Olá B., continuando a nossa conversa...

22 de abril de 2008 ·

... sobre os aspectos astrológicos (maiores e menores), estive a pensar no assunto e achei que poderíamos aprofundar um pouco mais este tema. Deve haver tantas formas de abordar os aspectos, quantos astrólogos devem existir. Cada um tem uma visão especial. Por isso é que examinar um horóscopo é uma arte e não uma ciência, como tanto se apregoa por aí. Olhar para uma mandala e ver os planetas, signos, casas e, sobretudo, os aspectos, é entender quem é a pessoa, como ela reage à vida, ao amor e à busca da felicidade. Também é entender os seus sofrimentos e dificuldades. Daí a importância que se tem do mapa no seu todo. É a diferença entre ver um filme num cinema e a mesma película em casa na TV. A visão geral é sempre necessária para se entender a síntese do todo, para percebermos o que torna aquela pessoa ímpar. Olhar para um tema natal com uma visão matricial permite-nos detectar imediatamente os aspectos maiores - conjunções [0º], sextis [60º], quadraturas [90º], trígonos [120º] e oposições [180º]. A estes aspectos maiores tenho o hábito de juntar os quincúncios [150º]. Sim, eu sei que há imensa gente que o considera um aspecto menor. Se desatamos a alargar muito as orbes dos aspectos corremos o risco de perder os aspectos menores. Mesmo para os aspectos maiores indicados acima, noto que as pessoas comuns reagem sempre a orbes estreitas (abaixo de 5°), muitas vezes reagem a orbes médias (8° ou menos), e só às vezes é que reagem a orbes amplas (acima de 8°). Se isto acontece com os aspectos maiores, o que não ocorrerá com os menores? Nem notam, a menos que chamemos a atenção. Esses seis aspectos formam o carácter básico de uma pessoa e constituem a espinha dorsal para a compreensão das necessidades, impulsos, potencial e talento inatos de um ser humano. Os aspectos menores são muito importantes na vida quotidiana — dizem respeito aos padrões de hábitos, às pequenas irritações e aos pequenos prazeres que tornam a vida o que ela é - saborosa. Porém, não moldam a personalidade nascente que nos torna no que somos. São aquelas notas musicais que se ouve quando alguém afina um violino. Deixo-lhe a figura acima onde encontra quase todos os aspectos usados em astrologia. Falta um, que tem sido muito analisado nos últimos anos: é o quindecile [165º]. Trata das nossas obsessões, daquilo que é fortemente compulsivo em nós. Veja até onde vai a sofisticação. Este último aspecto não se encontra olhando simplesmente para um mapa. É preciso procurá-lo. Está ali, algures, entre um quincúncio e uma oposição. Estamos sempre a tropeçar nos aspectos menores. Por isso, um semi-sextil da Vénus à Lua ser tão saboroso. Não fique chocada ao reparar na possível confusão entre decil e semi-sextil. Os graus estão trocados. Foi erro de quem criou a ilustração. Já me alonguei demasiado…

5 comentários:

Anónimo disse...
23 de abril de 2008 às 12:38  

Olá A,

Já copiei a figura... grande cábula que me deixou! :) Bem... tantos aspectos... Não fazia ideia... e fiquei baralhada sim com o semi-sextil de 36º... metade de um sextil é um decil? Ai este português da astrologia que não se entende... Isto deve ser de propósito para ninguém memorizar! :D

Quanto ao quindecile das obsessões ... Família numerosa esta dos quins António... mais um nome para eu confundir com o quintil e o quincúncio! Um aspecto entre o quíncuncio e a oposição... hummmmmm... devo ter para lá alguma coisa no meu mapa... cheira-me... aliás várias! :) E não me estranha... Olhe... "que sera, sera..."

Para acabar: um feedback dos simpáticos aspectos entre Lua e Vénus... correu mesmo como descreveu :) E toda a gente muito simpática comigo mesmo... Até a polícia que pelos vistos me tinha rebocado o carro sem eu saber na segunda-feira estava uma simpatia tal que até me fez desconto na multa! hehehe... imagine :D

Um beijo
B.

