moderação». As pessoas são livres de escreverem o que entenderem... com educação e bom trato.

    Venha sempre e comente como entender. Já vi que segue um dos blogues que eu mais aprecio - o do Rodolfo.

    Abraço

    António

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  18. António... isto foi o que lhe tinha contado... o que ouvi alguém explicar na mercearia onde vou ; ) : ) Essa pessoa falava numa 'queda' do símbolo... de Águia a Escorpião. Mas não entendi em que época. Como Escorpião é um animal do deserto se calhar foi mesmo no antigo Egipto... mas em que contexto ??? Não faço ideia. Se algum dia essa informação vier ter comigo logo lhe contarei.

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  19. Joana

    Gostaria de saber mais sobre essa linha de pensamento.

    Um P.S.: a frase no cabeçalho já foi alterada... :)

    Beijo

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  20. "Decifra-me ou devoro-te" ... é o que dizem da Esfinge...
    António, também não sei nada sobre isto... depois de ouvir falar na mercearia fiz uma pesquisa rápida na net em Português e Inglês - Esfinge / Sphinx + nomes dos signos fixos. Encontram-se vários textos... O que mais gostei foi este: http://www.hermetic.com/osiris/onthepowersofthesphinx1.htm

    "to Know, to Will, to Dare and to Keep Silent"

    (Aquário, Touro, Leão, Escorpião)

    P.S. Cabeçalho da N~L ?

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  21. Olá António, tambem já conheço este texo do voo da águia e associo a Plutão.

    Trãnsformação sempre foi a palavra chave da minha vida.

    Tenho Plutão na minha casa 1 em Virgem a fazer quadratura com Marte em gémeos no meio do céu.

    Não tem sido Fácil

    Um Abraço

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  22. Oi, Antonio, eu sei que o "Blogger" define isso como sendo um privilégio. O dono tem direito sempre e sempre, inalienável de excluir comentários. A minha única pinimba é com a palavra "privilégio" que, no caso, acho apenas ser do "blogger" e do Google mesmo. ;-))

    Rodolfo é muito gente boa. Ele e Yuzuru tiveram muita paciência comigo e minhas perguntas. Andei sumida por conta de mil problemas faz um bom tempo. Mas pretendo me dedicar mais ao estudo da Astrologia.

    Abraço!

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  23. Olá Rui,

    Viver sob a orientação de Plutão não é nunca tarefa fácil.

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  24. Cara Gi,

    Tenho idade para pensar por mim próprio, por isso não sigo o que o Blogger ou o Google definem que o anonimato é um privilégio e não um direito. Penso por cabeça própria.

    A natureza deste blogue não atrai muitos comentários - tal como vejo em outros blogues mais generalistas -, e até tenho a sorte de atrair leitores e comentadores civilizados e educados que deixam comentários coerentes e simpáticos, mesmo que discordem dos assuntos tratados.

    No entanto, o oposto também já aconteceu. Insultarem baseando-se em anonimato.

    Também sei que tudo é relativo, muito relativo mesmo, pois qualquer pessoa pode criar uma identidade sob pseudónimo. Isto, sim, é um direito. Mas têm sido pessoas sensatas que deixam comentários oportunos em função do post.

    Já deve ter percebido que uso o meu nome verdadeiro (sou bastante localizável em Portugal), não uso moderação e nem sequer uso aquela barreira das letras para o tal spam, que encontro na maioria dos blogues e com as quais «embirro» :)

    Sou bastante desconhecedor de astrologia tradicional ou medieval, mas tenho aprendido muito com o Rodolfo e o Yuzuru. Nunca deixei comentários ao Yuzuru, mas ao Rodolfo deixo um ou outro comentário.

    Abraço

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  25. É António
    Estou com Plutão eternamente na casa 1 quadrando Vênus, posso garantir que é no mínimo sufocante e desgastante, é partir para o desapego, pois no ascendente ele se opôs a Lua durante anos , e ali foi bem dolorido mesmo uma revolução silenciosa emocional, agora espero a quadratura monstro que fará, e têm muito mais por vir pois ele pega meu Stellium Vênus/Plutão/Sol/Marte/Urano,mas fica para os próximos anos enquanto isso vou aprendendo a deixar ir...não tem escapatória com Plutão não...cada passo dele ando trocando de pele, bico e unhas...rs
    abraço

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«O leitor tem o direito de discordar destes posts e de ter outras ideias, e eu lutarei até ao fim para que você mantenha o seu direito a dizer o que pensa, educadamente, de forma civilizada e até agradável, se conseguir. Se for difícil para si manter estas premissas, o melhor é não dizer nada. Tente comportar-se com os outros da mesma forma que quer ser tratado/a.»Esteja à vontade neste blogue, pois aqui não há letrinhas torcidas, nem moderação.Tente não ser anónimo, e crie a sua própria identidade, nem que seja com um pseudónimo. Clique aqui, para saber como.Grato pelo seu comentário, António Rosa