22 de novembro de 2007

Peixes

Aprender a estabelecer contacto com a alegria espiritual, para que possa partilhá-la com todos aqueles que conhece.
Peixes é a ultima Água do zodíaco. Nela se resolve ou não a dualidade emocional. Os Peixes são dois, presos por uma por uma tensão contraditória. Um Peixe nada para Sul, para o Passado, para as Águas anteriores, de Caranguejo, o mundo da Lua e da infância, e Escorpião, o mundo da violência instintiva.
O outro Peixe nada para o Norte, para o Futuro, para o oceano da Energia Universal simbolizado por Neptuno. É a última resposta emocional deste signo, a Via da não violência, da entrega Interior, da fusão incondicional do Eu no Todo.
Os Peixes são parabólicos, sentem a 360 graus, captam todas as vibrações positivas e negativas,daí a sua intensa contradição emocional. Daí a sua dualidade, sentem o bem e o mal, o instintivo e o divino, a guerra e a paz. Rejeitam o mundo obscuro da violência sem saber como optar pela Luz.Assim se perdem numa tensão limite, num mal-estar de sentimentos opostos entre a Terra e o Céu.
 Os Peixes encontram-se quando finalmente harmonizam a sua dualidade, quando definitivamente optam por Neptuno, o apelo de Paz Interior, de Amor Universal.
Regente: Neptuno
Com Neptuno dissonante os Peixes são confusos, inquietos, desajustados, contraditórios. Perdem-se. Evadem-se em emoções dispersas. Têm como expressão falsos profetas, loucos que pregam a confusão aparentemente iluminada. Com Neptuno harmonioso os Peixes intuem profundamente todas as vibrações. São sensíveis, inspirados, místicos e visionários. A suaSabedoria é nocturna, interiorizada, contida. Traduz uma reflexão contemplativa. Emoção oceânica da última Água, esta Sabedoria é já sentimento da Unidade reencontrada, a mais vasta dimensão da Fé.
Na Casa 12:
É a última Casa de Água, identifica-se com o signo de Peixes, Júpiter e Neptuno são os seusregentes. Revela o conflito das duas Águas de Peixes. A Casa 12 é uma Casa cármica. Contém no seu registo mais profundo a nossa Memória de Unidade. É o Mundo dos Arquétipos, as referências Universais da Mente Supraconsciente. A Casa 12 é a área da Vida Interior, o espaço do incomunicável, o Fundo da Alma, onde ninguém entra, apenas o diálogo do Eu com o seu sentir profundo. De mal estar, se vivido como sentimento de separação, ou de bem estar, quando vivido como sentimento de Unidade. Planetas na Casa 12 já não vêm ao Mundo lutar, buscar,receber. São energias que se encontram bloqueadas, até ao dia em que o processo de Encontro Interior seja experimentado. Pode-se dizer desses planetas o que de Si dizia Jesus: o seu Reino já não é deste Mundo. Mas sim do Mundo Interno, esse Reino da Alma ao qual esses planetas terão de se render, para que a Fonte da Vida íntima se possa expandir e Ser realidade. Importa separar as Águas do Sentir. Atravessar o Vazio da Alma. Aceitar a Vida Incondicionalmente. Como o filósofo Rudhyar, há que atravessar o Deserto. Há que fazer uma dolorosa e solitária viagem ao mais dentro de Si, até chegar ao Oásis Interno, fonte e princípio da Vida. Íntima Fonte onde qualquer um pode matar a sede. É o encontro do Imutável. A morada do Pai. Neptuno, a última resposta da Vibração Pisciana. A Oitava de Vénus. O Amor Universal. O Amor Incondicional.

1º nível de evolução: É a esfera da solidão, a prisão do Eu no Em-Si. O mal estar de uma energia presa que não encontra expressão. É o emparedamento da Alma. Faz-nos sentir fora e longe de tudo, prisioneiros de nós próprios, ausentes da realidade exterior.

2º nível de evolução: Vive-se o doloroso combate do Eu frente ao mundo onde procura situar-se sem nunca se encontrar. Sem que o mundo lhe devolva a Resposta total que o pode dimensionar.Por ser Neptuniana, a energia da Casa XII projecta-se como Absoluto. Absoluto que o Eu fora de si não pode vivenciar. Neste nível, a Casa 12 sente-se como experiência de mal-estar Interior e desilusão, por excesso de projecção emocional numa realidade incapaz de em Absoluto responder. Então o Eu fecha-se no Em-Si, sem saída.

3º nível de evolução: É a morada do Eu Superior. A Casa do Eu Liberto, já sem medo, consciente de que É, em sua Essência Templo de Vida. Este último nível simboliza a rendição do Ser, quando o Eu se perde no Em-Si e abre o coração. Só então se desfaz o Nó da Eternidade.Das profundezas do Ser finalmente emerge uma Emoção de Unidade, um Sentimento de Paz. Só então se sabe Eterno.