Unknown disse...
23 de abril de 2008 às 13:13  

Pois é! Tudo está ligado ao círculo de 360º que é o mapa natal. Facilmente chegará às conclusões apropriadas. Divida 360 pelos graus de cada aspecto e rapidamente confirmará as divisões do círculo e os nomes atribuídos. Encontrará a lógica dos nomes e a raiz etimológica dos mesmos.

Vamos primeiro à confusão entre "Decil" e "Semi-sextil". O erro está na cábula. O "Decil" tem 36º e o "semi-sextil" tem 30º.

Também vai encontrar "Quadratura" com 45º. Modernamente, chama-se "semi-quadratura".

A.

Anónimo disse...
23 de abril de 2008 às 13:21  

ok entendi... erro na cábula ;)
grata António
e mais um bom dia de Vénus em trígono à Lua para si :)

Bj

Anónimo disse...
23 de abril de 2008 às 13:35  

... e estava lá escrito "Os graus estão trocados"... ooops... devo ter voado para a imagem e saltou-me o final ;)

Unknown disse...
23 de abril de 2008 às 13:41  

Não estava escrito, não. Acrescentei há poucos minutos, a pensar nos demais leitores.

Vou colocar este texto no Nova-Lis, fazendo umas pequenas adaptações, pois os leitores ficariam desconfiados e pensariam: "Este anda a escrever a uma B.? E quem é ela?" Mau, mau, Maria! :):):)

22 de abril de 2008

Olá B., continuando a nossa conversa...

... sobre os aspectos astrológicos (maiores e menores), estive a pensar no assunto e achei que poderíamos aprofundar um pouco mais este tema. Deve haver tantas formas de abordar os aspectos, quantos astrólogos devem existir. Cada um tem uma visão especial. Por isso é que examinar um horóscopo é uma arte e não uma ciência, como tanto se apregoa por aí. Olhar para uma mandala e ver os planetas, signos, casas e, sobretudo, os aspectos, é entender quem é a pessoa, como ela reage à vida, ao amor e à busca da felicidade. Também é entender os seus sofrimentos e dificuldades. Daí a importância que se tem do mapa no seu todo. É a diferença entre ver um filme num cinema e a mesma película em casa na TV. A visão geral é sempre necessária para se entender a síntese do todo, para percebermos o que torna aquela pessoa ímpar. Olhar para um tema natal com uma visão matricial permite-nos detectar imediatamente os aspectos maiores - conjunções [0º], sextis [60º], quadraturas [90º], trígonos [120º] e oposições [180º]. A estes aspectos maiores tenho o hábito de juntar os quincúncios [150º]. Sim, eu sei que há imensa gente que o considera um aspecto menor. Se desatamos a alargar muito as orbes dos aspectos corremos o risco de perder os aspectos menores. Mesmo para os aspectos maiores indicados acima, noto que as pessoas comuns reagem sempre a orbes estreitas (abaixo de 5°), muitas vezes reagem a orbes médias (8° ou menos), e só às vezes é que reagem a orbes amplas (acima de 8°). Se isto acontece com os aspectos maiores, o que não ocorrerá com os menores? Nem notam, a menos que chamemos a atenção. Esses seis aspectos formam o carácter básico de uma pessoa e constituem a espinha dorsal para a compreensão das necessidades, impulsos, potencial e talento inatos de um ser humano. Os aspectos menores são muito importantes na vida quotidiana — dizem respeito aos padrões de hábitos, às pequenas irritações e aos pequenos prazeres que tornam a vida o que ela é - saborosa. Porém, não moldam a personalidade nascente que nos torna no que somos. São aquelas notas musicais que se ouve quando alguém afina um violino. Deixo-lhe a figura acima onde encontra quase todos os aspectos usados em astrologia. Falta um, que tem sido muito analisado nos últimos anos: é o quindecile [165º]. Trata das nossas obsessões, daquilo que é fortemente compulsivo em nós. Veja até onde vai a sofisticação. Este último aspecto não se encontra olhando simplesmente para um mapa. É preciso procurá-lo. Está ali, algures, entre um quincúncio e uma oposição. Estamos sempre a tropeçar nos aspectos menores. Por isso, um semi-sextil da Vénus à Lua ser tão saboroso. Não fique chocada ao reparar na possível confusão entre decil e semi-sextil. Os graus estão trocados. Foi erro de quem criou a ilustração. Já me alonguei demasiado…

