Porque tive que encerrar o meu blogue «Ilha de Moçambique, memórias de António Rosa»

30 de julho de 2011 ·

Vista aérea da parte norte da ilha de Moçambique,
vendo-se a Fortaleza de S. Sebastião e a Capela de Nossa Senhora do Baluarte.
Não sei quem é o autor da foto.
A 6 de Abril de 2011 comecei um blogue novo e dei-lhe o título de «Ilha de Moçambique, memórias de António Rosa». Escrevi então, como apresentação do blogue, o seguinte:

«As raízes da minha lenda pessoal são daqui, da ilha de Moçambique. Vivi aqui muitos anos, intercalando com ausências em outras cidades, por motivos de estudos e, também durante o serviço militar obrigatório. Pretendo com este blogue manter vivas essas memórias de um tempo encantado.» 

Foto do Google Earth
Hoje [30 Julho 2011] tive que encerrar esse blogue por um motivo mesmo muito prosaico: desapareceram cerca de 400 fotografias. Não faz sentido ter um blogue aberto ao público com espaços em branco no lugar de fotografias. Seria uma falta de respeito pelos leitores.

Só não desapareceram os poucos posts sobre a ilha que estavam aqui, no «Cova do Urso» e que copiei para o blogue «Ilha de Moçambique». Quem tem blogues na plataforma Blogger sabe que quando se cria um blogue, automaticamente o site de ilustrações Picassa [é tudo do Google] abre um álbum onde são arquivadas todas as ilustrações e fotografias que publicamos nesse blogue. É por isso que sei que o blogue já tinha 423 fotografias e constatei que desapareceram 397 fotos, pois as restantes 27, como vinham do «Cova do Urso», ainda estão visíveis no blogue agora encerrado ao público.

Na verdade, o que «tremeu» mesmo foram os links do albúm Picassa ao blogue, fazendo com que as fotos deixassem de estar visíveis aos leitores. Sumiram para o éter. Obviamente, também encerrei no Picassa a possibilidade desse álbum de fotos poder ser visto, pois falta a identificação dos respectivos autores. Não sei se terei forças para identificar os autores e conteúdo de todas as fotos, para assim poder abrir o álbum ao público.

Entretanto, como tenho estado a criar o álbum «Minha terra - Ilha de Moçambique», com todas as fotos devidamente referenciadas, pode ser visto aqui [no Picassa/Google+] ou aqui [no Facebook]. Viva a liberdade de escolha!

O blogue, apesar de não ter disponíveis a zona de comentáros, teve em cerca de 4 meses nos seus 44 comentários, 6.784 visualizações e exactamente 888 «gostos» endereçadores para o Facebook. É uma onda gigantesca para para um pequeno blogue de curta duração.

Regata de barcos à vela na ilha de Moçambique (Novembro 2009).
Foto de Paulo Pires Teixeira.

Quando criei o blogue, eu sabia que teria uma curta duração de vida, pois inevitavelmente, em termos energéticos, não mentais, dentro de mim mesmo já havia feito a grande escolha: Não viver com saudosismo da ilha de Moçambique. Não ser saudosista. Apesar das múltiplas referências que faço, e continuarei a fazer, em vários sítios, desse espaço único no nosso planeta. Continuarei a partilhar sentimentos e emoções, ideias e imagens. Sem saudosismo. É a minha lenda pessoal.
O meu próprio passado e a interacção com muitas pessoas que me ensinaram muito, fazem de mim alguém que se vê a si mesmo como tendo a «sorte» de ter tido e vivido, naquele sítio específico, um tempo mágico. Apenas isso. Um tempo mágico. Digamos de outra forma: foi uma recompensa tida nesta minha reencarnação, por ter feito alguma coisa bem feita, em vidas passadas. Foi dharma, do bom. E é bom gostarmos desse tempo mágico.

Por isso eu sinto-me, invisível, no barco acima, prosseguindo a minha caminhada, tentando viver o «aqui e agora».

