Luís Vaz de Camões, 'Os Lusíadas' e a ilha de Moçambique

10 de junho de 2010 ·

Estátua do nosso Poeta Maior na ilha de Moçambique.
Foto da conterrânea Pikitita Makuazinha (Dulce Guerreiro).

Este post não será difundido no meu Facebook.

Luís Vaz de Camões viveu durante 2 anos (1568 - 1570), de regresso a Portugal, vindo de Goa, local que considerou ser uma «madrasta de todos os homens honestos».

Foi encontrado na ilha por Diogo Couto que assinalou estar «tão pobre que vivia de amigos», pagando-lhe a viagem de regresso a Lisboa.


Estátua do nosso Poeta Maior na ilha de Moçambique.
Foto do conterrâneo Victor Fernando Gomes Rodrigues
Foi na ilha, nestes dois anos, que Camões fez a revisão final do seu épico 'Os Lusíadas'.

«As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana...» 

Estátua do nosso Poeta Maior na ilha de Moçambique, com vista magnífica para o mar.
Foto do conterrâneo Ossemane Abdul Satar Daudo.


Várias fotos com o portão e a casa onde Camões viveu.

Foto do conterrâneo Ossemane Abdul Satar Daudo.

































Poema de Camões em «Os Lusíadas», mencionando a Ilha de Moçambique:

(...)

«Esta ilha pequena, que habitamos,
em toda esta terra certa escala
De todos os que as ondas navegamos
De Quíloa, de Mombaça e de Sofala;
E, por ser necessária, procuramos,
Como próprios da terra, de habitá-la;
E por que tudo enfim vos notifique,
Chama-se a pequena ilha Moçambique.

in «Os Lusíadas»I, 54 (...)

Que perto está uma ilha, cujo assento 
Povo antigo cristão sempre habitou.
O Capitão, que a tudo estava a tento, 
Tanto com estas novas se alegrou, 
Que com dádivas grandes lhe rogava, 
Que o leve à terra onde esta gente estava. (...)

O mesmo o falso Mouro determina,
Que o seguro Cristão lhe manda e pede;
Que a ilha é possuída da malina
Gente que segue o torpe Mahamede.
Aqui o engano e morte lhe imagina,
Porque em poder e forças muito excede
A Moçambique esta ilha, que se chama
Quíloa, mui conhecida pela fama.» 

in «Os Lusíadas» I, 98-99

Poemas fornecidos pela minha prima Helena Borges. [Agradecido].


Foto do conterrâneo Victor Fernando Gomes Rodrigues.
Foto do conterrâneo Ossemane Abdul Satar Daudo.
Interior da casa. Não sei como estará agora, pois a ilha está a viver uma boa fase de reconstrução.
Foto do conterrâneo Victor Fernando Gomes Rodrigues.
Muito obrigado aos autores das fotografias.

.
Estou de óculos com amigos - 1972.s


.. 

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10 de junho de 2010

Luís Vaz de Camões, 'Os Lusíadas' e a ilha de Moçambique

Estátua do nosso Poeta Maior na ilha de Moçambique.
Foto da conterrânea Pikitita Makuazinha (Dulce Guerreiro).

Este post não será difundido no meu Facebook.

Luís Vaz de Camões viveu durante 2 anos (1568 - 1570), de regresso a Portugal, vindo de Goa, local que considerou ser uma «madrasta de todos os homens honestos».

Foi encontrado na ilha por Diogo Couto que assinalou estar «tão pobre que vivia de amigos», pagando-lhe a viagem de regresso a Lisboa.


Estátua do nosso Poeta Maior na ilha de Moçambique.
Foto do conterrâneo Victor Fernando Gomes Rodrigues
Foi na ilha, nestes dois anos, que Camões fez a revisão final do seu épico 'Os Lusíadas'.

«As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana...» 

Estátua do nosso Poeta Maior na ilha de Moçambique, com vista magnífica para o mar.
Foto do conterrâneo Ossemane Abdul Satar Daudo.


Várias fotos com o portão e a casa onde Camões viveu.

Foto do conterrâneo Ossemane Abdul Satar Daudo.

































Poema de Camões em «Os Lusíadas», mencionando a Ilha de Moçambique:

(...)

«Esta ilha pequena, que habitamos,
em toda esta terra certa escala
De todos os que as ondas navegamos
De Quíloa, de Mombaça e de Sofala;
E, por ser necessária, procuramos,
Como próprios da terra, de habitá-la;
E por que tudo enfim vos notifique,
Chama-se a pequena ilha Moçambique.

in «Os Lusíadas»I, 54 (...)

Que perto está uma ilha, cujo assento 
Povo antigo cristão sempre habitou.
O Capitão, que a tudo estava a tento, 
Tanto com estas novas se alegrou, 
Que com dádivas grandes lhe rogava, 
Que o leve à terra onde esta gente estava. (...)

O mesmo o falso Mouro determina,
Que o seguro Cristão lhe manda e pede;
Que a ilha é possuída da malina
Gente que segue o torpe Mahamede.
Aqui o engano e morte lhe imagina,
Porque em poder e forças muito excede
A Moçambique esta ilha, que se chama
Quíloa, mui conhecida pela fama.» 

in «Os Lusíadas» I, 98-99

Poemas fornecidos pela minha prima Helena Borges. [Agradecido].


Foto do conterrâneo Victor Fernando Gomes Rodrigues.
Foto do conterrâneo Ossemane Abdul Satar Daudo.
Interior da casa. Não sei como estará agora, pois a ilha está a viver uma boa fase de reconstrução.
Foto do conterrâneo Victor Fernando Gomes Rodrigues.
Muito obrigado aos autores das fotografias.

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Estou de óculos com amigos - 1972.s


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