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá A,

Já copiei a figura... grande cábula que me deixou! :) Bem... tantos aspectos... Não fazia ideia... e fiquei baralhada sim com o semi-sextil de 36º... metade de um sextil é um decil? Ai este português da astrologia que não se entende... Isto deve ser de propósito para ninguém memorizar! :D

Quanto ao quindecile das obsessões ... Família numerosa esta dos quins António... mais um nome para eu confundir com o quintil e o quincúncio! Um aspecto entre o quíncuncio e a oposição... hummmmmm... devo ter para lá alguma coisa no meu mapa... cheira-me... aliás várias! :) E não me estranha... Olhe... "que sera, sera..."

Para acabar: um feedback dos simpáticos aspectos entre Lua e Vénus... correu mesmo como descreveu :) E toda a gente muito simpática comigo mesmo... Até a polícia que pelos vistos me tinha rebocado o carro sem eu saber na segunda-feira estava uma simpatia tal que até me fez desconto na multa! hehehe... imagine :D

Um beijo
B.

Unknown disse...

Pois é! Tudo está ligado ao círculo de 360º que é o mapa natal. Facilmente chegará às conclusões apropriadas. Divida 360 pelos graus de cada aspecto e rapidamente confirmará as divisões do círculo e os nomes atribuídos. Encontrará a lógica dos nomes e a raiz etimológica dos mesmos.

Vamos primeiro à confusão entre "Decil" e "Semi-sextil". O erro está na cábula. O "Decil" tem 36º e o "semi-sextil" tem 30º.

Também vai encontrar "Quadratura" com 45º. Modernamente, chama-se "semi-quadratura".

A.

Anónimo disse...

ok entendi... erro na cábula ;)
grata António
e mais um bom dia de Vénus em trígono à Lua para si :)

Bj

Anónimo disse...

... e estava lá escrito "Os graus estão trocados"... ooops... devo ter voado para a imagem e saltou-me o final ;)

Unknown disse...

Não estava escrito, não. Acrescentei há poucos minutos, a pensar nos demais leitores.

Vou colocar este texto no Nova-Lis, fazendo umas pequenas adaptações, pois os leitores ficariam desconfiados e pensariam: "Este anda a escrever a uma B.? E quem é ela?" Mau, mau, Maria! :):):)

linkwithin cova

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
«A vida é o que te vai sucedendo, enquanto te empenhas a fazer outros planos.»
Professor Agostinho da Silva

Visitas ao blogue

Para si, leitor

Caro leitor, tem muito por onde escolher. Sinta-se bem neste blogue. Pode copiar os textos que entender para seu uso pessoal, para estudar, para crescer interiormente e para ser feliz. Considere-me como estando do seu lado. No entanto, se é para reproduzir em outro blogue ou website, no mínimo, tenha a delicadeza de indicar que o texto é do «Cova do Urso» e, como tal, usar o respectivo link, este: http://cova-do-urso.blogspot.pt/ - São as regras da mais elementar cortesia na internet. E não é porque eu esteja apegado aos textos, pois no momento em que são publicados, vão para o universo. Mas, porque o meu blogue, o «Cova do Urso» merece ser divulgado. Porquê? Porque é um dos melhores do género, em língua portuguesa (no mínimo) e merece essa atenção.


Love Cova do Urso

Image and video hosting by TinyPic

Lista de Blogue que aprecio

O Cova do Urso no 'NetworkedBlogs' dentro do Facebook

.

Mapa natal do 'Cova do Urso'


Get your own free Blogoversary button!

O «Cova do Urso» nasceu a 22-11-2007, às 21:34, em Queluz, Portugal.

1º post do blogue, clicar aqui.

Blog Archive

Patagónia, Argentina

Textos de António Rosa. Com tecnologia do Blogger.

Copyright do blogue

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob a Creative Commons Attribution 3.0 Unported License
Os textos daqui são (maioritariamente) do autor do blogue. Caso haja uso indevido de imagens, promoverei as correcções, se disso for informado, bastando escrever-me para o meu email: covadourso@gmail.com -
Copyright © António Rosa, 2007-2014
 
Blogger Templates