A terminar, uma pequena nota astrológica e cármica do dia de hoje no meu mapa pessoal: Mercúrio [o blogue agora encerrado] em conjunção [fusão] com Saturno [o Senhor do Tempo e das regras] na minha casa IV [o espaço do mapa da «minha casa]. Carma resgatado, lá se foi o blogue. Por outro lado esse mesmo Saturno recebe um benéfico semi-sextil da Lua [a esfera emocional] e de Vénus [os afectos] e de Neptuno [os assuntos do Alto].

O que tiver que postar sobre a ilha será feita aqui, no «Cova do Urso». Mas irei restaurar aqui no Cova, alguns dos posts que me agradavam muito no «Ilha de Moçambique, para compensar o agora desaparecido, mas isso será feito com calma.

.


5 comentários:

Unknown disse...
30 de julho de 2011 às 17:01  
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Cristina disse...
30 de julho de 2011 às 19:43  

que estranho António...lamento e sei o que custa...pode ser que ainda um inexplicável reaparecimento.

beijo

Astrid Annabelle disse...
31 de julho de 2011 às 00:29  

Boa noite António querido!
Essas lições repentinas que nos levam a considerar a impermanência das coisas são ótimas por um lado e cruéis por outro.
Foi um belo trabalho e feito com o coração...sou testemunha!
Paciência...quem sabe a Ana tenha razão...
Beijo grande e fica bem!
Astrid Annabelle

ManDrag disse...
31 de julho de 2011 às 02:45  

A minha solidariedade pelo sucedido, amigo. Perder assim um trabalho feito com dedicação e carinho é como nos arrancarem um bocado de coração. Mas vejo que sabes perceber o desafio e enfrentar o destino, seguindo em frente e continuando a arquitectar e construir estes espaços maravilhosos, onde nos ofereces amor e sabedoria com uma exemplar dedicação.

Abraços

Anónimo disse...
3 de agosto de 2011 às 20:51  

Que pena, Zé António. Pode ser que outras fotografias venham acompanhar os lindos textos que escreves...
Carmo Mota

30 de julho de 2011

Porque tive que encerrar o meu blogue «Ilha de Moçambique, memórias de António Rosa»

Vista aérea da parte norte da ilha de Moçambique,
vendo-se a Fortaleza de S. Sebastião e a Capela de Nossa Senhora do Baluarte.
Não sei quem é o autor da foto.
A 6 de Abril de 2011 comecei um blogue novo e dei-lhe o título de «Ilha de Moçambique, memórias de António Rosa». Escrevi então, como apresentação do blogue, o seguinte:

«As raízes da minha lenda pessoal são daqui, da ilha de Moçambique. Vivi aqui muitos anos, intercalando com ausências em outras cidades, por motivos de estudos e, também durante o serviço militar obrigatório. Pretendo com este blogue manter vivas essas memórias de um tempo encantado.» 

Foto do Google Earth
Hoje [30 Julho 2011] tive que encerrar esse blogue por um motivo mesmo muito prosaico: desapareceram cerca de 400 fotografias. Não faz sentido ter um blogue aberto ao público com espaços em branco no lugar de fotografias. Seria uma falta de respeito pelos leitores.

Só não desapareceram os poucos posts sobre a ilha que estavam aqui, no «Cova do Urso» e que copiei para o blogue «Ilha de Moçambique». Quem tem blogues na plataforma Blogger sabe que quando se cria um blogue, automaticamente o site de ilustrações Picassa [é tudo do Google] abre um álbum onde são arquivadas todas as ilustrações e fotografias que publicamos nesse blogue. É por isso que sei que o blogue já tinha 423 fotografias e constatei que desapareceram 397 fotos, pois as restantes 27, como vinham do «Cova do Urso», ainda estão visíveis no blogue agora encerrado ao público.

