Prestes a terminar Beijing 2008, parece-me oportuno falar de dirigentes de federações.
Para um país como Portugal em que a palavra «desporto» é sinónimo quase exclusivo de «futebol», os campeonatos do Mundo, da Europa e os Jogos Olímpicos são momentos especiais em que todas as outras modalidades desportivas podem ter uma certa ascensão. Mesmo assim, muitos não aproveitam.
Para um país como Portugal em que a palavra «desporto» é sinónimo quase exclusivo de «futebol», os campeonatos do Mundo, da Europa e os Jogos Olímpicos são momentos especiais em que todas as outras modalidades desportivas podem ter uma certa ascensão. Mesmo assim, muitos não aproveitam.
Projecto Pequim 2008 - 14 milhões de euros [durante 4 anos] e 77 atletas em competição, todos passaram por Pequim acompanhados dos seus treinadores [sabiam que muitos tiveram que pagar do seu bolso?], e muitos, muitos , muitos, muitos, muitos dirigentes de federações (escandaloso!), um avião cheinho de gente, à borla e à grande. Ninguém se atreve a dizer quantos dirigentes se deslocaram a Pequim. São muitos. Muitíssimos. No mínimo, surpreendente. Ir aos Jogos Olímpicos para comentarem que os seus atletas bateram recordes nacionais pessoais, é batota. Batota suja e muito cara, diga-se.
Uma longa lista de dirigentes que bem podia ter ficado em casa. Nem sequer entregaram medalhas. Muitos nem viram os seus atletas. Que tal reduzirem tão grande comitiva de gente engravatada para tão pequenos resultados? Que tal ficarem em casa aqueles dirigentes todos? E já agora reduzirem a quantidade de atletas ou então prepará-los melhor? Estes dirigentes não fizeram lá nada, tal como a maioria dos seus atletas que «eles dirigem» não acrescentou qualquer mais valia às suas associações e federações, excepto em alguns casos muito contados, em que aumentaram as suas marcas pessoais. Dirigentes de federações, por definição, não são atletas (por mais tolinhos que alguns tenham demonstrado ser). Dirigentes de federações não são juízes de modalidades com sabedoria e regra geral ex-atletas de alta competição.
Dirigentes de federações são regra geral, apenas uns senhores e umas senhoras que julgam deterem hipotéticos poderes inglórios e que foram dar uma passeata ao oriente. Eles não foram a Pequim, foram sim, em excursão colectiva à exótica Beijing.
Alguém se quer juntar comigo numa federação a criar? Que vos parece a modalidade de ferrinhos?
Agora começo a perceber porque no contador do meu blogue apareceu um visitante Google com esta pesquisa: «aldeia olímpica confusão sexo».
Uma longa lista de dirigentes que bem podia ter ficado em casa. Nem sequer entregaram medalhas. Muitos nem viram os seus atletas. Que tal reduzirem tão grande comitiva de gente engravatada para tão pequenos resultados? Que tal ficarem em casa aqueles dirigentes todos? E já agora reduzirem a quantidade de atletas ou então prepará-los melhor? Estes dirigentes não fizeram lá nada, tal como a maioria dos seus atletas que «eles dirigem» não acrescentou qualquer mais valia às suas associações e federações, excepto em alguns casos muito contados, em que aumentaram as suas marcas pessoais. Dirigentes de federações, por definição, não são atletas (por mais tolinhos que alguns tenham demonstrado ser). Dirigentes de federações não são juízes de modalidades com sabedoria e regra geral ex-atletas de alta competição.
Dirigentes de federações são regra geral, apenas uns senhores e umas senhoras que julgam deterem hipotéticos poderes inglórios e que foram dar uma passeata ao oriente. Eles não foram a Pequim, foram sim, em excursão colectiva à exótica Beijing.
Alguém se quer juntar comigo numa federação a criar? Que vos parece a modalidade de ferrinhos?
Agora começo a perceber porque no contador do meu blogue apareceu um visitante Google com esta pesquisa: «aldeia olímpica confusão sexo».
