29 de janeiro de 2009

Forças planetárias - os antigos sabiam o que faziam

Todos sabemos que quando queremos enumerar os planetas do nosso sistema solar, começamos com Sol, Lua, Mercúrio, Vénus… etc. Faz sentido que apliquemos a mesma sequência (ou a inversa) em astrologia. Comparemos a regência dos signos com a sequência do nosso sistema solar. Comecemos com o 1º signo do Zodíaco:

Carneiro (Fogo) – Marte
Touro (Terra) – Vénus
Gémeos (Ar) – Mercúrio

Caranguejo (Água) – Lua
Leão (Fogo)Sol

(Leia de baixo para cima e encontra a sequência: Sol... Lua...)

Os planetas atrás mencionados são os chamados «planetas pessoais». Que fizeram os antigos durante milhares de anos, para atribuírem a regência aos restantes signos? Inverteram a ordem planetária. Sabendo-se que o Sol e
a Lua são as luminárias, não lhes atribuíram a regência de outros signos. Inverteram a marcha e ficou assim:

Virgem (Terra)Mercúrio
Balança (Ar) – Vénus
Escorpião (Água) – Marte
(só no século 20 é que foi atribuída a regência a Plutão)

E vamos em 8 signos. Como foi solucionada a regência dos 4 signos restantes? Que planetas e signos ainda não entraram nesta lista? Estes e os seguintes:

Sagitário (Fogo) Júpiter
Capricórnio (Terra) – Saturno
[e voltaram à enumeração sequencial do sistema solar]

E é aqui que encontramos os chamados «planetas sociais». Úrano foi descoberto no séc. 18, Neptuno no século 19 e Plutão no século 20. Os chamados «planetas transpessoais». Na astrologia clássica, continua-se a trabalhar com excelência, sem estes 3 planetas. Continuando com as nossas regências: que fizeram os antigos? Inverteram novamente a marcha nos planetas sociais e ficou assim:

Aquário (Ar) – Saturno
(actualmente considera-se Úrano como regente deste signo)
Peixes (Água) – Júpiter
(Neptuno é o actual regente)


Imaginemos uma grande mesa de um qualquer conselho de administração de uma big corporation nacional ou multinacional, como na ilustração acima. Num dos topos da mesa está o presidente Sol. No outro topo da mesma mesa, está a vice-presidente Lua. Ambos, sem outros pelouros que os seus signos naturais. Os outros planetas estão sentados à volta da mesa, com 2 «dossiers» cada um. Perdão, com 2 signos cada um.

Como os antigos sabiam muito de «elementos» foram muito cuidadosos ao atribuírem os planetas pelos signos. Os elementos Fogo e Água são complementares, assim como os elementos Terra e Ar.

Marte e Júpiter ficaram regentes de um signo de Fogo e de um signo de Água, cada um. Mercúrio, Vénus e Saturno ficaram encarregues de um signo de Terra e outro, de Ar, cada um. O Sol rege um signo de Fogo e a Lua, um signo de Água. É a beleza da harmonia cósmica.
Qualquer bom manual explica-lhe estas questões. Vale a pena aprofundar temas básicos como triplicidades e quadruplicidades.

A partir daqui é muito simples entendermos a tabela das energias planetárias: regência, exaltação, detrimento e exílio. Faça tudo para aprofundar sobre os signos, pois são a base do zodíaco.

Bom fim-de-semana a todos.

12 comentários:

  1. António

    Um magnífico post. Simples e prático para podermos aprender as energias planetárias.

    Um bom fim de semana também para si.

    Abraço

    Adelaide Figueiredo

    ResponderEliminar
  2. António!
    A Magda e a Adelaide já disseram tudo...Magnífico! Simples! Prático!
    É isso aí...
    Parabéns!
    Beijo
    Astrid

    ResponderEliminar
  3. Bom dia António,

    Faz sentido. :-)

    Mas não te vou contar a lógica que tive quando estudei esta parte! :-)

    Obrigado e já agora, como também vou estar ocupada este fim de semana,

    Um excelente fim de semana para ti!
    Beijo

    ResponderEliminar
  4. Olá Magda,

    Na véspera de mais uma deslocação nossa, cá estamos a falar por aqui.

    Bem sabes a impressão que me faz verificar diariamente que muitas pessoas não liguem aos signos ao analisarem os seus mapas. Parece-me só se interessarem pelos signos no que ao Ascendente diz respeito.

    Beijinho.

    ResponderEliminar
  5. Adelaide,

    «Eu sou do tempo» em que era necessário aprofundarmos os signos nas suas triplicidades e quadruplicidades...

    Abraço

    ResponderEliminar
  6. Astrid,

    Muito obrigado pela opinião.

    Beijo

    ResponderEliminar
  7. Mary Paula,

    Temos tendência a complicar tudo. Vale a pena aprofundarmos tudo sobre os signos, pois são a base do zodíaco.

    Um beijinho

    ResponderEliminar
  8. como se diz :-) crystal clear :-) básicos essenciais em qualquer cabecinha. Bom fim-de-semana,

    ResponderEliminar
  9. Ana Cristina

    Também entendo isso assim - se não temos bases sólidas no básico, o resto não funciona em condições.

    Há numerosas escolas de astrologia em Portugal (e nem todas são famosas) e espero delas que ensinem muito bem aquilo que é básico.

    Bom fim-de-semana,

    António

    ResponderEliminar
  10. Brilhante analise!!
    A teoria do Big Bang, teria de se reformulada adicionando a componente perfeicao e logica cosmica para que fizesse totalmente sentido.
    Tudo tem uma razao de ser, mesmo que nao a percebamos.

    Abraco,


    Paulo

    ResponderEliminar
  11. Olá Paulo,

    A simplicidade desarma-nos sempre, não é? A nossa tendência é complicar.

    Abraço

    ResponderEliminar

«O leitor tem o direito de discordar destes posts e de ter outras ideias, e eu lutarei até ao fim para que você mantenha o seu direito a dizer o que pensa, educadamente, de forma civilizada e até agradável, se conseguir. Se for difícil para si manter estas premissas, o melhor é não dizer nada. Tente comportar-se com os outros da mesma forma que quer ser tratado/a.»Esteja à vontade neste blogue, pois aqui não há letrinhas torcidas, nem moderação.Tente não ser anónimo, e crie a sua própria identidade, nem que seja com um pseudónimo. Clique aqui, para saber como.Grato pelo seu comentário, António Rosa