Na verdade, o que «tremeu» mesmo foram os links do albúm Picassa ao blogue, fazendo com que as fotos deixassem de estar visíveis aos leitores. Sumiram para o éter. Obviamente, também encerrei no Picassa a possibilidade desse álbum de fotos poder ser visto, pois falta a identificação dos respectivos autores. Não sei se terei forças para identificar os autores e conteúdo de todas as fotos, para assim poder abrir o álbum ao público.

Entretanto, como tenho estado a criar o álbum «Minha terra - Ilha de Moçambique», com todas as fotos devidamente referenciadas, pode ser visto aqui [no Picassa/Google+] ou aqui [no Facebook]. Viva a liberdade de escolha!

O blogue, apesar de não ter disponíveis a zona de comentáros, teve em cerca de 4 meses nos seus 44 comentários, 6.784 visualizações e exactamente 888 «gostos» endereçadores para o Facebook. É uma onda gigantesca para para um pequeno blogue de curta duração.

Regata de barcos à vela na ilha de Moçambique (Novembro 2009).
Foto de Paulo Pires Teixeira.

Quando criei o blogue, eu sabia que teria uma curta duração de vida, pois inevitavelmente, em termos energéticos, não mentais, dentro de mim mesmo já havia feito a grande escolha: Não viver com saudosismo da ilha de Moçambique. Não ser saudosista. Apesar das múltiplas referências que faço, e continuarei a fazer, em vários sítios, desse espaço único no nosso planeta. Continuarei a partilhar sentimentos e emoções, ideias e imagens. Sem saudosismo. É a minha lenda pessoal.
O meu próprio passado e a interacção com muitas pessoas que me ensinaram muito, fazem de mim alguém que se vê a si mesmo como tendo a «sorte» de ter tido e vivido, naquele sítio específico, um tempo mágico. Apenas isso. Um tempo mágico. Digamos de outra forma: foi uma recompensa tida nesta minha reencarnação, por ter feito alguma coisa bem feita, em vidas passadas. Foi dharma, do bom. E é bom gostarmos desse tempo mágico.

Por isso eu sinto-me, invisível, no barco acima, prosseguindo a minha caminhada, tentando viver o «aqui e agora».

A terminar, uma pequena nota astrológica e cármica do dia de hoje no meu mapa pessoal: Mercúrio [o blogue agora encerrado] em conjunção [fusão] com Saturno [o Senhor do Tempo e das regras] na minha casa IV [o espaço do mapa da «minha casa]. Carma resgatado, lá se foi o blogue. Por outro lado esse mesmo Saturno recebe um benéfico semi-sextil da Lua [a esfera emocional] e de Vénus [os afectos] e de Neptuno [os assuntos do Alto].

O que tiver que postar sobre a ilha será feita aqui, no «Cova do Urso». Mas irei restaurar aqui no Cova, alguns dos posts que me agradavam muito no «Ilha de Moçambique, para compensar o agora desaparecido, mas isso será feito com calma.

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5 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Cristina disse...

que estranho António...lamento e sei o que custa...pode ser que ainda um inexplicável reaparecimento.

beijo

Astrid Annabelle disse...

Boa noite António querido!
Essas lições repentinas que nos levam a considerar a impermanência das coisas são ótimas por um lado e cruéis por outro.
Foi um belo trabalho e feito com o coração...sou testemunha!
Paciência...quem sabe a Ana tenha razão...
Beijo grande e fica bem!
Astrid Annabelle

ManDrag disse...

A minha solidariedade pelo sucedido, amigo. Perder assim um trabalho feito com dedicação e carinho é como nos arrancarem um bocado de coração. Mas vejo que sabes perceber o desafio e enfrentar o destino, seguindo em frente e continuando a arquitectar e construir estes espaços maravilhosos, onde nos ofereces amor e sabedoria com uma exemplar dedicação.

Abraços

Anónimo disse...

Que pena, Zé António. Pode ser que outras fotografias venham acompanhar os lindos textos que escreves...
Carmo Mota

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