Última hora: O presidente do COP, Vicente Moura, ficou todo animado com a medalha de ouro de Nelson Évora e já admite voltar atrás com o previamente anunciado e aplaudido por muitos: sair do Comité Olímpico Português. O homem já vai em 4 mandatos, tem 70 anos e não quer largar o poder. Como exigência para se recandidatar, Vicente Moura pede o apoio das federações para fazer "profundas alterações" ao Comité Olímpico Português. Só agora é que quer introduzir as tais alterações? Porque não as fez durante os seus mandatos? Como o custo de vida subiu, venham daí, não 14, mas uns 25 milhões. Às tantas, ainda consegue recandidatar-se. Por estarmos em vésperas de eleições... tudo é possível. Já há várias federações a alinhar na sua recandidatura. Como é aquela canção? «São sempre os mesmos.»
É sempre bom ler alguém que sem medo das palavras toca em questões chave e coloca verdadeiramente os pontos nos iis. Nesta polémica toda é importante que haja algum discernimento e outra coisa não seria de esperar do António.
ResponderEliminarAproveito, também, para lhe dizer que por variadissimas vezes tento alterar o link (devo dizer linque?) da Escola de Astrologia Nova-Lis, mas por qualquer mecanismo volta sempre ao URL que adicionei primeiro, ignorando as alterações que gravei. Vou experimentar colocar com nome diferente e ver se resulta. Peço desculpa, mas não é por falta de tentativas. Se souber como resolver agradeço a ajuda.
Um abraço
Teresa
Olá Teresa,
ResponderEliminarDeu-me para fazer este desabafo, depois de ouvir atirar tantas culpas aos atletas presentes, onde alguns não estiveram à altura. Mas tanto texto junto?
Na segunda-feira vou verificar se há alguma questão técnica e depois informo-a
Obrigado.
Antóno
António,
ResponderEliminarO tanto texto junto penso que se refere ao linque (link) da escola. Aconteceu, porque quando criei o linque estava com a minha sessão aberta, penso que deverá ter gravado isso.
Só que deve ter ficado como referência no bloger e quando removo o linque para adicionar um novo, deve fazer qualquer associação ao que ficou em "histórico??". Não sei.
Um abraço
Teresa
LOL António, então aprenderam com os exemplos das autoridades deste país à beira-mar plantado. Não levar nada "disto" a sério deve ser a única forma de não irmos parar a uma instituição de loucos. :-)
ResponderEliminarboa noite
Boa noite!!!!
ResponderEliminarÀ boa moda beirã, diria eu: GRANDE HOMEM!(não posso dizer mais....)
Só acrescento que é bem medíocre, CRITICAREM os atletas portugueses, que SEMPRE, SEMPRE, trabalharam por mérito próprio. Temos tantos exemplos de atletas, olímpicos mesmo que continuaram e continuam serem OBRIGADOS A TRABALHAREM, em vez de se dedicarem exclusivamente ao desporto. Não podem...
Depois, quando por mérito próprio e consequente ao que existe de mais forte e genuíno neles, revelam talentos como temos visto com os exemplos da Vanessa, Obikwelu, Nélson, Naide, mais sonantes, vêem os Srs políticos e federações e "ninhos a pardais" com pês de pluma a mostrarem a "cara" por ser apenas: "fruto de um intenso, apaixonado, e dedicação ao projecto deles, ao que eu chamo de conversa politicamente correcta (sinonimia: conversa da treta)
Pena que este artigo não vá a televisão ou respectivas federações...
Seria banido pelos Srs, de certo, como "ofensa política"
Mas eu costumo dizer: a Justiça divina encarregar-se-á destes ditos Srs!
Valeu António! :) Beijinho
Teresa
ResponderEliminarQuanto ao linque recomendo que o apague e 24 horas depois, o volte a criar. Pode ser que resulte...
Abraço
António
Ana Cristina,
ResponderEliminarNão se pode levá-los a sério. Só mesmo com umas boas gargalhadas.
Abraço
António
Maria Paula,
ResponderEliminarObviamente que não podemos meter todos os atletas no mesmo saco, mas que está a ser necessário uma certa limpeza, parece que sim.
Certamente ouviu ou leu aqueles casos ridículos:
- o rapaz que quer “caminha”;
- o judoca que culpou os árbitros;
- a rapariga que descobriu não ter vocação para provas “deste tipo”;
- a outra que ficou indignada por ver as “estrangeiras” apostadas em ganhar;
- o cavaleiro que tem uma égua “histérica”;
- mais os muitos que “bloquearam” com as luzes, a arquitectura, a multidão, etc.
Falta-lhes um bocadinho de "mundo" e de saber estar. Isso aprende-se.
Só que os dirigentes federativos estão muito ocupados com outras coisas.
Beijinho
António